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História The Protest - Justice


Escrita por: cabellovip

Notas do Autor


Olha quem voltou uhuuu! Ok, eu deixo voces puxarem a minha orelha pela demora.. Capítulozinho chato esse de hoje mas, tirando a parte do "Camila's Life Drama", prestem atenção no todo pq é extremamente importante!
@cabellovip no twitter e até a próxima ;)

Capítulo 12 - Justice


Pov Camila.

 

Perdão não é um sentimento, mas sim uma decisão que devemos tomar todos os dias, porque mágoas e feridas interiores, trazem dor e tristeza.

Acho muito honesto bater no peito e assumir o erro. Aceitar que todo erro vira um aprendizado, rir de todas as coisas que já te fez chorar e entender que nada é para sempre. Saber reconhecer seus erros e pedir perdão, desculpas, seja o que for, por eles. É aí que você começa a crescer.

Na teoria é realmente muito belo de se expressar, mas na pratica é bem mais complicado. Lauren havia me pedido desculpas ontem na NYU, e me convidado para um jantar à noite, jantar esse que ela ligou desmarcando porque havia esquecido que teria plantão.

Prefiro que me digam a verdade mais cruel do mundo a ser enganada com uma mentira que ameniza. A verdade pode doer e, sim, dói. Mas não deixa dúvidas. Já as meias palavras nos induzem a reticências. E esses três pontinhos podem dar a entender muito mais do que há para ser dito realmente. Eu ainda havia me questionado sobre transparecer minhas lagrimas para Lauren aquele dia, mas lembrei-me de minha humanidade. Ninguém precisa ser forte o tempo inteiro. Chore. De raiva, de amor, de saudade. Lágrimas são pedaços de sentimentos se esvaindo de nós. Nosso corpo às vezes não suporta tanto.

Eu havia ligado para Troye e falado sobre a situação que ocorreu, ele teve a audácia de me dizer que “agora que já deu tudo errado, tem tudo para dar certo”. Eu o relembrei que não estava em busca de algo que dê certo, principalmente com ela.

Não consigo entende-la, primeiro ela me diz que não serve para relacionamentos que está quebrada, como se eu fosse quem estivesse buscando um relacionamento, justo com ela, era de dar risadas. Logo em seguida age como se a única vontade no mundo fosse me beijar, não que eu também não tivesse essa vontade naquele momento, e se ela tivesse feito, eu não questionaria, eu ainda não havia desistido de leva-la ao limite.

-Camila, o café daqui é realmente maravilhoso. –Dinah pontuou, olhando-me satisfeita.

Estávamos na minha cafeteria favorita de New York. Tanto eu quanto Dinah, havíamos nos livrado de todas as audiências do dia, para nossa sorte, estávamos com tempo vago. Na verdade, uma mulher que tem dois empregos nunca pode considerar-se com tempo vago, mas de todo modo era valido que eu tirasse um tempo para meu café de costume, fazia bastante tempo que eu não passava por aqui.

-Agora você entende porque eu faço questão de sempre tentar tirar um tempinho para vir a esse local?  –Falei apoiando os cotovelos na mesa enquanto observava Dinah deliciar-se em sua xicara de café.

-Você ainda não me contou como foi a conversa com a Lauren... –Sugeriu com a expressão séria.

-Bom, foi basicamente aquilo que te resumi de manhã. Nos esbarramos na reunião de melhorias da NYU e ela veio atrás de mim para se desculpar. –Falei com indiferença, tomando um gole de meu próprio café.

-E você a desculpou?

-Na verdade, quase nos beijamos! –Disse olhando-a enquanto colocava a xicara de volta a mesa cruzando meus próprios dedos.

-O que?! Camila você esqueceu dessa história, ela foi absurdamente desonesta com você. –Dinah disse com as sobrancelhas juntas. Eu sorri ao observa-la em seu mood protetora.

-Dinah, eu não tenho interesse em ter nada com Lauren Jauregui, pelo menos não mais, ela é uma mulher bonita e interessante, porém depois disso eu jamais a deixaria me usar novamente, se for acontecer algo, eu serei a que usará e não a usada. –Expliquei sem parar de olha-la.

