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História The One - Can I have this dance?


Escrita por: miedoaperderte

Notas do Autor


Oi, primeiro desculpa pela hora, foi o único horário que consegui postar pq tive um pequeno probleminha e achei que tinha perdido os capítulos da fic, mas tudo já foi resolvido
Não consegui responder os comentários do ultimo cap, mas li tudo e fiquei muito feliz, como sempre, obrigada pelo apoio.

Estamos quase nos 200 favs, como assim???? Já disse que amo vocês? ♥

BOA LEITURA!!!!! *coloquem a musica que eu deixei indicada em uma parte do cap*

Capítulo 14 - Can I have this dance?


Ruggero Pasquarelli

Aquelas quatro palavras saíram da minha boca sem que eu nem me desse conta direito. Eu simplesmente despejei o que sentia sem me dar conta do que estava fazendo. Nesses últimos dias me dei conta que preciso muito mais de Karol do que imaginava, mas ainda assim, tenho muito medo de me abrir ao que estou sentindo. Por isso pedir ela em namoro me assustou um pouco. Foi totalmente fora de hora e de contexto, mas se não fizesse isso agora, não sei quando teria coragem novamente para fazer.

Ela não me respondeu. Apenas ficou me olhando. Seus olhos verdes cravados nos meus, como se procurassem alguma resposta. Engoli seco sentindo medo de que aquilo pudesse significar que a resposta dela era não. Por mais que eu tivesse quase certeza de que ela aceitaria meu pedido, não pude deixar de sentir medo ao não ouvir sua resposta.

- Tem certeza que está pronto para isso? – Karol perguntou colocando as mãos em meu rosto – Minha resposta é um sim, eu aceito. Mas quero saber se você está pronto pra dar mais um passo na nossa relação.

- Eu quero conseguir superar esse medo pelo menos. Quero poder te fazer feliz, Ka. Assim como você me faz feliz. Quero pode andar de mãos dadas com você pela rua, poder te apresentar pros meus amigos, poder te chamar de minha namorada. – respirei – Isso tudo é simples pra qualquer pessoa e pra mim e complicado, você sabe disso, mas eu estou pronto para tentar deixar meu medo de sentir para trás. – respondi e puxei seu corpo para o meu – Ontem, quando te chamei de meu amor, não foi da boca pra fora só porque estávamos transando. Quero poder te fazer sentir amada.

- Já me sinto assim. – foquei meus olhos no sorriso dela – Mesmo que você não diga, eu me sinto assim com as suas atitudes e com a maneira extremamente doce como me olha. O fato de se abrir comigo e contar muitas coisas sobre você e sobre como se sente, já mostra o que sente por mim. E sobre ontem, me sentir mais amada seria impossível.

- Então estamos namorando?

- Acho que já estávamos namorando desde o nosso primeiro beijo.

Isso era verdade.

Beijei-a. Agora oficialmente como minha namorada. Aquele tipo de beijo que faz os pensamentos se embaralharem e o corpo reagir, mas que ao mesmo tempo é calmo e demorado. Ela puxava meu cabelo e eu apertava suas coxas que estavam ao redor do meu corpo. Ela me fazia esquecer os meus problemas e o resto do mundo e isso era a única coisa que eu precisava agora. Eu precisava dela.

 

(...)

- Tem certeza que eles não vão achar ruim? – Karol insistiu que eu e Matteo fossemos almoçar na casa dela, com os pais. Passei pegar ele na casa da minha mãe e agora nós estávamos indo em direção a casa da Karol.

- Absoluta. Minha mãe ficou super feliz em finalmente conhecer o “cara com quem eu saio”. – ela riu – E meu pai também. Eles sempre perguntam por que não te convido pra entrar, e eu sempre digo que te convido, mas que você sempre precisa ir embora.

- Então eles acham que estou fugindo deles? – dá um pouco de medo conhecer os sogros.

- Relaxa, Ruggero. São só meus pais. Eles vão te amar.

- Pai. – Matteo, que até agora estava concentrado no desenho, me chamou.

- O que foi?

