História The Red Castle - A Chegada

Yoongi POV

Sobre uma coisa eu tinha certeza: Kim Seokjin não iria me esperar na carruagem. Nem gastei saliva argumentando. Nem para dizer que o cheiro dele havia mudado. Ah, o gosto dele estava nos meus lábios, se eu falasse logo sairia.

Abri uma das portinholas secretas da carruagem e peguei uma espada e dei para ele.

— Não seja um dos meus irmãos, não se corte. — Falei e ele sorriu de uma maneira muito boba. Repassei o que falei na minha cabeça e entendi. — Às vezes eu os chamo assim, mas eu tenho que manter as aparências. — Dei de ombros.

Sai da carruagem com uma mão no bolso e a outra solta. A carruagem já havia parado então olhei para o carroceiro, ele olhava para lugar nenhum. Subi ao lado dele e o fiz olhar para mim.

— Durma. — Disse num comando e assim ele o fez. Roncava alto. Ouvi os passos se aproximando cada vez mais e Jin fechando a porta da carruagem.

— Você está bem? — Perguntei a ele.

— Mais ou menos. — Ele respondeu e fui para o lado dele.

— O que foi? — segurei seu rosto o fazendo olhar para mim.

— Estou me sentindo diferente.

— Eles chegaram. — Avisei sentindo eles ao nosso lado. Eram vários vampiros.

Jin levantou a espada ao seu lado, atingindo um vampiro e o cortando. Mas ele parou antes de se ferir mais, portanto não morreu.

— Quebre o pescoço deles ou tente decapitar, seja ágil. — Disse já pegando um pelo pescoço e o esmagando.

Cinco vieram de uma vez para cima de mim, senti que cinco estava com Jin. Apurei todos os meus sentidos e comecei a lutar.

Os movimentos eram rápidos, com as garras, braços e pernas. Usei os cotovelos e os joelhos para imobilizá-los por tempo suficiente para segurar seus pescoços e os quebrar, mas eles eram rápidos, então não era tão fácil assim. Abaixei a cabeça fugindo de um e girei, pulando com um pé e chutando a cabeça de outro suficientemente forte para quebrar. Um soco veio em meu rosto, segurei a mão e puxei para cima, jogando em cima de outro vampiro. Pelo canto do olho vi Jin sujo de sangue, um pouco dele, o resto não. Meu jogo era limpo, mas o de Jin não, a espada não deixava ser limpo. Cabeças estavam no chão, três exatamente. Mais vieram em minha direção, agarrei suas roupas e puxei o pescoço de encontro ao meu joelho, num ato forte. Senti uma dor nas costas, me virei agilmente e empurrei uma vampira para longe, ela saltou e voltou para a minha direção ao mesmo tempo que outro, segurei ambos pelo pescoço e bati suas cabeças uma contra a outra. Sangue estava por todo o lugar e mais sangue surgia quando Jin cortava mais um deles. Me joguei para trás por causa de um chute vindo em meu rosto, segurei o pé e o girei para o lado, pisei no pescoço dele e havia acabado.

Havia apenas um em pé, num movimento rápido, Jin lhe tirou a cabeça e o resto do corpo caiu no chão.

— Você está bem? — Perguntou ele primeiro, antes mesmo de recuperar o fôlego. Sorri assentindo.

— E você?

— Também estou. Um pouco sujo, porém bem.

— Você está sangrando. — Afirmei procurando os lugares com os olhos, achei vários cortes e várias arranhados. — E eu pensando que faria isso. — Sussurrei e sorri. — Vou te levar para casa. — Falei bem próximo a ele, peguei a espada e joguei dentro da carruagem.

— Como assim? — Ele me olhou confuso.

— Suba nas minhas costas. — Pedi.

Ele me olhou até que entendeu o que eu queria.

— Mas e o carroceiro? — Perguntou. Sempre preocupado.

— Um instante. — Pedi.

Sem acordar o carroceiro, pedi para que ele continuasse a viagem e agisse normalmente até voltarmos, sem se lembrar do que havia acontecido. Voltei para Seokjin e ofereci minha mão para ele. Ele aceitou e eu o peguei no colo como uma noiva.

— Yoongi-chi. — Olhei para ele em meus braços. — Eu não quero ser um lobisomem. — Começou ele. — Eu me sinto como um e estou muito cansado. — Sorri por conta disso.

