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História The One - The true face of the liar


Escrita por: miedoaperderte

Notas do Autor


Oi, aqui estou eu
Chegamos aos 200 favoritos 🎉🎉🎉🎉🎉
Muito obrigada ❤️❤️

Esse capítulo não é lá muito essas coisas, mas nele acontecem duas coisas de extrema importância para a história. Além disso, ele marca a metade da história. Sim, já chegou na metade.

BOA LEITURA!!!

Capítulo 15 - The true face of the liar


Ruggero Pasquarelli

Alguns dias se passaram e eu recebi uma carta do juizado de menores dizendo que a senhora Carmen de Almeida Balsano estava movendo uma ação de pedido de guarda contra mim.

Assinei todos os papeis e disse estar consciente do que estava acontecendo. Fui avisado de que mandariam uma assistente social para averiguar a situação aqui em casa e que estariam acompanhando toda e qualquer ação que parecesse sair do cotidiano.

Eu estava tremendo de medo por dentro, mas por fora não estava passando nada para Matteo. Se dependesse de mim, ele nunca chegaria a saber que um dia a avó materna tentou tirar a guarda dele de mim.

Agustín e Victória convidaram a mim e a Karol para jantar em um dos restaurantes mais renomados da cidade. E era disso que eu precisava. De um jantar com os meus amigos e a minha namorada e esquecer um pouco de todas as coisas que andam me atormentando nos últimos tempos.

Karol estava linda. Um vestido preto de frente única e mangas compridas cobria o corpo dela de forma perfeita, mostrando a qualquer um que a visse a beleza natural que ela tinha. Não fazia muito o estilo dela sair vestida assim, fatal. Mas eu sabia que Victória sempre dava um jeito de convencer a amiga a ousar um pouco mais nas roupas e sair do comum estilo de professora de educação infantil, que particularmente, também me encanta.

Vou confessar que eu sinto ciumes de ver ela assim, toda produzida e arrumada saindo na rua. Mas é satisfatório quando algum cara olha pra ela e ela entrelaça nossas mãos, indicando que temos algum compromisso. Desde que começamos a namorar, a melhor coisa foi poder andar de mãos dadas com ela, como um casal normal. Antes seria bem estranho. Agora é comum e sentimos falta quando nossas mãos não estão no encaixe perfeito uma da outra.

- Quero uma garrafa do melhor vinho da casa, por favor. – Agus pediu ao garçom.

- Sim, senhor. Temos uma indicação de prato que combina perfeitamente com esse vinho. É uma massa especial, feita na hora, ao molho principal do nosso restaurante, preparado especialmente pelo Chef.

- O que acham? – Agus perguntou.

- Por mim está ótimo. Adoro o molho das massas daqui. – Victória disse.

- Por mim também. – esse restaurante era muito famoso pelas comidas italianas.

- É uma ótima escolha. – Karol disse.

- Então vamos querer o indicado por você, camarada. – Agus concluiu o pedido e o garçom saiu.

- Relacionamentos deixam a gente muito careta. – Victória riu – Olha só pra gente, pessoas com no máximo vinte e três anos, que poderiam estar aproveitando a juventude de forma plena, bebendo e indo em festas se divertir, num sábado a noite, jantando a luz de velas com vinho e massa italiana. – ela completou e todos rimos.

- O Rugge parece um velho, então deve estar adorando o programa de hoje. – Agus disse rindo.

- Não é programa de velho, eu gosto. – Karol me defendeu.

- Ta vendo, por isso os dois combinam, eles têm alma de dois velhinhos.

- Não sirvo pra essa vida. Meu lugar é onde a musica estiver tocando e eu possa dançar. – Vic disse.

- Então por que nos chamaram para jantar? Não era mais fácil termos ido em uma balada? – perguntei sem entender porque eles estavam reclamando, se nos convidaram para vir aqui.

- Por que também temos nosso lado de pessoas finas. E é muito melhor sair pra conversar em um jantar que em uma balada. – eu e Karol nos olhamos e rimos, sem entender os dois.

- Vocês são completamente esquisitos. – Karol falou antes de mudar a atenção para o celular que tinha começado a tocar – Vou atender uma ligação, já volto. – ela disse e saiu da mesa.

 

Karol Sevilla

- Alô?

- Karol.

- André?

- Sim.

- Por que está me ligando de um numero desconhecido?

- Precisava falar com você.

- O que aconteceu?

- Acabei de ser assaltado. Desculpa te incomodar, é que o seu número foi o primeiro que lembrei e preciso de ajuda.

- Como assim? Você está bem?

- Levei alguns socos, estou me sentindo um pouco mal, mas não quero preocupar a minha mãe ou as minhas irmãs. Não queria ir até o hospital.

- Hospital? André onde exatamente você está?

- Em casa. Consegui voltar para cá porque fui assaltado logo que sai. Estou te ligando do telefone fixo, por isso apareceu desconhecido. Ai.

- O que foi?

- Não, só estou tentando estancar o sangue.

- Você precisar ir para um hospital.

- Não sei se consigo, Ka. Ai.

