História The Race Against Time - O borrão vermelho Part I

POV. Kara.

É triste se despedir de quem você ama, família, amigos, namorado... todos aqueles que você mais admira, são os mais difíceis de se despedir. Quando Winn falou sobre os misseis nucleares que varreriam os humanos da Terra, eu completamente  me desesperei, iria perder novamente uma família, todos esses poderes e eu me senti uma inútil, não podia fazer nada, quatorze misseis para deter, na verdade dezesseis, aqueles com kriptonita exclusivo para a casa de El. Eu voei até Alex pensando em tirar ela e todos dali, mas como? Droga. Praguejei em pensamentos.
Quando eu cheguei bem perto deles uma enorme onda causada pela explosão dos misseis atirou-me para longe deles, senti meu corpo cair na praça, estilhaços caíram sobre meu corpo, eu condizia fraca e impotente com tantos poderes, o meu mundo literalmente acabou; meu corpo estava coberto por alguns vestígios de kriptonita.

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Labs – Stars – 23:15min PM. Antes da explosão de National City. Antes da morte de Iris.

POV Barry.

Cisco me convocou ao laboratório para analisar algumas coisas, na verdade era para mostrar mesmo algo de outro mundo, eu não estava com cabeça para isso. Chamou até a Caitlin, mesmo com ela passando para o lado do mau, o assunto é referente ao um antigo projeto, chegamos juntos observando os computadores, o mais estranho era as pessoas do vídeo.

– Viram? Intrusos, agora quem são? Eu não sei, só sei que roubaram um projeto antigo dos computadores da Caitlin. – Cisco apontava o dedo sobre a tela dos computadores mostrando as pessoas sobre o vídeo e o que eles levaram.

– O que levaram? – Caitlin indagou franzindo o cenho.

– A V-9.

Okay, agora aquilo era um tremendo problema. Como sabiam da V-9, e como entraram aqui? Minha cabeça começou a pensar em diversas possibilidades de algum portal que se abriu, claro os computadores iriam avisar caso isso acontecesse.

– Explica Cisco!

– Bem, eu notei que eles não são daqui, pelo tipo de portal que eles usam, as vibrações são extremamente diferentes desse planeta, elas vibram igual a Terra da menina de aço.

– Como você pode ter certeza disso? – Caitlin indagou desconfiada das informações de Cisco.

– Aqui, observem que o portal deles possui uma rotação e camadas diferente, não é igual aquelas que vimos.

– Cisco isso não prova nada. – Caitlin não dava o braço a torce. Até que meus olhos caíram sobre o corpo dela, Lillian Luthor saiu do portal segurando o pen drive nas mãos. Enquanto eu estive em National City, passou de relance uma notícia que ela foi presa.

– Ele está certo Caitlin! Ela... – Apontei para Lillian pausando o vídeo. – (...) ela é da Terra da Kara, ela estava pressa quando visitei Kara.

– Agora, por que eles queriam a V-9? – Cisco olhou Caitlin que averiguava algumas coisas no computador.

– Ela não só levou o projeto V-9, como também o projeto: acelerador de partículas do Dr. Wells. Talvez eles queiram fazer algo não tão agradável na Terra deles. – Todas aquelas informações me preocupavam, dei um toque para Cisco se preparar, pois iriamos ir até lá.

– Espera Barry! Vamos lá sem um plano? E se ela estiver com um exército nos esperando, como ficamos? – Cisco tocou no meu braço. Sim ele estava certo, então chamei duas pessoas para me ajudar, enviei um convite a Jesse o quanto antes, Cisco foi atrás de Wally. Ambos chegaram preparados para o que podia enfrentar, então Cisco abriu o portal e atravessamos.

Sabe quando você acha que é o único sobrevivente de algo? Eu estava me sentindo assim em National City, ou o que restou dela. De um lado: metade da cidade em ruinas. Do outro: ossos dos habitantes; ninguém, absolutamente ninguém na cidade.  Wally e Jesse correram averiguando tudo, ambos chegaram balançando a cabeça, ninguém vivo.

– Nada Barry! – Jesse disse inconformada ao ver a cidade daquele jeito, por um momento achei que estivéssemos em uma Terra errada até que, eu olhei para cima olhando o símbolo da CatCo caindo sobre o chão, National City virou uma cidade fantasma.