— Acho que você já pode se transformar, mas como você nunca o fez está cansado.

— Isso devia fazer sentido? Porque não faz. — ele sussurrou fechando os olhos. — Eu vou tirar um cochilo. Não me derrube, está bem? — pediu. Beijei-lhe a testa e assenti.

— Eu nunca faria isso.

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Chegamos em casa num piscar de olhos, poderíamos ter feito assim em toda a viagem, porém temos que manter discrição.

Senti o cheiro de Taehyung assim que me aproximei, ele estivera ali com os garotos. Porém, apenas dois estavam na casa do Namjoon, dormindo, Tae e Jimin estavam no castelo. Entrei na minha casa e fui direto para o meu quarto, Jin ainda no meu colo. Coloquei ele na cama e o acordei, preferia não deixá-lo dormir, ele me olhou e sorriu. Fomos para o banheiro e eu ia saindo quando ele me chamou.

— Yoongi-chi. Venha comigo. — Pediu, não pude dizer não.

Começamos a nos despir, tirando as camisas e as calças. Mas sem tocar um no outro, apenas trocando olhares.

— Eu virei um lobisomem? — perguntou ele me encarando.

— Sim, os seus poderes meio que foram ativados. — Respondi, eu não entendia muito sobre isso. — Eu não sei se você pode virar lobo. Mas você disse que não queria ser um lobisomem. — Sorri.

— Não se for assim. — sorriu, ligando a torneira e deixando a água cair na banheira. Ele levantou e terminou de se despir, fiz o mesmo e fui para o chuveiro, ele me seguiu.

Liguei e a água começou a cair sobre meu corpo. Senti Jin atrás de mim e ofereci minha mão para ele, ele segurou e eu o puxei, deixei ele embaixo da água e o lavei, tirando o sangue de seu corpo. Ele olhava todos os meus movimentos, sentia seu olhar sobre mim e nossos corpos reagindo a isso. Minhas mãos iam pelos seus braços e pescoço, depois desci para suas pernas onde suas calças haviam rasgado. Me levantei e deixei a água cair sobre nós, Jin me puxou para perto encostando nossos corpos.

Sorri para ele, estávamos numa situação delicada. Nós dois nus, com o desejo a flor da pele, eu sentia isso, nossos olhares estavam intensos um para o outro, nossa respiração já estava diferente.

— Yoongi-chi. — Ele tocou o meu rosto. — É real. — Disse simplesmente. — O laço de sangue não está interferindo em nossos sentimentos.

E me beijou. Nossos lábios se tocaram, o beijo começou lento com normalidade, até que não aguentamos mais. O beijo ficou feroz, seguindo as batidas aceleradas dos nossos corações. Sua língua invadiu a minha boca, tocando a minha, meus lábios exploraram os dele, nossas mãos não paravam de apertar os corpos, as minhas estavam em seu pescoço e em sua cintura, descendo com alguns apertos. As suas me apertavam na cintura e no ombro, nossos corpos colados e nus, senti nossos membros tocar um no outro, duros. Suspirei no beijo, senti seus dentes mordiscar meus lábios. Fechei o chuveiro e andando devagar, fomos para a banheira. Suas mãos foram para a minha bunda e eu entrelacei minhas pernas em sua cintura. Devagar ele entrou na banheira já cheia e sentou-se comigo em seu colo. Estávamos cobertos de água e de bolhas de sabão, não víamos, porém sentíamos cada parte de nossos corpos. Desci meus lábios para seu pescoço e comecei a tratar ali, beijando de leve e dando alguns chupões. As unhas dele me arranhavam, nossas respirações cortadas e sem satisfazer nossos desejos por completo.

— Jinnie —, falei manhoso. — Podemos ir para cama?

— Vamos. — Ele disse nos levantando, pegou uma toalha e jogou sobre meus ombros. Saímos da banheira e voltamos para o quarto.

Ele começou a me enxugar, passando a toalha pelo meu corpo. Passando pelos ombros, pelo tronco e descendo para minhas pernas. Eu estava duro, ele também estava. Ele estava agachado em minha frente, ficou de joelhos e pediu com os olhos. Eu estava implorando. Ele abocanhou meu membro, suas mãos na base e sua língua passando por todo meu membro. A sensação era maravilhosa, era intensa e estava me aliviando por completo. Jin começou a chupar minha glande e o pênis, num movimento de vai e vem com a cabeça, usando os lábios e a língua. Meus gemidos eram um tanto altos, mas nenhum som sairia do quarto. Jin deu beijinhos em meu pênis sem parar as mãos, ele me olhou por baixo e pude ver pelo reflexo dos seus olhos a minha face totalmente em delírio, senti que ia chegar no ápice então o fiz parar.

