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História The Olimpians - Livro 3: The Other Side Of Time - Todos Tem Algo A Dizer Ou Fazer Quando O Fim Do Mundo ...


Escrita por: Eucaristia

Notas do Autor


Titulo completo do Capítulo:
Todos Tem Algo A Dizer Ou Fazer Quando O Fim Do Mundo Se Aproxima.

Capítulo 27 - Todos Tem Algo A Dizer Ou Fazer Quando O Fim Do Mundo ...


Ártemis

 

Véspera da Batalha de New York

Romênia

 

Eu não fazia ideia do que deveria dizer a ela ou se era uma boa ideia me aproximar de Melindra nesse exato momento.

Mesmo assim, não era como se eu pudesse deixar isso para depois.

Sentei ao seu lado na pedra no alto da colina tentando parecer ao menos um pouco mais calma do que realmente estava ou pelo menos não tão cansada.

-Ele está no Hades, com a mãe e os irmãos, sabe disso não é?

-Sim. –Ela não desviou os olhos do horizonte e tentei parecer o mais indiferente naquele momento.

-Sabe que não posso te deixar participar dessa luta, certo? –Não que eu pudesse ser indiferente com a caçadora mais antiga da Caçada.

-Sim. –Infelizmente, parece que eu não posso realmente ler os sentimentos de Melindra.

-Eliene, Felícia e Helen ficarão com você até que a batalha esteja terminada, independente do resultado.

-Eu sei. Se vocês perderem, Kaíros decidiu, com o consentimento de toda a “Linhagem” esmagar o irmão à custa de cada gota de sangue nosso. Bom, na verdade foram Kira e Erza quem anunciaram a decisão, por isso estão com ele agora para servirem de condutores em caso de necessidade.

Mesmo assim ela continuava sem me encarar

-Então se eu tombar lá...

-Eu tombo aqui...

-E Kaíros?

-O que ele vai fazer vai custar sua própria existência.

-Ele vai... Se matar? –Ela não podia estar falando sério.

-Parece impossível, não é?

-E deveria ser. –Confessei.

-Se a senhora tombar, que motivos ele tem para continuar a esperar a eternidade? –Ela não me esperou responder. –E se ele se destruir, o irmão vai poder viver apenas mais alguns séculos antes de morrer. Ele pode ser o senhor do tempo e brincar com a sua fazenda de formigas, mas não pode viver eternamente se não existe mais o tempo da eternidade.

-Quantos séculos? –Infelizmente eu precisava saber.

-Cinco no máximo, ou foi o que Kaíros me disse. Para quem está viva a mais de mil e quinhentos anos, isso são férias. –Melindra finalmente olhou nos meus olhos e pude ver que ela estava cansada. –Caso não volte, desejo dizer que foi uma honra servi-la durante esses anos Ártemis.

Aquilo me fez sorrir.

-A honra foi toda minha Melindra. Você, mesmo tendo seus motivos pessoais, me serviu tão bem quanto Zöe e sempre foi mais que uma Caçadora, foi uma irmã. Principalmente com suas piadas de duplo sentido e humor inapropriado.

Aquilo fez Melindra rir pela primeira vez.

-Bom à senhora quase foi minha madrasta, então não acho que isso seja tão estranho.

Dessa vez nós duas acabamos rindo.

-Sinto muito que não conseguiu se entender com Easley antes de chegarmos às portas do fim do mundo.

-Está brincando. Ele me disse para ficar viva, foi o mais perto de uma confissão que eu já estive com ele. Juro que se aquele idiota se confessasse agora passaria todo o meu tempo até a conclusão dessa guerra na cama dele.

Eu praticamente dei um tapa na minha cara com aquela frase dela.

-Melindra...

-Não começa Ártemis, sabe muito bem que passei todos esses séculos na Caçada para esperar esse idiota nascer e crescer, mas é claro que comigo as coisas sempre são confusas e ele tinha que ser um tapado sentimental. Se não fosse a inutilidade da ação, eu já teria invadido o palácio da mãe dele e jogado ele na própria cama.

Aquilo me fez rir.

-Teresa já fez algo parecido com meu irmão uma vez ou mais.

-Se isso pelo menos tivesse chance de funcionar com ele, eu teria feito.

-Sinto muito por você.

-Não sinta. Kaíros teve estar pensando o mesmo a seu respeito agora e ele provavelmente não vai se despedir para evitar fazer isso nos possíveis últimos momentos.

