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História A Única Exceção do Rei - Nós Queremos Guerra



Notas do Autor


Booa Leitura amores e amoras 🧝🏽‍♀️

Capítulo 30 - Nós Queremos Guerra


Fanfic / Fanfiction A Única Exceção do Rei - Nós Queremos Guerra

A vida que se passava diante meus olhos estava tão seca e embaçada que nada mais parecia ter sentido. Minha carne doía cada em cada pedaço e tivera tempos em que eu esquecia de respirar. Em minha mente, o turbilhão de sons e vozes angustiantes se repetiam de novo e de novo, junto com uma trilha sonora da última música que eu cantarolava instantes antes de tudo acontecer.

Estava quieta em um canto sob as ruínas de Vale numa casa invadida por mais algumas pessoas, e enquanto acariciava os cabelos da minha irmã mais nova que dormia sobre minhas pernas, e em meu ombro servindo de travesseiro para a irmã do meio, remoía sobre todos os acontecimentos nos últimos tempos. Eu nunca havia sofrido tanto em minha vida, mesmo miserável. Percebi que depois de conhecer Thranduil as coisas só pioraram, me levando quase a loucura e insanidade mental.

O filme dos meus dias começou a me atormentar desde o exato momento em que coloquei os pés naquela desgraçada floresta. Vivi tantas coisas absurdas que até mesmo o mais forte dos mortais poderia enlouquecer diante do meu inferno pessoal. Entretanto, eu ainda tinha dentro de mim algum resquício de vida, apesar da vontade quase insustentável que havia se apoderado do meu corpo de partir para o acaso após morte.

Contudo eu deveria permanecer firme para dar apoio às minhas irmãs. O mundo – o nosso, pelo menos – havia desmoronado em cima de nossas cabeças de uma hora para outra e elas precisavam de proteção. Sem mim ficariam à deriva, propensas a parar em mãos maldosas que tirariam de si suas purezas.

Os anões eram uma esperança ainda incerta, mas confiava em Bard para nos livrar da miséria de uma forma ou de outra. Eu sabia que poderia contar com ele e Kirkel para me reerguer, mesmo estando à beira da vontade de morrer.

— Precisa dormir um pouco, Mel. - Jogando levemente um cobertor por cima de minhas irmãs e de mim, Kirkel aconselhou-me enquanto acariciava meus cabelos. Depositou um beijo em minha testa e se sentou em minha frente.

Meneei a cabeça concordando e fechei os olhos. Realmente tentei, mas os gemidos das pessoas feridas e da minha mente protestaram contra os meus esforços por quase toda a noite, até que o cansaço foi mais forte do que a minha própria dor e angústia.

Adormeci vencida pela exaustão física e mental.

Os sons dos pés calçados em armaduras e a agitação alfinetaram meus ouvidos assim que o dia clareou.

Abri os olhos pesados e cheios de sono. Senti os músculos do meu corpo inteiro protestar a mínima menção de fazer algum esforço.

Acomodei Matilda no braço de Mirph e levantei-me seguindo até meu noivo, que não percebeu a minha chegada e silenciosamente me posicionei alguns passos atrás dele.

Do outro lado da janela os guerreiros de armaduras douradas me deixou inquieta e tudo piorou quando percebi a que reino aquele exército pertencia, mas não comparou a perturbação causada quando Thranduil surgiu por entre seus soldados, grandioso e tão imponente em sua armadura real, ele exalava confiança a quem o olhasse apenas em seu modo de cavalgar, e sensação de vitória apenas com sua face tranquilamente soberba e seu peito estufado cheio de si.

Meus pés tentaram me forçar a ir até ele e meu corpo estremeceu em vergonha ou exaustão – não sei dizer -. Vê-lo novamente me levou a questionar a que ponto eu poderia deixar a minha sanidade dominar os meus desejos.

“Vamos, Melrise. Ele é apenas um elfo. Rude, mas ainda assim... não passa de alguém detestável e cheio de amargura”. Disse a mim mesma antes da ânsia agitar o meu estômago vazio e meu corpo suar frio, começando pelas mãos e subindo até a cabeça, me causando uma tontura irritante.