– Cara como isso aconteceu? – Wally perguntou olhando ao redor, sério, eu não queria acreditar que aconteceu uma catástrofe. Minha atenção e de todos ali caíram sobre Cisco que caminhava sentindo alguma coisa.

– Cisco? – Perguntei.

– Estou sentindo vibrações muito forte, parece que alguém atravessou algum tipo de portal e não voltou. – Cisco foi “tocando” no ar até que achou o portal, Jesse, Wally e eu ajudamos Cisco a não ser engolido pelo portal. Sim, Cisco sem querer abriu uma fenda do portal que ele disse anteriormente, ele parecia que estava sendo puxado por alguém, até que puxamos ele, junto veio uma mulher, uma mulher morena de olhos verdes e cabelos escuros, uma pele alva, mais ou menos 1,66 cm de altura, ela caiu sobre Cisco com suas roupas um pouco rasgadas devido ao portal?

– Quem é você? – Cisco perguntou ajudando-a levantar.

– Lena Luthor! – Disse com uma voz calma, até que seu olhar caiu sobre a cidade, sua expressão calma passou para espantada não acreditando no que aconteceu.

– Sabe o que houve? – Todos nós queríamos uma resposta.

– Indigo, ela queria vingança. Na verdade, todos nós queríamos, fizeram uma injustiça comigo, sua amiga Kara deixou eu ser levada a prisão acobertando assassina da minha mãe Lillian. -  Dizia fria sem ao menos se dar conta que National City foi “apagada” do mapa. – Então Indigo me disse sobre, como fazer a Supergirl sofrer, tirar as pessoas de quem ela se importa, perguntei se esse plano incluía tira Alex também, ela confirmou que sim, só não achei que ela foi tão longe, varreu os habitantes da Terra por conta de assuntos inacabáveis com a Supergirl. – Mastigar todas aquelas informações estava sendo difícil, era inacreditável acreditar que os habitantes do planeta foram extintos. Ainda mais dessa Terra.

– Como começou isso tudo? – Lena explicou tudo, quando Lillian roubou os projetos, os portais, os vestígios dos portais, ela pensou em tudo, tudo por vingança ao filho. Então chegou a parte onde todos nós não acreditamos. Lillian fez dela uma velocista.

– Espera, está me dizendo que você é uma velocista? E que estava na força de velocidade? – Wally não acreditou em uma palavra se quer de Lena, achava que nós éramos os únicos velocistas existentes.

– Sim! – Disse áspera.

– Só quem pode ser rápido assim a ponto de atravessar portais e dar um soco desse nível é o Barry.

Foi o fim de Wally ao dizer aquilo, a uma mulher que aparentava estar em um estado acabado, roupas rasgadas, o cabelo um pouco desgrenhado, a pele com alguns arranhões por ter sido espancada por alguém.

– Está insinuando que, só porque eu sou uma mulher, eu não possa ser mais rápida que seu amigo? Não possa atravessar dimensões? Eu já estive em várias em menos de 24 horas, vi diversas eu em diversos universos, dei um soco supersônico ou posso batizar esse soco...

– Massa infinita! – Cisco e Lena disseram em uníssono.

– Ooh... cara você atingiu o limite da velocidade. De certa forma ela correu na velocidade da luz e seu corpo atingiu a massa infinita. Preciso que Jesse e Wally vibre, logo vamos entender.

Wally e Jesse vibraram, Lena não se admirava com o que via, os dois pararam de vibrar olhando Cisco.

– Agora você Barry e Lena! – Demos de ombros e vibramos, os olhos do Cisco brilharam conforme analisava Lena, paramos achando estranho as caras e bocas de Cisco. – Incrível!

– O que é incrível? – Disse Jesse obstúpida.

– Ela é o Flash da Terra 38, ambos vibram na mesma velocidade, mesmo que sejam de universos opostos, ela é mais rápida que você Barry, diferença de segundos.

Okay, agora eu fiquei mais curioso, como alguém pode ser mais rápido que eu?

– Como Cisco?

– V-9. – Disse ela caminhando pelos destroços da cidade. – O raio ligou o acelerador de partículas, depois ele me atingiu. Quando vibro a kriptonita aparece, quando corro sinto meu corpo fica tão leve que...

