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História The Plebeian - Capítulo dois


Escrita por: Gabrieli

Notas do Autor


Espero que gostem!! Perdão se eu decepcionar vocês....
Boa leitura!!

Capítulo 2 - Capítulo dois


Fanfic / Fanfiction The Plebeian - Capítulo dois

O silencio constante chegava a ser constrangedor, se fosse estar em melhor hora, é claro. Naquela situação o melhor era ficar calada, mas o gélido ar de nobreza rondava o ambiente. Estávamos na viagem a um bom tempo, mas ninguém tinha pegado no sono ou tirado um cochilo. Não havia como focar em outras coisas, pensar em momentos felizes até aquele terrível destino. O que estaria esperando por nós? O que seria tão terrível além da morte para que o povo temesse a monarquia? Eram dúvidas que quase sempre rondavam meus pensamentos, como não tínhamos informações sigilosas por trás dos muros do palácio, tínhamos essa incrível visão da imaginação. O que eu achava que só piorava as coisas.

            Tentei ocupar minha mente, preenchendo meus olhos com a decoração interior da carruagem. Era modesta, elegante e antiga. Um perfume suave que eu não conseguia decifrar o que seria, pairava em contraste com o oxigênio. Exalavam um pouco de tranquilidade naquele momento complicado de nossas vidas. O tapete a nossos pés, eram bordados a ouro, os bancos de couro escuro davam um contraste medonho. Um tom de mistério.

            De repente, senti meu coração parar de bater por um breve período assim que senti alguém tocando minha mão que descansava no banco. Sabia que era alguém do meu lado, pois era outra mão, suada e fria. Antes que eu ousasse encarar a jovem ao meu lado, dei uma rápida olhada ao comandante, ele não prestava atenção em mim, mas sim a moça mais distante de mim. Seu olhar era ameaçador, mas não pude ter certeza. Então, direcionei minha atenção a garota.

            Seus olhos castanhos estavam marejados, como se uma onda de emoções fossem transbordar do corpo dela. E por um instante, soube que eu estava me sentindo da mesma maneira, apenas conseguia esconder. Ou ao menos tentava permanecer calma, pelo meu pai e pelo bem da minha família. Seus cabelos estavam um tanto bagunçados, a pele clara dava um toque delicado a tonalidade escura e brilhosa de seus cabelos. Em seus lábios havia um pequeno sorriso, mínimo que fosse e quando ela viu que eu percebera, apertou com mais força minha mãe. Eu retribui o gesto.

_____Meu nome é Sara. ____ela sussurrou, quase não consegui compreender o que ela estava dizendo. Mas como geralmente as pessoas começavam uma conversa daquela forma conclui que minha sugestão estaria correta.

____Me chamo Maria. ____abri um sorriso largo a ela. Aquele gesto a fez suavizar a postura e ela se permitiu abrir um sorriso um pouco maior do que costumava apresentar recentemente.

_____Estou com medo Maria. ____ela confessou quase desatando a chorar. Apertei sua mão mais uma vez para que ela não perdesse o foco. Teria de achar uma maneira para que ela ficasse bem e enquanto eu estaria entretida cuidando da segurança dela eu estaria bem também. Isso livraria minha mente do pior.

____Durma um pouco, querida, eu ofereço meu colo para que você possa repousar. Você parece estar muito cansada. ____tentei falar o mais baixo possível, mas eu sentia o olhar dele sobre nós. Sabia que estaria desconfiado. Então Sara não hesitou, assim que eu me ajeitei ela repousou sua cabeça em meu colo e pegou em um sono profundo. De modo que ela não soltou minha mão.

            Olhei para as outras duas garotas, seus rostos eram sérios e marcados por lágrimas, uma delas estava tão desesperada que soluçava de vez em quando. Estávamos todas desesperadas, mas cada uma surtia as coisas de um jeito diferente. Olhando para o desespero alheio, reparei que a carruagem fazia curvas e mais curvas. Espiei pela cortina e pude avistar o palácio. O magnifico palácio. Os portões se abriram para a nossa chegada e a chegada de outras milhares de garotas. A arquitetura do palácio era incrível, lindo de sua própria forma como se não abrigasse seres tão estranhos e intimidadores. Mesmo sua estrutura sendo de ferro e tendo pouca cor em suas paredes. Mas havia flores por toda a parte.

