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História The Prophecy ( A profecia ) - Em busca do Godaime Hokage


Escrita por: ellebrocca

Notas do Autor


Bom dia meus amores ❤️ Tá aí, arco Naruto clássico em ação...

Capítulo 22 - Em busca do Godaime Hokage


Fanfic / Fanfiction The Prophecy ( A profecia ) - Em busca do Godaime Hokage

Jiraiya estava fodidamente ansioso por dentro. Depois da sua decisão e da conversa que teve com os conselheiros sobre o cargo de Hokage tudo tem acontecido muito rápido ultimamente. O exame Chunin foi cancelado por tempo indeterminado, pois a vila precisava de um Hokage urgente antes que as nações soubessem do ocorrido e tentassem invadir Konoha para dominá-la. Jiraiya sabia que a situação era de estado de emergência, mas não poderia resolver tudo às pressas, precisava raciocinar com cautela.

O que mais deixava o sannin preocupado era Naruto. O loiro iria acompanhá-lo em sua viagem, uma desculpa para não deixá-los nas mãos dos conselheiros que o albino tanto detestava. Mas é claro que ele sabia do risco. Tsunade não faz a menor ideia de que Jiraiya está indo atrás dela, e muito menos que está acompanhado de seu filho. E Jiraiya já espera que a morte pode ser a próxima coisa que o aguarda, mas ele não iria falar a verdade para Naruto. Por enquanto.

- Por que nós temos que viajar? - Pergunta Naruto encostado no corredor com os braços cruzados e emburrado.

Jiraiya estava em seu quarto arrumando sua mochila de viagem sentindo o olhar de seu filho no corredor pela porta aberta.

- Quantas vezes vou ter que dizer? Preciso encontrar uma pessoa para se tornar Hokage. E o melhor indicado está do outro lado da fronteira.

- Isso não é trabalho para aqueles velhos dos conselheiros? - Pergunta Naruto novamente. - E aliás, você também poderia ser Hokage.

- Se eu cedesse a esse cargo não poderia cuidar de você. E não quero ficar afastado do meu filho. - Responde Jiraiya fechando sua mochila. - Você já arrumou as suas coisas?

- Eu não quero ir! Preciso ficar aqui para o treinamento com o Kakashi-sensei! Tenho que ficar mais forte, e agora que o Sasuke aprimorou um tal de chidori eu quero passar na frente dele. E também... - Naruto fica com as bochechas coradas. - Prometi pra Hinata que iria convida-lá para vir aqui em casa treinar comigo.

- Aquela sua amiga de infância? - Jiraiya lança um olhar malicioso para seu filho. - Quer dizer que vocês são namoradinhos, é...?

- Claro que não, pô! - Exclama Naruto todo envergonhado. - Ela é só a minha amiga. Namoro é coisa de adulto, sem falar que é nojento vocês babarem um no outro com esse negócio de beijo.

- É porque você não sabe o que a gente faz com a boca depois do beijo. - Murmura Jiraiya lembrando de algumas cenas picantes com suas amantes no passado.

- O que você disse? - Pergunta Naruto que não ouvir a última parte da frase.

- N-Nada não! - Gagueja Jiraiya avermelhado. -  Como você disse é coisa de adulto, agora arruma suas coisas. Se ir comigo prometo que irei te ensinar um jutsu bem melhor que o chidori.

- Por que você não disse isso antes, pô! - Naruto sai em disparada como um trovão e em menos de dois minutos retorna com sua mochila cheia de coisas. - Partiu?

- Tá ligado que a gente não vai dar a volta ao mundo, né? - Pergunta Jiraiya vendo o tamanho da mochila de Naruto.

Depois de dez minutos ajudando Naruto a arrumar sua mochila ambos partiram para sua jornada em busca de Tsunade. Jiraiya estava levando consigo as cartas que a Senju escreveu para Hiruzen, isso serviria de ajuda para encontrá-la mais rápido.