- Ok. Fica ai onde está. Vou dar um jeito de ir te ajudar. Me liga se você piorar.

Desliguei o celular e voltei para a mesa sem a menor ideia de como iria fazer para ajudá-lo. Não posso ir sozinha porque não tenho carro e está tarde. Pensei em pedir que a Vic fosse comigo, já que ela também é amiga do André, mas não seria uma boa ideia, porque os dois iriam acabar querendo nos acompanhar e não seria bom chegar em muita gente se André estava machucado.

Não teria outro jeito a não ser inventar alguma desculpa e pedir que Rugge me levasse até lá. Minha intuição me dizia que isso não daria certo, mas eu preciso ajudar André. Não posso deixar ele sozinho e machucado, e também não quero ter que mentir para Ruggero. Não seria justo e ele confia em mim. Não é da minha essência mentir  e enganar e não seria agora que eu faria isso.

Liguei para Rugge e pedi que ele viesse até perto do banheiro.

- Karol, o que houve?

- Preciso de um favor. Um amigo me ligou e disse que precisa de ajuda. Foi assaltado e está machucado. Eu preciso que me leve até lá.

- O que? Agora no meio do jantar? E Vic e Agus? – ele disse sem entender o que estava acontecendo.

- Nós vamos dizer que minha mãe me ligou e disse que não estava bem, e que você vai me levar para casa. Por favor, Rugge. Não sei como meu amigo está e tenho medo de que aconteça alguma coisa com ele. – falei preocupada.

- Tudo bem. No caminho você vai me explicando o que aconteceu.

Saímos de volta para a mesa. Avisamos nossos amigos como tínhamos combinado e seguimos para o carro de Rugge.

Eu estava aflita. Não entendia por que. Essa coisa de ser sensitiva demais não dá muito certo, às vezes não consigo entender porque estou com um pressentimento ou algo me afligindo.

Me senti um pouco mal de estragar o jantar. Principalmente sabendo que era um jeito de Rugge se distrair e esquecer um pouco de tudo que está passando com relação a Matteo e a avó materna dele. Eu mesma faria questão de marcar outro dia para esse jantar.

- Quem é o seu amigo? – ele perguntou.

- André. Aquele que você conheceu no dia do meu aniversário.

- Ah. – ele deu um longo suspiro – Não sabia que tinham se acertado e virado amigos de novo.

- Nunca deixamos de ser. Mas esses dias conversamos, e deixei as coisas claras para ele. Falei disse que eu e você estamos juntos e que eu queria ter a amizade dele, mas que ele não poderia nutrir esperanças quando ao sentimento dele por mim.

- Sentimento? – não tinha jeito. Eu tinha que contar a Rugge o que aconteceu.

- Ele disse que ainda gosta de mim. – falei e abaixei o olhar – Mas que tinha mudado e que não voltaria a fazer nada do que já tinha feito.

- E você acredita nele? Porque se você acreditar, eu também acredito.

- Eu não sei. – disse sincera – Eu queria dizer que acredito e que sei que essa viagem que ele fez foi boa para colocar todos os sentimentos confusos dele no lugar, mas quando olhei nos olhos dele eu vi o meu melhor amigo de alguns anos, ciumento e possessivo que quase terminou com o meu primeiro namoro. – dei uma pausa – Mas entenda que ele me ligou pedindo ajuda e eu não poderia ignorar.

- Eu entendo. Sei como você é. Eu mesmo já te liguei durante a madrugada pedindo ajuda por saber que é compreensiva e que saberia me ajudar. Só não quero que esse cara se aproveite disso.

- Eu sei lidar com ele. Você é que ainda não sabe. Então, por favor, não caia nas provocações e nem se deixe levar. Pelo que pareceu no telefone, ele está bem mal, então talvez nem veja problema em você ter ido até lá comigo.

- Você nunca gostou dele mesmo?

- Não. Só gostei do Sebas e mesmo assim, não foi um amor.

- Que estanho, você que é a pessoa que ama a tudo e a todos nunca teve um amor de verdade. – ele disse e eu sorri boba, sabendo que o que ele disse estava errado.

- E quem disse que eu nunca tive um amor de verdade? – soltei a frase da forma mais calma possível, para que ele entendesse ao que eu me referia.

- Acabou de dizer que... – ele percebeu que eu estava falando dele e soltou um sorriso espontâneo que me fez perceber ainda mais como eu o amava – Ka...

- Tudo bem. Não precisa me dizer agora. – levei minha mão até a mão dele – Só quero que saiba que não precisa ter medo de me perder, porque isso não vai acontecer.

- Diz isso por causa do seu amigo.

- Digo isso porque sei que você é um poço de inseguridade. – respirei fundo – Eu te amo, Ruggero Pasquarelli. Não se esqueça disso.

Ele levou minha mão até a boca e depositou um beijo nela, e eu entendi o que aquele simples gesto significou. Não é como se eu não quisesse ouvir da boca dele que ele me amava. Era obvio que eu queria. Mas as coisas têm seu tempo e prefiro que ele me diga quando realmente sentir que é o momento, do que apressar as coisas e deixar de viver momentos tão simples e lindos como o que acabou de acontecer.

