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História O Príncipe dos Dragões - Descobertas


Escrita por: LadyHood_Archer

Notas do Autor


Boa leitura!

:D

Capítulo 49 - Descobertas


Fanfic / Fanfiction O Príncipe dos Dragões - Descobertas

Cinco navios fortemente armados, com pelo menos trinta exilados em cada foi o que Soluço conseguiu contar. Sem levar em consideração o enorme dragão aquático responsável por puxar os navios, fogo de bala é um dragão marinho o qual se deve tomar cuidado.

Obviamente Alvin não conseguiria retornar a Ilha dos Bersekers assim tão depressa, o dragão é a solução dessa pequena questão. Mas como um exilado, completamente desprovido de inteligência conseguiria capturar um dragão desses que é tão complicado de encontrar? O rumo que essa história estava tomando não era bom.

Banguela grunhiu incomodado.

— Eu sei amigão, mas não podemos fazer nada estando em uma desvantagem absurda. – murmurou o rapaz enquanto pensava em um plano. 

Do alto do penhasco, a dupla observava o caos que se formava no vilarejo completamente confusos e preocupados. Como chegaram nessa situação ainda é um mistério.

Quem era esse Eneka? O que ele ganhou em troca de salvar o rapaz? Alguma coisa passou despercebida por eles.

A princípio suspeitaram que isso era obra do Dagur, mas descartaram a ideia pois não fazia sentido ele atacar a própria ilha. 

Na verdade, nada fazia sentido...

Primeiro Alvin faz um breve ataque no vilarejo, causando um leve incêndio e depois não faz mais nada. Mas Soluço sabia que aquilo só estava começando, mas estava difícil entender o que o exilado planejava.

A mente do rapaz estava dando voltas e mais voltas, conforme tentava dar sentido ao que acontecia lembrou-se dos pergaminhos que o tal de Eneka lhe entregou.

Soltou um suspiro frustrado, pegando os papéis do compartimento da sua armadura eles passou a analisá-los. A cada palavra lida ele ficava cada vez mais incrédulo e desacreditado, nada daquilo parecia ser verdade.

— O que está dizendo? – Banguela perguntou curioso. — Você parece preocupado.

E eu estou.

Depois de reler mais uma vez os três pergaminhos eles os guardou, tentando assimilar toda aquela informação.

O furia da noite ficou esperando por uma resposta que parecia nunca vir, bufou irritado.

— Então, você vai me dizer o que estava escrito ou só vai ficar olhando para o nada? – perguntou com uma pitada de sarcasmo.

Soluço pareceu despertar de algum transe.

— Eu não sei nem como começar a te dizer o que acabei de descobrir e se essas informações estiverem corretas Hamarock tem muito o que explicar. 

Banguela ficou confuso.

— Eu não estou entendendo Soluço, o que Hamarock tem haver com isso? – perguntou.

Soluço respirou fundo na tentativa de manter a sanidade.

— Segundo esses pergaminhos, Alvin tem um contrato assinado com um caçador de dragões, um tal de Grimmel, aqui diz esse caçador foi o responsável por acabar com todos os fúrias da noite, ou seja, ele virá atrás de você. – explicou resumidamente. — Mas isso não é o pior, eles estão a procura do Santuário dos Dragões, do nosso lar para destruí-lo e capturar o Hamarock. 

Banguela arregalou os olhos.

— Soluço você tem noção do que acabou de dizer, se isso for verdade estamos prestes a entrar em uma guerra. – se exaltou.

Eu sei, mas a questão é que Alvin esta trabalhando para esse cara e aparentemente ele quer que Berseker seja eliminada do mapa, eu não sei porque mais tenho a sensação que isso está longe de ser uma mentira. 

Houve uma pausa tensa, onde o rapaz podia escutar as engrenagens trabalhando na mente do seu dragão. 

— Soluço, aonde você quer chegar? – questionou.

O dragão percebeu que seu cavaleiro estava abalado, algo que nunca tinha acontecido antes.

