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História The Other Side Of The Arrow - Algoritmo


Escrita por: QueenB1 e SofiaMartins

Notas do Autor


Hoje é dia de descobrir o motivo de Felicity Smoak falar tão descontroladamente com Oliver Queen hahahah

Capítulo 2 - Algoritmo


Fanfic / Fanfiction The Other Side Of The Arrow - Algoritmo

"Você disse "ei, qual é seu nome?". Bastou uma olhada. E agora nós não somos mais os mesmos. Sim, você disse hey. E desde aquele dia, você roubou meu coração. E você é o único culpado. 

Avril Lavigne - Smile."

Felicity Smoak

Starling City

➸ 2006

No dia seguinte, os corredores estavam mais agitados do que o normal, todos os estudantes estavam animados e ansiosos para a festa de hoje à noite. O que me surpreendeu. A diretoria era rígida com as regras. Gostaria de descobrir quem foi o astucioso que havia conseguido planejar uma festa no campus.  Ouvi sobre isso durante a manhã inteira. Cooper parecia frenético com a ideia. 

Me arrastando até minha sala, devido ao sono impertinente, memorizei uma nota mental sobre ficar durante a madrugada inteira no computador.  

Eu poderia jurar que meus olhos estavam quase se fechando, quando alguém parou abruptamente em minha frente. 

— Bom dia, Felicity. - Pisquei rapidamente, constatando que precisava de um café.  

Daryl segurava as alças da mochila, como se elas pudessem desprender-se dos seus braços.   

— Bom dia, Daryl. - Me desviei dele e continuei meu caminho. 

Ao meu encalço, ele tentou acompanhar meu ritmo, o que não era difícil.  

— Acho que finalizei o vírus. Quero que veja. 

Confirmando com a cabeça, levei minha mão até minha boca, escondendo um bocejo.  

— Você está bem? Parece cansada. - Disse, fiscalizando meu rosto. 

—  É... - Pausei, para mais um bocejo. — Só estou ocupada demais com muitos trabalhos. O que me custa noites de sono. 

Ele ficou em silêncio. Parecia ponderar sobre algo.

— Eu posso fazer seus trabalhos. - Falou em um tom tímido.  

Olhei para Daryl. O menino de corpo franzino, se encolheu ainda mais.  

— Não precisa, Daryl. Os trabalhos são meus. Você precisa se preocupar com os seus, mas agradeço.  

Um braço foi lançado sobre meus ombros, me chamando a atenção. Cooper beijou minha cabeça, e começou a andar ao meu lado. O que fez Daryl imediatamente ficar para trás.  

— Animada para a festa de hoje à noite? - Perguntou, olhando para frente. 

— Dispenso. Minha cama me espera para uma longa noite de sono. - Respondi, ajustando a alça da mochila que deslizava do meu ombro.  

— Você não está entendendo, a festa é do Queen. O que significa que não vai ser uma simples festa. 

De relance, assisti a animação explícita no rosto de Cooper, tentei disfarçar a surpresa ao ouvir aquele sobrenome.  

— Eu não vou, Cooper. - Decretei, retirando seu braço de mim. — Nos vemos depois, tenho uma aula agora. 

— Fel? - Balancei a cabeça negativamente enquanto andava para  longe dele. Usar o apelido que minha mãe usava, era apelativo. — Espero que mude de ideia. - Gritou de volta. 

O que não iria acontecer.  

Eu não iria para a festa de Oliver Queen... 

— ... nem se alguém me oferecesse um emprego na polícia como hacker legalizada. -  Proferi o resto do pensamento.  

➶ ➷ ➸

Para os ansiosos a noite demorou a chegar, para mim, ela chegou mais rápido do que eu esperava. Deitada em minha cama, encarei o teto branco do quarto. Os fones em meus ouvidos me impediam de ouvir o que Cooper e Adam conversavam enquanto terminavam de se arrumar. Eu não estava interessada, no entanto. Uma toalha foi arremessada ao meu rosto, me fazendo jogá-la de volta na direção de Cooper.   

Ele se aproximou, sentando na beira da cama. O olhei rapidamente, antes de focar novamente o teto.

