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História The Priest - Passado e uma vadia, a pior delas


Escrita por: pacifyou

Notas do Autor


Boa leitura. <3 (e obrigada por aturarem as minhas demoras)

Capítulo 15 - Passado e uma vadia, a pior delas


Three years ago — 2014

 

 

— Você têm a certeza disso? — Questionou duvidosa, não era como se ela nunca tivesse pensado e/ou imaginado aquele momento. Porém o seu nervosismo saltava à vista de qualquer um.

 

— Tenha calma. — o jovem proferiu tentando tranquiliza-la. — Você confia em mim certo? — Ela assentiu firme. O mesmo revirou os olhos, ele sabia o quão idiota ela era por confiar em todo o mundo.

 

— Ryan, eu só acho que devíamos ir com calma. — decidiu cala-la com um beijo feroz, a menina parecia não se importar, ela gostava dele, confiava no mesmo e queria se entregar desde que o primo havia começado com as visitas constantes em seu quarto.

 

— Você sabe como eu sou, — falou lambendo o pescoço quente de sua prima. — sem qualquer intenção de ter calma. — Ela sabia, e sabia-o bem. Pois todas as brincadeiras que houvera entre eles, eram apressadas e quentes, sem intenção de parar. — E de uma coisa pode ter a certeza, — disse enquanto levava a pele descoberta dos seios da jovem à boca, como se fosse um doce. — sua virgindade estará bem entregue a mim. — Ela não duvidava.

 

 

In the present days — 2017

 

 

Vanessa Donovan

 

Estava tudo silencioso e eu não pretendia mudar isso, conseguia até escutar o tic tac do relógio da cozinha. Fechei a porta atrás de mim lentamente, mesmo não estando totalmente sóbria, alguém na minha mente gritava para que eu não fizesse barulho. Caminhei lentamente até as escadas, porém uma voz grossa me parou:

 

— À quanto tempo. — disse, obrigando-me a olhá-lo. — Digo, faz algum tempo que não nos encontramos nessa casa. — Matthew estava me encarando de cima abaixo, provavelmente pelos meus trajes, o jeans ainda apertava as minhas coxas e a blusa, bem essa eu não me lembro bem onde a deixei, mas vestia um sutiã preto e a jaqueta de couro. — Sua mãe disse que andava ocupada com coisas da escola.— Não estava afim de falar, até porque Matthew estava apenas com uma calça moletom vestida, e eu não estava totalmente em mim.

 

— O que você quer? — perguntei revirando os olhos, tentando parecer imune ao homem à minha frente, talvez sóbria e noutras condições psicológicas eu nem precisasse de falar, “Não olhe para seu padrasto”, para mim mesma.

 

— Mas julgando pelos seus olhos posso dizer que essas coisas escolares são bem mais interessantes do que parecem. — Ignorou a minha pergunta. Pensei naquilo que ele havia falado, e deduzi que estava ,provavelmente, com os olhos vermelhos por conta dos cigarros de maconha que havia fumado.

 

— Me deixa. — pedi ao vê-lo aproximar-se de mim, e isso me irritou eu estava realmente parecendo uma menina, uma que eu jurei nunca mais ser.

 

— Amor, você está totalmente chapada, não sabe o que quer. — disse beijando o canto da minha boca, eu não impedi, os seus dedos experientes vieram de encontro com os meus seios cobertos apenas pelo sutiã. Os seus lábios procuraram os meus engolindo-me num beijo, que havia despertado o mais profundo de mim, fazendo-me levar as mão ao seu peitoral minimamente trabalhado, mas que dava imensa vontade de tocar. Porém tive que parar, ainda não era a hora de foder o meu padrasto.

 

— Baby. — chamei, recolhendo toda a minha força para poder lhe dar um fora. — Por mais que eu quisesse ouvir minha mãe gritar comigo por eu ter fodido com você, — ele mordeu a minha pele do pescoço, fazendo um arrepio tomar o meu corpo. — será bem melhor ouvi-la gritar com você. — nem eu mesma tinha entendido o que queria dizer.

 

— O que você quer dizer, garota ? — questionou parando os beijos.