— Banguela você não está entendendo, essa possível guerra só comprova o que eu temia. – falou nervosamente.

O rapaz encarou o seu dragão com um desespero no olhar, sua pele estava pálida e ele suava frio. 

Banguela se sentia cada vez mais preocupado com seu cavaleiro, ele nunca tinha agido tão estranho dessa maneira e se sentia meio perdido ao seu respeito.

— O que essa guerra comprova? Soluço você está me assustando. – murmurou o dragão.

— A p-profecia Banguela, a profecia está acontecendo...

Aquilo foi um verdadeiro baque para o dragão, seus olhos se arregalaram ao máximo e jurava que se não fosse um dragão e sim um humano provavelmente estaria invisível de tão branco.

A profecia...

Essa era a frase que não parava de ecoar na mente do dragão, como pode ser tão cego? 

'... Surgirá muitos inimigos;

Mas com sabedoria guiará seus amigos;

Juntos irão guerrear;

Se fores sábio as batalhas vencerá...'

Agora tudo faz sentido, Dagur foi o primeiro inimigo a surgir. Mas o berseker aparenta ter realmente se arrependido, se isso for verdade ele vai estar entre os amigos.

Depois veio Alvin, agora surge esse tal de Grimmel. Os inimigos estão surgindo, assim como os amigos e também a guerra.

Ok, quando decidiram ajudar o Dagur isso definitivamente não estava em seus planos.

— Esses pergaminhos parecem que são um aviso, como se me alertassem para me preparar para o que está por vir. – Soluço quebrou o silêncio com um voz distante.

Banguela não disse nada, estava em choque e agora entendia o motivo do comportamento estranho de seu amigo.

Uma explosão despertou a dupla do seu devaneio, olharam para baixo da beira do penhasco e avistaram Alvin e um pelotão de exilados invadindo o vilarejo, enquanto o resto que ficou para trás atiravam rochas em chamas com as catapultas.

Soluço pareceu alheiro ao que acontecia, observando os navios percebeu que eles eram diferentes dos que o exilado partiu. 

Eram maiores e mais resistente, com uma insígnia desconhecida em sua vela. Como não percebeu isso antes? 

Esses navios eram provavelmente desse tal de Grimmel, o que respondia a pergunta de como o exilado tinha encontrado um fogo de bala porque não tinha sido ele a aprisioná-lo, mas sim, o caçador de dragões.

— Soluço, Soluço, SOLUÇO!!! –Baguela gritou o seu nome na tentativa de chamar a sua atenção.

Parecendo voltar a realidade, o rapaz respondeu o dragão.

— O que foi? – perguntou distante.

— O fogo de bala está atirando nas minas, ele vai matar todos lá dentro!!! – vociferou o fúria da noite preocupado. — Alvin e seus homens estão colocando fogo nas casas, eles vão fazer o que está escrito no pergaminho. Berseker vai ser eliminada do mapa!

Na mesma hora o rapaz voltou completamente em si, olhando para o caos que se formaram em poucos minutos. 

O fogo de bala atirava próximo a entrada da mina, aprimorando seus sentidos passou a sentir a terra tremer fracamente algo que mais tarde ocasionado um desabamento. 

Enquanto no vilarejo, os exilados carregavam várias tochas acesas em mãos e as jogavam nas casas causando um incêndio. Enquanto pedras em chamas das catapultas eram lançada na floresta, começando outro incêndio na região.

Nada do que leu era mentira e isso não era nada bom...

Cerrou os olhos ao captar duas figuras amarrando uma terceira no alto de um mastro de um dos navios, captou uma cabeleira ruiva e aprimorando sua audição escutou a voz grossa de Dagur xingando os exilados de todos os nomes possíveis.

Espera Dagur?

As coisas começaram a fazer sentido, será foi ele quem atrasou o ataque? Porque ele estava longe de ser um traidor ao seu ponto de vista.

Isso de se deu a dois motivos, o primeiro era que se toda aquela história fosse inventada a essa altura estaria em uma cela em um dos navios. Segundo, ele não atacaria o próprio povo por causa de uma aliança e talvez tenha sido a pedido dele que o tal de Eneka supostamente o salvara.

