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História The Next Crown - Capítulo III


Escrita por: LieselValdez e MioneWaters

Notas do Autor


Eu ia postar só quando tivesse mais um escrito, mas nã bateu aquela inspiração divina, sooooo talvez o proximo de um atrazadinha (como esse).
Vão ler depois eu falo com vcs.

Capítulo 4 - Capítulo III


Fanfic / Fanfiction The Next Crown - Capítulo III

A solução para o meu problema chegou duas semanas depois da invasão, pelo correio, embrulhada num delicado envelope com o selo real. Eu estava na porta do escritório do meu pai. Entrei em passos inseguros, ele estava atrás da mesa de gabinete analisando alguns mapas, provavelmente do castelo.

            --Você por aqui? –Ele perguntou seco--Achei que tinha tarefas para fazer.

            --Já terminei todas. E estou aqui por um motivo bem importante. –Atrai a atenção dele, que tirou os olhos do mapa para olhar pra mim. --Sua porta para o castelo. –Falei, colocando o envelope em cima de sua mesa.

            Ele me lançou um olhar desconfiado e olhou para o envelope, não conseguindo entender, perguntou:

            --Como uma carta pode abrir a porta do castelo para nós?

            --Não é uma carta, é um formulário. Para a Seleção. –Disse, me sentando na cadeira de frente para ele.

            --Você pode ser mais objetiva, por favor?

            --Com uma das nossas no castelo, podemos obter as informações necessárias sem sermos pegos.

            Meu pai me olhou como se nunca tivesse me visto antes, aproveitando esse momento, continuei:

            --Mas não só isso. Pense se o príncipe se apaixonasse por essa rebelde. Imagine se ela se tornasse rainha. Poderíamos fazer tudo o que viemos tentando até hoje.

            --Megan... –Meu pai estava maravilhado, mas ao mesmo tempo receoso. –É uma ideia brilhante, mas não é tão fácil assim.

            --Eu já pensei em tudo, pai. Tudo. –Tentei demonstrar toda a confiança que eu estava sentindo. –Só preciso que você convoque uma reunião com o conselho.

            --Me encontre em cinco minutos na sala de reuniões.

****

            A sala de reuniões se resumia em uma mesa comprida com 15 lugares feita de madeira maciça e em um canto um bebedouro (é bem útil de vez em sempre), naquele momento, todos ocupados por membros do conselho. Meu pai estava na cadeira da ponta, me sentei na cadeira a esquerda dele.

            --Convoquei essa reunião as pressas, porque Megan teve uma ideia que pode mudar muita coisa.

             Era minha deixa.

            --Como todos sabem, o príncipe Ahren irá completar 19 anos em breve e com isso chegamos a Seleção. O que proponho é: mandamos uma das nossas para a Seleção, lá ela teria acesso a muitas informações, sem correr o risco de ser pega...

            --Como ela seria selecionada? –Interrompeu meu pai.

            --Sabotagem. Ou até mesmo chantagem, todo mundo deseja algo.

            --Como a moça permaneceria na Seleção? –Meu pai perguntou de novo.

            --Isso é fácil, só precisamos que o príncipe tenha um pouco de bondade. Inventamos que ela perdeu alguém da família, o príncipe fica com dó e nossa Selecionada permanece até conseguir o que precisamos.

            Um silêncio se instalou na sala. Meu pai fez um gesto com a cabeça, me incentivando a falar da parte mais difícil e improvável do plano.

            --Tem uma coisa que ainda não falei. Algo improvável, mas que se acontecesse, resolveria todos os nossos problemas. –Suspirei meio teatralmente. –Se a nossa selecionada conseguir chegar a Elite e vencer, teremos uma rebelde no trono. Seria fácil acabar com a monarquia.

            --Como você acha –Começou um conselheiro –Que sua selecionada vai convencer o príncipe e futuro Rei, treinado e erudito, a abrir mão da coroa que garante um futuro próspero não só para ele, mas para seus descendentes em troca de um governo onde supostamente qualquer um pode governar?

            --Duas opções, a gentil: chantagem emocional e persuasão, ou a hostil: um pequeno acidente. –Claro que essa fala eu tinha treinado no espelho.

            Diante disso, todos ficaram perplexos, meu pai se recompôs e falou:

            --Bom Megan, pelo jeito você pensou em tudo. Só resta uma pergunta: Quem?

            --Eu.

Quando eu arquitetei essa conversa, imaginei que nesse momento um caos se instalaria pela sala. Todos conversando, querendo dar suas opiniões, discordando ou apoiando. Mas o que aconteceu foi completamente o contrário, um silêncio se apoderou da sala, todos os olhos estavam grudados em mim.

Meu pai me olhou como se eu estivesse brincando, mas vendo a seriedade em meu rosto, se endireitou na cadeira.

--Estão todos dispensados. –Falou.

Todos saíram imediatamente, sem protestarem.

--Onde você está com a cabeça? –Perguntou meu pai. –Você vem aqui com um plano perfeito, sem uma falha sequer e então essa besteira de você ir para a Seleção.

--Pai --Suspirei. –Tem que ser eu, não há outra pessoa para fazer isso.

            --Há muitas adolescentes aqui. Não seria difícil convencer uma delas a se casar com um príncipe. Na realidade, a maioria das meninas sonha com isso.

            --Não aqui, pai. Aqui todos odeiam a monarquia e tudo que a envolva você sabe disso, você é o grande incentivador desse ódio.

            --Você não vai para a Seleção.

            Ele não me deixaria ir, não facilmente. Felizmente eu sabia disso, e já tinha treinado a próxima fala várias vezes no espelho.

            --Pai, todos esses anos você tem me treinado para ser uma líder. Colocar as necessidades dos outros acima das minhas, saber impor minha opinião, fazer aquilo que considera ser o certo para os rebeldes. Você pode não admitir, mas dentre todas essas adolescentes eu sou a mais preparada para ir para o castelo. Eu sei que eu me meto em mais confusões do que a maioria delas, mas eu sei como sair delas... –Fiz uma pausa teatral e continuei -- Pai, depois da invasão, o incêndio e todas as mortes, eu percebi que a culpa por tudo aquilo era minha. E essa não é posição de uma líder. Eu comecei a avaliar meu comportamento e nada do que eu faço impõe respeito. Como serei a líder dos rebeldes se os próprios rebeldes não me apoiarem? Eu tenho que ir para a Seleção para mostrar a eles que eu mereço respeito, que eu posso ser a líder deles. Que eu me importo com eles.

            Pela primeira vez, meu pai ficou sem palavras por algo que eu falei. Ele me fitou com os olhos arregalados.

            –Não posso deixar você ir para lá sem proteção. –Sua voz saiu  relutante.

       –Ninguém saberá quem eu sou, serei apenas uma Selecionada. Assim, terei a proteção dos guardas.

            –A qual nós derrubamos  facilmente sempre que invadimos. Preciso pensar Megan. Você correria muitos riscos.

            – Você pode pensar, pai. Só não demore muito para fazer isso, as inscrições acabam daqui duas semanas.

            Saí da sala de reuniões, pensando sobre a Seleção. Vestidos, saltos, joias, entrevistas, coisas que não tinham nada a ver comigo. Seria isso o que o futuro me reservava?


Notas Finais


Então? Foi um cap mais curto, mas importante, vamos dizer que agora que as coisas podem começar a esquentar.


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