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História The Reason (CNCO) - Capítulo 1.


Escrita por: klangdon

Notas do Autor


Olá cncowners! Como prometido, trazendo fanfics antigas reescritas com CNCO.
Escrevi essa história lá em 2013 e vocês vão notar inspiração em filmes/livros com a mesma temática.
É uma short-fic, apenas 10 capítulos, então as coisas vão acontecer rapidamente, ok? Não estranhem.
Escolhi a Selena Gomez para a capa porque ela é linda e achei que combinou com nosso joelzito.
Vou sugerindo músicas ao longo dos capítulos e o link estará nas notas finais.

Espero que gostem. BOA LEITURA!

Capítulo 1 - Capítulo 1.


POV JOEL

Entrei na sala de reuniões do escritório de nosso empresário atrasado como de costume e recebi os olhares reprovadores dos meus amigos. Sorri sem graça e me sentei em uma das confortáveis cadeiras.

– O despertador de novo, eu suponho. – Ele ironizou sem muita paciência.

– Não. Dessa vez foi o trânsito. Até que eu acordei na hora. – Menti um pouco.

– Sei. – Ele preferiu não me contrariar. – Agora podemos começar. Eu estava pensando em levar vocês para fazer uma visita especial. Algo relacionado com a caridade que envolvesse os fãs de vocês também. Estou aberto a ideias.

Os rostos de todos ficaram tensos e pensativos. Estava cedo demais para ser genial. Alguns segundos depois Richard pigarreou e chamou atenção de todos.

– Podemos fazer um show beneficente para arrecadar dinheiro e donativos. E depois direcionamos essas doações para uma instituição de caridade. – Ele explicou mais.

– E onde faríamos esse show? – Perguntei.

– Poderia ser em um local aberto. Nada muito grande. Um estacionamento por exemplo. Eu vou pensar nisso com calma e dou um jeito. – Começou a mexer em seu iphone.

– Que instituição nós vamos ajudar? – Christopher questionou com a voz rouca matinal.

– Alguma que realmente precise. – Erick se pronunciou. – Temos que ser cuidadosos e escolher bem.

Novamente todos nos concentramos para pensar.

– Ontem eu vi uma fã comentando no twitter que uma amiga da escola está com câncer. Eu acho que podemos ajudar o hospital especializado em câncer. Existem muitas crianças e jovens internados lá. É uma causa nobre. – Zabdiel sugeriu.

Nos entreolhamos. Ninguém fez objeção alguma.

– Eu acho ótimo. Vocês concordam? – Nosso empresário perguntou animado. Todos nós assentimos e o sorriso dele aumentou. – Essas pessoas realmente precisam e, além disso, será perfeito para promover uma boa imagem para vocês. Temos que saber se há uma fã de vocês nesse hospital, se houver, será ainda melhor. A mídia irá amar isso.

Totalmente empolgado ele voltou a mexer no celular distraído. Caridade é importante, mas sempre vem carregada de outras intenções além de ajudar quem precisa. É sempre assim. Ninguém fala, mas é o que acontece.

– Qual é a próxima pauta? – Christopher chamou atenção do nosso empresário para que a reunião continuasse.

Após três assuntos e decisões fomos liberados. Eu não prestei muita atenção. Por algum motivo desconhecido por mim a primeira pauta tinha me causado uma sensação estranha. Não ruim, mas de ansiedade. Como se eu já soubesse que algo novo fosse acontecer.

(Now play: Todo Cambio – Becky G part. CNCO)

POV WENDY

Saí de prédio e comecei minha caminhada matinal. Estava bem cedo, mas algumas pessoas já saíam de casa para trabalhar ou também para se exercitar. Depois de dar a volta no quarteirão duas vezes, me senti cansada. Eu já não sou a mesma de antes. O quanto antes eu aceitasse esse fato melhor seria. Entrei em casa correndo e fui direto para o banho. Senti vontade de chorar, mas não me permiti. Já passei da fase da lamentação. Caminhei de toalha pela casa, liguei o som com uma música agitada e comecei a me arrumar. Penteei meus cabelos cuidadosamente. Vesti minha roupa, calcei minhas sapatilhas e após pegar minha bolsa enorme saí de casa. Eu levava cerca de 30 minutos para chegar ao hospital e nesse dia não foi diferente. Cumprimentei todos com sorrisos ou acenos até chegar ao vestiário. Coloquei meu uniforme, prendi os cabelos num rabo de cavalo alinhado e comecei minha rotina de afazeres. Mais um dia tinha se iniciado. Estava com cara de que seria mais um dia comum em minha vida, porém não foi assim.