— Não acredito que você não vai. - Ouvi sua voz assim que ele puxou um dos meus fones.  

— Vamos logo, Cooper. Deixa a noiva cadáver descansar. - Adam piscou para mim quando arqueei uma sobrancelha em resposta. 

Rindo, Cooper sumiu do meu campo de visão junto com Adam. O barulho da porta me confirmou a saída de ambos. 

Encarei a pilha de cópias que eu precisava ler. Eu tinha duas opções: ou eu lia agora, ou lia depois. Um impasse. 

Optei por ler agora - mesmo com o som predominando lá fora. Assim eu poderia aproveitar a madrugada para dormir, e parar de me arrastar pelos corredores. 

Me sentei na cadeira em frente ao computador e o liguei, vendo a foto de fundo de Donna e eu no último natal. Ri, vendo a discrepância entre nós.  

Respirei fundo antes de encarar aquela pilha de papéis mais uma vez. Puxando o primeiro, olhei o tema. 

"algoritmos." 

Algoritmo era basicamente a alma do computador. As instruções do que ele deveria fazer.  

Se para todos os problemas da vida sempre houvesse um algoritmo, tudo seria mais fácil? 

➶ ➷ ➸

Um barulho repentino me fez abrir os olhos abruptamente. Uma dor se manifestou em meu pescoço. É o que acontece quando se dorme literalmente com a cabeça nos livros. 

Forcei minha mente a lembrar das últimas coisas que li. 

Batidas sincronizadas na porta me chamaram a atenção. Dando lentos passos, a abri, pensando em quem poderia ser.  

— Tem uma festa acontecendo lá fora. - Ele disse normalmente como se não fosse estranho ele estar aqui.  

Com as mãos nos bolsos da calça, Oliver se mantinha de pé em minha frente.  

— Gostaria de descobrir quem é o anfitrião dessa festa. Eu diria que ele é um idiota por atrapalhar meus estudos. - Sua expressão se tornou séria. 

— Talvez ele tenha motivos para bancar uma festa justo no campus. - Se defendeu. 

Revirei os olhos. 

— Eu sei que essa festa é sua, Oliver.  

Fitando o chão, ele deu de ombros e um sorriso largo brincou em sua boca, ao se voltar para o meu rosto.  

— Minha mãe me ensinou a ser claro com as palavras, a verdade é que organizei essa festa por sua causa. Achei que te encontraria lá. - Não havia um resquício de vergonha no que ele dizia. 

— Vou considerar que está obcecado por mim... - Fechei os olhos para a palavra forte que usei, quando os reabri, Oliver Queen sorria docemente.  — Desculpe. - Forcei um sorriso.  — Obcecado tem uma definição forte...  É como se eu estivesse acusando você... Não que eu esteja... eu só.... - Controlei minha boca. 

O que realmente estava acontecendo comigo? Eu estava falando descontroladamente na frente de Oliver Queen. 

— Eu posso entrar? - Apontou com o dedo indicador.

Acenando com a cabeça, me afastei para liberar uma passagem. Ele passou por mim, capturando cada detalhe do quarto. 

— Confesso que esperava ver um quarto todo preto com caveiras espalhadas.  – Ele diz sorrindo, ao se virar para mim. 

Seu olhar não tem nada de recriminador, apenas curiosidade.

— Por que todo mundo pensa isso?  Gosto de caveiras, mas não sou fã de ficar olhando elas 24 horas por dia. - Falo, enquanto saio da segurança da minha porta e caminho para sentar. 

Aponto a outra cadeira em minha frente - cujo dono era Cooper - e ele se acomoda como se já conhecesse o lugar. 

— Gosto do seu estilo. - Ele diz me avaliando dos pés à cabeça, me deixando desconfortável. 

Me remexo procurando ficar ao máximo confortável, apesar da sua presença tornar isso um pouco difícil. 

— Aposto que você não veio até meu quarto para me dizer isso. - Ele esbanja um sorriso que, meu Deus... tenho certeza que outra menina estaria se atirando para ele agora.