Eles partiram logo pela manhã, e próximo do meio dia pararam para almoçar em um restaurante no caminho. Durante a refeição de Naruto, seu pai aproveitou para ler outra carta de Tsunade em busca de algumas dicas de como encontrá-la.

”Caro Sarutobi-sensei.

Agradeço pelas suas dicas e sua preocupação comigo. Suas sábias palavras tem me ajudado a cuidar melhor de Shizune, já que não tenho muita experiência com crianças. Estou perplexa sobre o que houve com o clã Uchiha, é algo muito triste. Espero que mais ninguém tenha se ferido.

Meus dias ultimamente tem sido corridos, por causa do meu azar em apostas. Estou muito endividada, e os cobradores não saem do meu pé. Os infelizes até fizeram um apelido para mim: A lendária otaria. Rir pra não chorar, não é mesmo. Tenho certeza que em breve muitas pessoas iram me reconhecer por esse nome, mas não importo, aliás acredito que um dia serei boa em algum jogo e vou vencer.

                            Ass: Tsunade Senju.”

- Lendária otaria... - Sussurra Jiraiya relendo o apelido novamente. O sannin remexe seu bolso do colã e pega uma pequena foto que encontrou no álbum de Hiruzen com o rosto de Tsunade. - Posso usar isso para pedir informação.

- Essa é a mulher que estamos procurando? - Pergunta Naruto com a boca cheia vendo a foto nas mãos de Jiraiya.

- É sim. Linda, não é? - Diz Jiraiya visualizando a foto. Mal ele percebeu que ficou com cara de bobo.

- É, até que é bonitinha. - Naruto da de ombros.

- Ah sim, eu esqueci, a Hinata é mais bonita, né?

- É... NÃO, PERA AÍ! - Berra Naruto após não ter percebido a sua declaração acidentalmente.

Jiraiya cai na gargalhada e Naruto esconde seu rosto no seu casaco laranja.

- Te odeio. - Xinga Naruto baixinho.

- Eu te entendo. Meu primeiro amor foi assim também. - Declara Jiraiya puxando um interesse em Naruto.

- Você gostou de alguém na infância? - Pergunta Naruto interessado na história de seu pai.

- Sim. Formamos um time na época da academia, e eu me apaixonei logo na primeira vez que nos conhecemos.

- E ela gostava de você?

- Me detestava. - Riu Jiraiya, mas Naruto não achou engraçado. - Mas isso não me impediu de amá-la. Era esses pequenos detalhes que me prendiam mais naquela mulher.

- E essa mulher da foto? Como você conhece ela? - Pergunta Naruto ainda sem saber que seu pai falava da mesma mulher.

- Ela também é uma conhecida minha. - Diz Jiraiya não querendo dar muita explicação para Naruto. - O nome dela é Tsunade, e é um dos sannins como eu e Orochimaru.

- Por que vocês três são chamados assim?

- Foi durante a terceira guerra. Quem sabe uma outra hora eu te conte o resto da minha vida.

- Ah, qual é?! Eu quero saber mais! Por que sannins? O que essa Tsunade tem de tão importante? E por que você não teve outra namorada depois da mamãe...?

- Calma, calma, são muitas perguntas! Vou respondê-las de pouco em pouco. Mas agora precisamos voltar a caminhar.

Jiraiya paga o seu almoço e o de Naruto e ambos voltam ao seu destino. Para o resto do dia não ser entediante Jiraiya respondia algumas perguntas de Naruto, mas sem dar muitos detalhes com receio do jovem descobrir que Tsunade era a sua mãe. O loiro pensava que sua mãe estava morta, e até hoje Jiraiya não sabia como seu filho chegou nessa conclusão estranha. E era por isso mesmo que o albino não poderia contar nada para Naruto por enquanto, seria um trauma para a criança.

- Pai, o que você achou da minha luta contra o Neji?

- Você foi formidável, mas confesso que fiquei com medo de você se descontrolar como da última vez. - Comenta Jiraiya.

- Falando nisso. Preciso te contar uma coisa, acho que tem algo dentro de mim. Tipo um bicho, ou sei lá...