Ficamos perplexos quando Kara acertou Lena com um soco, logo Superman atingiu a mulher também, corremos para ajudá-la, Wally e Jesse seguraram o Superman, eu tentei segurar Kara. O que eu não entendi foi o motivo deles bater nela.

– Solta Barry, eu vou acabar com ela. – Sua raiva era nítida em sua fala.

– Kara não! Precisamos dela para arrumar essa bagunça! – Gritou Cisco olhando todos, soltei Kara observando Lena cuspir sangue no chão, quando iria ajuda a mulher ela negou minha ajuda afastando minha mão, se tinha uma coisa que eu sabia, era que Lena não iria querer isso para o mundo, mesmo o que fizeram com ela. Estava em seus olhos que ela só queria justiça, não destruição. Eu de imediato entendi o que Cisco disse, Lena se sacrificaria por todos? Daria sua vida pelo mundo? Um Luthor como herói? Parece até novela isso.

– AAHHH... ELA MATOU A LOIS, MATOU TODOS DE METRÓPOLIS! – Corri com Lena, tirando a mulher do alcance do Superman, ele era rápido também, Kara ficou na frente de nós nos defendendo, uma coisa sobre Kara, ela confiava nós amigos.

– Espere primo, eles possuem um plano, vamos ouvi-los! – Pousaram dando sua total atenção a nós.

– Qual é o plano Cisco? – Lena também tinha o poder de cura-se rápido, o que facilitava.

– Vamos ao laboratório, a Caitlin vai analisar Lena e ver se dar para ela levar você ao passado e capturar os vestígios dos portais antes que a mãe dela capture, vou criar algo no laboratório, uma ferramenta que vai recolher os vestígios dos portais.

– Espera... Lena vai voltar no passado e mudar o futuro? – Kara perguntou não acreditando que a amiga podia fazer isso.

– Sim, vamos! – Cisco respondeu a pergunta de Kara abrindo o portal que caiu nos laboratórios Star. Superman e Kara voaram passando pelo portal, logo Jesse e Wally, Lena foi, olhei Cisco preocupado com Lena, ele sabia claramente o que aconteceria depois.

– Ela não vai voltar né?

– Talvez ela nem exista se meus cálculos estiverem certos, uma hora ou outra ela... você sabe, a V-9 ou a volta no tempo vai apagar a existência de Lena.

Chegamos nos laboratórios observando Lena e Caitlin conversando, Lena sentou na marca tirando a blusa de ceda, revelando um lingerie vermelho vinho, com bordas de renda preta. Impressão minha ou as duas estão se comendo com olhares?

– O que foi? – Fria em cima da Nevasca, Lena não ficava por baixo, mantinha a postura firme. Caitlin apertou as bochechas de Lena com uma única mão fazendo a mulher começar a congelar olhando fixamente em seus olhos verdes.

– Mais respeito comigo ou vai virar picolé!

Lena não se intimidou pelo contrário, se aproximou mesmo com as bochechas prensadas sobre a mão de Caitlin, sentindo o frio chegar em seu cérebro, Lena fuzilou Caitlin com o olhar.

– Melhor não provoca Elsa! – Começou a vibrar fazendo a mão de Caitlin esquentar, ela foi obrigada a soltar de Lena, foi fazer os diagnósticos da morena.

Aproximei de Kara que não tirava o olho de Lena nem por um minuto, não sabia como começar aquela conversa a respeito da Luthor, só não queria acreditar que Kara cometeu esse desfalque com sua amiga.

– Vai ficar calado Barry? Eu sei que quer dizer algo importante para mim.

– É sobre sua amiga, Lena!

Nós olhávamos Lena ser analisada por Caitlin enquanto entrosávamos.

– O que tem ela?

– Por que fez aquilo?

– Eu não sei, Alex é minha irmã...

– Ela matou a mãe dela, levou a culpa e foi pressa injustamente, talvez isso tudo não aconteceria se Alex estivesse na cadeia.

– Pode me dar a certeza que isso não iria acontecer Barry? Lena não acabaria com National City, ou o mundo todo.

– Você acha que ela acabaria com o mundo? – Perguntei encarando Kara, em todas as suas falas ela foi vil.

– Ela é uma Luthor! – Não pensou no que disse, só disse esboçando raiva em sua fala. Raiva do que houve com a sua família e amigos.