-Você é uma praga, sabia?

-Disponha.

-Estou indo.

-Vença essa Ártemis, ainda quero ir ao seu casamento.

Eu podia ficar brava com Melindra, mas não seria nada apropriado para nossas possíveis despedidas de morte.

-Eu sei, quero ir ao seu também.

Ela sorriu e eu aparatei com a intenção de voltar novamente para a batalha com Tifão.

Mas acabei no meio de um parque em Londres.

-Mas o que...

-Peço desculpas por isso. –A voz firme e gentil me fez virar assustada para dar de cara com Kaíros.

-Por que me trouxe aqui?

-Desculpe, precisava te ver por um momento. Tenho algo para te pedir. –Ele parecia um pouco incerto, algo raro.

-O mundo acabando e você me traz aqui para pedir algo? Isso não é muito lógico. –E se Kaíros está incerto, isso me assusta.

-Pare de agir como a chata da Atena nesse momento. O mundo tá acabando e preciso te pedir uma coisa.

Aquilo me fez sentir encurralada.

-O que é?

-Posso tocar seu rosto? –Aquilo me surpreendeu. –Só dessa vez.

-Pode. –E ouvir a minha resposta me assustou.

Ele se aproximou até ficar trinta centímetros de mim e então senti sua mão pousar suavemente na lateral do meu rosto, enquanto seu polegar deslizava lentamente pela curva da minha bochecha.

Não ousei olhar pra o seu rosto nenhuma vez, então quando ele se afastou, depois de uns dois ou três minutos.

-Queria poder dizer que sei como essa guerra termina, mas seria mentira. Espero que tenhamos sorte. –Sua voz era distante e meio solitária.

O mundo podia acabar em poucas horas e eu preocupada com a solidão de Kaíros sendo que foi minha escolha não aceitar casar com ele.

Ironia é apelido.

Reparei, pela primeira, vez o quão alto ele realmente era.

Mais alto que Apolo.

Eu podia ser alta, mais até que a Teresa e quase da altura da Melindra, mas Kaíros deveria ter uns dois metros e quinze.

Ter um e oitenta e dois na minha aparência adulta normal não iria tornar mais fácil ficar literalmente cara a cara com ele.

Acabei entendendo como Teresa se sente sobre meu irmão e Melindra com o idiota do meu sobrinho.

-Posso pedir algo Kaíros?

-Hoje, tudo o que você quiser.

-Se incline para frente e feche os olhos.

Ele riu, mas fez o que eu pedi.

-Espero que não seja uma brincadeira onde termino com uma torta na cara. –Podia perceber que ele estava tentando parecer mais alegre do que estava e isso era tão a cara de Kaíros que era impossível não se encantar.

Quando ele estava com o rosto praticamente na mesma altura que o meu fiquei na ponta dos pés e rapidamente beijei sua testa.

O que fez Kaíros abrir os olhos assustado tanto quanto eu com a minha atitude.

-Você... –Ele desviou o olhar para o lado meio perdido. –Obrigado.

Sentia meu rosto queimando de vergonha.

-Não foi nada.

Ele riu.

-Foi tudo.

Eu pensei em responder, mas então Kaíros estalou os dedos em um aviso que estava indo e sumiu da minha vista tão rápido quanto mudou o destino da minha aparatação minutos antes.

Só me restou aparatar para a batalha contra Tifão.

-

-

-

Continua...


Notas Finais


CURIOSIDADES DO CAPÍTULO: A TV Hefésto Não É a Única Forma De Espiar a Vida Alheia. E Algumas Não Dão Boas Notícias.

-Nem sempre Apolo toma conhecimento das profecias que faz.
Como perceberam nesse cap, ele pode sofrer do mesmo mal que o Oráculo/Rachel em alguns momentos.
Não é comum que Apolo não saiba de uma profecia, mas isso pode acontecer.
Normalmente Atena ou Ártemis estão por perto para ouvir e memorizar o que é dito, o que na maior parte das vezes tem relação com o destino do próprio Apolo.

=X=

-Hefésto, com relação ao cap, na verdade é muito mais um deus de paixões passageiras do que Zeus ou Poseidon.
Embora ele não queira admitir, seus amores são tão passageiros quanto às estações ou os dias do ano.
O que mais segurou o relacionamento com Teresa foi à própria natureza singular dela (isso é uma explicação futura).


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