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História The Olimpians - Livro 3: The Other Side Of Time - E ela se chama Lizandra.


Escrita por: Eucaristia

Capítulo 30 - E ela se chama Lizandra.


Galatea

 

Aproximadamente 2 Semanas Depois do Capítulo 24: Os Nomes e Antes da Festa Em True Bloods.

 

Todo mundo falou muito sobre a missão e seu tempo depois dela durante muitos dias.

Sendo mais especifica no um mês entre o nascimento e a grande festa.

O que realmente foi algo a se considerar.

Mas eu e Rigardo ficamos aquele mês inteiro no acampamento treinando como semideuses normais, o que definitivamente não éramos. Mas até ai tudo bem.

Estávamos lá já há duas semanas em uma rotina um tanto maçante, muito embora conhecer todos os líderes de chalés e, detalhe, sermos os líderes de nossos chalés fosse interessante não tinha a mesma emoção da missão e isso era estranhamente desconfortável.

Claro que eu e Rigardo amávamos treinar com Clarisse e Percy, quebrávamos tantas espadas em certos dias (por que nossas armas não são exatamente feitas para treinos) que o chalé de Hefésto parecia trabalhar dobrados para repor todas.

Will Solace havia se provado um cara realmente um tanto idiota, o que pareceu estranho, pois todos diziam que isso começou quando voltamos, mas nem tanto quanto uma campista chamada Drew do chalé de Afrodite que vivia levando ralho da líder Piper.

Tinha também um garoto do chalé de Morpheus muito simpático e educado, Leon. Ele é um ano mais velho que nós, mas é o mais velho do seu chalé, além de ser muito bonito e digo isso sem malicia, mas com sinceridade.

Leon era no mínimo exótico. Tinha a pele negra como chocolate. Seus olhos eram cor de prata, enquanto seus cabelos eram brancos e engraçados, na falta de termo melhor. O cabelo dele era liso até uns dez centímetros depois da raiz, então ondulava mais dez centímetros e por fim cacheava, mas só descobri isso por que ele passou a missão inteira do acampamento no mundo dos sonhos patrulhando o lado de lá e não teve tempo de cortar.

Dois dias depois que eu falei para ele sobre seu cabelo ele apareceu com um corte curto que deixou todos os fios com no máximo cinco centímetros ou menos.  Tem um metro e sessenta e cinco de altura, e pesa uns sessenta quilos.

Como eu sei?

Neta de Atena esqueceu?

Tinha também um menino de Apolo que vivia falando com Clarisse desesperado, ele parecia à beira de um infarto (não que Leon parecesse melhor) e a filha de Ares tratava o menino muito bem, quase protetora e eu sei que não era por que ela agora era mãe.

Mas Gray realmente parecia ter criado um vínculo com Clarisse há muito tempo para que eu tentasse entender de verdade.

E Gray era outro exemplo de como não só filhos dos três grandes ou Afrodite são bonitos. Olhos âmbar que às vezes refletiam em dourado. Cabelos castanhos cor de chocolate repicado na altura do pescoço e pele bronzeada. Um metro e sessenta e dois, e uns sessenta e dois quilos.

Apesar de mais baixo que Leon, Gray se exercitava mais o que os colocava em pé de igualdade.

Quando comentei isso com Rigardo ele coçou o queixo e disse um tanto distraído:

-O pior é que é verdade, mas acho que você já viu aquilo não?

E eu concordei. Por que eu via que os dois já tinham algo.

Leon estava apaixonado, embora não imagine que tipo de pessoa poderia conquista-lo e Gray, bom ele ainda tem um longo caminho.

E esse era nosso novo hobby.

Adivinhar o futuro das pessoas, mesmo que não pudéssemos ver mais do que um mês.

Mesmo assim eu fui surpreendida, assim como Rigardo, naquele dia.

 

==========X==========

 

Estávamos sentados na arena esperando Percy e Clarisse para treinarmos quando aconteceu.

Uma explosão atingiu o meio da arena assustando os poucos campistas que se preparavam para treinar.

Do meio da poeira e chuva de areia que voltava ao chão uma menina de uns doze anos se levantou e então eu perdi o rumo das coisas.

Ela gritou alto, mais alto do que um ser humano poderia gritar com toda a sua vida fazendo a areia toda se afastar dela e deixando a vista sua espada gigantesca.

Dois vultos passaram por mim e no minuto seguinte Clarisse chutava a menina na barriga enquanto Percy desarmava a mesma. No início achei exagero deles, mas então a menina passou a emanar um brilho vermelho. A Benção de Ares.

Meu corpo tremeu.

A menina deu outro grito e atacou com as mãos Clarisse, que só não foi rasgada ao meio por que eu consegui conjurar uma parede de água enquanto Percy dava uma rasteira nela. E quando digo que Clarisse quase foi rasgada é por que o toque das mãos dela no chão fez uma nuvem de poeira como a de uma explosão de mina subir.

Clarisse então começou a emanar o mesmo brilho vermelho e avançou contra a menina dando-lhe vários golpes. A menina ainda gritava e em seus olhos eu sabia que as lágrimas não eram de dor e sim tristeza.