Jiraiya para no meio do caminho e encara seu filho.

- O que disse? - O albino pergunta para ter certeza de que não foi um blefe.

- Eu sei que parece loucura, mas eu sinto isso. E essa coisa, se eu não me engano, falou comigo uma vez.

- Entendo. - Jiraiya não viu outra saída. Algumas coisas seu filho tinha o total direito de saber, e o mais plausível seria a verdade sobre a Kyuubi. - Naruto, preste atenção. - Jiraiya se ajoelha de frente para o loiro e segura em seus ombros para encarar os olhos azuis do Uzumaki. - Tem algo que preciso te contar, e eu estava esperando que você atingisse uma idade apropriada para saber. Mas a verdade, é que sim, tem algo dentro de você. Algo que foi selado quando você era um bebê.

- O que é isso, pai?

- A muito tempo atrás, no início dos tempos dos primeiros shinobi, existiam as Bijuus. Eram criaturas que possuíam grandes poderes de acordo com seu número de caudas. Mas por serem perigosas elas foram seladas dentro do que chamamos de jinchuurikis, pessoas que selam as Bijuus dentro de seus próprios corpos. Você, Naruto, tem uma Bijuu dentro de você.

- Sério? Cara, que maneiro! - Disse Naruto exaltado. Jiraiya achou graça da inocência de seu filho por ele não saber o que as Bijuus podem fazer com os corpos dos jinchuurikis, mas ele não iria contar o pior para não assustar Naruto. - Qual Bijuu eu tenho?

- Você tem a Kyuubi. Ela possui nove caudas, e é a mais forte das Bijuus. Ela está dentro de você por causa da sua genética super resistente herdada de mim, por isso você foi escolhido para ser o receptáculo dela. Por que você é forte.

- Eu sou forte mesmo? - Pergunta Naruto com os olhos brilhando.

- Sim. Você é incrível, Naruto. Por isso considere isso como uma grande responsabilidade. Eu vou ensinar a como lidar com a Kyuubi, porque as vezes ela pode se enfurecer e fazer com que você saia do controle. Por isso que você as vezes perde a consciência.

- Entendi. Prometo me esforçar!

- É assim que se fala. Então, vou lhe dar o seu primeiro treinamento.

Jiraiya pegou uma bexiga de balão e começou a encher o que Naruto conheceria mais tarde como a técnica do rasengan.

***

Ja se fazia três semanas que Tsunade e Shizune estavam hospedadas no país do chá. O dia estava admirável, e a Senju esperava ansiosa pela resposta de Hiruzen. Fazia-se mais de vinte e quatro horas que a loira mandou-lhe uma nova carta para seu sensei, e ele não retornou com nenhuma mensagem. Se tinha uma coisa que o Sandaime não fazia era atrasar suas cartas. Isso deixou Tsunade com um pressentimento ruim, mas ela tentou ignorar. Até porque poderia ter acontecido um imprevisto ou algo do tipo.

Para deixar esses pensamentos de lado Tsunade sempre pegava o livro de Jiraiya para ler quando Shizune não estava por perto. Sua pupila havia saído para dar uma volta, então a sannin teria todo o tempo do mundo para aproveitar sua leitura, e era nesse momento que Tonton, a porca de estimação de Shizune deitava sobre as pernas da loira para cochilar. A Senju já havia perdido a conta de quantas vezes já leu O conto de um ninja destemido, afinal era o único livro interessante escrito por Jiraiya que ela considerava, já que os outros eram somente contos eróticos.

- Tsunade-sama... - Shizune entra no quarto repentinamente e Tsunade esconde o livro embaixo do travesseiro às pressas com o susto que levou. - O que está fazendo? - Pergunta Shizune ao perceber que sua senhora parecia amedrontada.

- Nada demais. O que você queria me dizer?

- Já está na hora do almoço.

- Ah sim. Vamos então.

