História The Promise (Levi Ackerman) - Eu preciso saber

Olivia Becker

Segunda-feira chegou mais rápido que um ladrão. E devo mencionar que eu surtei quando acordei no domingo de manhã e me lembrei que dei um vácuo no Levi durante a ligação. E como eu havia acordado muito cedo e sabia que ele estava dormindo, me contentei em mandar apenas uma mensagem no whatsapp me desculpando por ter dormido no meio da ligação. E claro que algumas horas depois ele me respondeu dizendo pra eu ficar tranquila, que não tinha sido nada demais e que foi até divertido porque isso nunca aconteceu com ele. Enfim, ele não ficou chateado... No mais, o domingo foi tranquilo e eu não fiz absolutamente nada.

Agora, estou aqui na casa dos Ackerman para dar início a minha rotina... Olhei no relógio que está na parede da cozinha e já era 09:00h.

-Hora de levar o café da manhã do Levi. -falei pra mim mesma.

Então, peguei a bandeja com tudo preparado e saí da cozinha, indo em direção ao quarto dele. Assim que parei em frente a porta de madeira escura, dei duas batidas. Porém, Levi não respondeu. Bati mais duas vezes e nada. Achei estranho? Claro que sim. Então, resolvi entrar.

Abri a porta e a primeira coisa que vi foi que Levi não estava na cama. Rapidamente coloquei a bandeja em cima da escrivaninha que estava do meu lado direito e chamei por ele...

-Levi? -pensei que ele pudesse estar no banheiro, mas ainda sim não tive resposta. Então caminhei um pouco em direção a cama e quando já ia dar a volta nela pra ir em direção ao banheiro, vi Levi desmaiado no chão... -LEVI? -eu gritei e corri na direção dele. Me abaixei e imediatamente peguei em seu pulso e fiz a verificação, estava normal. -Levi, Levi... -falei sacudindo de leve seu rosto, mas nada dele acordar. Então, aproximei meu ouvido do nariz do Levi para sentir sua respiração e também estava normal. E antes que eu pensasse em me afastar, tomei um puta susto...

-Caramba, você está muito cheirosa. -Levi falou e meu coração quase saiu pela boca. -Pela fragrância, eu diria que é o 212 VIP, by Carolina Herrera. -ele falou com a voz da propaganda desse perfume e se não fosse pela minha indignação, eu teria rido.

-Que porra é essa? -perguntei encarando ele.

-Você pensou mesmo que eu tinha desmaiado? -Levi perguntou e começou a rir.

-Puta que pariu hein, Levi. -falei e me levantei do chão. Em seguida, caminhei até a janela e abri as cortinas.

-Ei, me ajuda a levantar.

-Vai à merda. Levante só. Você teve força o suficiente pra se deitar aí no chão e fazer uma puta brincadeira de mal gosto.

-Qual é Olivia. Foi só uma brincadeirinha. -Levi tentou amenizar e se levantou.

-Brincadeirinha? Qual é o seu problema? -me virei para encará-lo. -Desde quando que brincar de fingir que está morto é algo engraçado?

-Eu não entendo porque que isso apavora tanto as pessoas. É a vida, eu vou morrer e ponto. Sendo brincadeira ou não, eu vou morrer Olivia.

-E você fala como se isso não fosse afetar ninguém, não é mesmo? -perguntei e senti um nó desgraçado se formar na minha garganta. -Como se não fosse afetar as pessoas que te ama. Seus pais, seus amigos e inclusive... Eu. -falei e vi que a fisionomia dele mudou.

-Olivia...

-Cala a boca, Levi. -interrompi ele. -Não quero mais falar sobre isso... Enfim, seu café da manhã está aqui, junto com o seu remédio. Agora se me der licença, tenho outras coisas pra fazer. -falei e saí do quarto antes que ele falasse mais alguma coisa.

