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História FOR HIM, Jasper Hale - Não me deixe


Escrita por: bellacruellax

Capítulo 29 - Não me deixe




Eu não consegui salvá-la, gritei por ela o mais alto que pude, e tudo o que senti foram mãos geladas me prendendo contra o chão.

— Rebecca, está tudo bem, calma!— a voz de Jasper me despertou e eu abri os olhos escapando do pesadelo, eu estava num ambiente estranho, era aberto demais para ser um quarto de hospital, olhei para o lado e Jasper me encarava preocupado.

— Bella, onde está Bella?— questionei olhando em volta, tinha uma bolsa de sangue abastecendo meu braço direito enquanto o esquerdo estava enfaixado até o cotovelo. Eu estava até com outras roupas — roupas de hospital — e não pude conter a onda de vergonha que senti ao me lembrar que Jasper rasgara minha blusa para estancar meu sangue.

— Ela está bem, teve de ser levada ao hospital, mas você nós podemos tratar em casa.— ele disse, sentou-se na cama e acariciou meus cabelos.

— Onde... eu estou na sua casa?— indaguei confusa, ele assentiu, me olhava sério. Eu não sabia o que falar, ouvir que Bella estava viva bastou para meu desespero passar, sei que Jasper não mentiria sobre isso— Então Edward conseguiu.— completei meus pensamentos, agora sentindo as dores do meu corpo latejarem e coçarem, uma coisa realmente incômoda.

— Ele foi mais forte do que esperávamos, devemos admitir.— Jasper comentou, me olhava com uma tristeza alarmante, e me deixou cautelosa.

— É impossível parar.— eu comentei, talvez devesse ter sido uma pergunta, mas a resposta era óbvia. Jasper assentiu novamente.

— Quando um vampiro começa a se alimentar... é como um estado de frenesi, ele fica preso á sua presa.— ele sorriu de ironia— Os instintos nos dominam e ficamos cegos pela sede por um momento.

— Por que...— pensei bem na pergunta e reformulei— por que ele teve que se alimentar de Bella?

— James a mordeu. O veneno começa a agir imediatamente, e a escolha que Edward teve que fazer não foi fácil. Ou ele tirava o veneno dela ou tirava a sua mortalidade.

— Bella se transformaria?

— Sim, Alice previu que isso aconteceria uma hora ou outra. Com vocês duas, na verdade.— Jasper se levantou e ficou de pé na beirada da minha cama, me encarando enquanto brincava com a coberta sobre meus pés.— Pode ser que você não se lembre, mas... a ultima coisa que você disse pra mim antes de desmaiar foi que não queria morrer.

Eu me lembro, mas permaneci quieta, o encarando.

Jasper baixou o olhar antes de continuar:

— Isso tudo... o que passamos nesses últimos dias... são riscos que podem acontecer cada vez mais, com mais frequência. Você sempre estará correndo risco de morrer, sempre que estiver perto de mim. Seja com outros vampiros, ou comigo apenas, o simples fato de estar do meu lado é um risco á sua vida.— ele falou e eu não quis enxergar o que ele estava querendo dizer.— Eu quase perdi o controle, Becca. Quando você passou sua mão coberta de sangue no meu rosto, eu jurava que...— ele bufou, frustrado, e reformulou a fala— aquele simples gesto me fez quase matar você. Na hora, e eu sequer pensaria.— ele admitiu com raiva, e foi quando olhou nos meus olhos, estavam cada vez mais escuros.— Eu tive que me afastar de você por umas horas, e aquilo doeu de todas as formas possíveis. E agora eu aceitei ver que, se a situação fosse o contrário, se eu tivesse que beber seu sangue... eu não teria conseguido como Edward conseguiu.— ele balançou a cabeça e desviou o olhar de mim novamente.

— Você... deixaria que eu me transformasse, então?

