História The Prisoner (Hiatus) - Festa?

— Toc...toc. — Astrid entra em seu quarto com uma bolsa em mãos. Justin olha pra a morena e sorri. Ela tinha sumido por 2 dias, isso o preocupou, fez ele pensar que talvez ela não voltasse mais. 

— Quem é vivo sempre aparece. — Comenta se aproximando dela.— Que bolsa é essa? Está se mudando de vez aqui pra baixo? — Ele brinca. — O que tem ai? 

Ela faz suspense sorrindo pervessa ao ver a carinha de curiosidade de Justin. Ele revira os olhos ao perceber a demora desnecessária e torturante que Astrid fazia. 

— Como prometido. — Ela puxa de dentro da mochila um notebook preto. Bieber arregala os olhos ao ver tal objeto. — Eu peguei ele ontem, já que obviamente eu não daria o meu. 

— E o que tem nele? — Pergunta curioso. 

— Nada, apenas coisas de uma garota. — Responde indiferente deixando Justin desconfiado. O loiro volta a sorrir ao ver o objeto que ele possuía em mãos. — Tem esses 3 filmes. E eu baixei a saga completa de Sharknado para você assistir. — Ela ri. 

— Sharknado? 

— É o melhor, pior filme, de tubarão da existência cinematográfica. — Ela ri ao lembrar dos péssimos efeitos especiais. — Meu pai diz que tem até uma garota que se parece comigo. 

— Hunm, agora sim eu vou querer assistir. — Bieber analisava cada filme. — Barbie e as 12 bailarinas? — Ele arqueia as sombrancelhas e estende o DVD para a garota a sua frente que sorria envergonhada. 

— F-foi por engano. Eu não vejo esse a um tempão. — Ela mente pegando de volta. 

— Eu vou assistir também, já que você trouxe. — Astrid o olhar surpresa. — Então, onde esteve esses dias? — A conversa fica séria quando Justin percebe a tensão de Astrid.

— E-em casa. — Responde sorrindo sem mostrar os dentes. — Onde mais eu estaria? 

— O que sua madrasta disse quando você voltou pra casa no dia seguinte? — Bieber arqueia as sombrancelhas. 

Astrid tentava ao máximo não se mostrar afetada por Bieber tocar naquele assunto. Naquela manhã ela e Katrina tiveram uma conversa nada amigável, a madrasta disse coisas horríveis para ela, e mais uma vez ameaçou destruir as coisas de sua mãe. Astrid afrontou a mesma, porém não deu muito certo, Katrina revidou a afronta com uma bela surra. 

Mais uma vez os funcionários foram proibidos de falar qualquer coisa para Vilar e Astrid tinha um novo motivo para ser chantageada. Ela prometeu a Castiel que não desceria mais lá embaixo, mesmo que a princípio ela tinha sido forçada na primeira vez, na segunda não foi bem assim, a morena voltou por vontade própria e isso deixou Katrina em dúvida, por que ela voltou? Ela iria descobrir. 

— Nós discutimos, apenas isso. — Ela se remexe desconfortável. — Por que não vamos assistir um filme, ou ver o pessoal faz um tempinho que eu não falo com a Clarisse. — Ela tenta desviar do assunto. 

— Por que está mentindo para mim? — Justin fica ainda mais sério. Astrid engole seco e mais uma vez tenta contornar a situação mas Justin impede puxando ela pelo braço. Ele percebe a careta que a morena fez, então cuidadosamente ele puxa a manga de sua blusa vendo vários hematomas roxos pelo braço de Astrid. — Foi ela que fez isso com você? — Bieber estáva surpreso e indignado. — Puta que pariu, Astrid. — Ele andava de um lado para o outro. — Você deixou ela te bater? — A morena abaixa a cabeça. — Não sabe se defender? 

— Como? E-ela é autoridade quando meu pai ou meu irmão não estão. E-e eu sempre fui criada para respeitar os mais velhos eu não posso simplesmente agredir ela... — Justin não deixa ela terminar a frase. Ele segura seu rosto, e tranquiliza a mesma com um olhar. 

