Capítulo Oito: Best Souls
Finn
A música pode ser o exemplo único do que poderia ter sido - se não tivesse havido a invenção da linguagem, a formação das palavras, a análise das ideias - a comunicação das almas.
-The Pandemonium Of You
Eu entro em casa batendo a porta. E pouco me importando com tudo. Ouço Nick descendo a metade das escadas e parando na metade quase sem olhar sentia seu laranja de desespero e preocupação.
-MILLIE VOCÊ NÃO TINHA O DIREITO. - Digo apontando para ela quase chorando quando entramos no meu quarto. Ela vai para uma azul claro e eu baixo meu tom de voz. - Você viu o quanto eu fiquei mal. Você viu como me faz mal… Você viu como eu demorei… Você viu tudo…
Eu me encosto na parede e as lágrimas que eu continha desciam por minhas bochechas. Ela vem até mim e tenta me abraçar.
-SAI, SAI POR FAVOR. - Eu digo apontando para a porta. - Eu não estou bravo com você mais por favor sai. Eu quero ficar sozinho. - Ela coloca a mão na boca com os olhos marejados, ela sai do meu quarto. Eu vou ao chão e bato com as minhas mãos no mesmo. Uma das únicas pessoas que ainda se importavam comigo eu joguei no lixo por ela ter feito algo que achava ser melhor para mim. Eu me debato na parede sentindo o preto cobrir todo o vermelho que se apossou de mim e grito com a frustração que sinto. Ouço a porta ser aberta de supetão e vejo meu irmão mais velho na porta. Eu me levanto e ele vem até mim.
-Nick.. ela… ela…
-Eu vi Finn eu vi. - Ele me abraça indo para o amarelo. Fico lá por não sei quanto tempo e decido que não consigo mais ficar aqui. Me solto de Nick e voo para pegar minhas coisas. Corro até a porta e Nick se coloca em minha frente.
-Finn…
-Desculpa Nick, eu não posso… - Digo passando por ele. Passo rapidamente pela porta correndo o máximo que posso. As rodas do skate giram rápido. Meus pés me levam até a sala e eu entro correndo. Eu faço o que me levou até aqui, o que faço quando estou triste, e o que me ajudou a esquecer o que aconteceu até hoje. Toco. Vou até o piano e sento no banco, as notas roxas tocadas pelos meus dedos saem pelo grande instrumento
-It’s been a few years since you’ve been gone. That was years and years ago. - Olho para cima com ódio e o roxo vira verde escuro. - I grew up to be exactly what you wanted. - Mudo minha face e canto cheio de saudade com as duas faces, o diabo e o anjo, a saudade e o ódio, o roxo e o verde, você e ele. - I been living the dream that you dreamt up. It’s been a few years with more to come. There’s no bright on these brown eyes. - Canto com dor e com a mesma pergunta de sempre.-How could you do this to me? Cause you are not who i think you are. You said exactly what hurted the most. But silence it’s better than fake lake laughs.And just in time you drifted away. If you hated what was in your head. The fuck would do your mind?- A tristeza e a falta dela tomam meu coração tirando o verde e deixando apenas o roxo e o azul claro.
-Out of love. We talk through lies, we’re made of smoke. Cascading Down. Im hurting now. Just 19 so i’m young and stupid, Only 16 i think you should know. I think you fucked me up. I think, i think you fucked me up. - Eu termino a música com notas azuis. Esse é a única coisa igual para os dois, o azul. Saio da sala e vou até a sacada. Fico lá e admiro a beleza de Washington. Sempre foi a cidade dela. Sinto o branco dela atrás de mim.
-Quer conversar?
-Sim. Você precisa saber o que aconteceu
I dont feel much, but it’s a start
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