— Não, realmente não. Vim porque queria te ver, como já disse antes. E saber por que prefere estar trancada aqui enquanto tem uma festa animada lá fora. 

— Não me interesso muito por festas, bebidas e música alta. Só quando estou no clima, coisa que claramente não é o caso de hoje. Só queria ficar sozinha para poder estudar em paz. - No momento em que as palavras saíram da minha boca, percebi que fui um pouco grossa, outra vez, para variar.

— Entendi. E pelo jeito estou te atrapalhando. - Disse um pouco brincalhão, mas cauteloso, como se estivesse pronto para sair pela porta. 

O pensamento surpreendentemente me deixou incomodada.

— Não me interprete mal. Eu apenas prefiro ficar no meu quarto. - Controlo minha língua, tentando ser gentil o máximo que posso.

— Tudo bem... Então se você não se importar, gostaria de ficar aqui. - Oliver se inclinou, descansando os cotovelos nos joelhos, e unindo suas mãos. 

No mesmo instante me sinto insegura e nervosa. Penso mil coisas e nenhum dos pensamentos são o que meu “Felicity Normal” pensaria. Juro que não consigo entender minhas reações perto desse cara. Preciso aprender a me controlar melhor, definitivamente!

— Não acho que seria lógico você dar uma festa e se manter ausente dela, porque prefere ficar em um quarto no campus. - Digo, esperando que ele entenda minha mensagem e saia logo daqui. 

Acho que apenas longe da sua presença posso manter o controle das minhas emoções.

— Não se preocupe com a festa. Todos estão mais do que ocupados para pensar em mim. E eu garanto que não tem lugar melhor para ficar. - Minhas bochechas inflamaram com sua cantada. 

Espera aí, isso foi uma cantada? 

Meu Deus, Felicity, você está começando a ficar louca.

— Hum, se você insiste. 

Me levanto e vou até a geladeira - que agora agradeço fortemente pela insistência de Cooper em colocar uma dentro de um quarto - e pego dois refrigerantes. Algo na minha mão vai me distrair. 

Sento e entrego um a ele. 

— Por que você mora no campus? - Ele abre o seu e dá um longo gole. Observo antes de responder e abrir o meu.

— Não queria mais morar com minha mãe. Já me sentia pronta e capaz de me virar sozinha. Eu apenas saí e vim morar aqui. Além de ficar a um pulo da universidade, tenho minha privacidade.  - Oliver me olhava atento, prestando atenção realmente ao que eu dizia.

— Você não se dá bem com sua mãe, é isso? - Tomo um gole do refrigerante deixando o líquido se espalhar pela minha garganta, esfriando meus nervos.

— Digamos que somos diferentes em vários aspectos e isso nos gera alguns conflitos. Mas não algo muito grave. - Tento falar o mais natural possível. 

Não me sinto confortável falando da minha intimidade com minha mãe e falo apenas o necessário para acabar com sua curiosidade.  

— Vamos falar sobre você agora. Por que preparou essa festa hoje?

— E quem disse que festas precisam ter motivos para serem feitas? Eu gosto da agitação que isso proporciona. Estamos na idade de aproveitar, e aqui entre nós, faz um bom tempo que essa universidade não tem uma diversão. 

Ele não estava errado sobre essa parte. Fazia um bom tempo que não tinha uma comemoração por aqui. E logicamente teria que ser o Oliver Queen para proporcionar isso para os pobres alunos tristes.

— Eu ainda não entendo o que você faz aqui se tem uma festa lá fora. - Circulo a borda da lata em minha mão como alguma ocupação no momento.

— Já disse, prefiro sua companhia. E festas eu tenho o tempo todo. Agora ficar ao seu redor, presumo, que não seja fácil assim. – Inclino minha cabeça, questionando sua resposta.

— O que faz você ter essa leve obsessão por mim? Nem nos conhecemos! - Ele me encara sério por uns segundos, como se estivesse se perguntando o mesmo.

— Sinceramente não sei responder. Apenas gostei do que vi na hora que esbarrei em você. – Deu de ombros como se isso fosse o mais simples motivo para ficar na minha cola.

