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História The Promise (Levi Ackerman) - The Promise


Escrita por: MrsA7xLp

Notas do Autor


Até que enfim acabou o sofrimento. Kkkkk
Cheguei com o último capítulo nessa madrugada de terça.

Sem mais demora, vamos ao capítulo.
Tenham uma boa leitura.

Capítulo 26 - The Promise


30 anos depois...

Olivia Becker

Nossa, trinta anos se passaram e eu ainda continuo aqui (risos). Foram tantas coisas que aconteceram na minha vida, que eu nem sei por onde começar. Mas bem, acho que posso começar contando a partir daquela noite em que eu vi o Levi.

Como eu havia dito, quando o Levi morreu, eu meio que consegui me estabilizar aos pouco. Mesmo com a morte dele, estranhamente eu sentia que tinha alguém perto de mim e tinha mesmo. Naquela noite em que o Levi apareceu pra mim, umas das coisas que perguntei foi "Era você que estava perto de mim esse tempo todo?" E ele me disse que sim. Bem, depois que ele se foi e eu deixei de sentir a presença dele, definitivamente eu desmoronei.

Eu chorei dia após dia, voltar ao trabalho não foi fácil e nem deu certo. Pois eu não conseguia passar cinco minutos sem chorar. Até que meu estado de tristeza foi se agravando e eu tive que ser afastada do trabalho. Passei por psicólogos e psiquiatras. Tomar remédio controlado fez parte da minha vida por pelo menos dois anos. Sim, eu passei dois anos no inferno sem saber como sair. Mesmo estando a base de remédios fortíssimos, sempre que meu pensamento ia até o Levi, eu chorava. A saudade era insuportável ao ponto de doer o peito e essa saudade durou mesmo com todas as coisas que aconteceram depois da minha recuperação. Inclusive, ela dura até hoje.

Bem, depois de dois longos anos em tratamento pra depressão, eu finalmente me vi recuperada e aceitando a morte do Levi. Deixei a medicação pesada que eu tomava e passei a fazer terapia com o psicólogo (o que me ajudou bastante). E claro que eu não passei por tudo isso sozinha. Hanji, Erwin, Farlan e Sasha, me ajudaram bastante. Eles raramente me deixavam só. Sempre um deles iam a minha casa.

Por falar em amigos, lembro bem que alguns meses depois da minha recuperação, Hanji e Sasha me arrastaram pra uma balada. Estávamos dançando, e quando a música atual havia acabado, começou a tocar I Wanna Know, do Alesso. Hanji e Sasha olharam pra mim, pois as duas sabiam o que aquela música significava. Óbvio que as lembranças do ano novo vieram como uma onda quebrando na minha cabeça, mas o melhor de tudo isso, é que eu sabia que tinha superado a morte dele. Ao escutar a música, consegui lembrar do Levi com alegria e não com tristeza...

Hanji olhou pra mim como se tivesse perguntando: Tudo bem?... Eu apenas olhei pra ela e pra Sasha, e sorri.

-Ao Levi. -falei erguendo o drink que estava em minha mão.

-Ao Levi. -Hanji e Sasha falaram ao mesmo tempo erguendo o copo que seguravam. Depois, elas me abraçaram.

E assim, continuamos a dançar aquela música que representou o melhor ano novo que eu tive ao lado da pessoa que eu mais amei.

Recuperada e bem, voltei a trabalhar. Com a volta ao trabalho, Erwin, que já era bem próximo a mim, ficou ainda mais. Mais do que a Hanji, Sasha e o Farlan, ele era o que ia com mais frequência a minha casa e foi inevitável a gente não se envolver, de novo. Só que diferente da última vez, que era só sexo e zero sentimentos da minha parte, eu realmente consegui gostar dele e fiquei surpresa quando Erwin me falou que nunca me esqueceu. Ele foi o primeiro cara do qual eu me envolvi depois da morte do Levi.

Com o nosso namoro, Erwin me incentivou a fazer uma outra graduação. No caso, comecei medicina e me especializei em oncologia. Mas você deve se perguntar "Por quê oncologia, Olivia?" Bem, depois do que aconteceu com o Levi, eu realmente quis entender como esse tipo de câncer que ele teve, funcionava. Não que na enfermagem a gente não veja, mas só que é bem limitado, sabe? Daí, eu decidi me especializar nessa área.

