História The Promise (Levi Ackerman) - Foi bom enquanto durou

Dois meses depois...

Narrador

Era manhã de domingo quando Hanji acordou disposta a ir à praia. Na noite anterior, ela e Olivia fizeram um rolê um tanto pesado. E isso, acabou resultando na dormida da garota na casa da Hanji.

-Se você não quiser um biquíni meu, a gente pode passar na sua casa pra pegar o seu. -Hanji falou e tomou um gole do café. Porém, Olivia pareceu não escutar o que a moça falou. Já que ela estava falando com o Levi pelo whatsapp. -Ei, Olivia. -Hanji bateu a mão na mesa pra chamar a atenção da amiga.

-Que? -a morena perguntou um tanto assustada.

-Você escutou o que eu falei?

-Não.

-Hum. Novidade... Tá falando com o Levi de novo? -Hanji quis saber.

-Estou. Quero saber se ele já comeu e tomou os remédios. -Olivia respondeu e voltou a mexer no celular.

-Olha, que eu me lembre, nunca vi você com esse extremo cuidado com nenhum dos pacientes que já cuidou. E até ontem no rolê da gente você estava preocupada com ele.

-Eu só quero saber se está tudo em ordem, Hanji.

-Tá, mas acontece que eu não estou te reconhecendo mais. Antes você priorizava o fim de semana e não deixava ninguém atrapalhar isso. Agora você não larga mais esse celular. -Hanji falou e esperou que a amiga falasse algo. Mas foi em vão. Olivia continuou com os olhos na tela do celular. Então rapidamente, a moça tirou o celular das mãos da amiga.

-Que porra é essa, Hanji? -Olivia perguntou sem entender o que a amiga acabara de fazer.

-Que porra é essa, é que eu estou tentando conversar com você e a senhorita não está dando a mínima. -Hanji falou e Olivia revirou os olhos.

-Tá bom. O que você quer falar?

-Você está apaixonada por esse rapaz, Olivia? 

Ao ouvir a pergunta da garota, Olivia engoliu seco e ficou encarando-a por alguns segundos.

-Não. Porque está me perguntando isso?

-Não é um tanto óbvio? Você tá toda aérea, parecendo uma adolescente apaixonada que quando pronuncia o nome do amado, solta um riso fodido de bobo. E sem falar que você já recusou três convites do Erwin pra sair.

-Sério que eu tô fazendo isso tudo? -Olivia perguntou e começou a rir.

-Tá vendo. Não está nem percebendo o que está fazendo.

-Hanji, se acalma. Ok? Eu NÃO estou apaixonada pelo Levi. A gente só está se dando muito bem e ele está mais aberto a conversas. Então, calma... Agora me dá meu celular, por favor? -a morena falou e Hanji suspirou.

-Eu espero mesmo que você não esteja apaixonada, mocinha. Porque eu sei o final dessa novela e não é nada legal. -Hanji encerrou o assunto e entregou o celular a Olivia.

Após essa conversa, as duas continuaram com o café da manhã.

(...)

O dia na praia foi extremamente agradável. Acabou que Olivia decidiu chamar a Sasha e Hanji chamou uma amiga dela da qual Olivia não conhecia.

As quatro se bronzearam, beberam, comeram e jogaram bastante conversa fora... Quando foi quase perto de cinco da tarde, as moças decidiram ir embora... Hanji deixou sua amiga Clarissa em casa, depois foi a vez da Sasha e por último, a Olivia. As duas se despediram com um abraço e logo em seguida, a morena saiu do carro. Por fim, Hanji se mandou pra casa dela.

Olivia Becker

Assim que entrei em casa, fui direto pro meu quarto e depois entrei no banheiro. Tirei as roupas que eu usava e tomei um banho pra tirar todo aquele sal do meu cabelo e do corpo.