- Acho que a mamãe bateu o ombro. – ainda era estranho ver ele chamando Karol de mãe, mas já estávamos mais acostumados.

- Por que, filho? – eu ri sem entender.

- Porque ela ta com uma marca de quem bateu alguma coisa. – Karol riu e eu olhei para o ombro dela vendo a marca que eu mesmo tinha feito ali.

- Não doeu bater ai, mãe? – olhei para trás e vi ele encarando Karol, tentando entender como aquele roxo tinha ido parar ali.

- Não doeu meu amor. – ela falou enquanto ria – É só um roxo, devo ter batido em alguma coisa.

- Por que tem dos dois lados? – às vezes é meio complicado ter um filho de cinco anos.

- Boa pergunta. Também não sei. – Karol virou e fez uma cara de desentendida para ele – Acho melhor eu colocar uma jaqueta pra não bater mais né? Ah, e não comente isso com os meus pais, porque eles podem ficar preocupados, que nem eu fico quando você se machuca. – eu estava rindo muito. Karol tinha achado uma maneira de esconder as marcas e fazer Matteo ficar quieto em relação a isso numa boa. Eu na situação dela já estaria tendo um surto.

- Ta bom, mas você tem que tomar cuidado, mãe. – ele falou e voltou a prestar atenção na tela que ficava no banco.

- Acho que não seria uma boa eu ir conhecer seus pais e você aparecer cheia de marcas de chupões. – ri e ela concordou.

- Na verdade acho que eles só iriam estranhar, mas não iriam te odiar nem nada.

- Se eu tivesse uma filha, eu acho que não teria tanta calma assim.

- Pensa em ter mais filhos? – aquela pergunta saiu como um tiro e eu não sabia como responder – Tipo, em alguns anos.

- Podemos conversar sobre isso outra hora? – eu queria ter mais filhos e ficaria muito feliz se isso acontecesse, mas não quero perder ninguém de novo e de todos os meus medos, o mais forte é ter que entrar em uma sala de parto.

- Claro. Não quis perguntar por mal, imagino toda carga emocional que isso tenha pra você. Outro dia falamos sobre isso.

- Você quer ter filhos, né? – perguntei e ela assentiu sorrindo.

- Amo ter crianças por perto e sou bem família, então pretendo ter filhos. – era estranho tocar nesse assunto. Quando você namora alguém, idealiza seu futuro com essa pessoa, então em tese, ela teria filhos comigo. Talvez seja estranho porque começamos a namorar ontem e eu ainda nos veja um pouco como amigos ou porque eu realmente tenha medo de que isso se torne realidade e eu possa perdê-la.

- Seus pais sabem que eu tenho um filho?

- Sabem.

- E como reagiram a isso?

- Contei sua história a eles e eles te acharam bem corajoso e te admiram estar criando Matteo sozinho.

- Está explicado da onde saiu alguém com coração tão bom como você, seus pais parecem ser extremamente compreensivos.

- Eles são. Contei a eles que Matteo me chama de mãe, caso isso acontece no meio do almoço.

- Mãe, seus pais são meus avós? – Matteo entrou no assunto.

- Não são, pequeno. Mas acho que eles não se importam se você chamar eles assim.

- Será que eles vão gostar de mim e do papai?

- Claro que vão.

- Papai, você vai pedir a mamãe em namoro pra eles? O tio Leo disse que pediu a namorada dele em namoro pros pais dela. – meu irmão tinha arrumado uma namorada e toda minha família deu só um conselho pra ele: não engravide ela.

- Vou sim filho. E você vai ter que me ajudar a convencer eles de que sou um cara legal.

- Pode deixar papai, vou dizer pra eles que você é o melhor pai do mundo. – ouvir isso depois de tudo que aconteceu ontem deixava meu coração muito mais tranquilo.

- Então se prepara, porque nós chegamos. – Karol falou enquanto eu estacionava o carro.

 

- Pai, mãe. – ela falou entrando na casa.

- Querida. – um casal veio até nós.

- Esses são Ruggero e Matteo. – eu estava com Matteo no colo.