— Ah, deixaria.— ele admitiu sem pestanejar.— Deixaria porque sou egoísta demais a ponto de te querer comigo até o fim do mundo, e para todo o sempre. Eu não sou meu irmão. Eu não posso nem mentir sobre como eu adoraria que você se transformasse, pois assim eu a teria pela eternidade. Mas isso...— ele bateu no próprio peito com força— esse monstro que eu sou... minha vontade de te ver transformada é superada pelo medo de te ver magoada com o que você se tornaria.— ele balançou a cabeça, seus olhos encontraram os meus e eu senti minha garganta dar um nó com o choro que prendi. Ele parecia com dor e seu olhar torturado me deu forças para eu me sentar.— Meu Deus, eu quase te matei.— ele se ajoelhou depois de ficar um segundo em silêncio. Eu odiava vê-lo assim então me levantei com um protesto enorme das minhas costas, e manquei para o seu lado, me ajoelhando de frente á ele. Minhas costelas gritaram, eu mal conseguia respirar direito, precisaria de ajuda para me erguer de novo.

— Você sequer me arranhou, Jazz.— pousei a mão na sua perna e ele encarou meu gesso por um momento longo.— Eu estou bem, eu estou aqui. Você é mais forte do que imagina.— baixei a cabeça procurando seu olhar.— Eu não quero morrer, isso é fato.— admiti encolhendo os ombros— Mas o que não faz sentido é você achar que eu não me transformaria por você.

— Você não quer isso, Rebecca. Eu sei que não.— ele disse, nos fitamos pelo que pareceu um minuto.

— A verdade é que eu... nunca tinha pensado nisso.— falei, e era verdade mesmo.— eu só pensava no agora, no daqui a cinco minutos, cinco dias. Porque no agora, você está comigo, e nada mais importa. Eu sequer olho para o futuro.

— Eu sei que já olhou, Becca.— ele balançou a cabeça— Sei que pelo menos um minuto, você lamentou o fato de que você vai envelhecer e eu, não. De que nunca vamos ter filhos, de que você teria que viver nas sombras para todo o sempre caso se transformasse. Olhe aqui.— ele levantou meu braço bom e abriu minha mão á levando para seu peito. Não há batimentos cardíacos ali— Eu sequer estou vivo.— ele disse, amargurado.— Você sabe disso. Você me disse que não quer morrer, Rebecca, isso pode não ser a morte, mas te garanto que muitas vezes é muito pior.

— Para, Jasper.— puxei minha mão de volta e ele não me impediu— eu não estou gostando do que você está falando, não estou gostando do rumo que essa conversa pode tomar.

— Você acha que eu estou gostando?— ele me olhou, parecendo indignado— Eu também tento só olhar para o agora, Rebecca. No entanto, em um estalar de dedos, pelo menos para mim, já se passaram vinte anos, cinquenta. Eu vou ser o mesmo. O tempo não me afeta, mas vai afetar você. Você não quer morrer, e nós dois sabemos que só há uma forma de prevenir isso. Esse risco todo...

— Não.— eu neguei interrompendo-o, a voz recoberta de raiva enquanto eu me levantava me apoiando na maca e em Jasper— Você não vai terminar comigo.— balancei a cabeça, me sentindo tonta só de pensar.— Você não vai me afastar, Jasper! Não tem o direito de fazer isso!

— Você não quer morrer.— ele repetiu a meia voz.

— Para de jogar isso na minha cara!— eu gritei, e logo me arrependi, minhas costelas me enfiaram facas por todo meu tronco, fiz careta prendendo o fôlego e ele se levantou.— Eu sei o que eu quero!— acrescentei mais baixo.

— Não, Rebecca, você não sabe! E eu não posso te forçar á isso.

— Bom, você está me forçando a escolher!— eu continuei, precisando parar mais um minuto enquanto controlava minha respiração, meus olhos lacrimejando, Jasper me encarou, o reflexo da minha dor física— Ou eu me transformo por você ou você me abandona? O que você espera que eu diga!? Acha que eu não abandonaria tudo para viver no inferno com você? Acha mesmo!? Que eu não faria tudo por você, por mais que me doesse?

— É exatamente esse o problema, Rebecca!— ele falou em voz alta.— Você acha que eu quero que você lamente o resto da sua vida por não ter tido tempo o suficiente como humana? Eu não posso mentir para você, eu não posso ficar com você pela eternidade nem posso ficar para te assistir morrer! Eu não aguento essa tortura! Eu não posso te forçar á isso...— ele deu um passo para trás e eu senti meu coração falhar enquanto lágrimas escorriam meu rosto.— Talvez por isso... eu devesse ir embora. Para que você tenha uma chance.