Dinah respirou fundo aliviada e logo um sorriso satisfeito se formou em seu rosto, ela sabia o que as minhas palavras significavam, ela sabia que eu havia me abalado com a situação porem não deixaria aquilo me abater. Eu sou Karla Camila Cabello e ninguém, nem a dona dor olhos mais encantadores que eu já vi, brincará comigo.

-E você e Frank, terminaram mesmo? –A questionei na tentativa de tirar o foco Lauren do assunto. Dinah afirmou com veemência. -Dinah, eu não queria que vocês terminassem por minha causa...

-Que por sua causa Camila?! Como eu iria continuar saindo com um cara que se mostrou péssimo de caráter? Pra ser sincera, Frank até havia mudado uns tempos, estava com planos, falando sobre negociar seu carro em vista de uma casa para desvencilhar-se de sua mãe, porém isso acabou com tudo. –A observei suspirar e mordiscar os biscoitos amanteigados que acompanhavam o café. Lembrei-me instantaneamente da conversa que tive com Lauren a respeito dos dois, Frank havia mudado um pouco e isso talvez tenha contribuído. Senti-me culpada por não poder compartilhar com Dinah.

-É realmente, apostar a melhor amiga da garota que está saindo não é a melhor maneira de se conseguir algo solido. –Falei enquanto Dinah começou uma risada e eu apenas a acompanhei.

Sorri ao sentir meu aparelho celular vibrar, eram duas mensagens de Sofia. Uma era várias palavras de agradecimento e como eu era a melhor irmã do mundo, e outra era uma imagem de seu novo notebook, o que me deixou imensamente feliz. Eu não sou gananciosa, tenho dois empregos porque os conquistei, não trabalho pelo dinheiro, dinheiro é uma consequência, boa por sinal, e usá-lo para fazer bem a pessoas que eu amo. Nada me deixava mais sensação de vale a pena as diárias cansativas. Ser professora era algo que eu amava, eu amava transmitir conhecimento, e o emprego no tribunal era indispensável a minha carreira, a remuneração era boa e a experiência melhor ainda.

 

Após o café com Dinah, voltei ao TDPNY para finalizar essa quarta-feira da melhor maneira possível, adiantando o máximo de afazeres que pude, afinal amanhã era dia de dar aula na universidade e sempre quando tenho aulas nunca consigo bater minhas metas diárias.

Estava em minha sala avaliando inquéritos, quando o toque do meu celular me alertou. Antes de buscar o aparelho e atende-lo, pude ver o nome “Dra. Lauren Jauregui” no visor, o que me deixou mais tensa do que deveria.

-Alô?

-Olá Camila, eu sei que você provavelmente está no seu trabalho, mas eu gostaria de uma forcinha sua, não é nada oficial... –A voz de Lauren soou educada do outro lado da linha, seu tom era duvidoso, hesitante.

-Ah, pode falar.

-Você pode me explicar um pouco a respeito do artigo de crianças e adolescentes? É rápido, só gostaria de entender algumas coisas por conta de uma paciente. –Ela disse novamente hesitante.

-Objetivamente o que você precisa saber? –Tentei soar indiferente, porém a curiosidade estava me corroendo.

-Algo relacionado a maus tratos. Camila, se você tiver muito ocupada eu posso ligar depois ou pagar seus honorários. –Tentou ser divertida, mas me mantive imparcial.

-Bom, trata-se do art. 136, diz que expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina é crime considerado nível 3. –A expliquei, tentando não usar termos complicados.

-Isso quer dizer que...?

-Quer dizer que existem várias penas para o acusado, depende muito do caso e o que ele cometeu. Se for algo leve, é detenção, de dois meses a um ano, ou multa. Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: reclusão, de um a quatro anos. Se resulta a morte: reclusão, de quatro a doze anos. E a pena aumente em um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 anos.

-Oh, isso esclareceu algumas dúvidas. Muito obrigada Camila, como eu posso te recompensar? –Falou sugestiva, mas era evidente a maldade em seu tom de voz.

-Não precisa me recompensar de maneira alguma, isso não me custou nada.

-Eu insisto... –Tentou novamente fazendo-me revirar os olhos.

-Lauren eu realmente preciso ir, tenho que finalizar algumas coisas aqui, novamente como disse, não é necessária recompensa.

