História The New Stupid Staff - Imagine Jennie Kim, BLACKPINK - Nem tão bem assim...

As vozes daquelas mulheres já estavam me dando nos nervos. A cada palavra minha cabeça doía mais, meu estômago revirava e minha pressão descia mais um pouco. Está aí a razão de ter me afastando do álcool por um tempo. Eu sabia e não deveria ter caído na tentação novamente.

Você é uma tola Jennie!

- E então Jennie? - Siheyon falou, seus pequenos olhos fofos me encaravam, a espera de uma resposta. -  Vocês já se conheciam antes?

Estávamos assim a noite toda. Elas me enchiam de perguntas de como, de que forma e porque S/N e eu  ficamos amigas tão rápido, com pulseira e tudo. Algumas amigáveis e outras, como Mi Na, de forma estranha.

Se elas soubessem que a última coisa que existe aqui é a amizade...

- Sim. - A voz da mulher ao meu lado se sobressaiu. Até o momento eu estava em transe. - Nos conhecemos a alguns dias, bom, foi amizade a primeira vista. - Sorriu simpática para as garotas. Um ótima atriz!

Senti algo gelado ir de encontro a minha coxa esquerda, o atrito com minha pele quente me fez arrepiar. Lá estava ela, com a sua mão, apertando delicadamente. Eu a olhei confusa, seus olhos apenas se comunicaram comigo de forma rápida, é como se dissesse "é melhor fingir direito".

Revirei os olhos minimamente, tendo como resposta o sorriso ladino e sem vergonha.

- É, S/N é uma pessoa admirável, tão carismática, gentil, bonita...- Quando vi o que tinha pronunciado apertei fortemente meus lábios, agora que ela sabe que eu a acho bonita, não pensará duas vezes em tacar isso na minha cara.

- Parece gostar bastante dela. - Mi Na falou baixo olhando para os lados, algo estava a incomodando. O que há de errado com ela?

S/N se levantou sem falar nada, as mulheres em minha volta seguiram fielmente seus passos, enquanto eu continuava focada em minha frente. Qualquer movimento brusco poderia deixar minha situação pior.

Comecei a sentir minha garganta seca, o corpo formigava de forma violenta. Minha vista não estava a das melhores e eu sentia que poderia desmoronar a qualquer instante.

A bebida realmente me faz mal!

- Jennie? - Liyen olhou para mim assustada. - Meu Deus o que houve com o seu rosto? - Consegui ver pela visão falha meu reflexo no vidro reluzente atrás de nós. Meu rosto estava vermelho, os lábios ressecados e pálidos, a testa cheia de suor e o olhos minúsculos.

- Alguém leva ela pro banheiro, rápido. - Siheyon falou e olhou ao redor. Dando se por vencida se levantou e serviu de apoio ao meu corpo fraco e nada estável.

Eu facilmente posso ficar assim, nunca fui uma pessoa forte e por ser bem magra isso fazia tudo aumentar. Meus pés iam em ordem desgrenhada e bagunçada, Siheyon parece fazer um grande esforço, já que também é magra e bem fraquinha como eu.

Ela abriu a porta com os pés e fez o mesmo com a cabine. Mal cheguei perto da privada e já coloquei tudo para fora, a cada momento parecia que tudo o que comi ia  ser posto para fora. Aquela sensação horrível que sairia por todos os lugares estava me deixando ainda pior.

- O que aconteceu com ela? - A voz abafada de S/N me despertou do transe estranho que minha cabeça entrou assim que me dei por vencida e parei de vomitar.

Seus olhos pareciam penosos e poderia jurar que ela se importava comigo, caso não a conhecesse, em tão pouco tempo.

Vi a silhueta de Siheyon deixar o local. Não conseguia entender muita coisa ainda mas vi a mulher que ainda ficou me levantar sem dificuldade. Olhei brevemente pro seu rosto e só então me dei conta do que estava acontecendo.

S/N me levava no colo para fora do estabelecimento. Quando me dei conta de mim comecei a espernear e tentar me soltar. Não me importo qual é sua intenção, boa ou má  eu não quero sua ajuda.

- Dá p-pra me soltar? - Falei com uma voz falha e nada firme.

- Vou te levar para casa Jennie, para de se mexer e colabora. - Ela parece não ter ligado para a minha fala e continuou o trajeto até seu carro estacionado a alguns metros.