— Precisamos parar esse ataque, resgatar o Dagur e salvar o pessoal que está nas minas e no grande salão!

Banguela bufou.

— Como se eu não soubesse disso, mas a pergunta meu amigo é o que vamos fazer para salvar o povo e parar esse ataque? 

O rapaz olhou de volta para os navios e o dragão preso por correntes interligadas ao mesmo. Um plano começou a se formar em sua mente,  afinal um dragão é apenas um dragão.

— Banguela eu espero que você seja bom em prender a respiração! – exclamou com um sorriso travesso.

O furia da noite sabia que não iria gostar nem um pouco do que estava por vir...

                      ***

Alvin olhou para o vilarejo em chamas com um sorriso sombrio, sabendo que o plano ocorria de acordo com o planejado. 

Logo teria posse da sua parte do acordo, nunca achou destruir uma ilha lhe traria uma sensação tão boa...

Dagur era um tolo em acreditar que o garoto compraria a sua história barata de arrependimento, ela podia ser até ser verdadeira, mas não aos olhos do cavaleiro que sofreu em suas mãos e o berseker estava errado em pensar que conseguiria de volta a sua ilha.

Coitado, a única coisa que teria de volta era a sua cela na ilha dos exilados até a hora em que Grimmel dissesse que podemos se livrar da sua presença.

Foi uma das melhores ideias que teve ao mandar seus homens amarra-lo no mastro onde podia ter a visão perfeita da destruição do seu povo.

Ele faria o berseker desejar nunca ter nascido, ele tinha achado mesmo que ficaria impune depois de fugir? 

— Andem logo com isso homens, eu quero esse lugar em cinzas e não vou tolerar fracassos...

Não terminou de falar, pois sentiu falta dos ataques do fogo de bala.

                       ***

Soluço sorriu agradecido para o fogo de bala, que colaborou com ele em não atacar mais a ilha em troca de sua liberdade e uma pequena ajuda para evacuar os habitantes.

Banguela não esperou por uma ordem, mergulhando a toda velocidade nas águas congelantes do oceno. Soluço deu sinal para ele atirar na corrente mais próxima, achando que ela se quebraria assim que o tiro a acertassem porém teve a infeliz surpresa de que continuaram intactas.

O furia da noite entendeu o recado e nadou de volta para a superfície. Soluço ofegou quando sentiu o ar retornando para seus pulmões, mesmo que ficou pouco tempo debaixo da água prender a respiração era cansativo.

— São correntes a prova de dragão, precisamos de um plano b. – Soluço informou enquanto plantavam discretamente próximos dos navios.

Banguela pensou, a corrente era a prova de fogo de dragão mais talvez não ao gel inflamável do pesadelo mosntruoso.

— O gel do pesadelo não pode ser capaz de partir as correntes? – perguntou meio duvidoso da sua idéia.

Soluço pensou, podia ser que até desse certo mais o gel se dissolvia na água então ele podia ser descartado. Gel, fogo, ácido...

Uma ideia brilhou em sua mente.

— Banguela você é um gênio!!!

O dragão inflou o peito orgulhoso de ter achado a solução dos problemas sem nem tentar direito.

— O gel do pesadelo se dissolve quando toca na água, mas o ácido de transformasa continua intacto e acho que ele pode ser capaz de partir as correntes!!! – falou animado.

O fúria da noite soltou o ar de uma vez decepcionado, então não era do gel de pesadelo que ele falava.

— Ácido de transformasa? – resmungou de mal humor.

Soluço não percebeu.

— Sim, agora mergulha!!! 

 Contrariado, o dragão tornou a mergulhar na água novamente porém dessa vez mais próximo da corrente. Soluço assim que avistou o seu alvo, invocou o ácido de transformasa sentindo o líquido escorrer entre os seus dedos.

Então o arremessou na corrente, que se partiu assim que o ácido a tocou. Banguela nadou até a outra a Soluço repetiu o processo com a mesma perfeição de antes e retornaram a superfície em busca de ar.

