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História The Other Side Of The Arrow - Software


Escrita por: QueenB1 e SofiaMartins

Notas do Autor


Hi hahaha
Então, já temos 30 favoritos - wow - e queremos agradecer muito, cada pessoinha que veio aqui e deixou um coração, thank u ♥

Ps: que tal deixar um comentário após a leitura? Isso nos incentiva a postar com mais frequência.

Ps2: recomendem a fic para os amigos, a história vai ser incrível e merece leitores legais :)

Ps 3: Desde o início dessa fic eu e Sofia tínhamos um propósito: tratar de alguns problemas frequentes. E um desses problemas é o Bullying que vocês vão presenciar nesse capítulo, então #DigaNãoAoBullying.

Capítulo 4 - Software


Fanfic / Fanfiction The Other Side Of The Arrow - Software

"Minha sombra é a única que anda do meu lado. Meu coração superficial é a única coisa que está batendo. Às vezes eu desejo que alguém por aí me encontre. Até lá, eu andarei só. 

Green Day - Boulevard Of Broken Dreams."

Felicity Smoak 

Starling City

➸ 2006

O barulho em minha volta estava abafado devido aos fones de ouvido, porém, em compensação, a canção de Green Day que estava sendo reproduzida, me deixava calma e desligada. Sentada debaixo de uma longa árvore, eu mantinha meus olhos fechados, relembrando a noite de ontem. 

Quando alguém puxou um dos fios do fone, abri os olhos no mesmo instante. Cooper estava agachado em minha frente, descansando os cotovelos nos joelhos e segurava uma garrafa de suco. 

A luz do sol que escapava dos arbustos, tocava sua pele pálida, exceto por seus olhos que se escondiam por trás de um óculos escuro.  

— Oliver Queen vai ser a minha ruína se ele fizer mais festas no campus. - Aquela frase me tocou de uma forma desconhecida.  

Cooper levou a garrafa até os lábios, mas não chegou a completar sua ação. Mesmo através dos óculos eu sabia que ele observava minhas feições.  

— Quem morreu, Felicity? - Perguntou preocupado.  — Você é estranha, mas agora está excessivamente estranha. 

Balancei minha cabeça negando, e soquei seu ombro, fazendo-o cair para trás. Seu suco virou completamente em sua blusa.

Meu cérebro associou aquela imagem.

Cooper me olhava indignado, sentando-se sobre a grama. Uma mancha longa e escura se formou no tecido branco. 

Aquilo me fez rir. 

Desviando meus olhos daquela cena cômica, olhei para a outra extremidade do pátio.  

Oliver Queen estava lá, me olhando como se nunca tivesse me visto antes. Suas amigas, como de costume, estavam penduradas em seu pescoço. E os caras que o seguiam, como se ele fosse o lobo macho alfa da alcatéia, pareciam envolvidos em uma conversa particular.  

— Felicity, você me deve uma blusa nova. - A voz de Cooper parecia distante. 

Pude ver quando Daryl fez seu trajeto até o grupo, ele segurava um caderno em mãos. Deduzi que era o trabalho. Parando em frente à Oliver, ele o estendeu com uma cara de tédio.  

Em poucos minutos, o grupo de antes, começou a rodear Daryl. 

Daryl era pequeno diante deles. Apesar da estatura média, era magro demais. 

Oliver sorria enquanto bagunçavam o cabelo do garoto. Aquele não parecia o cara que havia conversado comigo na noite passada. 

Pegando minha bolsa do chão, me levantei ligeiramente, ouvindo os protestos de Cooper. 

— Felicity, aonde você vai? 

Levei poucos minutos para atravessar o pátio, e empurrar um dos babacas que rodeava Daryl. 

Cooper segurou meu braço, e se aproximou do meu ouvido.  

— Eu não estou afim de levar um soco por você, Felicity. Vamos sair daqui agora. - Suas palavras saíram tão baixas que mal entendi. 

O sorriso no rosto de Oliver se dissipou. 

— Você ficou louca?! - O cara de antes apontou para a própria cabeça, indicando que falava sobre insanidade. 

— Daryl não é um brinquedo para brincarem com ele. Se quer brincar, compre uma boneca. - Puxei Daryl pelo braço, ele parecia surpreso com minha ação 

Os amigos riram dele. 

Oliver parecia não acreditar que estava me vendo tão perto. 

Voltando minha atenção para o seu rosto, o encarei nos olhos. 

— Você é um idiota, Oliver Queen. 

Deixei aquela maldita confusão para trás ao seguir pelo corredor. 

[...]

As vozes constantes na sala ficaram em segundo plano. Olhando através das janelas amplas, eu podia ver os prédios de Starling City. Eu nunca me imaginei em outro lugar que não fosse aqui. 

Voltei minha atenção para o que era dito, era algo sobre software. O que me interessava, claro.

Por sorte, Cooper compartilhava essa aula comigo. Nossos horários eram trocados, o que dificultava o nosso encontro em algumas aulas.  