- É um prazer conhecer você, querido. – a mãe sorriu e me cumprimentou – E essa coisa fofa não vai me dar um beijo? – disse e deu um beijo em Matteo.

- A casa é simples, mas fique a vontade rapaz. – agora foi o pai.

- Obrigada. Também é um prazer conhecê-los. Eu sinto muito por todas as vezes que não consegui entrar e conhecer vocês, eu realmente tinha que ir embora sempre.

- Não se preocupe nós podemos colocar a conversa em dia. Estou terminando o almoço, se vocês quiserem vir até a cozinha. Eu fiquei sabendo que tem alguém aqui que ama doces e fiz uma sobremesa especial. – ela piscou para Matteo que arregalou os olhinhos só de ouvir a palavra doce.

- Mas sobremesa só depois do almoço, não é mesmo Matteo? – Karol falou.

- Mas mãe... – ele fez bico.

- Primeiro comida salgada pra ficar fortinho e derrotar os monstros do espaço e depois a sobremesa.

- Pai... – ele sempre recorria a mim.

- Se ela falou, está falado, carinha. Doces só depois. – falei colocando ele no chão.

- Até parece alguém que eu conheço quando era pequena. – Miguel, o pai de Karol falou enquanto caminhávamos até a cozinha.

Foi muito mais tranquilo do que imaginei conhecer os pais dela. Eles foram totalmente receptivos e eu gostei de conversar com eles. Como sempre, contei um pouco da minha vida, quem eu era, o que fazia. É normal os pais quererem conhecer o namorado da filha.

Só tinha uma questão ainda não resolvida: Karol ainda tinha que contar que estávamos namorando, porque até o presente momento eles acham que nós estamos apenas saindo.

Depois do almoço e de Matteo querer repetir algumas vezes a sobremesa, Karol entrelaçou seus dedos nos meus, indicando que diria para eles sobre o namoro.

- Bom, vocês sabem que Ruggero e eu nos conhecemos por causa do Matteo, e que ficamos muito amigos. E também que depois de um tempo nós começamos a sair e tudo mais. – ela sorriu e olhou para mim – E agora nos estamos namorando. – os dois se olharam e eu me preparei para falar.

- Monica, Miguel. Quero que saibam que vou fazer de tudo pra fazer a filha de vocês feliz. E que graças a ela estou me tornando uma pessoa melhor. – continuávamos de mãos dadas.

- Ruggero, a Karol é uma garota muito especial, e eu falo isso não por ela ser minha filha, mas porque é a mais pura verdade. E sei que não é qualquer pessoa que merece ter o coração dela e eu vi que você é um bom rapaz e acredito que possa fazê-la feliz, mas como todo bom pai, tenho que te dizer que espero que não machuque ela, porque se não, já sabe né? Cuide bem dela, por favor. – Miguel disse.

- Claro, Miguel. Cuidarei dela. Sei que vocês não tem como confiar plenamente em mim, porque acabaram de me conhecer pessoalmente, mas prometo que farei ela feliz. – sorri para Karol.

- Sei que fará isso, querido. Não tenho duvidas que ela é feliz ou seu lado. Mães tem um sexto sentido e eu consigo ver toda cumplicidade que envolve o relacionamento de vocês. Só quero que se cuidem e sejam felizes. Parabéns meu amor.

- Obrigada mãe. – Karol soltou minha mão apenas para abraçar a mãe.

- E o pequeno Matteo, aprovou o namoro? – Miguel perguntou.

- E ai, filho? Gostou do papai ter pedido a Karol em namoro? – Matteo estava concentrado na televisão, então perguntei para que ele ouvisse.

- Sim. Agora vamos ser uma família de verdade. Eu, o papai e a mamãe. – ele disse e veio correndo até a gente.

- Ai meu amor. – Karol pegou ele no colo – Já disse que um dia vou apertar essas suas bochechas até não conseguir mais?

- Eu quero um abraço desses também. – Monica disse – Se ela é mãe, eu sou a vovó. – Matteo correu até o outro lado da mesa e a abraçou.