Levei uma das mãos à boca e sai correndo pelo lado oposto do exército até encontrar a primeira vala, e desprezei lá o líquido amargo que meu estômago liberou. Thranduil costumava me causar isso todas as vezes desde o dia em que me descobri grávida. Desde aquela época meu estômago revira e despeja todo seu conteúdo por causa do nervosismo da batalha travada entre meus desejos, minha tristeza e minha razão.

— Mel, o que houve? -  A voz de Kirkel surgiu atrás de mim, segurando firme meus ombros. - Ouvi seus passos.

— Vai embora Kirkel, não quero que veja isso. - Na verdade, ninguém deveria saber sobre o quanto a figura do rei ainda me afetava.

Despejei mais líquido na vala e quando levantei a cabeça vi o mundo girar. Virei sentando-me no chão, Kirkel apressou-se a me sustentar por trás.

— Acho que tudo isso está sendo demais pra você, meu amor. - Sussurrou, acariciando meus cabelos. – Acalme seu coração.

— Estou bem. 

— Eu não chamaria isso de estar bem. - Ele respondeu, olhando o vômito composto apenas de água e resquícios de maçã depositado na vala.

— Eu estou bem, Kirkel. - Afirmei. Não poderia deixá-lo pensar que estava mal por causa da presença repentina de Thranduil. - Acho que precisamos de comida.

— Pelo que estou vendo, você precisa mais do que eu. - Ele disse com um sorriso tentando aliviar o meu estado.

Respirei fundo e assenti. Na verdade, a fome era a menor dor que eu estava sentindo naquele momento.

Mesmo eu protestando, Kirkel ajudou-me a levantar, ele entrelaçou seus dedos em minha mão e seguimos novamente até o cômodo onde minhas irmãs estavam. Com ele eu me sentia segura. Estava começando a sentir algo por ele, algo que nem eu mesma sabia dizer.

Acordei minhas irmãs e, juntas, tentamos nos limpar de todo o resquício da imundície que ainda estava impregnado em nós por causa da Cidade do Lago. Kirkel conseguiu um pouco de água para nós. Após nos recompormos, fomos em busca do que faríamos naquele dia.

— Vamos Kirkel, precisamos de você para carregar os mantimentos. - Um senhor chamou-o, despertando-nos para sua mão.

Kirkel e eu nos entreolhamos sem entender. O homem que nos abordou estava carregando um cesto cheio de pães e um sorriso radiante na face.

— Onde conseguiu isso? - Perguntei apontando para o cesto.

— O rei da Floresta das Trevas nos abasteceu com alguma comida e mantimentos. Estamos a salvo, pelo menos por alguns dias.

Após responder o homem saiu apressado e um tanto contente. Kirkel acariciou meu rosto e seguiu até o alvoroço na direção dos elfos e eu corri novamente para dentro da casa. Desejei ir até a janela, mas me segurei, não queria vê-lo de novo, não me valeria de nada.

No fim da tarde eu estava ajudando a atar novos curativos na grande fila de pessoas feridas pelo fogo e escombros quando Bard finalmente me abordou:

— Melrise? - ele chamou minha atenção com um leve aceno.

Levantei a cabeça e o observei se aproximar.

— Boa tarde, Bard. Como vão as coisas?

— Não tão boas. Por favor, venha comigo. - Bard pediu e eu assenti.

Entreguei as ataduras a outra mulher e levantei-me, após retirar o avental e o segui a passos firmes.

— As negociações já começaram? - Perguntei curiosa enquanto andávamos para fora da casa.

— Tentei convencer Thorin a honrar com sua palavra, mas ele parece dominado por aquele ouro. Foram horas de conversa para nada, pois a soberba tomara conta de seu coração.

— A doença do dragão. - Sussurrei preocupada. – É claro que ele está possuído pelo sentimento de posse.

— Ao que me parece sim. Infelizmente ele escolheu a guerrear conosco ao invés de doar uma pequena parte de sua riqueza.

Desgraçado soberbo.

— E Thran… - Freei a minha língua e corrigi as minhas palavras. Me dirigir intimamente a um elfo que eu supostamente não conhecia só levantaria suspeitas, e Bard não era idiota, não mesmo. - O rei élfo, como ele se posiciona? Na verdade, por que ele está aqui?

— Thranduil quer guerra. - Ele respondeu fazendo careta de desgosto. – Por isso ele veio.