Depois de levar um lanche para uma paciente alcancei um dos corredores, apressada. Vi alguns garotos conversando com a recepcionista do andar. Reparei neles e percebi que sabia quem eram. Richard, Christopher, Erick, Zabdiel, e Joel acompanhados de um homem.

Sorri paralisada no lugar, sem saber se ia falar com eles ou não. Não que eu seja fã. Nem tenho tempo pra isso. Mas uma das pacientes os adora e eu acabei simpatizando com a banda também. Savannah enlouqueceria se os visse ali. Aliás, o que eles estavam fazendo ali? Criei coragem, respirei fundo e me aproximei.

– Oi. – Falei tímida. Minha voz quase não saiu.

– Oi. – Christopher me respondeu com um largo sorriso levantando ligeiramente seus grandes óculos escuros e os outros me olharam amigavelmente.

– Essa é a Wendy. – Maria me apresentou. – Querida, você pode leva-los para conhecer o hospital? Estou tentando falar com a supervisora, mas não consigo. E eles não podem ficar esperando. – Me pediu gentilmente. Sorri adorando a ideia e eles sorriram de volta.

– É claro que posso! – Demonstrei minha simpatia.

– Wendy conhece esse hospital muito bem. Ela se interessa muito por tudo. Vocês estão em boas mãos. – A mulher falou para os garotos e eles assentiram.

– Venham. Vamos começar.

Mostrei aos garotos a ala infantil e depois fomos passando por todas as faixas etárias. Normalmente a ala dos idosos é a que mais choca as pessoas, pois o estado deles é sempre o mais crítico. Com os meninos não foi diferente, mas eles souberam esconder o choque de uma boa maneira. Contei sobre as atividades dos pacientes. As visitas do serviço social e comentei sobre o hospital ser mantido por doações em sua maioria, já que o Estado se recusa a arcar com tudo.

– Nós estamos interessados em ajudar vocês. Por isso queremos conversar com a supervisora ou alguém da administração. – O homem, que agora eu sabia que era empresário deles, falou. – Nosso tempo é limitado, então se você puder agilizar nesse tour.

– Bem, Maria deve estar tentando falar com alguém. Pode ficar tranquilo. A visita de vocês não será uma perda de tempo. – Respondi tentando ao máximo não ser má educada já que ele não tinha um pingo de senso e ele ficou levemente surpreso.

– De qualquer forma foi legal ver como o hospital funciona. – Zabdiel sorriu simpático deixando o ar mais leve.

– Enfim, posso levar vocês para o refeitório. – Sugeri. – Tenho certeza que já mandaram preparar um lanche pra vocês.

– Eu topo! Estou com fome. – Erick confessou animado.

– Vamos então. – Os conduzi.

Percebi que apesar de estar quieto, Joel era o que mais prestava atenção em tudo que eu falava, observava mais o ambiente e não pedia nada. Talvez ele estivesse mais interessado do que os outros.

Enquanto eles comiam bolo eu continuei falando do hospital, principalmente nossas dificuldades. Eu tinha que incentivá-los a nos ajudar.

– Olá meninos. – A supervisora chegou ao refeitório. Depois de apertar as mãos de todos, ela pediu desculpas pela demora e os chamou para o último andar para conversarem sobre o interesse deles em ajudar. Eles se despediram rapidamente de mim e eu nem tive tempo de falar sobre Savannah. O jeito era espera-los na saída.

Fiquei no estacionamento. Presumi que eles estariam em uma van, portanto fiquei perto da única que estava lá. Um grande tempo depois eles saíram e caminharam em direção ao veículo.

– Oi. – Os cumprimentei saindo de trás do carro.

Eu não sei o que aconteceu ao certo, mas Joel se assuntou comigo e acabou tropeçando e caindo. Fiquei em choque e os amigos dele começaram a rir.

– Que isso Joel?! Parece que nunca viu mulher. – Christopher zombou.

– Se fosse um homem ele nem se assustaria. – Zabdiel completou a brincadeira.

– Muito engraçado. – Ironizou ele enquanto tirava o pó das roupas.

– Me desculpe. Me desculpe mesmo! Eu não queria te assustar. – Fui até ele preocupada. – Você se machucou?

Sem responder ele checou o cotovelo e então vimos que estava esfolado com um pouco de sangue.