Com um grito a menina jogou Clarisse para trás e então lá estava Teresa que se aproximou da menina abraçou-a fazendo o brilho vermelho e a raiva da menina se aplacarem.

Agora eu podia ver claramente uma menina pequena. Um metro e quarenta, uns quarenta quilos no máximo. Pele bronzeada e longos cabelos negros até a cintura.

Somente quando me aproximei junto de Rigardo pude ver os incríveis olhos azul cristal dela como duas magnificas pedras de água marinha, quase como um sonho. Sem dizer que ela era linda. E digo isso colocando minha mãe, tia Ísis, Perséfone e até Afrodite como base. Era como se ela tivesse um pouco da beleza de todas as deusas e deuses.

A menina chorava incontrolavelmente quando Gray apareceu correndo e Leon parou na entrada da arena se segurando para não correr até ela.

-Mãe... Mamãe... Ma... Mãe... -Ouvi a menina repetir diversas vezes entre soluços mesmo depois de Gray abraça-la consolando-a.

-Tudo bem Lizi, apenas descanse. Vai ficar tudo bem eu prometo maninha.

Aquilo me chocou.

Gray não tinha irmãs que eu não conhecesse em Apolo e não tinha irmãs por parte de mãe filhas de deuses.

Rigardo tocou meu ombro e eu finalmente reparei no que ele queria me mostrar.

Leon estava “ligado” com aquela menina. Era a pessoa que ele amava.

E Gray, não a amava como Leon, mas como um irmão de verdade e por isso estava ligado a ela.

Poucos minutos depois Connor, Travis e Lana apareceram e começaram a paparicar a menina chamando-a de Lizi, Liz e Lizandra, mas os outros campistas olhavam para ela com desprezo.

Teresa ficou ao nosso lado e começou a falar um tanto perdida:

-Ela está aqui há quase três anos e a mãe está morrendo desde antes dela nascer. Lizandra é filha de Hermes, mas ela é especial. Digamos que ela é capaz de derrubar vocês no seu melhor dia ou Percy e Clarisse.

-O que ela tem de tão especial? -Perguntei tentando olhar dentro dos segredos da garota, dos segredos que nem mesmo ela conhecia, mas não consegui.

Fui jogada para trás com força enquanto uma imagem distorcia de um cadáver esquartejado e um túmulo negro surgia na minha mente afastando minha tentativa com um bloqueio absoluto.

-Téa! -Ouvi Rigardo me chamar assustado. -O que aconteceu?

-Tentei desvendar ela e fui barrada, rechaçada e um pouco ameaçada por algo ou alguém. -Respondi um pouco mais séria.

Rigardo parecia pronto para ir até a menina tirar satisfações, mas Teresa segurou seu ombro com força.

-Não adianta, ela mesma não sabe de nada. Lizandra é terrivelmente poderosa e isso é culpa dos deuses, de quase todos eles. Mas ela não sabe disso, acha apenas que é uma filha de Hermes estranha e pra piorar ela uma vez derrotou Percy no seu primeiro mês por que a mãe dela... Kira é uma mulher no mínimo estranha e pra ser sincera eu tenho medo dela...

Eu e Rigardo encaramos Teresa pasmos.

Que tipo de ser humano morrendo coloca medo em uma imortal? Ainda mais em Teresa?

Certo, eu é que não queria saber, mas então Rigardo rosnou para algo e quando eu vi me senti a beira de um ataque homicida contra os campistas.

Enquanto Connor, Travis, Gray e Clarisse tentavam animar Lizandra, conseguindo arrancar pequenas risadas e sorrisos tímidos da menina os outros campistas cuspiam ofensas entre si dirigidas a ela.

Não eram todos, principalmente por que o chalé de Ares, vários campistas dos deuses do submundo e de Apolo colocavam todos os que insultavam a menina para correr com espadas, arcos ou ameaças nada legais sobre suas noites de sono (o que poderia ser pior que enfrentar Teresa de verdade).

-O que demônios esse pessoal tá pensando? Ela tem a nossa idade, como podem tratar uma criança daquele jeito e com aquelas palavras? -Rigardo parecia prestes a ir matar um deles e eu entendia isso.

-Por que ela lembra o Luke Castellan. -Eu e Rigardo olhamos para Teresa assustado. -Não fisicamente, mas na eficiência e habilidades naturais que tem de ser boa em tudo. Para ela é natural ser a melhor ou uma das melhores em tudo que faz mesmo sem querer. Luke era assim para os outros campistas e alguns tem medo dela por isso.

Teresa suspirou cansada e desapareceu em uma nuvem negra e nos deixou olhando para a arena aonde uma Lizandra ainda triste, porém sorridente pelas piadas e carinhos que recebia começava a pegar no sono sendo amparada por uma Clarisse preocupada e maternal, ao ponto de me perguntar por que ou o que faria a filha de Ares agir daquela forma.

Mas decidi deixar pra lá por hora.

O que eu poderia fazer era apoiar Lizandra para que ela não fosse tão maltratada, muito embora não fosse muito.

Por que de alguma forma eu sabia que ela era importante para o futuro.

E eu aprendi a não ignorar minhas intuições.

Mesmo com pessoas complicadas.

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Continua...



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