- Eu d-disse para me soltar.- Tentei recuperar minha voz para passar autoridade, uma tentativa falha. - Que droga S/N. ME LARGA! - Gritei com a última força que tinha dentro de mim.

A mulher me colocou de pé e com menos de segundos eu estava no chão novamente. Ela olha convencida para mim, mostrando que eu precisava sim de sua ajuda. Não me surpreendi, eu sabia que ela não estava fazendo isso por ter alguma consideração por mim, sim para fingir as aparências e se sobressair nesse jogo idiota.

- Tem certeza que quer ficar aí? - Seu tom prepotente entrou como uma agulha em meu ouvido, dando uma pontada forte em minha cabeça. - Vamos Jennie, só vou te levar em casa. Você não vai conseguir chegar lá sozinha. - Falou simples. Em minha mente isso soou como um desafio.

Puxei todo ar que conseguia e recuperei toda a força que tinha (nenhuma...) para tentar me reerguer. A primeira tentativa foi falha e S/N apenas observava aquilo sem expressão. A segunda tentativa foi um pouco mais eficaz mas não o suficiente para ficar de pé, sim de joelhos.

- Isso tudo para não aceitar minha ajuda? - Revirou os olhos e riu desacreditada. - Ok, se eu falar que isso não  vai ser creditado nesse jogo estranho nosso e não vou usar dele como proveito, você deixa eu te levar para casa?

- Como? - Aquilo pareceu interessante aos meus olhos. Eu realmente estava resistindo por esse motivo. Eu sei que ela poderia usar isso como uma de suas provocações para mim.

- Anda. - A mulher não disse mais nenhuma palavra e voltou a me colocar em seu colo, dessa vez de forma mais confortável.

Chegamos até seu carro. Um carro bem caro por sinal. S/N destravou ele com a mão livre e abriu a porta do passageiro. Ela é bem forte por sinal.

- Você poderia sei lá, me dizer seu endereço? - Passar o meu endereço para você? - Você quer que eu chegue lá como? - Respondeu rapidamente e me assustei, ela parecia ter lido minha mente.

Peguei seu celular e o digitei rapidamente. Quanto mais rápido isso terminar melhor. S/N leu e pareceu levemente surpresa. O que há de errado?

Ela voltou sua atenção para frente, decidi relevar isso, pode ser só coisa da minha cabeça. O caminho foi silencioso, uma silêncio desconfortável e desgastante. Só quero chegar em casa logo.

- Chegamos. - Ela disse simples quando seu carro estacionou em frente a minha casa. - Pode ir. - Falou simples.

A olhei sem entender. Ela me trouxe até aqui, me carregou no colo e não vai me ajudar ir pelo menos até a porta?

- Sério? - Falei indignada e fechei a cara. - Eu ainda preciso da sua ajuda para ir até lá, não acha?

Ela me olhou e deu um breve sorriso para a minha expressão. Se levantou, saiu e  deu a volta, abrindo a porta e voltando a me carregar. Quando chegou perto da porta me deixou escorada na parede e bateu a campainha. A olhei confusa. Por que ela fez isso?

Mesmo que eu more junto a Lisa, S/N não sabe disso, então como simplesmente deduziu isso?

-Voltou tarde Jennie , bebeu não foi... - Lisa falou enquanto abria a porta e se deparou com S/N. - Você? - Lisa falou surpresa. Não parecia ter notado minha presença no local, já que seu olhar ficou fixo em S/N. - Não sabia que iria vir aqui hoje. - Sorriu levemente envergonhada. O típico risinho que ela dá para mulheres que tem envolvimento.

- Vocês se conhecem? - Disse e só então ela me notou no lugar. - Onde conheceu essa aí? - Disse com um tom nada agradável.

- Uma balada... - Intercalou o olhar entre mim e S/N. - Espera um pouco... - Falou tentando ligar os pontos encarando a mulher em sua frente. - A empresa que você iria começar a trabalhar e a mesma de Jennie? - Seus olhos se arregalaram em surpresa. Enquanto eu mantinha o semblante confuso e S/N calmo.

- Ok, alguém consegue me explicar que confusão é essa?

Querido, eu não preciso de notas de dólar para me divertir essa noite
(Eu amo emoções baratas)

Querido, eu não preciso de notas de dólar para me divertir essa noite
(Eu amo emoções baratas)

Mas eu não preciso de dinheiro

Contanto que eu possa sentir a batida

Eu não preciso de dinheiro

Contanto que eu siga dançando

Cheap Thrills - Sia