Falei finalizando a ligação ignorando-a sem ao menos esperar por resposta. Dizem que quando você é magoado por alguém, você nunca volta a ser como era antes. Não que isso fosse um ponto em minha história com Lauren, porque não vejo uma grande magoa pelo que ela fez, e não há grandes sentimentos envolvidos. Mas, lembrei-me de meu primeiro namorado quando estava na universidade, o quanto eu me sentia usada por ele, namoramos e ele se envolveu com outra menina e nem ao menos teve coragem de terminar comigo, saiu por aí dizendo que estava com ela e que nunca teve nada solido comigo. Imbecil, ele foi meu primeiro “amor” era uma coisa de adolescente, mas mesmo assim aquilo me deixou transtornada. No entanto, todas as coisas que já passei um dia, gosto de pontuar que me fizeram ser quem eu sou hoje, e eu jamais me arrependo da mulher que me tornei.

Sempre tive em mente que enquanto você transferir para o outro a responsabilidade de te fazer feliz, você não vai ser feliz nunca, porque ninguém tem poder para te fazer feliz a não ser você mesma. Sem grandes sofrimentos, sem grandes dramas, talvez por isso eu seja absurdamente controladora, porque bem cedo eu tinha em mente que se alguém te magoar ou te ferir, você não vai ser infeliz por causa disso porque a sua felicidade está em você mesma e as pessoas que você selecionou para estarem por perto.

O importante é ter amor próprio. É estar sempre ciente que você merece o melhor e que ninguém nesse mundo tem direito de te magoar ou fazer você se sentir mal. Ah, e lembrem-se:

Você pode ser a melhor pessoa do mundo, pode fazer tudo para todos e mesmo assim as pessoas ainda irão te magoar. E o mais importante, as pessoas não vão deixar de te magoar, só porque você as ama. Na verdade, muitas vezes são elas quem mais nos magoam.

-Dra. Cabello? –Nicholas, um oficial de aparentemente 40 anos do TDPNY adentrou em minha sala após bater educadamente na porta.

-Boa tarde Dr. Nicholas, em que posso ajudá-lo? –Questionei, enquanto observei-o caminhar e sentar-se em frente à minha mesa.

-Eu preciso de sua ajuda Dra. –Ele disse sério, observando-me.

-Diga-me.

-Eu preciso dos seus serviços para um caso sensível perante a mídia, na verdade a ordem fora obter um dos melhores defensores públicos do tribunal, e ambos não precisamos ser modestos em destacar que você é um dos poucos que ocupam este cargo Dra. Cabello. –Senti-me lisonjeada por seu elogio, porem me mantive cética por não saber o que viria a seguir.

-Bom, qual seria o caso? –Perguntei observando-o se mexer e adotar uma posição seria.

-O caso de Bruce Clint, talvez a senhorita tenha o ouvido na mídia. –Explicou observando-me atentamente.

-Ouvi por alto, mas sei que ele foi absurdamente cruel com sua enteada, porque o tribunal precisa de melhores defensores para esse crápula? –O questionei cruzando os dedos sob a mesa, eu realmente estava interessada em sua resposta.

-Eu honestamente gostaria de saber Dra. Cabello, mas ao que parece o cara tem costas quentes com algum parlamentar, eu devo inclusive lhe pedir desculpas, eu não vim convida-la para o caso como de costume, eu vim praticamente intima-la. –Ele disse abaixando o olhar.

Eu me mantive incrédula com a situação, praticamente obrigada a defender o homem. Embora fosse meu dever pegar os casos que me apresentam, obviamente eu tinha o poder de recusar e isso nunca me causou problemas. Eu era profissional o suficiente para saber e entender que fiz um juramento de defesa, no entanto, quando o caso era absurdamente explicito de covardia e crueldade, eu recusava-me a defender, sempre em mente que isto não estava violando-me como profissional e sim fixando-me como humana. E agora ao meu ver eu estava sem muitas opções, se eu recusasse este caso, poderia me resultar em problemas e infelizmente neste momento meu lado profissional terá que ser maio que meu lado emocional.

-Tudo bem Dr. Nicholas, avise a corte que eu serei advogada de Bruce Clint.


Notas Finais


Mores deixem o comentário aqui pra tia viu, custa nada!
@cabellovip

:*


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