1. Spirit Fanfics >
  2. The One >
  3. First time

História The One - First time


Escrita por: miedoaperderte

Notas do Autor


Oie gente linda ❤️
Luana, o que você faz aqui uma hora dessas? Pois é, é o que temos pra hoje hahaha

Faltam oito capítulos para o fim *todos choram* 💔😭

*Atenção: Esse capitulo contém explosão de fofura e a aparição de alguém muito especial*

BOA LEITURAAAAAAA!

Capítulo 22 - First time


 

Ruggero Pasquarelli

Preparar um casamento, além de muito desapego ao dinheiro, requer extrema paciência. Você nunca acha que existem tantos detalhes e coisas para escolher, a menos que seja o noivo. Minha mãe e a mão da Ka estão num ritmo frenético, coordenando tudo e exigindo do cerimonial que cada coisa esteja perfeita. E ela também. Desde o dia que a conheci soube que ela sonhava e ter um casamento de princesa e eu não poderia dar menos que a melhor festa a ela.

Até agora a melhor parte foi escolher o lugar da festa e provar as comidas. O bolo, por mais que Victória tenha dado a ideia de que tivesse quinze camadas, vai ser simples, apenas com três e bem tradicional, branco com enfeite de noivinhos em cima. E claro, Matteo vai fazer parte do enfeite também, mas ele só vai saber no dia.

É bem exaustivo correr com as coisas do ultimo ano da faculdade e as do casamento ao mesmo tempo.  Mas eu tive consciência disso quando fiz o pedido a Karol e também quando decidimos casar no final desse ano. Trabalhar na empresa dos meus pais ajuda muito, já que consigo fazer meus próprios horários e conciliar tudo, mas a ajuda maior nesse momento veio de um anjo chamado Antonella Pasquarelli, que parece estar mais ansiosa para que eu case, do que eu mesmo. Sei que ela está orgulhosa por me ver construindo uma família e mais ainda por me ver feliz outra vez.

Karol esta se mudando gradativamente aqui para casa. Aos poucos está trazendo as coisas dela e estamos organizando o espaço. Meu apartamento tem um tamanho que comporta tranquilamente três pessoas e não estamos nadando no dinheiro para comprar uma casa agora, que já temos os gastos da festa. Minha cama virou oficialmente nossa. Meu armário ganhou vestidos, lingeries, sapatos de salto, pijamas femininos e as roupas simples do estilo que ela tem. Ainda faltam várias coisas, mas aos poucos estamos nos ajeitando.

Coloquei Matteo para dormir enquanto Karol tomava banho. Liguei a televisão, voltei para a cama e procurei alguma coisa no catalogo da Netflix, e senti o perfume de hidratante corporal feminino que emanava do banheiro do quarto. Pouco tempo depois tive a bela visão da minha noiva vestido apenas a parte de baixo da lingerie e sua costumeira regata de pijama.

Ela rodou a cama e deitou ao meu lado, acompanhei seus passos com o olhar. Apaixono-me por ela todos os dias. Não tenho a intenção de cair em uma mesmice, por isso todos os dias fico admirando-a e relembrando os motivos pelos quais ele é a mulher da minha vida.

- Já escolheu alguma coisa ou está só passeando pela lista de filmes, amor?

- Olhei a lista toda e tenho a impressão de que já assistimos a todos os filmes bons.

- Com a quantia de opções, duvido muito que já tenhamos visto tudo, mas se quiser, podemos ver uma série ou algum documentário. Tem alguns muito bons sobre as fases do crescimento das crianças. Aprendi muito sobre como lidar melhor com meus pequenos através deles.

- Você não precisa de muito, amor. As crianças te amam. – passei pela lista de documentários que ela indicou e o título “primeiras vezes” me chamou a atenção. Não pelo conteúdo, que provavelmente falaria sobre como as crianças aprendem, mas sim porque percebi que eu e Karol nunca conversamos sobre como foram nossas primeiras relações. É lógico que não tenho a necessidade de saber isso, mas confesso que fiquei curioso – Amor, posso te fazer uma pergunta, digamos assim, invasiva?

- Que pergunta, Rugg? – ela me encarou receosa e eu puxei seu corpo para mais perto.

- Nunca conversamos sobre nossas primeiras vezes. – passei meu polegar pela extensão do seu braço – Fiquei curioso pra saber como foi a sua. Não precisa detalhar, é só uma curiosidade. – ela riu do modo como expliquei.

- Fala você primeiro. – a voz dela saiu dengosa e seus olhos esperaram minha resposta.

- Foi boa. Com a Bianca. Aos dezesseis anos. E isso você já imaginava. Eu estava apaixonado, então posso dizer que não foi só por pressão ou curiosidade. Agora você.

- Também foi boa. E eu também estava apaixonada, então fluiu perfeitamente bem.

- Com quantos anos?

- Tinha acabado de fazer vinte. – olhei fixo para ela que escondeu o rosto, provavelmente corado, no travesseiro.