Andei rápido até chegar na cozinha, e assim que cheguei, bebi um pouco d'água. Afinal, eu estava me tremendo. O susto foi bem pior do que com o lance da piscina. Que porra.

-Bom dia, Olivia. -Kuchel falou ao entrar na cozinha e eu fui tirada dos meus pensamentos.

-Bom dia, Kuchel. -falei e sorri, pra disfarçar o meu nervoso.

-Eu queria falar com você mesmo. -a mulher sorriu.

-Pois não. -deixei o copo na pia e fiquei atenta ao que ela ia falar.

-Bem, você poderia ir à farmácia comprar os remédios do Levi? É que no momento eu estou muito ocupada com umas coisas do trabalho e os remédios dele estão acabando. E geralmente quem compra sou eu, quando estou por aqui. Mas é que nesse momento eu tô super ocupada.

-Ah, claro. Posso ir sim.

-Certo. Então eu vou lá pegar a lista dos remédios que é pra você comprar. Venho já. -Kuchel falou e saiu da cozinha.

Enquanto Kuchel foi pegar a tal lista, fiquei ali na cozinha esperando-a voltar. E em poucos minutos, ela estava de volta. Me entregou a lista e o dinheiro. Sendo assim, saí da cozinha e voltei ao quarto do Levi pra avisar que eu ia sair... Ao chegar em frente a porta conhecida, dei duas batidas. E logo ele disse para eu entrar.

-Vou ter que sair agora. -falei colocando apenas a cabeça dentro do quarto. -Você precisa que eu traga algo?

-Acho que não. Você vai aonde?

-Farmácia. Comprar seus remédios.

-Ok... Quando voltar, a gente vai caminhar?

-Vamos sim... Enfim, vou lá. Até daqui a pouco.

-Até.

Deixei ele terminando o café e saí... Fiz o percurso até a saída onde ficavam os carros, fui até o meu, destravei ele e entrei. Liguei o veículo e me mandei pra farmácia.

(...)

O dia passou sem muita novidade. Quando voltei da farmácia, fui caminhar pelo jardim com o Levi, conversamos pouca coisa e depois ele fez alguns exercícios.

Eu sentia que ele queria falar sobre a brincadeira de mal gosto, porém não dei brecha para o assunto. Estava com uma certa angústia, sei lá. Era como se por mais que eu soubesse que essa merda iria acontecer, uma parte de mim, bem lá no fundo, não queria acreditar.

Por fim, eu e Levi encerramos o dia assim, sem muito assunto. Fiz todas as coisas sem conversar muito com ele. Levi até tentava puxar alguma conversa mas eu não esticava muito. Respondia o necessário e ponto. No mais, foi isso.

Ao cair da noite...

Quando o Levi terminou de jantar, foi minha vez. Sasha até me fez companhia enquanto eu comia. Conversamos algumas coisas referentes ao sábado e das coisas engraçadas que aconteceram depois que fui embora do The High Dive.

Depois que eu terminei de jantar, Sasha se despediu e eu fui lavar meu prato. Feito isso, bebi um pouco d'água e fui para o meu quarto... Chegando no mesmo, fechei a porta e me despi das roupas que usava. Em seguida fui tomar um banho.

(...)

Quando terminei o banho, escovei os dentes, me enxuguei e passei um pouco de hidratante pelo corpo. Depois, coloquei minha camisola preta de cetim e fui ler um livro. Como eu estava sem sono, talvez a leitura me ajudasse a dormir.

Levi Ackerman

O dia hoje foi estranho. Olivia estava claramente chateada pela brincadeira que eu fiz. E é claro que eu me senti mal por isso. Não queria que ela ficasse assim. Talvez, por eu tratar a morte como algo tão natural, isso cause estranhamento em algumas pessoas. Ainda mais quando se trata da minha morte.

Terminei meu banho e me pus a pensar se deveria ir até o quarto dela para conversar. Eu não quero ir dormir com essa coisa estranha dentro de mim. Eu nunca fui o tipo de pessoa que sente a necessidade de se desculpar com alguém. Mas com a Olivia, eu sentia que tinha a obrigação de fazer isso.

