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História The Prince of Busan - Little things


Escrita por: DoctorCase

Notas do Autor


bundibundibumbum

Capítulo 51 - Little things


Fanfic / Fanfiction The Prince of Busan - Little things

-Obrigado, Sra. Byun. –agradeceu ele após a mão de Byun dar passagem para entrar. – Muito obrigado mesmo.

-Você está ajudando muito, Chan Yeol. Não sabia que eram tão amigos. –ela disse, abraçada ao próprio corpo, os olhos tão profundos quanto estavam antes. Estava tão arrasada quanto qualquer outro.

-Eu o amo, Sra. Byun.

Os olhos dela se acenderam um pouco. Surpresa, ela se sentou na poltrona do lado de um criado mudo com o abajur aceso.

-Sei que é tarde, mas não conseguiria descansar sem falar com você. Bem, não vou conseguir pregar os olhos de todo o jeito.

Sra. Byun o analisava. Sabia da rixa que o filho tinha desde sempre com o Park, quem era a mãe dele, uma das amantes de seu ex-marido. O garoto alto e troncudo de cabelo prateados suspirou, as mãos trêmulas se enlaçaram sobre o colo; Os ombros largos estavam cabisbaixos, parecia que carregava um piano nas costas.

-Você o ama? –questionou a Sra. Byun, juntando as pernas para perto do peito. Baekhyun nunca falou da proximidade dele com Chanyeol, não sabia quando tinha acontecido, mas lhe doía o peito não estar tão a par da vida do filho. Baekhyun era uma ótima criança, cuidava dela e isso a fazia detestar a si própria, porque ela era a mãe, mas quem se preocupava e cuidava era Baek. Sentia-se uma pessoa tão impotente, tão presa nos próprios demônios que não sabia nada sobre a vida do próprio filho no último ano.

Chanyeol a olhou nos olhos. E Sra. Byun sabia que era verdade.

Park Chan Yeol amava Byun Baek Hyun.

-Eu o amo. - reforçou, com o tom mais firme que conseguiu. 

Sra. Byun olhou para as pontas dos pés gelados, os dedos ficando esbranquiçados. Se Baek estivesse em casa, ele traria meias para ela. As lágrimas irromperam seus cílios.

-Você encontrou alguma coisa? –perguntou ela, abraçando apertado as pernas, os cabelos brancos entre os pretos brilhavam contra a luz amarela do abajur.

Chanyeol começou a dizer, então, com a voz embargada, incapaz de encará-la, porque, dentro de si, achava que tinha falhado com a mãe de Baekhyun, falhado em protegê-lo.

-Pensei que fosse a divida de vocês.

Sra. Byun pôs os pés no chão, de olhos arregalados: -O quê? Como vocês...

-O Chen sabe. Não sei como, eu... eu nem perguntei. –Chanyeol encarou o sorriso tímido de Baekhyun em uma foto de quando era pequeno, talvez bem antes deles se conhecerem. As sardas bem amostra em seu rosto de criança. – Eu paguei o restante da divida, não precisam mais se preocupar com isso. –acrescentou Chanyeol, lançando seu olhar rápido para Sra. Byun, que tinha lágrimas perolando seus olhos. – Mas... não foi ele. O agiota. –ele olhou para as mãos quentes enfiadas em seu colo, uma careta de agonia torcendo o seu rosto. – Como... como ele fez isso com vocês? Por que... –olhou para ela, os olhos transfigurados na raiva.- Por que ele os expulsou de casa e ainda...

Sra. Byun abraçou as pernas de novo, descansando o queixo sobre os joelhos. O coração agoniado com a preocupação explosiva de mãe. Estava tentando se manter calma, não surtar, não ter uma crise quando seu filho mais precisava. Mas tentar tranquilizar todos os demônios a cansava demais.

-Ele batia em mim e no Baek. –soltou ela, apertando cada vez mais as mãos envolta das panturrilhas. Queria se esconder dentro da poltrona e sumir. – além de todas as putas com que ele saia. –Sra. Byun olhou para Chanyeol, a pele do rosto ficou avermelhada de repente. – Desculpe.