Se aproximando como se fosse me contar um segredo, ele cochichou: — O que foi aquilo no pátio?  

Não falamos sobre isso desde então.  

Dei de ombros, fingindo digitar algo em meu notebook aberto. 

— Eu só salvei Daryl daqueles babacas. Assim como faria por você ou por Adam. 

— Você chamou o Oliver Queen de idiota! Tem noção? Eu preciso de festas nessa universidade e você bateu  de frente justamente com o cara que faz a festa. 

Revirei os olhos. 

Não recebendo nenhum tipo de resposta de minha parte, Cooper pareceu encerrar o assunto.  

➶ ➷ ➸

A solidão seria minha companhia essa noite. Cooper e Adam, segundo informações, passariam a noite na biblioteca para finalizar um trabalho. 

Deitada em minha cama, brinquei com meu celular, o rodando entre meus dedos, pensando o que iria fazer no resto da noite.

Uma vibração me chamou a atenção. 

"Eu sinto muito pelo o que aconteceu mais cedo...

Oliver."

Deletei a mensagem. 

E voltei a cogitar a possibilidade de ir no restaurante que ficava algumas quadras daqui. 

Senti uma vibração novamente. Dessa vez excessiva. Não era uma mensagem, era uma ligação. Atendi sem ao menos me dar ao trabalho de fitar a tela. 

— Eu não tenho nada para falar com você, Oliver. - Estava prestes a retirar o celular do ouvido, quando uma voz conhecida respondeu de volta. 

— Felicity? Meu bem, quem é Oliver? Um namoradinho? 

Que droga. 

Bati minha mão aberta em minha testa. 

— Não é ninguém, mãe. - Suspirei. — Como vão as coisas no trabalho novo? 

Esse era, mais precisamente, o vigésimo emprego que Donna arranjava. Ela parecia contente com o último. Um bar agitado nas noites de Starling City. 

— É por isso que liguei... - Ela ficou em silêncio. — O dono daqui tem um bar em Las Vegas... Não sei como dizer isso, mas, ele me ofereceu um emprego em... Las Vegas! - Ela gritou a última palavra. 

— Isso é incrível... - Falei, calculando a distância. Donna e eu tinhamos nossas diferenças, mas eu a amava. 

— Eu sei... - Um suspiro. — Fel, se não quiser que eu vá, eu posso recusar. Sabe que você é mais importante. 

Sorrindo de suas palavras, respirei fundo antes de responder. 

— Mãe, seu sonho era ir em Las Vegas, a oportunidade chegou. É claro que tem o meu apoio.    

— Se eu aceitar, embarco amanhã. - Avisou com hesitação. 

Tentando não demonstrar espanto com a rapidez, forcei um riso curto. 

— Donna com toda certeza vai dominar Las Vegas. Te encontro no aeroporto, mãe.  

Nos despedimos, e eu voltei a encarar o quarto. 

Decidindo que iria ao restaurante, me levantei, recolhendo um casaco. 

As ruas estavam desertas pelo frio, e eu ainda teria um longo percurso até finalmente chegar.  

Atravessando para cortar um caminho, perdi a noção do tempo quando um carro bruscamente parou a poucos centímetros do meu corpo. 

O que foi um milagre para me deixar intacta. 

O responsável surgiu pela porta do motorista, a luz forte do seu farol sobre mim, me impossibilitava de ver seu rosto. 

— Felicity? – No mesmo instante meu corpo correspondeu ao ouvir aquela voz.

— Você deveria prestar mais atenção quando estiver dirigindo, Oliver. – Falo irritada, mas não com ele, e sim comigo mesma pelo fato de que meu coração estava batendo contra o peito de uma forma acelerada. Assim como um veículo em alta velocidade, sem um freio para livrá-lo do perigo. 

E infelizmente a causa não era o susto.

— Me perdoe... - Ele saiu do carro e veio até mim. — Você está bem? Se machucou? - Vasculhou meu corpo. 

— Não, eu estou bem. Eu não prestei atenção na rua, a culpa foi minha. - Admito, sabendo que nesse momento sou  a única culpada.

— Entra, vou te levar para o campus. - Ele diz, pegando em minha mão. 

Seu toque me deixou tonta rapidamente. O modo como seus dedos se fecharam em minha pele me deixou aquecida. Nem sequer fiz protesto quando ele me conduziu ao banco do passageiro e fechou a porta.

Vejo ele entrar pela porta do motorista, e me recrimino por estar dentro do seu carro. Minha sanidade estava voltando ao normal.

— Para onde você estava indo? - Me perguntou enquanto o carro fazia sua caminhada pela avenida.

— Ao restaurante. - Falo baixo, olhando através da janela. 

— Ótimo, eu estava mesmo com fome. Alguma preferência? - O olhei de relance, balançando minha cabeça negativamente, ainda sem acreditar que ele iria jantar comigo.

O caminho foi silencioso. Não demorou muito até Oliver estacionar em um restaurante perto do centro da cidade. 