— Por que não diz a seu pai? 

— Ele iria me matar se soubesse que eu vim aqui. É claro que na primeira vez eu fui obrigada, mas na segunda eu vim porque está preocupada com você, e agora eu vim... Eu nem sei porque vim, mas cá estou eu, como eu explicaria isso a ele? — Ela cruza os braços. — Ele mataria você se soubesse que somos próximos de alguma maneira. 

— Foda-se, conte a ele, ela não pode continuar fazendo isso com você, Astrid. — Bieber naquele instante não estava nem ai para o que aconteceria com ele. Tudo que ele queria era que Astrid tivesse coragem para se defender. 

— Eu já me resolvi com ela, okay? Ela até me deixou vir aqui mais vezes, eu disse que se ela fizesse algo ou contasse algo eu falaria toda a verdade para o meu pai. Foi apenas um blefe, mas ela acreditou. — Suspira cansada. — Será que podemos falar sobre outra coisa? Hunm? 

Bieber suspira derrotado. Era inútil discutir. Ele não sabia o porque de estar preocupado com ela. Tudo que ele sabia era que se sentia extremamente incomodado, quase com ódio, por ela ter apanhado daquela maneira, isso tudo por culpa dele. 

— Justin? 

— A-ah desculpa, eu... Quer ir a uma festa? — Pergunta do nada deixando Astrid confusa. — Começa em 1 hora, acho que dá tempo de você se arrumar. 

A garota sorria ainda meio estática pelo convite. Ela nunca ia a festas, e se essa tal festa for como a "luta" que ocorreu na semana passada, sua resposta era decididamente não, porém a carinha de Justin fez ela mudar de idéia. 

— Okay, mas eu não tenho roupa, e eu não quero ter que subir lá em cima para pegar... — Ela tenta dar uma desculpa. 

— Eu ajudo você, novata. 

Eles olham para trás vendo Clarisse de braços cruzados e corpo incostado no batente da porta. A ruiva olhava para ela com um olhar impressionado, Astrid era corajosa e pelo que parece se apegava fácil. 

— Clarisse. — Astrid abre um sorriso largo. — É bom te ver. — Ela ri. 

Clarisse não conseguia odia-la, ela olhava para Astrid e sentia vontade de colocá-la em um potinho, porém ela nunca admitiria isso. A ruiva sabia que teria que ajudar Justin no plano, mas não pretendia tratar Astrid bem, falsamente. Ela agiria normalmente sem fingir nada. 

— Vamos lá para minha cela, eu posso te emprestar alguma coisa. — Ela faz sinal com a cabeça, chamando a morena para sua cela. — Bieber, Ryan está te procurando. 

— Ah, ok. Clarisse você pode levar ela até a festa para mim? 

— Claro. 

— Obrigada. E, eu te vejo mais tarde. — Justin beija a mão de Astrid e sai a procura de Ryan. 

[...] 

— O que achou? — A ruiva pergunta sorridente para Astrid que se encarava estática. — Você está bem bonita, não é? É claro que ficaria mais ainda se aqui tivesse maquiagem, ou saltos... Mas é o que temos. 

Astrid se encarava no espelho com surpresa. Ela usava um vestido preto que era duas vezes menor que seu maniquim. As botas eram de pano aveludado, e ficavam grudadas em suas pernas. 

— Onde conseguiu essa roupa? — Pergunta ainda estática. Clarisse ri nasalado com a surpresa da garota a sua frente. 

— Existe uma sala onde fica os pertences das pessoas que eles predem aqui, um dia antes desses pertences serem destruídos, eu e algumas garotas fizemos um assalto naquela salinha. — Ela ri. — Quando eles descobriram, levamos uma surra e eles pegaram de volta algumas coisas, outras nós tínhamos escondido. Aqueles desgraçados levaram as maquiagens, só sobrou isso. — Ela me mostra um batom que praticamente já tinha acabado. Era preciso enfiar o dedo no buraco para pegar o batom. — Agora sim, você está pronta. Só não se esqueça de trocar de roupas antes de sair da festa, se alguém ver você vestida assim, teremos problemas.