 

Assim que chegamos no prédio de André, retornei para o numero que ele tinha me ligado. Ele atendeu e avisou ao porteiro que nós poderíamos subir. Toquei a campainha e esperei.

- Oi Kar... O que ele faz aqui? – André perguntou e eu arregalei os olhos ao ver seu rosto todo machucado.

- André, o que fizeram com você? Você seu rosto está sangrando. Ruggero me trouxe. Ele estava comigo quando me ligou

- Fui assaltado e me bateram. Desculpa se atrapalhei vocês.

- Imagina. Você está muito machucado. – Rugge tentou ser compreensivo – Alguém viu o que aconteceu? Ligaram para a polícia?

- Ligaram. Mas os ladrões fugiram. – ele estava com a cara fechada.

- Vou até a cozinha buscar gelo. Você deveria ter limpado esses ferimentos. – entrei correndo no apartamento.

- Não sei fazer essas coisas. Por isso te chamei. Sei que você é cuidadosa e tem seus dotes de enfermeira. Além de lembrar primeiro do seu número, claro. – Rugge olhou torto para ele quando ele disse isso – Lembro de quando cuidava de mim.

- Você sempre foi muito largado com relação a isso. Pode ter uma infecção se não limpar esses cortes. Rugge me ajuda aqui. Procura um pano e molha. – falei e o meu namorado me seguiu.

- Quando Matteo se machuca costumo limpar com sabonete antes de colocar remédio. – Rugge disse.

- Matteo é seu filho, não é? – André perguntou e eu estranhei ele querer puxar assunto com Rugge.

- Sim. – Rugge respondeu.

- Você e a mãe dele se dão bem? – não. Ele não tinha feito essa pergunta.

- Ela morreu no parto.  – Rugge disse encarando André com toda raiva possível, ele odiava que pessoas não próximas a ele chegassem nesse assunto.

- Achei um pano. – falei impedindo que André fizesse mais alguma pergunta indelicada. Fui até André e delicadamente comecei a limpar o sangue que estava no rosto dele, passando remédio logo em seguida.

- Você não deveria ter reagido ao assalto. Eles poderiam estar armados. – Rugge tinha razão.

- Mas não estavam. – André disse um pouco nervoso.

- E como sabia disso? – Rugge perguntou parecendo não acreditar muito na história que André contava.

- Eu não vi arma nenhuma. – ele respondeu ainda nervoso.

- Você não ver não significa que eles não estavam. – falei terminando de passar o remédio no rosto dele – André é muito perigoso fazer isso.

- Eu estou bem, Ka. Obrigada por ser tão cuidadosa comigo. – ele me puxou e me abraçou – E por ter vindo até aqui.

- Imagina. Sabe que eu me preocupo com todos e que não consigo saber que alguém está mal e não fazer nada. – retribui o abraço um pouco sem graça.

- Tome mais cuidado da próxima vez, talvez você não tenha tanta sorte quando dessa. – Rugge nos encarava de braços cruzados.

- Pode deixar. – André respondeu o encarando de volta.

- Você vai ficar bem? Não quer que eu ligue pra algum amigo vir ficar contigo?

- Já tenho uma amiga aqui. – sorri sem graça.

- Não posso ficar. É que nós deixamos o Matteo na casa dos pais do Rugge e temos que ir buscá-lo.

- E você ainda tem que ir pra casa. – André falou e eu apenas olhei para baixo – Ah, claro. Você vai dormir na casa dele. – andou até Rugge – Vejo que realmente conquistou o coração da Karol. – Rugge não respondeu – Meus parabéns ao casal.

- Eu acho que você já está melhor. Nós podemos ir. – entrei no meio deles – Me ligue se precisar de alguma coisa.

- Vou ficar bem, Ka. Não precisa se preocupar.

- Bom, então nos vamos ir. A casa dos pais do Rugge é meio longe daqui. – falei e sorri – Nos vemos.

- Nos vemos. – ele disse enquanto eu e Rugge saímos do apartamento.

 

André Ferraz

Não adiantou nada ter inventado um falso assalto para que Karol viesse até aqui e ficasse comigo. O babaca do namorado dela veio junto e estragou tudo que eu tinha planejado. Se ele não estivesse aqui eu teria conseguido beijar a Karol e ela iria estremecer e ver que no fundo sente algo por mim.

Mas percebi que não vai ser muito difícil provocar o tal namorado dela e ver ele perder o controle. É só falar do filho e da namorada que morreu que ele surta. E eu vou utilizar isso a meu favor. Voltei da Inglaterra com um único intuito: ter a Karol para mim, e é isso que vou fazer.


Notas Finais


E ai?
O que me dizem?
André descobriu o ponto fraco do Rugge, acho que isso não vai ser bom...

Ah, pra quem foi e leu a minha nova fic, eu deixo um imenso agradecimento. Em menos de um dia consegui quase 70 favoritos, nem sonhando achei que chegaria a um numero tão alto em tão pouco tempo ♥
Nos vemos ♥


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