 

— Que coisas estarão vindo à tona. — sussurrei em seu ouvido. — Coisas muito sujas. — Saí daquela sala, com resíduos de desejo escorrendo por mim.

 

 

[…]

 

Traguei novamente o cigarro antes de soltar a fumaça que, devido ao frio que fazia, saiu bem mais evidente. Lancei-o para o chão pisando em seguida. Vestida umas calças jeans boyfriend, um cropped cinza, um casaco,cinza,extenso que ia até aos meus pés, e tinha calçado uns scarpin, da mesma cor.

 

Caminhei pelo corredor do prédio onde supostamente seria o escritório da senhora, que não estava nem um pouco afim de ver as rugas. Ao analisar o local pude entender que aquele prédio não era nem um pouco humilde, o chão era todo em mármore, as paredes tinham extensas janelas onde dava para ver toda a cidade de New Orleans que mesmo chovendo estava movimentada, até as luzes no teto pareciam custar uma fortuna, e rapidamente a ideia de que essa merda toda poderia ser uma máfia atingiu-me, fazendo-me rir. Melissa mal consegue foder com o marido dela, por causa de Deus e tudo mais, quanto mais participar de uma máfia.

 

Rapidamente cheguei à porta indicada pela secretária da velha com rugas, à qual iria fazer uma visita para falar de merdas que estava pouco me fodendo. E como se não fosse suficiente, ainda estava com uma merda de uma ressaca. Bati duas vezes na porta, ouvindo um “entra” e depois uma risada alta, que fez a minha cabeça estremecer, me dando vontade de soltar vinte palavrões seguidos, se não estivesse de frente para Melissa e a velha, eu diria com certeza.

 

— Vanessa. — saudou, ao olhar na sua direção pude ver que afinal ela não era assim tão idosa como eu a fazia parecer, talvez pela quantidade de plásticas que têm sobre a pele.

 

À sua frente, mas de costas para mim, estava o loiro que eu amava importunar.

 

— Senhora Martin. — retribui.

 

— Chame-me Charlotte, por favor. — riu. — Ao dizeres Senhora Martin, fazes-me sentir velha. — Bem acho que esse era o objetivo.

 

— Amor? — uma voz estridente disse, e novamente a minha cabeça explodiu. — Estava contando à Charlotte o quão bem você se têm saído na escola. — Melissa fez questão de me abraçar, fazendo aquele teatrozinho todo parecer ainda mais ridículo do que já era.

 

— Claro. — Sorri dando pouca importância aos chiliques da outra velha, à qual eu era temporariamente obrigada a chamar de mãe. — Padre Justin. — falei recebendo a atenção do mesmo.

 

— Menina Donovan. — respondeu formalmente.

 

— Nada disso, padre, apenas Vanessa, para os íntimos. — sussurrei a ultima parte fazendo com que as outras duas – que conversavam – não escutassem. Justin Apenas assentiu fingindo não dar qualquer tipo de relevância ao assunto, mas eu conheço bem esse jogo.

 

— Bem, Vanessa, como deve imaginar eu chamei-a aqui não só para tratar-mos dos acertos finais do projeto de ajuda ao próximo, como também para dar-lhe as novidades. — Charlotte disse tentando fazer-me ficar curiosa, acho que vou ter mesmo de escrever “Estou pouco me fodendo” na minha testa, visto que ninguém entende isso. — O seu projeto será apresentado no baile de beneficência da cidade, o próprio Perfeito disse que queria trocar umas palavras consigo. — continuou animada. — Eu mesma falei com ele. — acrescentou mais animada ainda, por momentos pensei que ela fosse explodir ou assim, mas nada aconteceu.

 

— Isso é… Fantástico! — sorri. — Poderemos finalmente juntar mais pessoas ao projeto. O que fará uma maior divulgação e maior angariação de fundos. — usei um pouco das aulas de teatro que o meu pai me oferecera aos seis anos e as reuniões de horas a que era obrigada a ir desde os quatorze, adquirindo assim um vocabulário mais rico, que parecia fascinar qualquer um.

 

— Sim, querida. — Minha mãe colocou o seu braço no meu ombro em sinal de apoio, e eu tive que contrariar a vontade de revirar os olhos.