— E as câmeras? 

— O pessoal das câmeras não são muito eficientes, exceto em dia de toque de recolher. Aqueles desgraçados ficam a noite toda acordados só esperando alguém para se ferrar. — Rosna com ódio. — Não se preocupe com eles, são inofensivos nesse quesito. Vamos? 

— Claro. 

...

A festa até que era legal para pessoas que não tinham direito a nada como eles. Haviam barris com cerveja e algumas luzes. Como Clarisse disse, alguns objetos foram roubados da sala de pertencentes, as cervejas eram sempre dadas a eles semanalmente. Isso era o pagamento já que eles ali trabalhavam, sim, Astrid não focou muito nessa parte no início mas quando Clarisse disse que eles trabalhavam montando as caixas de perfumes das perfumaria Spanic, a morena se surpreendeu. 

Astrid ficou tanto tempo olhando a festa que nem percebeu que a "festa" também olhava para ela. Tudo que ela menos queria era chamar atenção, mas era quase impossível já que Clarisse, Makenny e ela eram as únicas vestidas daquele jeito. Era bom dividir a atenção com as meninas, mas não era o suficiente. Por ela ser novata todos a encaravam. 

— Wow... Arrasando corações, novata. — Ryan chega olhando ela de cima a baixo. — Bieber tem sorte. — Sorri mordendo o lábio. — Com todo respeito. — Ele fica sério ao ver a expressão nada amigável de Clarisse. Ela odiava as brincadeiras de Ryan. 

— O-obrigada. — Sorri sem jeito. 

— Se vai me perguntar onde está Justin, ele está bem ali...— Porra. 

Ryan se amaldiçoa ao ver que Justin sorria para uma japonesa que estava se insinuando para ele. Bieber fazia carinho em seu rosto, enquanto a outra mão ele descia até a cintura. 

Astrid ficou incomodada, e nem sabia o porque. Naquele momento tudo que ela queria era sair dali. Por que estava tão estranha em relação a cena que viu? Justin e ela são só amigos, certo? 

— Aqui tem outros caras, sabe? ... Não devia se importar com aquilo. — Clarisse diz em seu ouvido. Astrid levanta o queixo e abre um sorriso forçado. 

— N-não estou incomodada, Justin é meu amigo. E eu não quero ficar com ninguém. — Diz indiferente. 

— Não gostaria de saber qual a reação dele? — Clarisse sorri provocativa. — Vou arrumar a pessoa certa para você. — A ruiva ri. 

— Clair, o que vai fazer? — Makenny pergunta preocupada. 

— Relaxa, finalmente temos alguém para provocar o Justin, não podemos perder essa oportunidade. — Ela ri maléfica. 

— Mas o Justin não gosta de fato dela. — Makenny sussurra só para Clarisse. 

— Eu sei, mas eu quero ver a atuação dele. 

Ela puxa Astrid para a mulvuca procurando o certo alguém específico. 

...

— Cara, a sua morena está um arraso naquele vestido. Se não fosse pelo esquema, eu pegaria ela. — Nolan chega aos tropeços, atrapalhando o beijo de Justin. 

— Morena?... Puta que pariu, ASTRID. — Ele se levanta em um pulo. — Eu esqueci completamente. Caralho, porra. 

— É amigo, você esqueceu, mas ela parece ter visto e está aproveitando. — Chris chega rindo a aponta com os olhos uma cena que eu não pensaria em ver nem nos meus piores pesadelos. 

Ela estáva com aquele desgraçado. Com aquele sujeitinho filho da mãe. Era nítido o desconforto dela ao sentir as mãos dele em seu pescoço. 

Eu não iria ficar aqui assistindo isso. Não mesmo! Eu vou lá.