— Espera! - Segurei o ombro de Bard. - Quer guerra?!

— Sim. O objetivo dele é guerra desde o início.

— Mas por que as riquezas dos anões o interessam tanto, já não basta o que os elfos tem? - questionei indignada.

A riqueza não o interessa, Melrise. Ao que me parece, dentro daquela montanha está uma das heranças dos elfos de Gondolin, são as chamadas Gemas de Lasgalen. Acho que essas gemas representam algo especial para Thranduil. Agora, venha comigo, por favor. Temos pouco tempo para ver o que faremos.

Segui Bard pensando o quão importante eram algumas pedras brilhantes para Thranduil que chegasse a levar a uma guerra e a morte de vários elfos, anões e homens. Era ridículo! Ele tinha tantas joias em sua posse que não se importara de doar algumas muitíssimo valiosas para uma reles humana como eu!

*

— Os anões não estão mesmo dispostos a ceder. - Bard conversava comigo e Kirkel esclarecendo o diálogo que tivera com o rei Thorin Escuro de Carvalho. - Eles estão dispostos a guerrear e nós vamos nos juntar ao exército de Thranduil contra eles. É o melhor a se fazer.

— Bard, isso é loucura! - Protestei. - Não há a chance de ao menos negociarmos algo mais simples com eles?

— Como disse, Melrise, o coração de Thorin está doente. Ele está cego e sendo consumido pela soberba. Acha que poderá guerrear conosco e está disposto a sacrificar tudo o que tem para isso, e não dará um vintém para qualquer povo que não seja o dele. - Bard esclareceu e deu um longo suspiro. - Bem, nós também vamos lutar. Não temos mais nada a perder, não é? Passamos fome, frio, não temos roupas e nem por onde recomeçar nossas vidas. Valle pertence a eles também e poderíamos ser expulsos a qualquer momento. Precisamos lutar pelo nosso direito agora.

Engoli em seco. Guerra?! Eu não queria participar daquilo e nem ter nada a ver com algo tão brutal. Eu sempre achei que os problemas deveriam ser resolvidos com bom diálogo e cabeça fria. Afinal, para quê aquele maldito anão precisava de tanto ouro? Nem se vivesse milhares de anos conseguiria gastá-lo.

— Bard, sinto muito, mas não consigo aceitar isso. Deveríamos procurar outra solução mais pacífica. Não podemos perder mais homens numa guerra. - Sugeri. Bard estava me deixando a par de todas as decisões e sabia que ele respeitava minha opinião e a de Kirkel. E, apesar de tudo, Bard era um homem pacífico e sei que ele não queria chegar tão longe.

— Eu também acho isso. Porém, Thorin está louco e não está mesmo disposto a ceder através de diálogo. Os demais anões o apoiam por ele ser o seu rei. E pelo desdém e abandono que os elfos tiveram quando eles perderam a montanha, não estão dispostos a ter diálogo algum com Thranduil e este, por sua vez, irá guerrear de uma forma ou outra. Podemos nos sustentar no exército dele, afinal são habilidosos e tem armaduras.

Passei minhas mãos pela face agoniada e olhei ao meu redor. As pessoas já estavam se preparando para a batalha, recebendo espadas, armaduras e capacetes de ferro. Homens que nunca estiveram numa guerra e mal sabem embainhar uma espada sendo forçados a lutar pelo incerto.

— Olhe ao seu redor, Bard. - Kirkel notou meu olhar vidrado naqueles pobres homens e se posicionou. - Não sabemos como guerrear. Vamos morrer sem orientação, sem treino. Esses anões nasceram com habilidades e táticas de guerra em suas veias e os elfos passaram os milênios de suas vidas aprendendo. Nós não. A descendência da Cidade do Lago será prejudicada se morrermos e não adiantará termos ouro futuramente, caso os elfos vençam.

— Eu entendo e concordo plenamente com vocês dois, por isso fui até o rei sob a montanha. - O arqueiro esclareceu e senti que meus pés já não tocavam o chão. Toda aquela história de guerra estava me deixando muito nervosa e ansiosa. - Mas não obtive sucesso e estou profundamente magoado por isso, acolhi aqueles miseráveis em minha própria casa quando precisaram. Sinto muito.