-Eu sei, Sra. Byun.

-Fugimos, não fomos expulsos. Fugimos dele. Consegui uma medida protetiva, me divorciei, mas mesmo assim os agiotas vinham atrás de nós. O pai do baek pegou muito dinheiro quando Baek era pequeno. Mesmo tendo construído todo aquele império, ele gastava o dobro do que recebia. –disse Sra. Byun, com os olhos molhados e fixos na foto do filho sorrindo, a abraçando em um parque. A época quando eram, pelo menos, felizes quando estavam sozinhos sem o Sr. Byun. – ele nunca se importou conosco, o pai do Baek, eu era prisioneira, empregada dele para tudo, mesmo que ele chegasse em casa uma vez ou duas por mês. Ele era meu dono, como ele mesmo dizia.

Chanyeol respirou fundo, enchendo os pulmões com o ar de camomila.

-Nem hoje ele apareceu, que o Baek foi... –ela engasgou, mordeu o lábio até ficar vermelho, as lágrimas descendo em linhas pelo seu rosto corado.

-Sra. Byun, eu prometo que vou achá-lo. –tentou confortar Chanyeol. –mas preciso da sua ajuda.

O rosto dela se virou para ele.

-Eu farei qualquer coisa. Qualquer coisa...

Chanyeol deslizou o dedo pela prateleira lotada de prêmios de Handebol, as medalhas brilhando ficavam penduradas na porta para quando Baekhyun fechasse as visse enquanto pegava num sono. Estar ali sem ele apertava ainda mais seu coração em pura agonia. Abriu a primeira gaveta da cômoda. Cuecas bem alinhadas e dobradas em filas; A segunda de camisas coloridas, suéteres de estilo anos 90; a terceira calças largas jeans e duas de couro; a quarta tinha várias camisas e calças do uniforme.

Sentou-se na cama, os lençóis desenhados em círculos étnicos de roxo, verde e amarelo, almofadas fofinhas espalhadas. Todas as paredes cobertas por pôsteres de ídolos do handebol, Kanye West, 50 cent e DMX. A janela era coberta por uma cortina espessa azul marinho. O vento gelado entrava pela fresta que provavelmente Baekhyun tinha esquecido de fechar de manhã. No criado mudo, um rádio e um despertador prateado, que ele segurou por alguns segundos, analisando o ponteiro das horas no número dez. Quantas horas estava sem Baekhyun?

Chanyeol olhou para o closet, a porta entreaberta. Ele o abriu. Jaquetas jeans, macacão azul, camisetas retro coloridas e bastante xadrez, casacos de couro, tudo no estilo anos 90. Acima, numa prateleira, uma coleção de bonés, óculos redondinhos e chapéus. E uma caixa. Puxado pela curiosidade, Yeol a apanhou, deixando sobre a cama. Também abriu cada caixa de sapato com as botinas militares, tênis de basquete, chuteiras coloridas, os all stars. Sentiu-se abatido demais para continuar e se sentou ali, nas portas do closet, olhando para o quarto de Baekhyun. Nenhuma ideia mais perturbadora poderia ter lhe ocorrido para sugerir que Baekhyun poderia simplesmente desaparecer do mapa. Ninguém ajudava, ninguém sabia de nada, ninguém comentava quem poderia sido. Pensou que Baek pudesse estar brincando, que tudo aquilo era só um trote. Mas ao ver o rosto distorcido em dor da Sra. Byun, Chanyeol sabia que nada daquilo era uma brincadeira. Byun nunca brincaria com a mãe;

Olhou para a caixa sobre a cama e estendeu o longo braço para apanhá-la.

Fotos.

Polaroids.