Durante a minha graduação em medicina, Erwin me ajudou muito e claro que com isso, nosso relacionamento foi ficando cada vez mais forte até o ponto que ele me pediu em casamento. Aceitei? Claro que aceitei (risos). Eu estava gostando dele e muito. Porém, só nos casamos depois que eu terminei a graduação. Depois do casório, comecei a especialização em oncologia.

Eu e Erwin permanecemos em San Diego. Ele comprou uma outra casa e tanto ele quanto eu, pusemos nossas antigas casas pra alugar... Os primeiros anos do nosso casamento foram maravilhosos. Cheguei a pensar que ia ser pra sempre, mas não foi. Apesar de eu e o Erwin nos darmos muito bem, infelizmente, ao morarmos juntos, percebemos a nossa incompatibilidade em diversas coisas. Isso fez da gente um casal infeliz? Não. Porque assim que percebemos que o negócio não estava dando certo, chegamos ao consenso de nos divorciarmos.

Nos divorciamos de forma amigável. Ninguém saiu ferido, nem magoado. E ao fim de tudo, depois de quinze anos juntos, Erwin e eu vimos que nos dávamos melhor como amigos do que como marido e mulher (risos). E até hoje a gente se fala normalmente.

Eu não tenho palavras pra dizer o quanto Erwin significou e significa na minha vida. Porque mesmo ele sabendo que eu ainda gostava muito do Levi, ele nunca teve um pingo de ciúmes. Ele até achava bonita as fotos que eu tinha com o Levi. Erwin sempre admirava os porta-retratos e inclusive os desenhos que depois eu mandei emoldurar e pendurei-os na parede do quarto. Eu sempre gostei muito do Erwin, mas nunca consegui amá-lo.

Bem, depois do divórcio e da separação de bens, pedi transferência do hospital que eu trabalhava, em San Diego para um outro em Santa Mônica. Quando minha transferência saiu, me mudei pra lá. Não preciso nem dizer porque eu escolhi Santa Mônica, não é?

Mesmo com a minha mudança, meus amigos não deixaram de ir me visitar. Hanji e Sasha sempre vinham no fim de semana. Farlan, sempre que dava ele aparecia, assim como o Erwin. Até os pais do Levi chegaram a me visitar em Santa Mônica.

E falando no Louis e na Kuchel, quando eu ainda estava em San Diego, sempre ia visitá-los, nunca me afastei deles dois. Embora atualmente eles estejam com bem mais idade, ainda sim eu ia visitar eles.

Por fim, eu estava bem. Parando pra pensar em tudo o que eu vivi, realmente achei que não ia viver pra contar história. O mal de sermos jovens, é que a gente acha que a dor que sentimos, nunca vai passar. Quando na verdade, não é assim. E a frase "Um dia nós iremos olhar pra trás e rir de tudo isso" nunca fez tanto sentido como faz pra mim hoje. Eu, nos meus 57 anos de idade, consigo olhar pra trás e rir um pouco. Mas claro que eu me refiro a rir por achar que eu nunca ia sair do fundo do poço. E tudo ficou bem mais leve a partir do momento que eu aceitei o que aconteceu e coloquei na cabeça que pessoas partem, independente de como. E a partir do momento em que o ser humano aceita isso, ele consegue viver melhor. Embora eu tenha aceitado a partida do Levi, eu nunca deixei de amá-lo.

***

Era noite de sexta e eu estava de folga do trabalho. Então resolvi ir até a cafeteria que eu sempre ia pra tomar o meu bom e velho cappuccino.

Chegando lá, me aproximei do balcão e fiz meu pedido pro atendente que eu já tinha virado amiga de tanto que eu ia lá.

-Boa noite, Franklin. -sorri.

-Boa noite, senhora Olivia. -o rapaz me retribuiu o sorriso. -Vai querer o de sempre?

-Sim, por favor.

-É pra já. -Franklin falou e se afastou.

Me sentei em uma das banquetas e esperei ele trazer a minha bebida. Enquanto isso, fiquei observando as poucas pessoas que estavam ali... Não demorou nem dez minutos e Franklin voltou trazendo meu cappuccino.

-Obrigada. -falei assim que ele colocou o copo médio em cima do balcão.

-Que tal um donut pra acompanhar? -Franklin sugeriu.

-Hmm, pode ser. -sorri e ele foi buscar.