– Só me ralei um pouco. – Minimizou mesmo que estivesse com uma cara feia. O machucado provavelmente estava ardendo.

– Me desculpe.

– Não vai chorar hein. – Richard zombou e todos riram novamente. Joel apenas os repreendeu com o olhar sério.

– Eu posso fazer um curativo. Estamos num hospital. – Sorri um pouco.

– Não precisa...

– Eu faço questão Joel. – Insisti o interrompendo. – Isso pode parecer pequeno, mas pode infeccionar caso você não cuide direito. Em 5 minutos eu dou um jeito nisso pra você.

– Tudo bem. – Concordou enfim. – Eu já volto. – Joel falou para os outros e saímos.

– Não demore. – O empresário exigiu impaciente.

O levei em silêncio até o vestiário. Tirei meu próprio kit de primeiros socorros do armário e fiz um sinal para que ele se sentasse num dos bancos.

– Você sabe meu nome. – Observou. – Isso quer dizer que você conhece a banda? – Joel puxou assunto.

– É, eu conheço. Não diria que sou fã, mas eu gosto. – Encostei a gaze com agua no braço dele e o garoto reclamou. – Fique quieto, por favor. – Pedi e Joel me lançou um olhar desgostoso e desconfiado.

– Você é enfermeira?

– Não. Eu tenho um curso básico, apenas. Mas sou voluntária aqui no hospital e sei cuidar muito bem dos pacientes. – Respondi com um sorriso tranquilizador.

O garoto reclamou mais algumas vezes e fez cara de dor, mas consegui acabar o curativo.

– Obrigado.

– É o mínimo que poderia fazer já que foi minha culpa.

Nos encaramos por um tempo e eu ainda tinha que falar de Savannah.

– Foi muito bom vir ao hospital. Obrigado por tudo. – Joel sorriu e deu um passo para a saída. Por instinto agarrei o braço dele, mas por azar acabei pegando no cotovelo machucado. – ÁI!

– Desculpa. Desculpa. Foi sem querer. Me desculpe. – Me atrapalhei. – É que eu preciso te falar uma coisa. Tem uma fã de vocês aqui. Ela é louca por vocês. Hoje ela saiu para fazer um exame em outro laboratório, mas amanhã ela volta ao hospital. Ela tem revistas de vocês e posters. E ela vive no tablet vendo coisas de vocês. Vocês tem que voltar pra visita-la. Por favor! – Implorei nervosa, me atropelando nas palavras.

– Calma. – Joel sorriu de canto. – Qual é o nome dela?

– Savannah. Ela tem 15 anos e ama vocês.

– Nós vamos voltar. Eu vou falar com os meninos. Tenho certeza que eles irão concordar. Eu prometo. – O garoto falou fazendo meu coração se acalmar e diminuir os batimentos. – Você tem certeza que amanhã ela estará aqui?

– Tenho. Qualquer coisa vocês podem ligar para o hospital para confirmar, mas eu tenho certeza. Ela vai ficar louca. Meu Deus.

– Vocês são amigas? – Franziu a testa.

– Eu converso muito com os pacientes. Não deveria, mas acabo criando vínculos. Savannah é uma das que eu mais falo. Ela sempre me aluga para falar de vocês. – Deixei um pequeno riso me escapar e Joel sorriu.

– Nós vamos voltar por ela amanhã. – Prometeu mais uma vez. – E vamos voltar também depois que estivermos com o dinheiro e as doações. Acho que sua amiga ficará feliz.

– Você não imagina o quanto! Obrigada Joel. Eu sabia que poderia contar com você. – Agradeci confiante.

– Não precisa agradecer. Enfim, eu tenho que ir. Me mostra o caminho de volta?

– Claro.

Andamos em silêncio novamente até a porta de saída.

– Tchau, até amanhã. – Acenei meio desajeitada.

– Tchau Wendy. – Joel se despediu mostrando que tinha prestado atenção no meu nome.

Voltei para dentro com um sorriso bobo no rosto. Savannah nem fazia ideia da surpresa que teria. E eu estava feliz de saber que ela teria alguma alegria num momento tão delicado de sua vida. O dia seguinte prometia grandes emoções.


Notas Finais


Comentem, por favor. Só para eu saber se alguém vai acompanhar.
Pensando em postar um capítulo por semana ou por quinzena, mas não decidi ainda.
Beijokas.
Música: https://www.youtube.com/watch?v=Qfc3kRR5KiI


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