Eu perdi o ar, aquelas palavras me machucaram como nunca antes. Eu nunca fui de me abalar pelo que os outros falam, mas se Jasper o faz ele pode me destruir como ninguém. Cambaleei até a cama e me sentei por não aguentar mais ficar de pé, o olhar perdido.

— Você acha que só pode me matar de um jeito.— eu falei voltando a fita-lo— Se surpreenderia ao ver o quanto isso é mentira.

Ficamos calados e, de repente, eu entendi o quanto o silêncio pode ser alto.

— Minha intenção nunca foi te machucar, Becca.

— Então cala a boca, por favor.— eu rebati— Pede desculpas por sequer pensar na hipótese de ir embora. Diz que nós não estávamos brigando, e que você vai ficar comigo independente do perigo, independentemente se essa relação é destrutiva e que só vai machucar nós dois no final das contas. Eu também sou egoísta, Jasper— falei, controlando o choro, eu precisava de uma respiração regulada e tranquila, aquele não era o melhor momento para uma discussão emotiva— E eu recuso te perder tampouco. Só... Por favor.— eu pedi. As lágrimas se intensificaram e eu senti a necessidade de me deitar de novo, estava com fome e me sentia fraca tanto emocional quanto fisicamente.

Eu me encolhi na cama, sem olhar na direção de Jasper, foi a primeira vez que ele me fez chorar. Enfiei o rosto no travesseiro, irritada com tudo. Com a discussão, com a maldita agulha no braço, com meu medo de perder Jasper de vista, com minhas costas doendo como se eu tivesse sido chicoteada em praça publica. Um minuto se passou quando finalmente o loiro se deitou atrás de mim, abraçou minha cintura me puxando mais para perto, e eu pude ao menos amenizar uma dor.

— Me desculpa.— o garoto de ouro murmurou no meu ouvido, apesar do frio, me juntei ainda mais no seu corpo.— Eu não vou.

— Me desculpa.— eu repeti, porque no fim nós dois estamos errados. Duas crianças mimadas e egoístas, mas que ainda amam uma a outra, estamos com medo de nos perder. Minha respiração foi se regularizando, e Jasper permaneceu quieto, ao meu lado até que eu adormeci de novo, esperando que ele ainda estivesse ali quando eu abrisse os olhos— Eu te amo.— murmurei antes de me afundar no sono, antes de ouvir sua resposta.


— Vamos, Bella, vai ser legal!— eu me animei com a ideia de que Alice nos vestiria para o baile, o senso de moda dela é ainda superior ao meu, fora o fato de que ela nos arranjaria os vestidos mais lindos do que os que conseguiríamos por nós mesmas.

— Olhe sua irmã, ela tem senso!— disse Alice, ranzinza pela resistência de minha cópia. Bella se recusava a pôr o vestido para o baile que enfrentaríamos, botando culpa que seria zoada na escola por causa de sua perna engessada.

— Você sabe que eu vou acabar com a vida social de qualquer um que te zoar, não sabe?— perguntei com a cara de convencida, Alice riu e Bella revirou os olhos.

— Eu sei.— ela cruzou os braços com uma cara emburrada, era uma discussão perdida.

— Vai dizer que você não quer ver o Cullen de terno?— provoquei-a e ela deixou escapar um sorrisinho, corando um tanto.— Vai mesmo perder essa chance de ouro?

— Está bem! Mas essa vai ser a primeira e ultima vez que vou deixar vocês me usarem de cobaia.— alertou ela enquanto eu e Alice comemorávamos.

Enquanto trabalhamos na aparência dela, talvez eu devesse atualizar uma coisa ou outra.

Passou-se duas semanas desde que eu e Jasper tivemos nosso pequeno desentendimento. Não ignoramos o fato, mas o evitamos com louvor, agindo como se tudo estivesse as mil maravilhas. Mas é claro que o mundo não tinha parado de rodar só por causa de nós, então anunciaram na escola que teríamos um baile de inverno. Tudo estava bem com o resto do mundo. E eu ia aproveitar essa festa porque tive muito o quê pensar nesses dias.

