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História The Real You - Stony - Met You


Escrita por: ironamerica

Capítulo 1 - Met You


Eu odeio Winnipeg. É deprimente nessa época do ano, falando a verdade, não gosto do Canadá. Acabei de sair do aeroporto junto de Natasha, minha agente e melhor amiga.

Passamos pela grande multidão de paparazzi esperando por mim do lado de fora do aeroporto, realmente não estou bem vestido o suficiente, os sites de fofoca vão falar...

– Custava ter colocado uma roupa decente? Precisava ser essa camisa esfarrapada e calça de moletom?!– Natasha pergunta quando entramos no carro, com Happy, meu motorista, no volante nos levando para o hotel.

– Sim, custava.– suspiro, tirando os óculos escuros pela primeira vez após sair do aeroporto.– Não ia passar um voo de mais de quatro horas usando jeans skinny e uma blusa de lantejoulas que causa coceira.

– A mídia vai falar...– murmura, ligando o celular.

– É claro que vão falar! Eles só sabem falar sobre mim, tudo que eu faço!– afirmo e minha voz saiu um pouco mais aguda do que pretendia.– Lembra na semana passada quando postaram sobre minha calça não estar combinando com meu casaco? Pois é! Eles só fazem dinheiro se tiverem meu nome, não importa se é verdade ou mentira.

– Enfim...– pigarreia, checando os e-mails.– Você tem um ensaio amanhã de manhã para a nova linha de cuecas da Calvin Klein...aqui na cidade, por sorte.

– Sério?! Como eu não sabia disso?

– E por isso que você tem a mim.– sorri, convencida.– Você não seria nada sem mim, Tony Stark.

– Tem razão, Romanoff.


[...]


– Acorda, desgraçado!– Pulo da cama, assustado quando ouço Natasha gritar e abrir a porta do quarto com força, fazendo bater na parede e provocar um som alto.– Estamos atrasados! Precisamos estar no estúdio em cinco minutos!

– O atraso é elegante.– digo, me espreguiçando.

– Nesse caso não é!– Ela puxa meu braço.– Se veste!

– Tá bom, mamãe.– murmuro, notando apenas agora que eu vestia só uma cueca.

Chegamos no estúdio com 25 minutos de atraso, Natasha estava irritada com a minha falta de responsabilidade e eu apenas ignorava suas falas me repreendendo assim como estava ignorando os flashes de câmeras na calçada.

– Desculpem o atraso, o senhor estrela aqui é irresponsável quando se trata de horários.– Natasha diz para a equipe quando entramos no estúdio branco, com tudo montado.

Eu apenas mantinha minha postura de sempre. Falando apenas quando necessário (ou nem isso), usando óculos escuros em ambientes fechados e com o semblante sério.

Sou guiado por um homem de vestes pretas até o camarim.

– Bruce!– grito em felicidade ao ver meu amigo de longa data me esperando ali, ele me maquia e me veste todas as vezes em que estou por aqui desde o início da minha carreira.– Como vai?!

– Estou ótimo, Tony.– sorri, retribuindo meu abraço.– E você?

– Bem na medida do possível.– suspiro, sentando na cadeira e logo as luzes fortes estão no meu rosto.

– Percebi que não tem dormido o suficiente.– diz se referindo às minhas olheiras enquanto pega o que deve ser o corretivo.– Precisa tomar cuidado com isso, não só por conta das fotos mas também por conta da sua saúde.

– Eu sei...eu sei...– Suspiro, sentindo o pó em meu rosto.– Natasha vive me dizendo isso.

Rapidamente estou vestindo apenas boxer de cor vermelha, saindo do camarim e me dirigindo até onde aconteceria a sessão de fotos.

Natasha já estava lá, assim como algumas pessoas da revista, a moça atrás da mesa de água, o assistente do fotógrafo que secava Natasha e o fotógrafo, muito bonito inclusive.

– Estou aqui.– digo entrando a passos largos no ambiente e sentindo um pouco de frio, o ar-condicionado está ligado deixando meus pêlos eriçados.

Natasha anda até mim, checando, como sempre, se eu estava pronto para as fotos.

– Pronto, arrasa.– Natasha diz, depositando um tapa forte na minha bunda enquanto eu me dirijo até o painel branco em que toda a iluminação estava focada, inclusive a câmera do fotógrafo.

– Bom dia, Tony.– agora não é apenas o ar gelado que me arrepia, mas também a voz do fotógrafo que inclinou o rosto para o lado, saindo da frente da câmera para olhar diretamente para mim.– Sou o Steve e vou tirar suas fotos hoje, ok?

Seus olhos azuis vão de encontro aos meus e me sinto hipnotizado por alguns instantes.

– Ok...– murmuro, olhando para o ar-condicionado.– Ei, alguém pode desligar o ar-condicionado? Estamos no inverno e eu estou quase pelado.

Alguém da equipe desliga assim que peço e logo olho para a lente da câmera de Steve.

– As primeiras 20 fotos serão descartadas, são apenas de teste até que se acostume com a minha presença e a da câmera, o resto vamos usar.– Steve diz, ajustando a lente.

– Não preciso disso.– digo e ele desvia o rosto da câmera novamente, olhando para mim.

– O que?

– Não preciso disso, sou acostumado com câmeras.– normalmente quando ajo com acidez, as pessoas costumam seguir o que digo, mas Steve não moveu um músculo sequer, apenas semicerrou os olhos azuis.