Assim que recuperados, a dupla mergulhou na região da terceira corrente e o processo de anteriormente foi repetido nas próximas duas, restando apenas uma que era interligada ao navio principal.

Voltaram de forma definitiva a superfície, com Soluço quase sem ar. Mal tiveram tempo de se recuperar quando uma corrente de gancho caiu na água ao lado dele, arrancado um grito de surpresa do rapaz.

O jovem rapidamente deu continuidade ao seu plano, com um alto assobio ele enviou a mensagem ao fogo de bala que nadou levando o navio principal consigo para a outra parte da costa da ilha que ficava próxima ao grande salão e as minas.

De longe, o dragão mirou nos quatro navios que ficaram para trás e atirou repetidas vezes até ter certeza que seus alvos foram atingidos e começavam a afundar.

Soluço e Banguela comemoraram a vitória que tiveram com sucesso, um plano não muito engenhoso mais que funcionou muito bem.

Aliás, nunca faça pouco caso de um dragão cativo porque se ele escapar ele faria justiça ou vingança.

Colocaram em prática a segunda parte, o fúria da noite voou a toda velocidade para o único navio que restou e passou bem no centro do seu convés sem medo algum dos exilados que ainda restaram.

Do alto, Dagur avistou o rapaz que veio ao seu resgate e seus olhos brilharam de alegria.

— SOLUÇO!!! EU SABIA QUE VOCÊ NÃO IA ME DEIXAR NA MÃO!!! CHUTE OS TRASEIROS DESSES VERMES POR MIM!!! – gritou do alto do mastro com o seu tom de loucura.

O rapaz revirou os olhos com a cena desnecessária, desviando sua atenção do berseker para os exilados que avançavam para eles.

O primeiro grupo foi arremessado para fora da embarcação, o fúria da noite os acertou com sua cauda. Soluço desceu das costas do seu dragão e pegou sua espada de fogo, uma de suas criações em tempo livre, se preparando para o combate.

Com um olhar cúmplice entre dragão e cavaleiro, eles se jogaram com tudo no meio do mar de exilados.

O dragão negro era rápido e preciso, jogando os inimigos próximos para fora do navio e vez ou outra atirava em algum exilado que estava próximo a beirada.

Soluço por sua vez, jogava os homens de Alvin para fora com rajadas de vento, uma habilidade pertencente aos pesadelos monstruosos muito úteis por sinal. Vez ou outra quando era cercado, lutava contra eles o que era infinitamente fácil considerando que os exilados eram lentos e ele rápido até demais.

Em poucos minutos, os quarenta exilados presentes no navio principal estavam fazendo companhia ao mar enquanto Dagur gritava loucamente em comemoração.

O jovem não deu atenção ao que ele dizia, apenas lançando um olhar para o seu dragão e preparou um tiro de plasma.

— Vai com calma para não queimar ele amigão! – Soluço disse para seu dragão.

Dagur arregalou os olhos quando o tiro veio em sua direção acertando as cordas e libertando ele que caiu em queda livre, sentiu uma queimação em seu corpo quando colidiu com o casco.

— SOLUÇO!!! – o repreendeu. — Podia ao menos ter me avisado, você quase me matou!!!

Dragão e cavaleiro fizeram cara de desinteresse.

— Não, Banguela não ia ter te matado porque esse tiro foi fraco o suficiente que nem atearia fogo em nenhuma madeira.

Dagur o ignorou, levantou do chão e caminhou até o rapaz envolvendo-o em um abraço desconfortável, o qual não foi retribuído.

— Obrigado por ter acreditado em mim, eu não sou um traidor e acho que você teve a prova viva disso. 

Soluço o empurrou para longe, desvencilhando do abraço.

— Talvez, mas ainda não estou muito convencido! – o contrariou.

 — Achei que já tivéssemos superado isso irmão! – Dagur abriu um sorriso.

Soluço fez uma careta.