Franklin voltou trazendo o donut e me entregou. Sendo assim, me pus a comer e a conversar com ele.

(...)

Quando terminei, paguei pelo o que eu havia consumido, me despedi do Franklin e saí da cafeteria... Como a noite estava muito bonita, decidi caminhar até o píer.

Chegando lá, caminhei em direção a imensa ponte de madeira e me aproximei do batente que servia de proteção na ponte. Encostei meus antebraços na madeira e me pus a observar o mar e posteriormente a praia.

Não tinha como olhar aquela praia e não pensar no momento que eu tive com o Levi ali. Embora tenha acontecido há muitos anos atrás, o sentimento daquela noite ainda estava muito aceso no meu coração.

Não sei quanto tempo eu fiquei ali, perdida em pensamentos. Mas, assim que senti meu celular vibrar no bolso do meu casaco, voltei a realidade... Peguei o aparelho e assim que vi que era o Erwin me ligando, atendi.

-Fala, velhote. -comecei a rir e Erwin fez o mesmo.

-Você também não está tão nova assim, hein.

-Tenho 57 anos, mas a carinha de 30 ainda está aqui. Sem falar no meu corpo, que graças a musculação, tá muito bem. -mais uma vez eu e Erwin caímos no riso. -Mas enfim, o que você quer a essa hora? -perguntei quando me afastei da proteção da ponte e fui andando lentamente, fazendo o caminho de volta por onde eu vim.

-Amanhã é aniversário da Cecília, minha namorada e ela pediu para que você viesse. Não que eu não fosse lhe convidar, mas ela fez isso primeiro. 

-Olha, eu realmente iria. Mas, hoje foi minha folga então amanhã eu trabalho. Desculpa.

-Tudo bem. Quem sabe você aparece para um almoço no domingo? -Erwin falou na esperança de escutar o meu sim.

-Insistente só você, hein, senhor Smith. -falei rindo. -Ok, eu vou.

-Êba! Vou fazer aquela lasanha que você adora.

-Hum, vai deixar sua namorada com ciúmes, hein. 

-Relaxa, ela sabe que você é uma pessoa muito importante na minha vida.

-Ok. Se você diz, eu acredito. Enfim, mande os parabéns à ela e me aguarde no domingo. -falei.

-Pode deixar. Então, boa noite e se cuida. -Erwin falou.

-Você também. Tchau.

-Tchau. -assim que Erwin se despediu, nós desligamos.

Depois dessa ligação, ainda caminhando, olhei rapidamente umas notificações de mensagens no whatsapp e vi porque Erwin havia me ligado. Eu não respondi as mensagens dele. Sorri ao ver o quão ele ainda continuava exagerado nas mensagens e depois, decidi guardar o celular. Mas antes que eu o fizesse, um rapaz passou por mim e sem querer esbarrou no meu braço. Com o choque, meu celular acabou caindo da minha mão. O rapaz viu e rapidamente pegou o aparelho que estava próximo ao pé dele.

-Puta que pariu. -resmunguei pra mim já pensando que a tela tinha quebrado.

-Me desculpa, foi sem querer. -o jovem falou e me entregou o celular.

Antes mesmo de eu pegar da mão dele, olhei pro rosto do rapaz e sinceramente, eu me assustei. "Eu estava louca ou esse rapaz tinha uma semelhança com o Levi? Ou será que ele é algum parente dele? Provavelmente não. O Levi não tinha parentes parecido com ele." Pensei. O olhar morto, os olhos azuis, o corte undercut só que com os cabelos um pouco bagunçados, me fizeram tremer.

-Oi? -ele falou acenando pro meu rosto e eu saí do transe.

-Ah, desculpa. -falei e peguei meu celular.

Nossas mãos se tocaram e eu arrepiei por sentir que estava muito gelada a mão dele.

-Espero que não tenha quebrado. -o rapaz falou e deu um pequeno sorriso.

-Tenho certeza que não. -sorri de volta.

Mas antes que eu pudesse agradecer e continuar meu caminho, o moço ficou me olhando, como se me conhecesse. E de repente, ele fechou os olhos e pôs a mão na cabeça, como se estivesse sentindo dor.

-Está tudo bem? -perguntei dando um passo, me aproximando pouca coisa dele.