– Meus parabéns, mas é assim que eu trabalho e não pretendo mudar meu método.– diz e eu levanto minhas sobrancelhas, ninguém nunca me responde assim.– Certo, quero que sente naquele banquinho e apoie seu cotovelo no joelho que vai estar um pouco para cima, apoiando o punho no queixo.

Assim faço, o encarando através das lentes e ficando atordoado com o flash.

– Agora fique em pé, a mão atrás do pescoço o inclinando para trás mas ainda olhando para a câmera, a outra mão pode pôr onde achar melhor.

Ponho a mão até onde ela pode alcançar sem que eu tenha que me inclinar para frente, na coxa quase tocando o joelho, com meu ombro um pouco para frente.

Já posso ver essas fotos em outdoors nas cidades, assim como na porta das lojas, uh...outra vez.

– Perfeito, cruze os braços atrás da cabeça, deixando os cotovelos para cima, tente empinar os quadris para trás, sim?

Abro as pernas, empinando a bunda, não desgrudando os olhos da câmera.

Alguns flashes depois, volto ao camarim para colocar a boxer preta, com o nome “Calvin Klein” escrito em letras brancas no elástico em meus quadris além de uma jaqueta de couro. Estou me sentindo sexy pra caralho!

Volto para o painel, vendo o assistente, de cabelos longos, do Steve ajustando os refletores.

– Beleza, sente na cadeira.– aponta para a cadeira branca no meio do ambiente.– Ela está virada para a câmera, fique com as pernas abertas, uma de cada lado, os braços cruzados sobre o encosto, entendido?

– Sim.– digo, já na pose, passando os dedos por meu cabelo na tentativa de ajeitá-lo.


[…]


Eu e Natasha entramos no carro e ela solta a respiração que parecia prender, com força.

– O que foi?– pergunto, confuso.

– A tensão sexual naquele estúdio estava me sufocando! Sufocando todos ali!

– Do que você está falando?

– Você e o Steve, oras!– dá um peteleco em minha orelha.– Você estava sentando nele com os olhos!

– Isso não- – corto minha própria fala, bufando.– Não vou discutir com você.– ponho meus óculos, cruzando os braços sobre meu peito e encarando a rua movimentada.

– Não negou.– cutuca minha axila.

– E aquele assistente dele? Ele ficou te secando por hoooooras.– mudo de assunto e ela ri.

– Ele pegou meu número.

– Corajoso, qual o nome dele?

– Bucky Barnes.

– Nome de personagem de filme.

– Ok, foco.– pigarreia, pondo uma madeixa de cabelo atrás da orelha.– Depois de amanhã você tem um desfile, o que vai querer fazer nesse meio tempo?

– Vou ficar no hotel, não estou no clima de sair pra conhecer a cidade.– tiro os óculos novamente, fechando os olhos.

– Não entendo essa sua implicância com o Canadá, sério.

Pego meu celular no bolso da calça, abrindo o Google e pesquisando meu nome, vendo as notícias mais recentes.

– Eles realmente falaram da minha roupa de ontem.– Falo e Natasha suspira.– Bando de desocupados.

Continuo rolando a tela, encontrando uma matéria que consistia em uma foto minha e de outro modelo, Stephen Strange. 

Stephen é meu amigo, nos encontramos as vezes em desfiles e after-partys, mas não somos nada, e mesmo assim a mídia insiste que temos um caso.

– Outra matéria sobre mim e o Stephen.– digo e Natasha estica o pescoço para ver a tela do celular.

– “Tony Stark é visto com seu novo affair, Stephen Strange nas ruas de Washington.”– Natasha lê o título da matéria.– O que estava fazendo com Stephen em Washington?

– Isso faz uns três dias, ele estava de folga, nós dois na cidade, fomos tomar café.– dou de ombros.– Você sabe que não existe nada entre nós. 

– “Tony Stark (23), garoto de ouro das grandes marcas Calvin Klein e Armani foi visto passando um tempo na Cafeteria La Colombe Coffe Roasters na companhia de Stephen Strange (25), modelo da Adidas.”– Continua lendo a matéria, com um sorriso engraçado no rosto.– “Apesar da personalidade forte e amargurada de Stark, parece ter conquistado o coração do cético Strange...”

Depois dessa ultima parte, rimos, rimos alto ao ponto de ficarmos com dor de barriga, tão ingênuos...

– Chegamos.– Happy diz, parando na frente do hotel em que estávamos hospedados, lotado de paparazzis na frente.

Happy abre a porta para mim e Natasha, ponho meus óculos escuros novamente, diminuindo a intensidade dos flashes em meus olhos. As vozes dos fotógrafos ao meu redor perguntam sobre Stephen, sobre o desfile que participarei nessa semana e, claro, sobre os boatos que andavam falando sobre mim.

Ignorei todas as perguntas, seguindo para o interior do hotel, entrando no elevador acompanhado de Natasha.

– Acho que nunca vou me acostumar com isso.– ela diz, se apoiando contra o espelho do elevador.

– Isso o que?

– Todo lugar que formos, várias pessoas em cima de nós, com câmeras e falatórios...é demais pra’ minha cabeça.

– Não lembro mais de como era antes disso.– respiro fundo, olhando para meus pés cobertos pelos coturnos pretos



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