 

— Bem, como o baile se aproxima eu pedi ao Padre Justin, para ajuda-la a preparar os discurso. — sorri em agradecimento, porem não era agradecimento que eu queria mostrar, e sim malícia. — Justin ontem apresentou-me as folhas que vocês prepararam, com as estatísticas, os cargos, as industrias dispostas a ajudar, os orfanatos e centros de ajuda à criança, e estava tudo fantástico. — Apenas assenti, mesmo sabendo que foi Justin que fez aquela merda toda sozinho. Nem sei que porra que ela estava falando. — E por ver que vocês trabalham tão bem juntos, decidi que ele a ajudará em tudo. — esbocei um sorriso largo, de divertimento, mas ninguém pareceu notar.

 

— Por mim tudo bem, Charlotte. — apertamos as mãos, como se aquilo fosse um acordo selado, acho que a mulher estava levando tudo muito a sério. — E acredito que para Justin também, esteja tudo bem. — Todas nós viramos o olhar para o homem, que se demonstrou nervoso, ao receber tanta atenção.

 

— Claro, que sim. Será um prazer exercer um cargo tão importante nesse projeto. —

 

Oh, acredite Justin, o prazer será todo meu.

 

[…]

 

Estava pensando em te ligar. — Percebi que sua voz estava um pouco embrulhada.

 

— Você está bêbeda? — perguntei, enquanto caminhava com pressa por entre os corredores, do prédio de onde saia. Com o celular colado na minha orelha, com muitas probabilidades de cair.

 

Ainda não. — respondeu manhosa.

 

— Onde você está, Troian? —

 

No desire. — grunhi. Obviamente que ela estaria no único sitio que eu estava evitando ir.

Mas eu não sou nenhuma vadia medrosa, eu sou Vanessa Donovan, a pior das vadias. E eu irei aparecer no desire com o meu melhor sorriso debochado.

 

— Estou indo. — Eu tencionava acabar com essa conversa, o quanto antes.

 

 

 

Ao chegar, estacionei o meu carro numa vaga qualquer e saí pegando a minha bolsa e o meu celular que estavam no lugar do passageiro. Locomovi-me até ao meu bar preferido, abrindo a porta de entrada, todos se viraram para olhar, uma coisa normal para mim.

 

Vi Ryan que estava de costas, era claro que ele sabia que eu estava ali.

 

— Duas cervejas para a mesa do fundo, uma sem álcool. — Pedi mesmo odiando essa bebida barata. — E não demore. — Não obtive qualquer resposta, mas não me importava.

 

Fui até à mesa redonda onde Troian se encontrava rindo sozinha, obviamente ele estava animada demais.

 

— Você exagerou um pouco, não acha? — Ela negou fazendo biquinho.

 

— Eu só queria ficar feliz. — riu, arrancando-me uma gargalhada também.

 

— É, e pelos visto, conseguiu. — As nossas cervejas chegaram, e eu entreguei-lhe a sem álcool. A mesma nem notou visto que apenas a levou à boca. — Então, o que tinha de tão importante para falar comigo. — Tinha sérias duvidas se ela ia conseguir falar naquele estado.

 

— Então… Você sabe que eu tenho, muitaaa atração por bocetas. — Assenti, não sabia, mas imaginava. Já havia sentido o seu olhar queimar no meu corpo. — Eu beijei uma mina, ela é do nosso grupo. — pensei em quem seria e várias hipóteses me vieram à cabeça. Mas nenhuma me pareceu válida, então apenas continuei escutando. — Ela me deu um fora. Sabe como Brooke faz com Will? Bem igualzinho. — ri da desgraça alheia. — Aí eu me vinguei e dormi com o namorado dela, ele tinha um pau desse tamanho. — abriu os braços num tamanho muito exagerado, e começou a chorar de tanto rir.

 

Pessoas bêbedas me tiravam do sério.

 

— E foi por isso que foi embora da cidade? — Toda aquela história me dava tédio, se eu não podia fazer nada com as informações que ela me dava, então nem sabia porque razão estava ali.

 

— Não me lembro. — riu, outra vez. E eu bufei, já estava meio cansada daquilo. — Só me lembro que eu dei… dei para Connor! — berrou, fazendo todo o bar olhar para nós.