Tsunade acompanha Shizune até o salão do hotel onde ocorrerá o almoço dos hóspedes e ambas saboreiam a deliciosa comida. Desfrutando de sua refeição a Senju sentia algo no peito, um desconforto. Geralmente ela ficava desse jeito quando algo estava errado. Após a refeição as duas mulheres decidem dar uma volta junto de Tonton pela vila. Obviamente Tsunade escolheu uma casa de jogos para se divertir, e a loira escolheu um jogo de azar.

Mas algo estranho aconteceu. Tsunade logo na primeira rodada ganhou o jogo das três figuras, deixando até mesmo Shizune impressionada, mas a Senju não demonstrou tal reação. Tsunade apostou novamente, e mais uma vez ganhou.

- Nossa, Tsunade-sama, a senhora está com sorte hoje! - Diz Shizune empolgada.

- Vamos sair daqui. - Tsunade se levanta e nem sequer pega as moedas que ganhou.

- Assim de repente? O que houve? - Pergunta Shizune acompanhando sua senhora.

- Estou com um mal pressentimento. - Responde a loira.

A Senju não era de ganhar, e não seria a primeira vez que ela ganha em um jogo e algo de ruim acontece em seguida. Quando acontecia esse tipo de situação Tsunade sempre procurava sair perto do local o mais rápido possível, com medo do que a maldição do azar poderia fazer.

- Onde quer ir? - Pergunta Shizune pegando um mapa da aldeia. - Tem um ponto turístico aqui perto. Que tal conhecermos?

- Tá, vamos visitar e depois ir embora daqui.

Shizune e Tsunade seguiram para dentro dos muros turísticos de um castelo que tinha na vila. Shizune seguia fascinada pelo local e a Senju não conseguia prestar atenção nos detalhes por causa da sua mente no mundo da lua. Mesmo estando focada em seus pensamentos a sannin não deixou de perceber uma presença de chakra forte se aproximando de onde elas estavam, e logo a loira identificou o chakra e entrou em pânico.

- SHIZUNE! - Tsunade empurra sua pupila e uma explosão acontece onde Shizune estava.

Se Tsunade não tivesse pulado para cima de sua companheira os tijolos do muro teriam caído sobre ela. As duas se levantam com dores musculares, mas nada que não precisassem se preocupar. Assim que Tsunade se recupera percebe a presença de dois homens, e um deles ela conhecia. Orochimaru.

- A quanto tempo, Tsunade. - Diz Orochimaru com seu rosto mais pálido do que o normal e com algumas gotas de suor.

- Orochimaru. Já faz tempo mesmo. - Diz Tsunade serena, mas sem baixar a guarda. A loira logo percebe que para Orochimaru te-lá procurado é porque algo aconteceu e não era boa coisa. - O que aconteceu com você? Sua cara tá péssima.

Orochimaru da uma leve risadinha com o comentário irônico de sua companheira de equipe.

- Sempre tão observadora, Tsuna.

Tsunade era uma ninja médica profissional, conseguindo até saber que tipo de doença o paciente tinha só ao estudar seu corpo com os olhos. A respiração dele está ofegante, e também está com uma febre alta. Mas o que aconteceu com os braços dele...?

- Esse jutsu no seu braço não é normal. - Comenta Tsunade. - O que você andou aprontando dessa vez?

- Nada demais. Só matei o Sandaime.

Tsunade fica em choque e Shizune arregala os olhos.

- Impossível! - É a única coisa que a loira consegue pronunciar.

- Ora, vamos, você já sabia que esse dia chegaria para o velhote. Até os homens mais fortes tem o seu fim. Você sabe disso, não é mesmo? - Provoca Orochimaru fazendo Tsunade se lembrar de seu falecido avô e tio. - Sem falar é claro, do seu falecido irmão e amante...

- Não se dirija ao meu tio! - Shizune se irrita e arremessa duas agulhas mergulhadas em veneno contra Orochimaru.

Kabuto, seu companheiro e aliado, consegue proteger seu amo das agulhas, e ele não deixou de notar no veneno nas lâminas.