Chen, Xiumin e Baekhyun competindo por um espaço na foto, talvez três ou quatro anos mais jovens. Ele e a mãe estampavam a maioria das fotos, momentos onde ela se demonstrava radiante, quase todas de quando ele era pequeno. Chanyeol apanhou uma, onde Baekhyun ostentava um sorrisinho tímido e fraco, os olhos pretos e brilhantes sorriam para a câmera. Os soluços irromperam sua boca, as lágrimas queimavam seus olhos.

Maldição.

Maldito Byun Baek Hyun.

Sentia tanta dor por não tê-lo por perto que não sabia nem dizer como aguentava. A foto das caretas do trio Chen, Xiumin e Baek o fez soluçar alto. Queria fotos com ele também, queria ter a oportunidade de mostrar como era divertido, como seria amado, que também sabia fazer caretas para as fotos.

A próxima foto era de um menino loiro, provavelmente Baekhyun a tinha tirado, os cantos da foto estavam comidas pela velhice. No verso, o nome Horan, escrito em letras cursivas. Em outra foto, o tal loiro abraçava Baekhyun por trás. O Horan deveria ser três ou quatro anos mais velho.

-Horan... –ele virou a foto, lendo com os olhos vermelhos, inchados e molhados. – Niall.

E dois corações flutuantes.

Chanyeol abaixou a foto, a cortina voando com o vento gelado. O quarto parecia ter escurecido, de repente, a luz oscilava, Yeol apanhou o celular e ligou para Kris.

-Oi. Preciso falar com o Xiumin.

-Certo. Ô XIUMIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIN. –quié- É O CHANYEOL, QUER FALAR COM VOCÊEEEEEEEEE. –já vou.

Chanyeol encarou os corações novamente, desenhados com uma caneta vermelha. Um ciúmes crescia em seu peito e mesmo que não fosse o momento certo, ele precisava perguntar.

-Quem é Horan?

-Hum... o Niall? Você tá vendo as fotos do Byun?

-É.

-Foi o primeiro namorado do Baek. Acho que nós tínhamos treze e ele dezessete.

Chanyeol quase amassou a foto contra a mão, mas não a largou.

-Descobriram algo?

-Jin acabou de ligar. Disse que sabem a localização do telefone do Baekhyun.

Chanyeol se levantou, deixando cair todas as fotos da caixa. – Merda.

-Vai voltar pra cá?

Chanyeol se curvou para começar a recolher todas as imagens e colocar de volta na caixa. – Eu já vou, já vou.

-Vou te esperar pra irmos todos juntos.

-Aham... –grunhiu Chanyeol, apanhando uma folha amassada. – Achei uma carta do Chen...

-LARGA ISSO.

Chanyeol estacou, olhando fixamente para os olhos de Kanye West no pôster. – O que tem aqui?

-Não. Mexe. Nisso.

Mas Chanyeol abriu.

-... vamos ser amigos pra sempre bla bla bla, mas eu te amo e preciso ficar com você, o Niall é um idiota e merece morrer. Ele não merece você, mesmo que ele aja como um doido psicopata atrás de você posso te proteger... Mas que porra é essa?

Xiumin suspirou do outro lado da linha. – Chen gosta do Baekhyun.

Chanyeol jogou a cabeça para trás. – Eu não queria saber de nenhum dos antigos namorados do Baek, de verdade.

-Agora sabe. E quando voltar, vai ficar putasso por ter mexido nas fotos dele.

-É, é eu sei, tomara que eu leve umas porradas mesmo... –disse, de repente, largando a caixa de qualquer jeito na cama, mas outra folha branca chamou sua atenção. – Olha só tem uma carta do Horan que nem foi aberta!

-Park. –rosnou Xiumin do outro lado da linha.

-o QUE ELE TÁ FAZENDO?

-Mexendo nas coisas do Baek. –respondeu Xiumin para Kris.

-Chanyeol não tem amor pela vida.

Xiumin riu um pouco, mas foi diminuindo, percebendo que Chanyeol não respondia do outro lado. – Chan? Tá ai ainda?

-Acho que foi o Horan. –falou Chanyeol.


Notas Finais


obb


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