Bard encarou-nos envergonhado. Tinha plena certeza que ele dera o seu melhor para contornar a situação, afinal havia pouquíssimo tempo que  fora designado a ser nosso Senhor e estava tendo que lidar com muitos problemas de uma vez só.

Mas eu estava ali. E eu precisava agir em prol do povo desolado por causa desses malditos anões soberbos.

— Me leve até Thranduil. - Pedi para ele, que me encarou sem entender.

— Não! - Kirkel interveio. - Não mesmo. Não a quero perto daquele elfo depois de tudo o que aconteceu.

— Kirk, não pedi sua autorização. - Respondi segura, deixando Kirkel e Bard boquiabertos. Bard não deve estar entendendo muita coisa.

Sai da presença dos dois e praticamente corri em direção a uma barraca dourada que estava escondida entre os muros de Valle com alguns soldados em guarda pelo lado de fora. Reconheci um deles, Hern, que foi o que me resgatou da Floresta das Trevas junto com Thranduil quando me perdi. Ao passar, ele me reconheceu e deu um leve aceno de cabeça. Senti minhas pernas congelarem e tremerem ao encarar a entrada da barraca, mas eu precisava conversar com aquele maldito elfo.

— Thranduil! - enunciei minha entrada repentina. O rei estava tomando algo em sua taça de madeira e lendo uma carta e quase se engasgou.

— Ris? - ele me chamou pelo apelido carinhoso que inventou. Senti vontade de bater naquela face falsamente perfeita dele por causa disso. - O que faz aqui?

Bard e Kirkel adentraram a cabana a tempo de me ouvir responder:

— Nunca mais me chame de Ris! - comuniquei exaltada. - Não tem essa liberdade mais.  

— E a senhorita, então, me faça o favor de se dirigir a mim como Majestade e faça uma reverência. - Ele pediu e eu ri sarcástica, deixando-o desconfortável.

— Majestade do seu povo, e eu não pertenço a ele. Sou humana. Devo lembrar-lhe que sou parte dessa cidade também? Por isso estou aqui. Não pode vir exigir guerra depois daquele maldito dragão matar milhares de nós e nos deixar desamparados.

— Não exigi que vocês se aliassem a mim, senhorita Phalnn. - Ele disse, levantando-se de sua cadeira já visivelmente exaltado. - Ou será que já devo lhe chamar de senhora Lúmien?

O ódio ao ouvir tais palavras subiu-me à face. Ele era inacreditavelmente insuportável a maioria do tempo. Como fui me esquecer disso?

— Não, e o senhor sabe disso, não é? A sua vigia deve estar de olho em mim há tempos. – Provoquei, relembrando do presente que ele me dera no meu noivado. – Mas não é hora para discutirmos isso, Thran-du-il. - peitei ele, sentindo que explodiria a qualquer momento. Não era hora para aquilo, não podíamos perder tempo trocando acusações, então prossegui. - Diga não para a guerra e vamos tentar achar outra solução com os anões. - Praticamente exigi. – Dê um tempo para pensarmos numa tática menos brutal.

— Consiga minhas joias e eu desisto da guerra. - ele sugeriu. - Talvez Thorin caia nos seus encantos e as dê para você.

Mas que grande filho da...

— Melrise não se aproximará de Thorin. - Bard interveio e me livrou da súbita vontade de voar pra cima do rei. - Ele está consumido pelo egoísmo, e nada além dele.

— Então diga a ela que teremos guerra de um jeito ou de outro, com os homens ao nosso lado ou não. - Ele respondeu rude.

— Como pode ser tão mesquinho, Thranduil? Tem joias o bastante e dinheiro o suficiente para alimentar seu povo e mantê-los sãos e salvos por milhares de anos. Mas e nós? Morreremos lutando por algo incerto e vocês ficarão com o tesouro, porque não sobrará mais nenhum homem no final disso...

— Isso não é da minha conta! - ele emitiu, exaltando sua voz. - Venham se quiserem, mas morram ao relento se não apoiarem. A escolha é de vocês! Vocês não me interessam, já meu exército pode ajudá-los a conseguirem parte do tesouro a que tem direito. Serão como sanguessugas, mas não me importo de ajudá-los. 