Ele não disse nada. Porém, quando abriu os olhos e me encarou, ele sorriu. Fiquei pensando no porque esse rapaz estava sorrindo e antes que eu perguntasse algo, vi que ele ia falar alguma coisa.

-Olivia?

O rapaz falou meu nome e eu arregalei os olhos. Rapidamente pensei se eu já tinha o visto antes, ou se ele era um dos pacientes dos quais eu já cuidei. Mas não, eu não me lembrava do rosto dele.

-E-eu te conheço? -perguntei e ele sorriu novamente. Depois ele se aproximou de mim e ficou olhando fixamente para o meu colar. Sim, eu usava o anel do "casamento" meu e do Levi como um pingente no colar.

-Você ainda tem o anel. -ele falou e sorriu ainda mais.

-Ei, que porra é essa? -perguntei me afastando dele. -Quem é você e como sabe o meu nome?

-Sou eu, Olivia. O Levi.

-Que?! -na mesma hora eu gargalhei. -Olha, eu não sei quem você é. E isso definitivamente não tem graça. Com licença. -falei e dei as costas pra ele. Em seguida, comecei a caminhar.

-OLIVIA BECKER! -ele gritou e na mesma hora eu parei de andar. Me virei pra ele e o encarei. Então, ele continuou... -Você foi contratada pela Kuchel Ackerman pra cuidar de mim. A princípio eu te maltratei, depois você foi embora e eu me arrependi. Pedi pra você voltar e você voltou. A gente se apaixonou, nos casamos de brincadeira aqui no ano novo e soltamos o balão dos desejos, o nosso balão. -ele finalizou e ficou me olhando com os olhos cheios de lágrimas.

-Eu não sei quem te contou essas coisas, mas isso não é hora pra brincadeiras. -falei enxugando as lágrimas que se formaram nos meus olhos e logo voltei a andar.

-ESPERA! -ele falou mas eu o ignorei. Foi então que... -I've been hit by stars, a beauty you are, a beauty you are. Day turns into night, you light up my dark, you light up my dark... -ele começou a cantar a música que eu e o Levi dançamos no ano novo... -You're the one that I see waking up next to me and I hope it's the same for you. But you play with my mind when you send me these signs and I see other guys get 'em, too. -assim que o rapaz parou de cantar, eu me virei e encarei ele.

-Não pode ser. -falei pondo as mãos na boca.

-Pode sim, Olivia. -ele se aproximou e sorriu. -Eu te disse que ia voltar e voltei. Porque você é o meu propósito.

-Eu não acredito. -falei aos prantos. 

-Você ainda tem a carta, a receita do brigadeiro e os desenhos? -ele perguntou e eu chorei mais ainda. Mas logo depois assenti.

-É você mesmo, Levi? -perguntei e toquei o rosto dele.

-Sim, sou eu, meu amor. -ele tocou meu rosto também e sem demorar mais, nos abraçamos.

-Eu senti... tanto.. a sua falta. -falei entre os soluços.

-Eu também senti. -ele me abraçou ainda mais. -Mas agora, eu estou aqui.

-Tem tantas coisas que eu não entendo. -falei assim que desfizemos o abraço.

-Eu vou te explicar. -Levi falou e enxugou meu rosto com as mãos dele. -Você tem um tempo pra mim? -ele sorriu. 

-Claro. Eu tenho todo o tempo do mundo. -falei sorrindo e logo nos abraçamos novamente.

-Então, vamos. -Levi falou e esticou o braço, para que eu apoiasse o meu no dele.

-Só uma coisa. Como você se chama, de verdade? -perguntei antes de começarmos a caminhar. Levi olhou pra mim e sorriu.

-Rivaille. Eu me chamo Rivaille. -ele falou e eu sorri. Assim, seguimos para onde ele quisesse ir.

De fato, entre o céu e a terra há muitos mistérios e talvez nós nunca iremos conseguir explicar. Mas, apesar de não saber muitas coisas, tem apenas uma que eu sei. Levi cumpriu a promessa que me fez e voltou. Voltou para finalmente darmos continuidade ao nosso "Eu te amo hoje, te amarei amanhã e para todo o sempre."

Fim

 


Notas Finais


Acaboooooou! 😭😭😭

Mas ainda não farei os agradecimentos. Vou deixar para fazê-los no próximo capítulo das explicações.
Então, beijos e até mais. 😘


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