-Ok Levi. Vai lá tentar consertar a merda que você fez. -falei pra mim mesmo.

Após me vestir, enxuguei um pouco os cabelos e depois penteei-os. Deixei minha toalha na barra de ferro que tem na parede do banheiro e em seguida fui calçar meus chinelos. Feito isso, saí do quarto.

Parei em frente a porta do quarto da Olivia, respirei fundo e dei duas batidas. Ela não respondeu, mas escutei os passos dela se aproximando da porta. E assim que ela abriu, olhou pra mim normalmente.

-Aconteceu alguma coisa? -ela perguntou.

-É... -fiz uma pausa. -Não. Não aconteceu nada. É só que eu acho que a gente precisa conversar. -falei e ela ficou me encarando.

-Se for sobre o que aconteceu hoje cedo, eu acho melhor não. No momento tô um pouco sem cabeça pra isso.

-Por favor Olivia. Eu preciso conversar com você. -falei e ela suspirou.

-Ok. Entra. -Olivia concordou e abriu um pouco mais a porta para que eu entrasse. Assim que passei por ela, pude sentir o cheiro maravilhoso que essa mulher exalava. Até esqueci por alguns segundos o que eu ia falar.

Olivia fechou a porta atrás de si e em seguida indicou a cama para que eu me sentasse. Sendo assim, me sentei e depois ela sentou-se ao meu lado, ficando um pouco mais afastada.

-Então... Eu sei que peguei pesado hoje de manhã e na boa, não era minha intenção te deixar do jeito que você ficou, eu realmente não sabia que você ia ficar tão mal. E sim, eu estou admitindo que fui um idiota. Por isso, eu vim aqui pra te pedir desculpas. Isso é, se você quiser me desculpar. -falei e ela continuou me encarando. -Não vai falar nada? -perguntei.

-Eu realmente queria entender o que se passa nessa sua cabeça pra ficar brincando com isso. Pelo menos pra mim, não é nenhum pouco divertido. Você pode até achar graça nisso, mas eu não. -ela falou e eu fiquei calado. -Porque você acha isso divertido, Levi?

-Talvez por eu tratar normalmente essa questão da minha doença e não ver espanto em saber que uma hora eu vou morrer. -falei e vi os olhos da Olivia ficarem marejados.

-Entendo. Mas você não precisa brincar com isso. -ela falou desviando o olhar do meu e em seguida virou um pouco o rosto na direção da porta.

-Ei... -falei e me aproximei mais dela, depois peguei em seu queixo, fazendo-a olhar pra mim. -Me desculpa? Prometo que não faço mais isso. -Olivia me encarou por alguns segundos e falou...

-Olha, eu vou te desculpar. Mas se você fizer de novo, eu não vou pensar duas vezes e vou te meter um soco.

-Ok. -falei e comecei a rir.

-Era só isso? -ela perguntou.

-É... -pensei um pouco se era só isso mesmo que eu vim fazer aqui, mas logo lembrei que eu queria perguntar se de fato ela não escutou o que eu falei antes de desligar a ligação. -Ah sim, lembrei... Quando a gente estava conversando e você acabou adormecendo na chamada, você realmente não escutou o que eu falei antes de desligar? -fiz a pergunta e Olivia pareceu que estava tentando se lembrar.

-Não. Realmente não escutei. Só lembro que você estava falando sobre os estilos de filme que gosta. Depois disso, não lembro de nada... O que foi que você falou? -ela quis saber e eu sorri.

Bem, eu não sei se essa era a hora pra abrir o jogo e dizer tudo o que eu sinto por ela. Mas, eu tinha que fazer isso. Não aguentava mais ficar guardando esse sentimento. Eu precisava falar e precisava saber se é recíproco. Então, respirei fundo e comecei a falar.