Bard e Kirkel entreolharam-se e assentiram, dando-se por vencidos. Kirkel encarou-me entristecido e eu sabia que o fazia passar vexame com minha atitude nem um pouco madura.

Balancei a cabeça em sinal de negação para os dois homens decepcionada. Não podia acreditar que ambos se colocariam a mercê de Thranduil dessa forma por causa do tesouro.

— Meus pais morreram pelo fogo do dragão. - falei para o rei, que me encarou chocado. - Quase perdi minhas irmãs e meu noivo. Pelo amor de Eru, o quanto você foi ineficiente ao prender aquelas micro criaturas em suas celas! - gritei o mais alto possível acusando-o, deixando Thranduil constrangido. - Você é fraco, Thranduil. Fraco! As pessoas só o temem porque não o conhecem! Coração de pedra uma ova! Você é fraco feito casca de ovos e qualquer coisa o atinge. Pedras? Jura? Já não há lembranças suficientes dentro de você e espalhadas em seu imenso castelo que o faça se lembrar dela? Isso é como vingança para você, mas saiba que não vai trazer sua mulher de volta! - Cuspi tais palavras para ele, que ficava cada vez mais branco e inerte à minha frente.

— Melrise! - Kirkel tentou conter meu ataque de nervosismo enquanto Bard ouvia chocado. – Acalme-se, por favor.

— Não! - soltei meus braços de Kirkel e o joguei para longe.

Me aproximei de Thranduil e só faltei enfiar meus dedos em sua face quando falei:

— Todos os homens, mulheres e crianças da cidade do lago morreram por sua culpa! Foi soberbo quando os anões precisaram de você a anos atrás, não os conseguiu manter presos e agora está sendo TOLO! E é isso o que você é! Uma capa de tolice adornada em ouro.

Kirkel se aproximou mais uma vez tentando me conter. Encarei-o com fogo nos olhos e ele se afastou. Thranduil engoliu em seco e o senti fraquejar sob minhas palavras. Ele sabia que eu poderia cuspir muito mais segredos dele se eu quisesse.

Ajeitei minhas roupas amassadas e engoli em seco, tentando recuperar o fôlego que havia perdido, notando o olhar questionador de Bard acima do meu.

— Tudo bem, então. Se vão guerrear, eu irei também. – Conclui, controlando a voz. – Me dê alguma arma, Thranduil. Sabe que sou perfeitamente capaz de usá-las.  

— Não! – O som da voz dos três soaram ao mesmo tempo, me deixando perdida em quem a minha atenção deveria focar.

— Jamais permitiria isso! – Thranduil ressoou, chegando um pouco mais perto de mim. – Não chegará sequer perto da batalha, Melrise. Ficará em algum lugar seguro.

— O senhor manda em mim. – Lembrei, recebendo um olhar envergonhado dele.

— Também não permitirei isto. - Kirkel pronunciou firme.

— Tampouco você manda! Eu irei e pronto, está decidido. Luto pela minha família.

— Nenhuma mulher ou criança guerreará, Melrise. Apenas homens. – Bard comunicou um pouco baixo, receoso com a resposta que eu o daria.

Estava cercada por machões? Era isso?

— Pois eu irei, vocês aprovando ou não. – Dei meia volta em mim, contornando Kirkel e indo em direção à saída.

— Permita-me levá-la daqui, e então nós conversamos. – O elfo pediu à Kirk e eu o vi assentir sem ao menos pensar duas vezes.

— O quê?

Estacionada na entrada da barraca, Thranduil pegou-me no colo e me colou em seus ombros, segurando-me firme para não cair enquanto eu me debatia desesperadamente.

— Sinto muito, Mel, mas você está fora de controle. - Kirk disse, vendo-me sendo carregada nos ombros de Thranduil para fora da barraca, indo em direção ao desconhecido.

Peguei o anel que Kirkel me dera de noivado e arremessei nele.

— Desgraçados! Me solte, Thranduil!


Notas Finais


Minha nossa! pra onde acham que o rei irá levar a Mel? Acham que ela foi justa, gritando os segredos do rei aos quatro cantos ou ele merece? Acreditam que Thranduil ainda sinta algo por ela?
Gostaríamos de saber!
Até o próximo ♥


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