Após o banho, vesti uma roupa qualquer e fui deixar as roupas que eu estava usando, na área de serviço, dentro do cesto de roupa suja... Feito isso, voltei para o quarto e me joguei na cama. Peguei meu celular e fui olhar algumas coisas no meu insta. Assim que eu acessei o aplicativo, vi duas respostas na foto que eu postei no story enquanto estava na praia. A foto era eu deitada de bruços na espreguiçadeira com uma mão na testa, tentando olhar plenamente pra Sasha enquanto a mesma tirava a foto.

A primeira resposta era do Levi. Ele havia mandado um: Vai queimar mesmo hein. Quero só ver chegando aqui amanhã com insolação. Hahaha... E a outra resposta era do Erwin. Ele havia respondido: Perfeita. Mal posso esperar pra ver de perto essas marquinhas... E no fim da frase, ele colocou um coração.

Eu ri com ambas as respostas, mas depois eu respondi... Feito isso, saí do aplicativo e deixei o celular de lado. Porém, não tive tempo de me distrair, pois o aparelho começou a tocar. Peguei o mesmo para ver quem me ligava e quando vi, era o Erwin.

-Oi Erwin.

-Oi linda. Está ocupada?

-Não. Só estou deitada. Por quê?

-Estava pensando em te chamar pra vir aqui pra casa. Faz tempo que a gente não se ver, não é?

-É, faz tempo mesmo.

-E aí, você topa vir?

-Topo sim.

-Ótimo. Então eu vou aí te pegar. Pode ser?

-Pode sim. Você vem que horas?

-Vou só tomar um banho e daí eu vou.

-Ok.

-Então até daqui a pouco.

-Até. -falei e desligamos.

Perfeito. Se eu queria um momento pra por um fim nesse nosso lance sexual, o momento é agora... Me levantei da cama e fui escolher uma roupa.

(...)

Ao chegarmos na casa dele, Erwin perguntou se eu queria comer algo, daí eu disse que não, estava de boas... Então conversamos algumas coisas e depois fomos fazer o que realmente estávamos querendo. Transar.

Quando estávamos devidamente aquecidos, Erwin inverteu nossas posições, ficando entre minhas pernas.

-Eu estava louco de saudades de você. -ele falou enquanto beijava e dava alguns chupões no meu pescoço... Não falei nada. A única coisa que fiz foi rir.

Erwin colocou minhas mãos na altura da minha cabeça. Com uma mão dele prendendo as minhas, a outra livre, ele usou para encaixar o membro dele na minha entrada. Assim que ele me penetrou, Erwin voltou a segurar as minhas mãos com as duas dele.

Enquanto ele fazia os movimentos de vai e vem bem devagar, Erwin ficava me encarando de uma forma extremamente sedutora. Talvez ele nem soubesse, mas esse olhar me deixava com mais vontade de ser fodida de todas as formas possíveis e imagináveis.

E sem que eu esperasse, Erwin tomou meus lábios com certa vontade. Iniciamos um beijo que denunciava a nossa vontade de estar ali. Aos poucos, ele foi soltando minhas mãos. E quando eu fiquei livre, passei meus braços em volta do pescoço dele e aprofundei mais o nosso beijo. E com isso, Erwin começou a se movimentar mais rápido.

-Eu tô quase lá. -ele falou parando de me beijar e encostou a testa dele na minha.

-Eu também... Hmmm. -falei entre os gemidos.

E sem demorar mais, atingimos o nosso ápice juntos... Erwin e eu, permanecemos naquela posição por mais alguns minutos. Ele com a testa encostada na minha, enquanto um sentia a respiração descompassada do outro. Depois, ele deitou ao meu lado e me puxou mais pra perto dele. Fazendo eu colocar minha cabeça em seu braço.

Ficamos um tempo em silêncio, apenas sentindo as nossas respirações voltarem ao normal. Erwin acariciava meus cabelos e eu pensava em como ia começar a conversa sobre a gente.

-Está tudo bem? -ele perguntou e eu suspirei.

-A gente precisa conversar. -falei me ajeitando um pouco mais para olhar pra ele.

-Certo. Sobre o que você quer conversar? -Erwin falou e se ajeitou também, ficando de frente pra mim.