- Sério? – já passou mais de um ano que isso aconteceu e ela nunca tocou nesse assunto – Por que não me contou?

- Não achei que fosse preciso. Se você soubesse, teria sido diferente.

- É claro que teria. Não teria acontecido naquele momento, depois de um dos meus surtos. Teria sido mais especial. Quem sabe num lugar diferente.

- E quem disse que não foi? Quem disse que a nossa cama não é um bom lugar? Acho que só o fato de eu estar a chamando de nossa, já resume tudo. – ela acariciou meu rosto.

- Você merecia algo mais romântico, Karol. – com certeza ela merecia ter uma primeira vez mais romântica que a que aconteceu. Que foi incrível, incrível mesmo, mas poderia ter sido algo mais digno do que ela merecia – Nossa lua-de-mel vai ter tudo que você sonhou pra compensar.

- Não preciso de muito. Só você já me basta.

- Assim você acaba comigo. – juntei nossos lábios de forma calma, mas o clima estava para mais que isso. No geral não somos um casal ao estilo cinquenta tons de cinza, na verdade somos bem diferente disso, mas sexo é algo muito normal e comum na nossa rotina, ainda que no quarto ao lado tenha uma criança de seis anos dormindo. Adaptamos nossa rotina de casal a isso.

- Esse seu papinho de primeira vez visava chegar nisso não é? – ela arqueou uma sobrancelha quando rolei meu corpo para cima do dela.

- Talvez. – sorri de canto levando as mãos para dentro da blusa dela.

 

- Paaaaaaaai. – ouvi o grito de Matteo, enquanto ainda tentava recuperar o fôlego. Ao meu lado, Karol respirava com certa dificuldade também e uma camada de suor cobria seu corpo.

- Já vou filho. – gritei em resposta. Matteo raramente acordava durante a noite. No geral isso só acontecia quando ele estava com febre ou algum resfriado.

- Posso dormir aqui? – levei um susto ao perceber o quão perto a voz dele estava e reparar a presença dele do lado de fora do quarto, no corredor.

- Há quanto tempo está ai, Matteo? – Karol puxou um lençol e se cobriu com a maior rapidez da história. Eu fiz o mesmo.

- Acabei de chegar. – ele disse ainda parado. Ka acendeu a luz do criado mudo e conseguimos ver a figura dele sentada no corredor – Posso dormir com vocês? – perguntou segurando o travesseiro na mão.

- Teve um pesadelo, filho? – discretamente puxei minha calça que estava no pé da cama e vesti. Levantei e fui até ele.

- Eu acordei pra ver se não tinham monstros. – ele disse olhando para todos os lados e reparei a pequena lanterna em sua mão direita – Ouvi alguns barulhos. – olhei para Karol que mordeu os lábios segurando o riso – Não ouviram nada?

- Eu, ouvi uma coisinha ou outra. – falei, chamado a atenção de Matteo enquanto Ka também vestia uma roupa.

- Então é melhor eu ficar aqui, porque vocês podem precisar da ajuda de um super herói, caso os monstros apareçam. – concordei com ele. Obrigada vida por essa criança ainda ser pequena o suficiente para não saber o que são esses barulhos.

Coloquei Matteo na cama e Karol deitou de novo depois de lavar o rosto e vestir um pijama. Ele se ajeitou entre nós, resmungou algumas coisas sobre monstros e super heróis e logo dormiu.

- Acha que ele viu alguma coisa? – não sabíamos quanto tempo ele ficou ali.

- Não. Pelo que conheço dele, se tivesse visto, estaria fazendo perguntas até agora. – ela sussurrou em resposta.

- Essa foi por muito pouco. – falei olhando meu filho dormir tranquilamente.

- Bem vindo ao mundo das descobertas.

 

***

Karol Sevilla

Faltam apenas dois meses para o casamento e descobri que por mais calma que eu seja, noivas tem uma cota elevada de stress. São muitas coisas para resolver, muitos detalhes para discutir, muitas coisas que nunca fizemos e que nos são apresentadas pela primeira vez, um mar de opções de cada enfeite, decoração, convite. Todo tipo de coisa que eu sempre quis, mas que não imaginei que fosse dar tanto trabalho.

A pedidos da equipe que está organizando o casamento, vamos fazer um ensaio base hoje, apenas para ter certeza de onde cada coisa vai ter que ficar e o espaço que vamos ter para tudo. Como não podemos a igreja para isso, vamos usar a casa dos Pasquarelli, que tem um espaço bom para fazermos nosso ensaio.

Alguns dos nossos padrinhos não teriam como vir, mas eu fiquei feliz que Franco, o irmão de Victória, que também é como um irmão para mim, conseguiu um jeito de viajar com a esposa e a filha para participar pelo menos desse ensaio, já que depois disso eles só voltarão para cá no dia do casamento.