- Desculpem pelo jeito dele, Matteo é assim mesmo.

- Imagina, ele é uma criança muito amável. – Monica ainda estava com ele no colo.

- Viu pai, eu sou amável. – ele pensou – O que é amável? – todos riram.

- É quando uma pessoa é muito boa com as outras pessoa, igual a mamãe. – falei.

- Ah, então gostei de ser amável.

Ainda ficamos um tempo conversando, mas eu precisava ir embora, porque marquei de sair com Agus e não poderia simplesmente desmarcar com o meu melhor amigo. Ele era a pessoa mais ciumenta que eu conhecia e não rolava desmarcar qualquer coisa que fosse com ele.

E acima de tudo, agora eu precisava me distrair. Não seria nada bom ficar em casa e pensar demais. Sempre que faço isso acabo tendo crises de depressão, então nada melhor que sair com meus amigos. E eu levaria Matteo junto já que Agus  me chamou para assistir ele e uns amigos da faculdade jogarem futebol contra um pessoal de outros cursos.

- Obrigada por ter aceitado o convite. – Karol estava indo conosco até o carro.

- Foi legal conhecer eles. Agora tenho que contar pra dona Antonella que estamos juntos. Ela vai querer fazer uma festa. – isso era verdade. Minha mãe amava Karol.

- Sua mãe é um amor.

- Vovó Antonella é a melhor.

- Isso mesmo, carinha. – Matteo também amava a mãe de Bianca, mas eu teria que deixar ele longe dela por um tempo, para a própria segurança dele – Vai entrando no carro que eu vou falar com essa moça bonita aqui.

- Você vai beijar ela, eu sei, não vou nem olhar porque é nojento. – ele disse e entrou no carro.

- Ele é espontâneo demais as vezes. – falei.

- Todas as crianças são.

- Obrigada por ter ficado comigo ontem. Sei que já agradeci, mas sem você não sei como teria sido. – abracei ela pela cintura.

- Qualquer coisa me liga, ta? Sério mesmo, se começar a ficar mal, me avisa. Não fica guardando essas coisas ruins pra você.

- Não quero te atrapalhar.

- Não vai me atrapalhar e sabe disso. É só ligar como sempre faz. A diferença é que conversamos coisas aleatórias e nesses casos seriam mais sérias.

- Certo. Farei isso. Agora vem cá. – puxei ela e dei um beijo de como dizem, tirar o fôlego, seguido de vários selinhos.

- Nos vemos segunda. – ela disse voltando para casa.

- Até lá. – pisquei e segui até o carro

 

(...)

Karol Sevilla

As ultimas semanas desde o dia do meu aniversário foram tão exaustivas que eu nem tive tempo de falar com André. Mas eu sabia que tinha que fazer isso. Tudo ficou muito mal entendido. A volta repentina dele, o porquê de ter aparecido do nada lá na escola, tudo me deixou intrigada e além disso tudo, eu queria conversar com ele e saber como ele estava, afinal nós éramos amigos e eu queria poder voltar a ter a relação de antes com ele.

Marcamos de nos encontrar no apartamento dele. Eu tinha um dia livre na escola, por um passeio que as crianças fariam, e aproveitei para ir até lá e tentar entender toda essa situação que nos envolveu nos últimos anos e que aparentemente parece seguir viva.

- Oi. – falei assim que ela abriu a porta.

- Oi, Ka. Que bom que você veio.

- Nem falei com você direito depois que voltou. Aconteceram tantas coisas e minha cabeça ficou a mil. Desculpa por não ter tido um tempinho pra você.

- Eu também cheguei assim, meio do nada. Te mandei uma mensagem avisando que voltaria, mas não disse quando, então não posso pedir muita coisa. – sorriu fraco.

- Por que voltou?

- Por muitas coisas. Não estava feliz lá. Meu lugar é aqui.

- Mas você estava no meio da faculdade e pelo que disse na ultima vez que conversamos, estava gostando.

- Senti saudades. – falou olhando diretamente para mim – Senti saudades de tudo aqui. Da minha vida, da minha família, dos meus amigos. Eu tinha que voltar. Senti saudades suas.