-É sobre a gente.

-Hum. Eu até imagino o que seja. Mas vá lá. Sou todo ouvidos. -ele sorriu.

-Então... Primeiramente eu quero que saiba que gosto muito de estar com você. Eu me divirto, você me faz rir e é super gentil. E é por isso que nós temos que parar por aqui. -falei e Erwin continuou me encarando. Porém eu prossegui... -Eu sei que você tem sentimentos por mim e não adianta negar, mas comigo não é a mesma coisa. E antes que isso fique mais profundo, a gente tem que parar.

-Entendo. De fato você está certa. Eu realmente tenho sentimentos por você. Mas com relação a você não sentir o mesmo e a gente se resumir só a cama, eu tô bem com isso.

-Não Erwin. Você não está bem com isso. Eu não quero que fique alimentando algo que não vai acontecer. E você é bom demais pra perder seu tempo com alguém que só quer sexo. Você merece uma pessoa que corresponda você à altura. E essa pessoa não sou eu. -caramba, eu achei que isso ia ser fácil de falar.

-Bom, então não me resta muita coisa além de aceitar sua decisão e respeitar. Eu realmente gosto de você. E mesmo você não sentindo nada por mim, só o fato de eu estar perto de ti, já me faz feliz.

-Eu também fico feliz perto de ti. -falei colocando minha mão no rosto dele. -Mas eu não quero te fazer de objeto sexual. No começo foi bom, mas depois eu comecei a me sentir mal por isso.

-Entendo... Tudo bem então. A gente pelo menos vai continuar sendo amigos? 

-Claro que vamos. Desde que esteja bem pra você, pra mim vai estar bem também. -sorri.

-Ok. -ele falou e deu um beijo na minha testa. -Mas saiba que eu curti muito esses nossos momentos.

-É, eu também... Agora se você não se importa, eu preciso ir. -falei me levantando da cama. -Tenho que arrumar minhas coisas, pois amanhã é dia de eu ir pra casa dos Ackerman. -comecei a pegar minhas roupas que estavam espalhadas pelo chão do quarto dele e as vestir.

-Tudo bem. Eu te levo pra casa.

-Não precisa. Eu vou chamar um Uber.

-Claro que não. Eu te trouxe até aqui, então eu te levo de volta.

-Tem certeza? -perguntei quando vesti a minha última peça de roupa.

-Absoluta. -ele sorriu.

-Ok então.

Sendo assim, ele se vestiu e depois saímos do quarto. Passamos pela sala, ele pegou a chave do carro que estava em cima da mesa de centro e por fim, deixamos a casa dele.

(...)

-Pronto. Está entregue. -Erwin falou ao estacionar em frente a minha casa.

-Muito obrigada.

-Não precisa agradecer... E me diz uma coisa, como está sendo com o Levi? Hanji me falou que o rapaz está bem mudado.

-Estamos bem. Realmente ele mudou bastante e se arrependeu do que fez comigo.

-Isso é muito bom. Eu fiquei sem acreditar quando me disse que ia voltar pra lá.

-Pois é. Nem eu acreditei que fosse voltar. -sorri.

-Está com quanto tempo que você está lá?

-Dois meses.

-Ah bom. Fico feliz que esteja dando certo.

-Eu também... Bom, agora eu preciso entrar. -falei tirando o cinto de segurança. -Mais uma vez, obrigada. -por fim, dei um beijo no rosto dele.

-Se cuida.

-Você também. -sorri.

-E se precisar de ajuda com o problema do Levi, pode falar comigo.

-Certo. Tchau.

-Tchau. -Erwin falou e depois eu saí do carro. Demos um tchauzinho e em seguida ele se mandou. E eu, entrei em casa.

Posso dizer que eu estava aliviada por ter posto um fim nesse nosso lance. Até porque, como eu disse à ele, já estava me sentindo mal por fazer dele um objeto sexual. Ele e nem ninguém merece isso... Mas enfim, creio que ficaremos de boas. Somos grandes o suficiente para entender as decisões um do outro.