- Shizune, se recomponha. - Pede Tsunade com tranquilidade. - É isso que ele quer.

- Me desculpa. - Ofega Shizune.

Tsunade estava mais afetada emocionalmente do que Shizune, mas ela sabia que era isso que Orochimaru queria, e não iria deixar-se levar pelas emoções.

- Orochimaru, sempre brincando com a mente das pessoas, não é. Você sempre foi um garoto atormentado até quando éramos crianças. - Dizia Tsunade com um sorriso desconhecido no rosto. - E você sabe como eu sou, então nem pense me irritar. Se não... - A Senju aperta os punho e soca o muro atrás de si, quebrando-o em mil pedaços com sua enorme força. - Eu irei matá-lo. - Completa Tsunade com puro ódio em seus olhos.

- Por favor, não viemos brigar. - Kabuto se pronuncia. - Queremos negociar.

- Negociar? Querem me fazer rir?! - Exclama Tsunade se irritando ainda mais.

- Você é a única que pode curar os braços do Orochimaru-sama, por favor...

- Saiam daqui. Se não terei que partir para a força. - Ameaça Tsunade.

- Orochimaru-sama precisa dos seus cuidados...! - Insiste Kabuto.

- Vocês não me dão outra escolha!

Tsunade se prepara para atacar até que Orochimaru lhe faz uma oferta.

- Se me curar trago Dan e Nawaki de volta. - Oferece Orochimaru fazendo Tsunade parar na mesma hora. - Eu consegui desenvolver um jutsu especial, capaz de trazer os mortos a vida. Cure os meus braços e eu revivo seus amados.

Aquilo atingiu o ponto fraco de Tsunade. A esperança de tocar e sentir os rosto de seus amados era tudo o que a loira mais sonhava. Shizune percebeu que a proposta de Orochimaru pegou Tsunade de jeito, e ela não poderia deixar que sua mestra caísse em um truque tão barato.

- Tsunade-sama não caia nessa mentira! É o Orochimaru, não podemos confiar! Meu tio e seu irmão não iriam aprovar isso, eles iriam querer que você seguisse em frente. - Shizune a encorajava. - Eu sei que isso é tentador, mas a senhora precisa abrir os seus olhos...!

- CALE A BOCA, SHIZUNE! - Grita Tsunade segurando em seu colar dado pelo seu avô.

A Senju não queria ter falado dessa maneira para sua pupila, mas suas emoções estavam embaralhadas. Orochimaru notou a mudança em Tsunade e aproveitou para cortar seu próprio dedo, deixando uma trilha de sangue escorrer no local. O sannin se aproximou de Tsunade com um sorriso maléfico e tocou na bochecha da loira, deslizando seu dedo ensanguentado pelo rosto da loira.

Tsunade começou a tremer e ficou paralisada. Shizune tentou impedir mas Kabuto ficou entre eles para não deixar a pupila da sannin se aproximar.

- Ao que parece você ainda possui hematofobia, não é? - Provoca Orochimaru deslizando seu dedo para a outra bochecha da Senju. - Deve ser horrível esse trauma para uma médica como você. Mas isso pode acabar quando eu trazer Dan e Nawaki outra vez. Mas lembre-se que para o meu jutsu funcionar precisará de dois sacrifícios humanos. E você ficará encarregada disso. Lhe darei uma semana para pensar, depois disso vamos nos encontrar aqui nesse local e no mesmo horário. Kabuto, vamos embora.

- Hai.

Kabuto fez um jutsu e ele junto de seu mestre desapareceram em uma bomba de fumaça. Tsunade acordou de seu transe e caiu de joelhos no chão sentindo o sangue de Orochimaru escorrendo em seu rosto.

- Tsunade-sama! - Shizune corre até a loira e limpa seu rosto. Os olhos de Tsunade lacrimejam e seu corpo ainda tremia. - Vamos voltar para o hotel, você precisa de um relaxante.

Shizune segura na lateral do corpo de Tsunade e a leva com cuidado até o hotel onde estavam hospedadas com Tonton acompanhando seus passos.