— Eu não sou seu irmão! – falou com mal humor. — E acredito que você me deva algumas explicações.

Dagur vacilou um passo para trás e sorriu amarelo, erguendo as mãos para o alto em sinal de rendição.

— Em minha defesa eu precisei fazer você desmaiar, eu tenho plena certeza que você não acreditaria em mim se eu te dissesse o que precisava fazer e essa foi a única solução que eu encontrei! – disse na defensiva.

Soluço se irritou.

— Então foi você? Eu sabia que não devia confiar em você. – o acusou.

Dagur cruzou os braços ofendido.

— Eu sou confiável, eu não queria ter feito isso mais não tive escolha e eu necessitava de conversar com um dos meus guardas que são leais a mim. Você nunca acreditaria que eu iria em busca de mais informações, eu sei muito bem que a sua desconfiança não deixaria você acreditar que eu realmente mudei! – explicou. — Antes que me pergunte, eu te desmaiei com uns remédios fortes que eu peguei da Gothi que eu sabia que fariam o que eu precisava, eu juro que não te trai e tudo o que te contei é a mais pura verdade.

Soluço arqueou uma sobrancelha, com uma carranca no rosto.

— Por que eu deveria acreditar em você? – perguntou debochado.

— Porque eu estou dizendo a verdade!!! – seu tom saiu ofendido. — Eu precisava falar com Eneka e antes que me pergunte, eu não te deixei para trás eu te arrastei junto comigo. Mas enquanto eu conversava com ele, Alvin decidiu dar as caras e atacar o vilarejo, eu sabia que as coisas ficariam feias e portanto pedi que ele te levasse para longe do vilarejo, em um lugar seguro enquanto eu fui ajudar o meu povo, só que eles não pareciam contentes em me ver e me capturam.

Soluço ligou um ponto com o outro e ainda desconfiado perguntou.

— Então eles te entregaram para Alvin? Onde ele parou o ataque por um breve momento para dar atenção ao seu convidado especial, estou errado?

Dagur frisou o cenho.

— Não, não está. Foi exatamente isso que aconteceu, mas claro que ele não estava a fim de interromper os seus planos para decidir fazer da minha vida um Hel.

Soluço soltou uma risada seca.

— E como Eneka sabia onde eu escondi o meu dragão?

Dagur empalideceu, essa era uma resposta a qual ele não sabia e Soluço não iria acreditar no que ele diria.

— Eu não sei, eu só mandei ele te levar para um lugar seguro e no caminho deve de ter encontrado o seu dragão por acidente. – disse com sinceridade.

Soluço não engoliu muito bem aquela resposta, mas decidiu não o quetionar mais. 

Havia problemas maiores a espera de serem resolvidos...

— Depois eu decido se acredito em você ou não, mas eu sei que estamos perdendo tempo aqui enquanto a gente podia estar impedindo Alvin de destruir o vilarejo! – expressou indiferente.

De repente a expressão do ex-chefe endureceu.

— Alvin... – murmurou o nome com rancor. — Aquele verme vai pagar por toda a traição, como também tudo o que me faz mais se bem que ao mesmo tempo eu sou grato por ele ter feito eu enchergar o que estava bem debaixo dos meus olhos!

Soluço montou em seu dragão, ajustando a cauda na posição correta para levantarem um voo.

— Você vem ou não? 

Dagur olhou para o rapaz que o esperava impaciente com o seu dragão, em silêncio caminhou até eles e subiu nas costas do dragão.

Banguela levantou um voo, o ex-lider usou do seu autocontrole  para não gritar apavorado. Ainda não tinha se acostumado voar em um dragão.

— Qual é o plano? – perguntou na tentativa de se distrair.

Soluço o olhou por cima do ombro.

— O que foi? Eu só perguntei. – se defendeu.

O rapaz bufou.

Banguela o cutucou com a orelha, enviando uma mensagem como quem diz 'estamos ficando sem tempo, conte logo o plano para ele'.

— Sim eu tenho um plano e preste a atenção que eu só vou explicar uma vez. – avisou com um tom seco.