Jasper assumiu que me quer como vampira, assim como eu assumi que não quero morrer. Eu faria de tudo por ele, mas eu tinha que ser honesta comigo mesma e ver tudo o que eu perderia também, eu amo Jasper mais do que a mim mesma, mas isso não impede que eu ame também minha família. Quando os rapazes estiveram fora para se alimentar, eu prensei Bella contra a parede e é claro, eu consegui as respostas que queria. Bella, ao contrário de mim está mais que pronta para ser transformada, mal parecia se dar conta de que quando acontecesse, nós morreríamos para os nossos pais, amigos e familiares. Não poderíamos criar raízes ou nos apegar a outras pessoas, novas amizades, porque no fim, seria tudo o mesmo, os assistiríamos morrer, mas nós continuaríamos aqui. Eu pensava nisso vinte e quatro horas por dia. Até mesmo quando estava com Jasper, parte de mim, por menor que fosse conseguia ser pessimista. Mas ai acontece o que sempre me faz esquecer todo o resto, Jasper olha nos meus olhos, beija meu rosto, brinca com meus cabelos ou sorri como um bobo apaixonado para mim. Jasper existe e eu não podia suportar um minuto que fosse sem ele do meu lado.

Nós nos mudaríamos com frequência, e se eu me transformasse tão jovem, sempre enfrentaria a escola. Mas Jasper e eu estaríamos juntos e conheceríamos o mundo.

Meu coração pararia de bater, meus órgãos seriam desnecessários, e nós nunca poderíamos ter um filho nosso. Eu assistiria meus pais envelhecerem, enquanto eles acreditassem que suas filhas estavam mortas. Isso não pode acontecer, as duas de uma vez? Não, eles talvez não aguentassem.

Mas, por Deus, eu seria imortal! Forte, veloz.

Uma prisioneira do sangue.

E se eu matasse alguém? Um inocente que fosse, um pai de família? Eu sou muito impulsiva, eu me conheço, não posso ser hipócrita. Eu sou descontrolada sendo humana, imagine o quão perigosa eu seria como uma vampira recém criada, faminta?

Além de um risco para todos os humanos ao meu redor, eu seria um risco para o amor da minha vida e a família dele, colocaria todos os Cullen sob um enorme holofote. Eu não sei se deveria. Apesar de ter seu lado bom, eu seria uma péssima vampira. Mas, nossa, a eternidade com Jasper, ele sempre seria meu, todo o tempo, o mundo estaria em nossas mãos...

Não é uma decisão para se jogar de cabeça, por mais tentadora que possa ser.

— AH, pronto!— Alice bateu palminhas alegres, trazendo-me á tona, de volta ao mundo real e eu olhei Bella, sua maquiagem leve, seu cabelo cacheado e seu vestido fabuloso, sorri e fingi secar umas lágrimas no canto do meu olho.

— Eles crescem tão rápido!— lamentei e acabei gargalhando quando Bella me mostrou o dedo do meio através do espelho.— Você está linda, quer dizer, sempre foi, mas agora está... excepcionalmente linda. E olha que não estou falando isso porque você tem meu rosto, apesar de favorecer muito.

— Você é ridícula.— Bella riu e Alice agarrou nós duas nos levando até o corredor.

— Bella está descendo na frente, tomem seus lugares.— ela alertou os rapazes no andar de baixo e eu senti meu coração acelerar de alegria. Alice deu uma espanada no meu vestido analisando e deu uma empinada nos meus peitos, coisa que me fez tapar a boca pela crise de riso.

— Não vai pagar nem um jantar?— provoquei-a e ela revirou os olhos, sorridente.

— Jasper sabe que se eu piscar para você ele perde a namorada.— ela zombou rindo comigo enquanto Bella descia as escadas mancando.

— É bom que ele saiba mesmo.— sorri encarando a fada com a cabeça tombada para o lado.— Eu te amo, Alice.— falei e ela não pôde esconder a surpresa, os olhos arregalados e a mão com uma luva elegante que foi ao peito.