***

A noite estava chegando, e em menos de duas horas o céu se tornaria negro e repleto de estrelas. Até aquele momento Naruto aprendeu alguns truques do rasengan, e faltava pouco para aperfeiçoar o jutsu de seu pai.

- Você precisa descansar um pouco. - Diz Jiraiya ao ver Naruto ainda focado no balão de água.

- Enquanto aquela bola azul não aparecer na palma da minha mão não vou parar! - Diz Naruto com força de vontade.

Jiraiya encontra uma casa de jogos e pensa que seria um ótimo lugar para pedir informações. O sannin entra na casa junto de Naruto vidrado no balão e caminha direto para o dono da casa de jogos.

- Olá, com licença. - Diz Jiraiya pegando a foto de Tsunade e mostrando para o homem mais velho a sua frente. - Conhece essa mulher?

- Hum... Ah sim, ela estava aqui uns dias atrás. - Responde o velhinho ajeitando seus óculos.

- Sabe de mais alguma coisa dela? Eu sou um amigo e preciso encontrá-la.

- Não tem como não saber nada dela, afinal ela é a lendária otaria.

- Fiquei sabendo disso. - Jiraiya riu com apelido de Tsunade.

- Eu me lembro que ela perdeu uma aposta.

- Novidade.

- E que ela ficou devendo.

- Não estou surpreso.

- E tinha um porco.

- Nani? - Jiraiya ergue uma das sobrancelhas.

- A companheira dela tinha um porco de estimação, eu achei o animal fofo por isso lembrei dela. - Comenta o velhinho. - Depois que elas enganaram os cobradores foram para a vila mais próxima do país do chá.

- Quantos quilômetros daqui?

- É perto. Menos de uma hora de caminhada.

- Certo. Arigatou.

Jiraiya e Naruto continuaram a caminhar até a vila mais próxima, e ao que tudo indicava era a vila com mais população do país do chá. Naruto já estava reclamado de tanto que ele e seu pai estavam viajando sem parar a procura de Tsunade, e pela demora, o loiro já estava começando a achar que Tsunade era imaginação de seu pai.

- Vai demorar muito? - Pergunta Naruto cansado e com a sua barriga roncando.

- Estamos quase chegando. Tenha paciência.

- Mas eu to morrendo de fome! Por que essa mulher não pode ficar parada em um único lugar e como ela tem tanta energia para andar tudo isso? Quantos anos essa essa moça tem?

- A minha idade. - Responde Jiraiya impaciente.

- Então é velha.

- Repete! - Jiraiya se incomoda ao perceber que seu próprio filho chamou ele de velho indiretamente e Naruto logo treme com medo de levar uma surra de seu pai.

- Nada não, nada não!

***

Quando a noite caiu as ruas da vila lotaram de pessoas que eram fascinadas pela madrugada e os bares e restaurantes lotaram. Shizune achou que seria uma boa ideia levar Tsunade em um bar para tentar alegrar a loira, mas só piorou. Tsunade se embebedava com saque e sua pupila não sabia o que poderia fazer a não ser assistir sua mestra afundar suas mágoas no álcool.

- Ei garçom, outra rodada aqui! - Exclama Tsunade meio tonta.

- Tsunade-sama, por favor, não exagere... - Pede Shizune com delicadeza.

- Não enche meu saco, Shizune!

Shizune não consegue esconder seu rosto triste e então abraça Tonton que estava em seu colo. Mesmo Tsunade estando um pouco bêbada ela ainda tinha noção do que estava acontecendo ao seu redor.

- Me desculpe. - Murmura a loira segurando na mão de sua companheira. - Eu estou um pouco alterada por causa de tudo que anda acontecendo. Eu não queria gritar com você. Sinto muito por hoje mais cedo também, você só estava querendo me proteger.

- Eu me preocupo com a senhora. - Sussurra Shizune. - É a única família que tenho, não quero que nada de ruim lhe aconteça.