— Sinto lhe informar, Oliver, mas se você está tentando entrar nas minhas calças, você pode dar o fora daqui. Não quero nada com você. – Falo firmemente, mesmo com certas partes do meu corpo dizendo o contrário.

Ele riu. 

— Calma, Felicity. Não estou aqui para isso. Apenas gostei de você, sem expectativas. Que tal deixar rolar e ver se não criamos uma amizade? - Pergunta inocentemente, e eu penso se ele está apenas fingindo ou falando a verdade.  

Talvez ele quisesse me usar como usa Daryl. De qualquer modo, nada entre Oliver e eu iria se concretizar. 

— Tudo bem. Acho que posso aceitar isso. Você não deve ser de todo um mal pra mim. -  Oliver solta uma gargalhada que me faz admirar rapidamente o quanto ele é bonito. 

O rosto completamente sem indícios de uma barba. O cabelo na altura das orelhas, lisos em um tom castanho claro...

Adam interrompeu meus pensamentos ao entrar no quarto, e no mesmo instante, notei que tinha abusado da bebida.

— O que esse mimadinho está fazendo no meu maldito quarto? - Cuspiu as palavras, aumentando um pouco a voz e esbarrando no aparador ao lado da porta. 

Me levanto rapidamente deixando meu refrigerante no aparador - baqueado - e seguro seu corpo com o meu, levando-o até a sua cama. Me questiono onde está  Cooper, que não veio ajudar.

— Não é da sua conta, Adam. Você tem o quê na cabeça para beber desse jeito? - Repreendo ele como uma mãe às vezes. Isso é um saco.

— Me erra, Felicity. Só vim buscar minha carteira que esqueci. - Adam faz menção de levantar, e o empurro de volta sem nenhum esforço. 

Ele fecha os olhos como se não aguentasse o peso da própria cabeça. 

Deus me ajude com esse bêbado! 

— Você precisa de um bom banho. E como não sou eu a te dar esse banho, vamos esperar o Cooper. - Ele solta um gemido em  protesto, mas não abre os olhos.

— Precisa de uma ajuda com ele? - Por um minuto esqueci da presença de Oliver aqui. Me viro e o vejo em pé observando Adam.

— Não. Não se preocupe com ele. Ele é um colega de quarto e vou esperar o meu outro colega de quarto chegar para dar um banho nele. - Pausei, tentando contar mentalmente quantas vezes repeti "colega de quarto". — Até porque não vou fazer isso. - Ele me observa com uma cara de poucos amigos. 

Confesso que não entendi sua expressão.

— Você é algo além de amiga para eles? - Me questiona, colocando as mãos nos bolsos da sua calça jeans. 

— Não. Apenas amiga. Por quê?  

— Por nada. Acho que já vou indo, então. Tem certeza que não precisa da minha ajuda aqui? - Seu olhar se direciona para Adam.

— Não, mas obrigada. Vou esperar o Cooper. Só torço para ele não voltar bêbado também. - Dou uma risada meio nervosa. 

Penso na possibilidade de pedir para ele ficar um pouco mais. Senti um leve desconforto com a sua despedida, mas ignoro esse pensamento e controlo minha pressão arterial.

— Pode me emprestar o seu celular? - Oliver estende sua mão aberta esperando pelo aparelho.

Estranhei, mas não questionei. Apenas o depositei em sua mão. Segundos depois o dele apitou, e um sorriso se formou em seus lábios.  

— Aqui.  - Me entregou o celular e seus dedos esbarraram nos meus, causando um leve choque. 

Olho imediatamente para o seu rosto à procura de algum sinal de que ele sentiu o mesmo, mas não encontro nada. Sua expressão está totalmente neutra.  

— Gravei meu número no seu celular. Qualquer coisa que precisar pode me chamar, até mesmo para ajudar se seu outro amigo chegar bêbado.  

— Obrigada. Pode deixar que eu chamo... se precisar, é claro. - Com certeza não iria chamar, mas preferi concordar com sua ideia.

Antes de sair, ele fez menção de se aproximar para um beijo de despedida, mas não o fez.

Será que fiquei louca ou Oliver Queen   iria se tornar minha perdição?


Notas Finais




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