Dagur assentiu.

— Certo.

— Dagur você vai resgatar o seu povo e trazê-los para esse navio, a ilha está destruída e Alvin está a um passo de concluir o seu plano. Acabou, nós precisamos sair daqui o mais rápido possível! – explicou. — O fogo de bala vai levar você e seu povo até uma ilha segura, nos encontraremos lá.

Dagur estava assimilando o plano, mas inúmeras dúvidas surgiram em sua mente.

— Eu entendi o plano, mas como eu vou resgatar o meu povo das mãos de dezenas de exilados estando sozinho? E mesmo que eu conseguisse, o navio está muito longe e até chegarmos aqui corremos o risco de ser pegos e talvez até mortos.

Soluço suspirou.

— Eu esperava que você dissesse isso, Banguela vai te acompanhar nessa missão. Ah, nem você e nem o seu povo vai precisar andar até o navio, os dragões levaram eles até o navio.

Dagur franziu o cenho.

— Que dragões?

Soluço deu um sorriso torto e deu dois tapinhas de leve na cabeça do seu dragão.

— Banguela... 

O dragão entendeu a mensagem, soltou um rugido ensurdecer que durou por breves segundos que quase deixou o berseker surdo.

Antes que Dagur perguntasse alguma coisa, dragões que variavam entre nadders, pesadelos, chicotes cortantes e ziperarrepiante começaram a surgir entre as árvores da parte da floresta que ainda estava livre do incêndio, que avançavam em uma velocidade absurda.

No total, haviam mais ou menos uns vinte dragões, Dagur abriu a boca várias sem acreditar no que via.

— Como você fez isso? – perguntou atônito.

Soluço acariciou o Banguela.

— Se chama socorro de dragão, ao rugir alto dessa maneira Banguela estava pedido ajuda dos dragões e como pode ver eles atenderam ao seu chamado.

Dagur não entendeu muito bem, mas sabia que aquele grupo de répteis alados o ajudaria a resgatar seu povo.

— Cada dragão aguenta carregar até três pessoas, mas aconselho apenas duas para o processo ir mais rápido. 

— Espera, você quer dizer que o meu povo vai ter que montar nessas férias voadoras para chegar até o navio. Quem garante que eles não vão nos atacar? – perguntou em descrença. — Você enlouqueceu? Eu conheço o meu povo Soluço, eles não vão aceitar montar em um dragão.

O jovem revirou os olhos.

— Isso já não é problema meu, você vai ter que convencê-los a fazer isso Dagur. Sobre os dragões atacarem, não se preocupe ele não vão se recusar a obedecer uma ordem minha.

Mal terminou de dizer isso, o rapaz se virou para o grupo de dragões e passou a conversar com eles em dragonês.

Dagur começou a tentar formular um plano para resgatar seu povo e os convencer a montar em dragões, uma tarefa bastante difícil considerando que Vorg deve ter enchido a mente deles com mentiras ao seu respeito.

Estava tão perdido em seus pensamentos que nem percebeu quando Soluço terminou de conversar com os dragões, passando a chamá-lo repetidas vezes e só foi disperto quando seu nome foi praticamente gritado.

— DAGUR!!!

— Hum...sim? Me desculpe, estava distraído.

Soluço bufou irritado.

— Os dragões vão colaborar, eles irão trazer seu povo até os navios mais deve avisá-los que não devem atacá-los, ameacá-los ou algo do tipo. Entendeu? 

— Sim eu entendi, mas o que eu não entendi até agora é o porque de você me deixar com a parte mais difícil do plano. Afinal onde você vai estar? – perguntou intrigado.

Soluço olhou para a ilha em chamas, depois para os exilados que corriam com as tochas ateando mais fogo ainda.

Seus lábios cruzaram em um sorriso torto.

— Está na hora de eu ter uma conversinha com o Alvin...


Notas Finais


Atualizado como prometido.
Não vou falar muito hoje, apenas vou aguardar ansiosamente pelo comentários de vocês.
Até a próxima...


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