Tsunade morde o lábio inferior e beija a testa de Shizune, um ato passado de geração em geração pelo seu clã. Para os Senju, o beijo na testa significa demonstrar seu amor pelo próximo de uma maneira discreta e claro, também serve como uma proteção espiritual.

- Também não quero que nada de ruim aconteça com você. Por isso sou um pouco rude as vezes. - Diz Tsunade.

- As vezes?

- Quer apanhar?

Shizune não segura uma risada, e por incrível que pareça Tsunade também não evitou um sorriso.

Após sua longa viagem, Jiraiya e Naruto finalmente chegam em seu destino e consegue entrar no centro da vila do chá. Naruto babava pelas vitrines de comidas e bebidas e já estava escolhendo um restaurante para comer.

- Vamos comer aqui. - Jiraiya escolhe um lugar.

Naruto visualiza o local e logo percebe que não é o tipo de local para crianças.

- Isso é uma taverna! - Exclama Naruto.

- E daí?

- Tem certeza que você é meu pai?! Eu sou menor de idade, esqueceu?

- Para, seu baka, você não precisa ingerir álcool. Só coma e deixa os lances de adultos comigo.

- E quem garante que você não vai ficar dando em cima de alguma mulher por aí?

- Como é?

- Olha só, eu sei que você ficava tarando as mães solteiras quando me levava pro parquinho, não sou tão besta! Eu sei que tipo de lance de adultos é esse.

Jiraiya estava de boca aberta. Ele esperava tudo, menos seu filho o pegando no flagra tarando as mulheres de Konoha. O sannin sempre tentou evitar de pegar mulheres perto de seu filho, e até deixou de sair em noites de curtição para cuidar de Naruto quando ele era mais novo. Jiraiya não se lembrava qual foi a última vez que transou com alguém, e ele precisava admitir que tinha saudades de um corpo feminino.

- Olha, eu sou um adulto e tenho necessidades. E você poderia me dar um tempo, já está bem grandinho.

- O que quer dizer com necessidades? - Pergunta Naruto inocente.

Jiraiya fica vermelho novamente.

- Quando você for mais velho vai entender, agora vamos entrar logo porque quem está ficando com fome sou eu!

- Não me diz que pretende achar informações nessa pocilga? - Naruto observa a taverna cheia de adultos bebados e apostadores fanáticos.

- Esse é o tipo de lugar em que da para encontrar informações. Esses tipos de pessoas sabem de tudo que acontece nessa aldeia, e eles não gostam de crianças. Então cala a boca e fica aperto de mim. - Diz Jiraiya procurando um lugar para sentar.

Seus olhos percorrem o local movimentando, com a expectativa de encontrar pelo menos uma mesa para dois disponível. Mas foi observando o local que ele encontra muito mais do que só uma mesa, e o objetivo estava nela. Sentada e bêbada, com sua companheira de viagem e a porca de estimação. Era ela... Tinha que ser ela. Jiraiya paralisa ao encontrar Tsunade do outro lado da taverna. E como se sentisse alguém a observando a loira vira seu olhar e por acidente seus olhos dourados encontram os olhos negros de Jiraiya. Um choque elétrico misturado com um calor ardente percorre seu corpo ao ver o albino parado na entrada do bar. Tsunade estava tão bêbada que pensou ser uma alucinação, até que Jiraiya fez o primeiro escândalo.

- TSUNADE! - Berra o sannin apontando seu dedo indicador como se tivesse encurralado a loira.

Assim que Tsunade percebeu que não era coisa da sua cabeça e que todos estavam olhando para a euforia do homem mais velho a loira levantou-se bruscamente incrédula.

- Jiraiya?! O que caralhos você está fazendo aqui?! - Pergunta a Senju nervosa.

Depois de treze anos, um distante do outro sem nenhum tipo de comunicação, os sannins sentiam-se envolvidos pelo laço eterno. Nada poderia explicar o que causou o reencontro inesperado de ambos naquela noite totalmente aleatória. A única explicação para aquele fenômeno, com certeza seria a obra do destino.

 

 



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