- Eu também senti. De como a nossa amizade era antes de tudo.

- Eu fui muito idiota, Ka. É sério, consegui estragar uma coisa tão importante. Me perdoa. Não quero que você me odeie. Isso seria a pior coisa pra mim. – pegou uma das minhas mãos.

- Já te perdoei. Está tudo bem. – uma mensagem chegou no meu celular e André rapidamente olhou e vi o nome de Ruggero na tela.

- O cara que estava com você quando eu cheguei. – ele disse e desviou o olhar.

- Sim.

- Ele é seu...?

- Namorado? – ele assentiu – Sim. – dessa vez quem sorriu fraco fui eu.

- Legal. Fico feliz por você. – ele tentou dissimular, mas eu já tinha visto essa cena.

- André, seja sincero comigo. – pedi.

- Estou sendo sincero, Ka.

- E porque eu penso o contrário?

- É só que é estranho ver você com outro cara, só isso. Tinha me acostumado em saber que estava com o Sebas, e depois sozinha. Foi só um choque de realidade. Não imaginei que chegaria aqui e descobriria que você está namorando.

- André...

- Ainda gosto de você, Ka. Não vou mentir. Sei que você me conhece o suficiente pra descobrir isso sozinha, então não adianta esconder. Mas não sou mais aquele cara possessivo, pode ficar tranquila. – essa era a resposta que eu esperava e que tinha mais medo.

- Não quero te magoar. – falei sincera – Não quero que confunda as coisas de novo.

- Um voto de confiança. É a única coisa que eu peço. Não sabe como me senti mal estando longe de você, por favor.

- Não estou desconfiando de você. Não é isso. Só não quero que se decepcione ou crie falsas esperanças. – eu conseguia ver as lágrimas nos olhos dele – André por favor, olha pra mim.

- É difícil, Karol. Tentei te esquecer, eu juro que tentei. Mas você continuou nos meus pensamentos todo esse tempo. – ele deu uma pausa e respirou – Mas se você está feliz com aquele cara eu não vou me intrometer, só quero sua amizade.

- Nós podemos ser amigos. Eu quero muito que isso aconteça, mas tenho medo que confunda as coisas. Você é muito importante pra mim e a ultima coisa que eu quero é te magoar. – eu já estava quase chorando – Preciso que entenda que eu estou bem com o Rugge e que nada vai mudar.

- Eu entendo. Todos os caras no mundo podem te fazer feliz, menos eu. – ele sorriu nervoso – Mas tenho consciência disso, por isso disse que quero um voto de confiança e amizade.

- Não é isso, André. Não fale como se eu estivesse fazendo de propósito.

- Eu sei que não está, Karol. Mas você quer sinceridade, não quer? Então eu te digo que dói. Porque eu nunca tive nem uma chance de te fazer feliz e provavelmente nunca vou ter. – eu sabia que isso iria acontecer.

- Você me fez feliz enquanto éramos amigos. Passamos por muita coisa juntos e fomos felizes. – não consegui mais conter as lágrimas – Eu sei que podemos voltar ao que um dia já fomos, só depende de você.

- Não, Ka. Você está enganada. Não podemos voltar. Não posso simplesmente ignorar o que sinto por você e te ver com seu novo namorado como se nada tivesse acontecido. As coisas não funcionam assim. Não tenho botão que me faça te esquecer.

- Não estou pedindo que ignore. Nunca pedi isso. Só quero que entenda que não quero te magoar. Não quero te ver sofrendo por mim. Quero que tenha a chance de encontrar alguém que te faça feliz, assim como eu encontrei. – respirei – Você já tem meu voto de confiança e amizade, só quero que fique tudo claro entre a gente.

- Está tudo mais que claro, Sevilla. Sempre esteve. Eu é que fui burro o suficiente pra acreditar que tinha alguma chance com você. Mas não vou interferir no seu namoro, não precisa se preocupar. – ele estava com raiva, e eu me sentia mal por isso, mas no momento não tinha mais nada para fazer.