A aparência do local deixou claro que era um lugar caro. Isso não me surpreendeu.  

Soltei um riso involuntário, o que não passou despercebido por ele, que já estava prestes a sair pela porta. 

— Algum problema? 

— Não sei se você sabe, Oliver, mas nem todo mundo é rico. - Ele sorriu ao ouvir minha ironia. — Sinto informar, mas, eu não sou rica. Esse restaurante deve me custar todo o dinheiro que tenho no banco para bancar minha estadia na universidade.  

Ele olhou para frente, para a entrada do restaurante e coçou o canto da boca. 

— Eu seria um idiota se deixasse você pagar sua conta depois de quase ter te atropelado, Felicity. - Me lançando um sorriso de canto, ele deixou o carro e deu a volta para abrir minha porta. 

Entramos no luxuoso estabelecimento e no mesmo momento me senti extremamente deslocada. A maioria dos clientes eram homens de terno e gravata com mulheres bem femininas, usando jóias brilhantes. Bem o oposto de mim.

Deixando esse pensamento de lado, me deixei ser guiada por Oliver. 

[...]

Sentada na mesa, me atrevi a encarar  Oliver em minha frente. Seu cabelo estava despenteado pelo vento, e suas bochechas rosadas pelo frio. Me perdi observando alguns detalhes do seu rosto enquanto ele lia o menu. Seu olhar inesperadamente suspendeu até o meu, e ele me lançou um sorriso culpado.

— Eu acho que tenho que te pedir desculpas... - Disse tão baixo que me questionei se tinha ouvido bem.

— Sobre o quê exatamente? - Eu sabia sobre o que era. Me recordei da mensagem que eu havia deletado.

— Sobre Daryl. Nem eu e nem meus amigos fizemos algo certo. Foi errado tratar ele daquele jeito. E também não queria que você me achasse um monstro. - Seus olhos me transmitiam verdade. 

E é isso que me consola. Oliver Queen não é tão ruim como pensei.

— Você tem que pedir desculpas ao Daryl, e não a mim. Foi errado, mas você está arrependido. É um grande passo. 

— Obrigado por não me estrangular, ou jogar um copo de água em mim. - Soltei uma risada fraca ao lembrar do ponche.  

— Vou te mostrar que sou uma boa pessoa, Felicity. Alguém que você vai gostar de conhecer... – Ele pegou minha mão sobre a mesa e a segurou. 

Senti aquela mesma corrente elétrica passar pelo meu corpo, mas não me arrisquei a olhá-lo.

Puxando minha mão do seu alcance,  peguei o menu, fingindo avaliar as opções. 

— Você já escolheu? - Perguntei, sem saber o que eu iria pedir.

— Já sim. - Respondeu de volta, com um sorriso presunçoso que eu sabia que estava estampado em seu rosto. 

 ➷ 

Jantamos tranquilamente, conversando um pouco, principalmente sobre a universidade. Olhando para ele sorrindo em minha frente me fez sentir bem, como se fosse algo totalmente natural para mim. 

Oliver era diferente do que as pessoas diziam sobre ele pelos corredores. 

Mesmo que meu nervosismo tenha tomado conta do meu corpo antes, nesse momento, eu só tinha um sentimento de  tranquilidade. 

Entretanto, tudo que eu menos quero é me tornar confortável ao lado de Oliver Queen.

➶ ➷ ➸

Oliver estacionou em frente ao campus e um desconforto momentâneo ao perceber que não irei vê-lo durante todo o fim de semana, me invadiu. 

— O que você está pensando? - Encostou sua cabeça no banco.  

— Nada importante. Apenas nas minhas obrigações nesse fim de semana. - Minto, não querendo que ele deduza meus pensamentos. 

— Vai estar muito ocupada?

— Um pouco. Tenho alguns trabalhos para terminar. - Agora era a mais pura verdade.

— Hum... Pensei em dar uma volta na cidade, fazer algo legal. Você gostaria? - Sua voz vacilou um pouco e ele não olhou para mim quando perguntou. 

Será que ele estava inseguro? 

Não acredito nisso!

— Você está me chamando pra sair, Oliver Queen? 

— Sim. É uma boa oportunidade para você me conhecer melhor. - Dessa vez ele olhou rapidamente e sorriu. 

Fico tentada a negar o convite. Tenho certeza que nada de bom sairá desse encontro. Mas por outro lado não posso negar que estou querendo conhecê-lo melhor. Mesmo que eu nunca vá admitir isso.

— Tudo bem. Eu irei. - Resolvo finalmente ceder. 

— Está falando sério? - Ele disse surpreso.

— Sim. Não tenho nada a perder saindo com você, e pelo menos tem a chance de provar que não é apenas um riquinho mimado. - Sua gargalhada enviou uma corrente elétrica para o meu corpo pela milionésima vez. 

E instantaneamente o sorriso brotou no meu rosto.
 


Notas Finais




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