-O que eu disse naquela noite foi... -me aproximei mais um pouco dela e peguei em sua mão. -Que você dormisse bem e que eu estava morrendo de saudades e não via a hora de chegar segunda-feira. -falei e vi a feição de surpresa dela.

-Você estava com saudades? -Olivia perguntou parecendo não acreditar.

-É, estava. Mas não é só saudade que eu sinto. Tem mais coisas que você precisa saber. E eu prefiro te dizer com gestos do que com palavras. -e sem pensar muito, passei minha outra mão livre pela nuca dela e a puxei para um beijo.

Olivia se assustou um pouco, mas logo cedeu. Quando eu senti que ela entreabriu os lábios, aprofundei mais o nosso beijo. E assim que o ar começou a faltar, nos separamos um pouco e encostamos nossas testas.

-O quê que eu preciso saber? -Olivia perguntou um pouco ofegante. -Me fala.

-O que você precisa saber, é que... Eu estou apaixonado por você, Olivia. E eu preciso saber se você sente o mesmo ou se é apenas delírio meu. -falei e logo vi um sorriso aparecer no rosto dela.

-Claro que não é delírio seu. -ela falou e logo me puxou, fazendo os nossos lábios se encontrarem novamente... É, acho que eu já tenho a minha resposta.

A medida que o nosso beijo ia adquirindo uma certa urgência, eu ia me inclinando mais pra cima da Olivia. E quando percebemos, eu já estava em cima dela.

-É, Levi? -Olivia falou após interromper o beijo.

-Que foi? -perguntei saindo de cima dela e ela se levantou. -Eu fiz algo de errado?

-Não. Você não fez nada. É só que... -ela fez uma pausa. -Eu realmente estou apaixonada por você. Mas quando eu paro pra pensar, acabo me assustando porque eu nunca gostei de ninguém assim. E o pior de tudo é saber que você não vai... -ela fez uma outra pausa. -Ficar aqui. -finalmente Olivia falou. E por mais que ela estivesse de costas pra mim, eu sabia que estava chorando.

-Ei, ei... -me levantei da cama e fui até ela, em seguida peguei nos ombros dela e a virei pra mim. -Não pensa nisso, ok? -falei enxugando as poucas lágrimas que escorriam pelo rosto dela. -Só vamos esquecer essa parte e viver todo o resto. Hm?

-Tá. -Olivia falou e deu um pequeno sorriso.

Então nos abraçamos e ficamos um tempo ali. Depois eu afastei um pouco os cabelos dela, deixando o pescoço a mostra e comecei a beijar aquele local. Olivia ao sentir o contato dos meus lábios com a pele dela, soltou um suspiro e me apertou mais pra si, fazendo os nossos corpos se juntarem mais. Em seguida, subi os beijos até a orelha dela e falei quase que em um sussurro...

-Deixa eu te fazer só minha?

-Deixo. Eu deixo. -Olivia falou.

Então, sem demorar mais, voltei a beijar os lábios dela com vontade e logo em seguida comecei a guia-la até a cama. Ao chegar na mesma, fizemos uma pausa apenas para que eu apagasse o abajur, deixando apenas a luz da lua iluminar o quarto. Feito isso, voltei a beijá-la.

Minhas mãos percorriam toda a lateral do corpo dela por cima daquela camisola preta de cetim. E ao chegar na barra da mesma, coloquei minhas mãos por baixo, sentindo aquela pele macia, e vim subindo até tirá-la por completo. Após ter deixado Olivia só de calcinha, ainda admirei por uns segundos todo o corpo dela. E puta que pariu, que mulher linda.

Senti que ela ficou um pouco envergonhada com a minha olhada. Eu apenas ri e em seguida tirei minha blusa e minha bermuda, ficando somente de cueca boxer. E sem demorar muito, Olivia sentou-se na cama e me puxou pra cima dela... E assim, demos início ao que estávamos querendo fazer.