— Eu realmente não vi essa vindo.— ela riu e segurou meu rosto com as duas mãos— Eu também te amo, Rebecca.— ela apertou minhas bochechas e me apressou para frente da escada— Vamos, não quer deixar eles esperando.

Eu ri e desci as escadas, teatralmente. Meu sorriso alargou-se ao ver o que eu mais queria ver nesta noite. Jasper Hale de terno no fim da escada. Um terno preto que ficou tão bem nele quanto qualquer outra roupa ficava, mas é claro, desta vez destacou-se ainda mais, mesmo que só por um segundo, ali, esperando por mim, só havia ele. Não havia moveis, chão ou paredes. Jasper era o centro de tudo, a vida e o futuro, e foi naquele momento que eu tive certeza de minha decisão. Eu seria o que ele quisesse. Humana ou imortal. Dei minha alma e meu coração á ele, não havia nada que eu não aceitasse com meu garoto de ouro do meu lado.

— Ah, minhas garotas!— a voz do meu pai, esganiçada, me tirou do meu transe de amor platônico por um momento. Eu e Bella nos entreolhamos e fomos abraçar o velho antes de nos afundarmos no nosso mundo privado com nossos namorados.— Vocês estão tão lindas, Renée choraria no meu lugar.

Nós duas rimos no abraço apertado que ele nos deu.

— Eu não acredito que você esteja lá muito melhor, papai.— comentei e ele apertou meu braço como se fosse me beliscar.

Não demoramos a sair da casa, e eu não demorei a ficar babando em Jasper durante a viagem de carro até a escola.

— Você vai me ressecar se continuar assim.— Jasper alertou rindo.

— Eu já te falei o quão magnifico você está?

— Só nos últimos dois minutos? Deixe-me contar... doze! Doze vezes!— Edward se meteu e eu revirei os olhos.— Nem Bella me elogiou tanto, e olha que eu sou muito mais bonito.— gabou-se ele e eu ri de deboche.

— Vá sonhando, senhor Cullen— lhe mostrei a língua pelo retrovisor.

— Ei.— Jasper segurou meu queixo virando meu rosto para si.— Você está perfeita.— ele sorriu de um jeito perigosamente cafajeste e começou a beijar meu pescoço me arrancando suspiros.

— Ah, por favor!— Edward reclamou.

— Cala a boca!— eu e Jasper gritamos para ele ao mesmo tempo e todos rimos, até Bella, apesar da carranca por estar sendo arrastada para a sua definição de inferno.

[...]

— Sabe, eu me toquei de uma coisa hoje, bem, eu meio que já sabia a resposta para isso, mas... hoje veio a prova de que estava mais que decidido.— comentei, já era a metade do baile, eu e Jasper balançávamos abraçados num canto isolado, os narizes a milímetros de distancia, nos encarávamos fixamente, e era um daqueles momentos que você sabia que se lembraria, porque possui uma carga tão pesada do seu amor que você poderia esquecer tudo, menos esse momento.

— E?

— E, sim. Eu vou me transformar.

— Não vamos discutir isso hoje, não agora. Você deveria aproveitar.— o loiro se esquivou e eu balancei a cabeça.

— Se meu coração bate ou não, Jazz, não importa. Eu quero ir para o inferno com você, esta é minha decisão.— declarei e Jasper sorriu de lado.

— Não precisa ser porque eu disse que queria, Becca.

— E não é só por isso.— garanti— Mesmo que você se canse de mim...

— Eu nunca vou me cansar de você.— ele me cortou. Falávamos em voz baixa e meu Deus, eu me sentia no paraíso. Só por ele estar me olhando daquele jeito, com as mãos na minha cintura.

Se cansar... depois de eu te arregaçar pela audácia de "me superar"— ele riu comigo— é claro, eu ainda vou querer conhecer o mundo.

— Eu te levo para onde você quiser, meu amor.— prometeu ele, puxando-me mais para perto e eu encostei a cabeça no seu peito fechando ainda mais os braços ao redor do seu pescoço.

— Não preciso que me leve, preciso que esteja ao meu lado.

— Estarei.

— Promete?

— Prometo.



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