Vic me mandou uma mensagem avisando que eles já estavam no condomínio e Rugge liberou a entrada dos Zenere. Agustín conheceria o cunhado hoje e estava soando frio. Tentei acalmá-lo e dizer que Franco adoraria conhecê-lo, mas não adiantou muito, ele era o exagero em pessoa.

Depois de todas as apresentações serem feitas, busquei Matteo que brincava no quarto e não queria sair conhecer as visitas. Expliquei que elas seriam importantes no casamento da mamãe e do papai e ele, ainda que relutante, me acompanhou até a área externa.

- Matteo, se lembra que expliquei que você vai entrar com as alianças? – ele assentiu sorridente.

- Lembro sim, mãe. A vovó até já comprou minha roupa. – olhei para Antonella, que estava sendo um anjo nessa loucura toda.

- Então. O que acontece, é que você não vai entrar sozinho. – eu estava sentada no chão, na altura dele, esse era o melhor jeito de falar com uma criança.

- Como não?

- Aquela menininha linda ali. – apontei para a filha de Franco – Vai entrar do seu lado. De mãos dadas, aliás.

- Não. – ele cruzou os braços – O casamento é do meu pai e da minha mãe. Ela que procure outro casamento pra levar as alianças. – Matteo tinha muito ciúmes de ver outras crianças por perto de nós.

- Vem cá, minha linda. – chamei-a, e ela veio, um pouco contrariada também.

- Matteo, essa é Luna. – ele a olhou de lado – Luna, esse é Matteo. – ela fez o mesmo – Quero que dêem um abraço. Vocês vão ter que ser amigos para que a festa fique bonita.

- Tia Karol, por que não posso entrar sozinha? – Luna mirou os olhinhos para mim e quase esqueci de responder, para apertar suas bochechas.

- Por que são meus pais. – Matteo respondeu antes de mim.

- Não perguntei pra você. Não falo com meninos porque são todos chatos. – sim, eles estão exatamente na fase da infância onde meninas e meninos de odeiam.

- Luna! – Olívia, a esposa de Franco, repreendeu a filha.

- Está tudo bem, Oli. Deixa que eu me resolvo aqui com eles. – pisquei e ela assentiu.

- Vocês dois gostam de mim, não é mesmo? – ambos assentiram – E vocês dois querem muito que eu case com aquele moço ali. – apontei para Rugge e novamente as duas crianças balançaram a cabeça positivamente – Então temos que fazer um trato. Vão se abraçar, fazer tudo que aquela moça pedir – a pessoa da empresa – e vão me prometer que no dia do casamento, vão entrar de mãos dadas.

Os dois relutaram, mas fizeram como pedi e se abraçaram, arrancando suspiros de quase todos. É muito cedo para eu arranjar futuras pretendentes para Matteo?

- Essa é a primeira vez que se viram, quem sabe até o dia da festa não se tornem amigos? – falei reparando no quanto os dois se esforçavam para não deixar a pose cair e sair correndo e brincando como realmente queriam.

O resto do ensaio ocorreu como imaginado e as coisas estavam se encaixando. Eram poucos os detalhes que ainda estavam no zero e o um dos dias que eu mais sonhei estava chegando.

A costureira que estava fazendo meu vestido me ligou, um pouco depois que todos já haviam ido embora e pediu que eu fosse até lá, porque ela teve uma ideia de como solucionar um problema que não estava deixando o vestido como eu queria.

Antonella e minha mãe me acompanharam até a boutique, mas assim que minha sogra estacionou o carro, meus olhos foram direto para um carro há alguns metros de nós. O mesmo carro que vem perseguindo Rugg, esta parado do outro lado da rua, como se viesse na direção contrária.

Isso já seria demais. A perseguição parou por algum tempo, mas parece que quem está fazendo isso conhece todos os nossos passos, ou está fielmente atento a tudo que fazemos. Talvez tenha me visto entrando e saindo daqui algumas vezes e nos seguiu deduzindo que viríamos aqui.

Sai do carro e olhei atenta para todos os lados. O carro preto passou lentamente pela nossa frente e seguiu reto. Cada dia era uma placa. Cada vez era um jeito diferente de aparecer. Não tínhamos como fazer nada. Não podíamos fazer nada. Entrei na boutique com o coração na mão.

A pessoa que está fazendo isso pode arruinar meu casamento.


Notas Finais


E ai?
O que me dizem?
Alguém esperava que a primeira vez da Karol tivesse sido com o Rugge?
E esse clima de casamento chegando?
Depois do povo PEDIR, CLAMAR, IMPLORAR pela aparição dela, ai está, nossa querida e amada Luna finalmente fazendo parte da fic hahahahaha Lutteo crianças, existe coisa mais fofa e adorável nesse universo? (sei que pensavam que eles seriam irmãos, mas é mais forte que eu, tinha que colocar eles como "parzinho" 🎉❤️)
Quanto ao carro preto e a última frase...
Nos vemos em breve
Bjs 😘


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...