- Amigos então?

- Amigos. Posso te abraçar?

- Claro. – ele me abraçou e eu senti um aperto no coração, como se alguma coisa me indicasse que havia algo de errado nessa história toda.

Esse André com quem eu conversei hoje não é o meu melhor amigo. Ele voltou diferente. E não sei se esse diferente é bom. Tudo que eu espero é que ele realmente tenha deixado de ser possessivo e que as coisas não acabem da maneira que acabaram há dois anos atrás, porque não seria justo com nenhum de nós e eu não quero perder a amizade dele de volta.

Meu coração não me engana. Alguma coisa não está certa. Eu só não sei o que

 

(...)

Rugge me mandou uma mensagem pedindo que eu o encontrasse na empresa dois pais dele. Assim que sai do apartamento de André, ainda meio apreensiva, fui até a empresa dos Pasquarelli sem entender muito bem porque eu estava indo até lá e o que Rugge queria.

Assim que cheguei, a recepcionista me disse que ele estava me esperando no terraço do prédio. Entrei no elevador e apertei o botão que me levaria até lá ainda pensando no que poderia estar acontecendo ali, e nada me veio à cabeça. A porta do elevador de abriu e eu dei de cara Ruggero parado, vestindo terno e gravata como sempre fazia para ir trabalhar.

- O que está acontecendo aqui? – falei assim que cheguei até ele.

- Esses dias você me disse que seu sonho não realizado de adolescência era dançar com alguém como no filme que estávamos assistindo. Eu não tinha como conseguir um lugar com vista para as montanhas e lindo como no filme, mas aqui é um lugar bem legal. – eu olhei em volte e apesar de estarmos no meio da cidade, a vista era espetacular.

- Rugge eu estou sem palavras. – eu estava encantada.

- Senhorita Sevilla – ele estendeu a mão para dançar e eu não consegui conter o sorriso, pensando em como ele havia progredido em toda a questão de se permitir viver – Me concede essa dança?

/Coloquem a musica Ho Hey – The Lumineers e imaginem eles dançando/

Eu não disse nada. Apenas me deixei levar ao ouvir a melodia tocar. Me deixei sentir o momento. Eu estava feliz, Ele estava feliz. Os dois juntos, dançando como se isso fosse a coisa mais importante no momento. Não tínhamos uma coreografia, mas era como se soubéssemos exatamente o que fazer.

I've been tryin' to do it right

I've been livin' a lonely life

I've been sleepin' here instead

I've been sleepin' in my bed

 Sleepin' in my bed

 

So show me family

All the blood that I will bleed

I don't know where I belong

I don't know where I went wrong

But I can write a song

 

I belong with you, you belong with me

You're my sweetheart

I belong with you, you belong with me

You're my sweet...

 

Ele tinha razão. Esse era meu sonho quando adolescente. Que a pessoa certa me convidasse para dançar em um lugar lindo e que nós pudéssemos aproveitar o momento. Nunca aconteceu antes por que ele é a pessoa certa e ele é que deveria dançar comigo.

 I don't think you're right for him

Think of what it might have been if we

Took a bus to Chinatown

I'd be standin on Canal and Bowery

And she'd be standin' next to me

 

I belong with you, you belong with me

You're my sweetheart

I belong with you, you belong with me

You're my sweetheart

 

Love we need it now

Let's hope for some

Cause oh, we're bleedin' out

 

I belong with you, you belong with me

You're my sweetheart

I belong with you, you belong with me

You're my sweet (Ho... hey)

(Ho heeey)

                                 Ho Hey – The Lumineers

 

A chuva já é uma parte da minha história com Ruggero e não foi nesse momento que ela deixou de aparecer. Tudo era como se eu voltasse a ter 15 anos e estivesse em um filme, e ele fosse meu príncipe encantado. A diferença é que sei que o que existe aqui não é um conto de fadas, o que existe aqui é real.


Notas Finais


E ai?
O que me dizem?
Perdão novamente pelo horário, mas essa semana está tudo corrido demais
Nos vemos semana quem vem ♥
Bjssss


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