 

— Se você deu para Connor… — sorri com o meu sorriso mais perverso. — A namorada nessa história, é Crystal. —

 

— Touché! — rimos ao mesmo tempo, ela por estar podre de bêbeda, e eu porque acabava de confirmar que os chifres de Crystal são maiores do que eu pensava.

 

Passado mais uma hora, aturando aquele barulho todo de Troian fazendo escândalo por conta das bebidas a mais que havia ingerido, alguém a veio buscar dizendo ser sua amiga. Eu não queria saber, contanto que tirassem aquele ser de perto de mim, estava tudo bem.

 

Ryan não olhou na minha direção o tempo todo, e sinceramente eu estava pouco me fodendo. Quem me atendeu foi aquela menina chata, a… A...Porque eu nunca lembro do nome dela? Esquece, a garota lá, ela sempre me atendia de cara fechada. A sorte dela era eu não estar com disposição para barraco.

 

— Posso? — uma voz que eu conhecia perguntou. E quando olhei o mesmo me surpreendi, Roy, o namorado badboy da minha irmã estava bem na minha frente.

 

— Claro. — Tentei não transparecer admiração na minha voz, que exalava curiosidade.

 

— Jullie, são dois de Dewars. — Pediu uma marca de tequila bem específica, o que me fez franzir o cenho. — É minha bebida preferida. — concluiu ao reparar na minha desconfiança.

 

— Hum. —

 

Ambos aguardamos pelo pedido em silêncio, se era constrangedor ou não, não queria saber. A minha vontade de falar havia sumido, e eu estava bem com isso.

 

— Aqui. — A tal Jullie trouxe os pedidos sorrindo com maior cara de galinha. Revirei os olhos, vendo-a sair com o seu corpo fino.

 

— Então, Connor, o que você quer? — perguntei direta, aquele aparecimento repentino e o papo de “posso sentar?” estava me irritando, e se não fosse pela curiosidade apenas teria falado não. — Olha se as coisas entra você e a minha irmã não estão bem, eu não quero saber. Acredite, não faço o tipo de cupido — Apenas bebi a minha bebida, de uma vez, enquanto ele bebericava como um passarinho, escutando as minhas palavras.

 

— Na verdade está tudo bem entre mim e sua irmã. — Assenti, não queria saber de qualquer maneira, acho que é bem óbvio que Blair não me interessa nem um pouco. — Graças a você, claro. Sei que não faz o tipo de cupido, mas devo-lhe um agradecimento. — Um agradecimento? Ri.

 

a) o moleque havia ingerido substancias alucinogénas

 

ou

 

b) tinha se enganado na pessoa

 

ou

 

c) estava tão drogado que me confundiu com outra pessoa (ou seja, as outras duas opções anteriores)

 

— Cara, você está bem? — questionei rindo.

 

— Vanessa, eu sei que não sabe, mas me ajudou muito. —

 

— Falando assim, me faz parecer uma boa pessoa. — ri, sabendo que aquilo era impossível.

 

— Eu não fazia ideia de que sua irmã era tão ingénua, até ganhar toda a confiança dela ao postar um mero filme pornográfico caseiro na Internet. — arregalei os olhos. — Que estava muito bem gravado devo ressaltar. — Queria fingir não estar impressionada, mas nunca me havia passado pela cabeça que esse garoto pudesse ter postado o meu vídeo.

 

— Filho da puta. — rosnei.

— Sua irmã ficou com medo, muito medo. Me contou tudo o que a sua mãe falou para ela, e chorou horas no meu ombro. — revirou os olhos. — Mas no final falou que me amava e que queria que eu a protegesse de tudo. — Blair é ainda mais burra do que eu pensei, mas também não posso julga-la deve ser de família, a minha sorte foi ter um pai inteligente, se não estava fodida.

 

— Mas, acredite, Vanessa eu não sou uma pedra no seu caminho. Posso ser até uma grande mais valia. — a sua voz rouca saiu pela sua boca como se fosse uma canção. E deus, que bela canção aquela. Sorriu maliciosamente, bebendo finalmente a sua tequila até ao fim.

 

Sabia onde aquilo iria terminar, bem ou mal, seria numa cama, sendo fodida sem dó pelo meu querido cunhado. 



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