            Então a carruagem parrou. E o comandante fitou por alguns minutos cada uma de nós, ele levantou e desceu primeiro, antes que ele nos deixasse sozinhas disse:

____Desçam. Veremos quem se manterá viva.

Não pude deixar de notar um ar de ironia em suas palavras, ele havia feito promessa que nos manteria bem e seguras, mas agora não podíamos confiar em nenhum deles. Acordei Sara, e tive que sem a primeira a descer depois do comandante. Fiquei surpresa ao ver que ele oferecia sua mão para que eu tivesse equilíbrio, pensei em recusar e evita-lo, mas eu não queria morrer. Então a aceitei e agradeci não tendo certeza se ele pudesse ter ouvido. Não olhei para trás , para ver se ele havia feito o mesmo com as outras, pois logo senti Sara segurando meu braço e permanecendo ao meu lado. Ouvi a carruagem prosseguir para o lado oposto, seguindo em direção a uma ponte que levaria a uma linda floresta.

____As outras garotas ficaram. ____ela sussurrou em meu ouvido um tanto apavorada. ____Elas não conseguiram.

Fiquei em silencio, temendo que alguém pudesse me questionar se eu falasse alguma coisa ou simplesmente me punir por olhar para trás. Eram muitas garotas, mas a maioria delas eram da redondeza de onde eu morava. Todas estavam confusas e sem ação. Os soldados eram vinham em grande número para nos colocar em filas. Segurei meu colar na mão livre e deixei ser guiada por um deles. Sara demorou para me soltar, mas acabou o fazendo quando o soldado a puxou com mais força.

            Guardas estendiam-se por grande parte da fachada do palácio, suas roupas era cinzas e máscaras negras, novamente sem nenhuma caracterização de humor nas mesmas. Os soldados permaneciam espalhados pelo campo, os portões haviam sido fechado e o comandante estava na ponta de nossa fila horizontal.

____Quem eu tocar considere-se salva. Serão guiadas para seus aposentos no palácio e de lá só sairão quando for a hora. ____ele gritava para que as mais distantes poderiam ouvir. Sua voz era tão áspera e melodiosa, como se fosse o maior prazer do mundo pronunciar palavras como aquelas. ____As quem não forem tocadas, já sabem para onde ir.

Ele sorria com certeza. Mesmo que não pudéssemos ver eu tinha a certeza que ele se deliciava com nosso medo e pavor. Principalmente quando ele passou por várias garotas e não tocou nenhuma até chegar em Sara e toca-la. Passou reto, me ignorando completamente gelei dos pés a cabeça. No outro lado ele acabou tocando em mais pessoas, e fez o número de escolhidas crescer rapidamente. Eram quinze no total, quando ele retornou a repassar a careira. Não tocava em nenhuma delas, todas choravam em desespero, aos prantos implorando por suas vidas. Fechei os olhos e respirei fundo, precisava me controlar, se apenas eu receberia a morte, tudo ficaria bem, minha família estaria bem, pois eles não tinham culpa. Olhei para o chão, a grama verde era tão viva que talvez aquele seria o único ponto colorido que veria antes de tudo acabar. Então um resmungo chamou minha atenção.

            Ele estava lá, com uma das mãos estendidas na minha direção, seus olhos fixos nos meus tentando me desafiar. Lembrei-me de quando ele sabia que eu sentia medo e o quanto eu não queria participar daquilo. Talvez ele estivesse testando até quando eu duraria para que ele pudesse me condenar. Mas eu sabia que não queria morrer, não naquele dia.

            Peguei sua mão, e me deixei ser conduzida as escadarias do palácio, as outras garotas estavam sendo acompanhadas por soldados que faziam um círculo ao nosso redor, quis saber porque. Olhei para trás e vi que o restante das jovens estava sendo arrastadas do local e colocadas novamente nas carruagens que iam em direção a floresta. Aquilo me fez travar.

_____Vamos, senhorita, não tenha medo. ____o comandante ordenava com a voz abafada pela máscara. Não prestei atenção se ele estava ou não fazendo piadinha da minha situação. Quando senti seus braços em minha cintura, desabei sem conseguir ver mais nada. Estava farta. Cansada. Não queria mais aquilo. Não queria nem ver o que viria a acontecer depois que cruzássemos nas portas.

 


Notas Finais


Até o próximo!!!


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