Puxei ele para cima e beijei seus lábios sentindo meu gosto. O beijo começou já feroz. Nossas línguas sentindo uma a outra, o empurrei na cama e o ajeitei ali. Subi na cama, entre suas pernas e me abaixei, comecei a chupar o seu membro, da base até a ponta. Nunca senti um gosto tão bom quanto o dele. Chupei devagar e comecei a estimular com as mãos, ouvindo seus gemidos ecoar pelo quarto. Jin reclamou por estar fazendo tudo devagar, então comecei a acelerar os movimentos com as mãos, chupei com intensidade seu membro, passei a língua por toda a extensão, chegando ao pênis e demorando ali. Senti ele pulsar em minhas mãos e lábios, me ajeitei e usei minhas mãos para estimular meu membro e o dele. Acelerei meus movimentos, principalmente com os chupões em Jin.

— Ah, Yoongi! — Ele gemeu meu nome. — Eu vou...

Não deixei ele terminar, intensifiquei meus movimentos com os lábios até que Jin soltou um suspiro, senti ele se derramar em minha boca, limpei todo seu membro com a língua até que eu também cheguei ao meu ápice, Jin foi rápido para chupar o meu pênis uma última vez.

Nos jogamos na cama e puxei ele para mim e acariciei seu corpo.

— Jinnie. — Gemi seu nome. — O que vai ser de nós agora? — perguntei.

— Eu não sei. — Ele me respondeu manhoso. — Só sei que não quero ficar longe de você, Yoongi-chi.

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Jin me segurava em seu colo, enquanto a carruagem não parava, estávamos nos beijando, nos tocando. Não paramos de fazer isso, nem quando dormimos no chão da carruagem depois de sair de casa naquela noite. Estávamos chegando na vila, o sol nem havia amanhecido quando a carruagem começou num terreno melhor. Jin passou as mãos pelas minhas roupas e eu arrumei seus cabelos.

— Eu ainda não sei porque viemos aqui. — Jin me disse. — Não lembro de você ter falado o motivo.

— Nós viemos ver os navios. Os meus vão chegar na próxima semana, porém quero falar com os meus contratantes daqui.

— Deixar tudo pronto para quando as embarcações chegar. — Ele resumiu.

— Exatamente. — Sorri.

Estávamos no litoral, fomos para um prédio que eu havia comprado, na verdade um galpão. Onde guardaria tudo que usaria o transporte, as pessoas que trabalhavam para mim eram confiáveis, eram todos humanos e estava sobre o nosso controle, meu e dos meus irmãos. Expliquei para Jin como tudo funcionava, ele não gostou muito.

— Nós só fazemos eles serem obedientes em seu trabalho. — Expliquei. — Eles vivem a vida como quer. Porém não podem nos roubar ou fazer coisas desse tipo.

Ele balançou a cabeça, porém entendeu que era necessário isso. Já que não podíamos ficar ali. Nossos pais faziam isso, apenas seguimos suas instruções, pois era melhor um mortal estar na frente, que envelhecia, do que alguém que nunca ia mudar de aparência.

Tentei me lembrar dos detalhes que eu devia ver, eram coisas específicas, porém a única coisa que eu tinha na minha cabeça era Jin na cama gemendo por minha causa. Olhei para ele que estava com uma folha nas mãos.

— Namjoon mandou. Ele disse que não era para te deixar esquecer de nada. — Ele sorriu.

— É, meu irmão é precavido. — Brinquei. Li a lista e suspirei. — Ele que devia ter vindo, mas estar por aqui é perigoso. Os vampiros ficam muito por aqui. — Disse para Jin. — De outros clãs, alguns não tem nada com a gente. Mas são muitos. Somos nós quatro contra mil ou mais.

Jin segurou minha mão e sorriu.

— Eu não estou com medo, você também não deveria estar. — Desceu da carruagem e inspirou.

Sorri vendo ele olhar para o oceano a sua frente. Olhei pelo seu corpo e ele sussurrou.

— Não olha para a minha bunda, Yoongi.

Soltei uma gargalhada, ele sabia o que eu estava fazendo.