Lena olhava algumas coisas do laboratório, logo seu olhar caiu sobre os de Caitlin que analisava o sangue da mulher. A esperava sufocava Lena e todos ali, Caitlin se aproximou de Lena com o resultado em mãos.

– Você vai morrer. A V-9 está matando seu organismo. Se caso consumir mais de uma dose, aí você morre, mas se esperar a V-9 ir saindo aos poucos de seu organismo você vive mais um pouco. – Inclemente Caitlin cuspiu na cara de Lena a triste notícia tendo um gosto amargo.

– A morte não é um problema pra mim! – Revidou cortando o sorriso da mulher. Elas saíram, Lena vestiu uma blusa do Labs – Star, uma calça moletom, o cabelo preso em um rabo de cavalo, chegou perto de nós encarando Kara. – Podemos dar início ao plano do cabeludo?

– Eu não... esquece, podemos começar com o plano, eu não sei se vai funcionar. – Entregou um aparelho que suponho ser o capturador de vestígios de portais.

– Não sabe? – Wally perguntou.

–  Eu nunca usei uma coisa assim antes, e pelo que sei, Barry só abriu um vez o portal usando otimizador com taquion, deve ter deixado vestígios do aparelho na Terra deles. Então vocês dois vão voltar naquele dia, sugar os vestígios que Barry deixou, os demais não precisam pois eu não deixo vestígios dos meus portais que abro. – Convicto e nada modesto Cisco fez eu sorrir.

– Então vamos só repassar o plano. – Kara estava inquieta com aquela situação, queria de uma vez rever sua família e amigos.

– Lena vai levar Barry até o ponto inicial da confusão, ou seja, ela vai levar ele até onde iniciou tudo, no caso é a primeira vez de Barry na Terra 38, lembre-se, vocês não vão impedir Barry, deixa ele ir salvar a Kara, logo que ele for e fechar o portal, vocês limpa a área e voltam. Lena...

– Diga!

– Você vai desaparecer caso vá!

– Pelo que eu sei, voltar no tempo não faz a pessoa desaparecer, a menos que você volte no início que meu pai conheceu minha mãe, aí eu iria desaparecer, neste caso eu não vou me lembrar de nada e não terei a super velocidade. – Inspirou e suspirou olhando Ramon perder o chão, as informações dela batiam totalmente.

– É verdade Cisco, o que não vai desaparecer é ela. – Disse sorrindo mostrando confiança a Lena.

– Não Barry, lembra da Trajetória? Digamos que Lena vai virar partículas se atingir a velocidade do tempo, a velocidade que há dentro dela vai transformar ela em poeira, isso quando ela voltar com você.

– Hump! Podemos? – Lena tomou posição então eu fui junto, caminho até ela observando a moça tranquila.

– Você parece tranquila sabendo que vai morrer.

– Eu vi coisas que você ainda vai ver na força de velocidade. E morrer já está virando rotina.

Cisco abriu o portal que ligava a Terra 38, corremos entrando nele, Kara, Superman, entraram também, Lena e eu se preparamos para a corrida contra o tempo. Estavamos apostos quando ouvimos aquela voz.

– Estragar os meus planos novamente? – Eu não sabia quem era o avatar a minha frente, só sei que não era coisa boa.

– Indigo traidora, achei que iria acabar com a família dela, não a humanidade. Achei que deixaria ela sofre, deixaria ela sozinha no mundo.

– Tirei o que ele mais amava, os humanos em si. Ver o sofrimento dela é a minha felicidade e vocês não vao me tirar isso. Agora vou ter que deter você Lena, não quero que acabe com meus planos. Desculpe, mas nosso acordo acabou! – Suas últimas palavras foram em avanço a Lena, foi quando a morena ficou impressionada quando Kara ficou a frente dela.

– Eu não defendi você quando foi pressa, está na hora do Luthor salvar o dia novamente. Uma Luthor e uma Super trabalhando juntas, quem diria? Espero que possamos trabalhar juntas novamente. – As palavras de Kara fez Lena relembrar quem ela era, fez a morena sorri em uma linha, um sorriso de orgulho mesmo com tudo que passaram, elas agora estavam juntas para corrigir os erros delas.

– CORRE BARRY! – Cisco gritou saindo do portal olhando uma luta da Indigo e Supergirl.