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História The Red Line - (Long Imagine Kim SeokJin) - Happier


Escrita por: DryKook

Notas do Autor


Boa noite manas (os)!

Segue mais um capítulo, espero que gostem.

Leiam ouvindo Happier - Ed Sheeran
Boa leitura á todos!!!

Capítulo 24 - Happier


Fanfic / Fanfiction The Red Line - (Long Imagine Kim SeokJin) - Happier

 

...uns sentem a chuva, outros apenas de molham!

Taehyung não queria que as coisas fossem tão complicadas. Pelo contrário, queria que o tempo estivesse ao seu controle para voltar e mudar todas as coisas. Deixou que a vida seguisse seu curso acreditando que o destino se encarregaria de todas as coisas. Mas não.

Sempre ouviu dizer que tudo o que acontecia, tinha mesmo que acontecer. Mas não gostava que as coisas fossem assim. Estava enlouquecendo e constantemente tinha vontade de sair correndo para o nada. Apenas com sua coragem e alguns sonhos na bagagem.

Costumava ser aquele que sempre estava pronto para salvar, mas naquele momento percebeu que também queria ser salvo.

A chuva não dava uma trégua para Seul. Alguém estava realmente triste lá em cima, pensou consigo mesmo e continuou caminhando com as mãos no bolso da farda gelada. Ouviu uma música vinda de algum lugar no quartel.

Sabia que deveria procurar por Nari – que por sinal estava atrasada – mas queria mesmo saber de onde vinha aquele som tão incomum dentro de um quartel do exército.

Chegou ao salão de treinamento e viu que não estava vazio. A melodia preenchia o lugar e alguém girava pelo salão.

Oh Nari.

Estava descalça com a calça dobrada quase até o joelho. Vestia uma camiseta para alguém com o dobro do seu tamanho. Tinha um esfregão na mão, que na verdade estava usando como seu parceiro de dança.

Sem notar sua presença, a garota continuou de olhos fechados, dançando desajeitadamente no ritmo da música. Taehyung cruzou os braços e encostou-se ao batente da porta.

 

'Cause baby you look happier, you do - Pois você parece mais feliz, querida, parece mesmo

My friends told me one day I'll feel it too - Meus amigos dizem que um dia também vou estar assim

And until then I'll smile to hide the truth - E até lá, vou sorrir para esconder a verdade

But I know I was happier with you - Mas eu sei, eu era mais feliz com você

 

Sat on the corner of the room - Sentei no canto da sala

Everything's reminding me of you - Tudo está me lembrando você

Nursing an empty bottle - Segurando uma garrafa vazia

And telling myself you're happier - Repetindo para mim mesmo que você está mais feliz

Aren't you? - Não está?

Via a garota girar e girar, quando percebeu estava sorrindo. Nari era mesmo uma garota incrível! Jamais imaginaria que ela dançasse enquanto limpava o salão, e mais, nunca imaginou que ela limparia um salão como aquele.

Pensou em rir mais alto para que ela notasse sua presença e se sentisse envergonhada. Pensou em se aproximar, mas nada lhe parecia conveniente. Queria na verdade, apenas observar. A cena lhe trazia conforto, paz. E era isso o que ele mais precisava naquele momento conflituoso.

- Tenente? – Ouviu a voz de alguém. Um jovem rapaz que nunca tinha visto antes. – Tenente? – Ele falou mais alto e ela se assustou.

- Quer me enfartar? – Ela perguntou enquanto ele tapava o sorriso com a mão. – Desde quando está aí?

- Acabei de chegar, ouvi a música e vim direto para cá! Não sabia que limpava esse salão, pensei que os novatos fizessem isso!

- Eles fazem, mas hoje eu precisava de um tempo sozinha. – Encostou em um pilar.

- Todos precisamos. – O rapaz aproximou-se dela. – Já terminou por aqui?

- Já, estava só dando o prazer de uma dança a meu querido parceiro. – Mostrou-lhe o esfregão e o rapaz riu.

- Já jantou? – Perguntou prestativo. – Conheço um lugar aqui perto que serve um macarrão delicioso para um dia chuvoso como esse.

- Sério? – Ela perguntou animada, mas logo o sorriso se desfez. – Bem que eu queria capitão, mas um amigo está vindo me buscar. Na verdade ele está bem atrasado!

Taehyung voltou as mãos para os bolsos e entrou no salão atraindo a atenção dos dois.

- E não era para a senhorita já estar pronta?

- Você está atrasado! – Nari sorriu e foi em sua direção. – Eu tava esperando seu lerdo! Tae, esse é o nosso novo capitão Kim Namjoon.

Taehyung ia bater continência, mas apenas estendeu a mão.

- Muito prazer capitão Kim, sou o capitão Kim Taehyung.

- O prazer é meu. – O rapaz sorriu e Taehyung por algum motivo sentiu-se incomodado com aquilo. – Eu estava falando para a Tenente Oh que aqui perto tem um lugar que serve um macarrão delicioso.

- Isso mesmo, vamos Tae? – A garota pediu alegre. – Por favoooor, estou morrendo de fome!

- Acho melhor deixar para uma próxima. – Respondeu seco.

- Tudo bem, marcamos numa próxima então! – O outro rapaz respondeu simpático e Taehyung sentiu uma vontade incompreensivelmente enorme de tirar aquele sorriso no tapa.

- Até depois Nam.

- Até Nari, até amanhã!

Nari saiu saltitante com o coturno na mão. Mesmo com a chuva caindo, parecia não se importar.

- Há quanto tempo o conhece?

- Há pouco, por que?

- São íntimos assim? Para ficar convidando para comer? – Taehyung tentou parecer indiferente.

- Não, na verdade foi a primeira vez. – Nari sequer percebeu e Taehyung agradeceu a amiga ser tão lerda, ou fingir ser.

- Na verdade, acho que deveria aceitar. Ele parece um cara legal!

- Acha mesmo? – Nari entrou no carro se sacudindo com frio.

- Acho sim.

- Aceitarei na próxima então. – Puxou o cinto segurando as lágrimas.

Era difícil atuar o tempo todo.

...

 

Soo Yun sentia uma vontade absurda de gritar. Uma vontade incontrolável de sair socando tudo e todos que aparecesse na sua frente. Queria pelo menos chorar para tentar se acalmar, mas as lágrimas não vinham. Fazia muito tempo que não sentia ódio de algo ou alguém.

Como Jin teve coragem de fazer aquilo com ela? Se ele a odiava tanto, porque isso? Seria mais fácil entregar sua arma para ele fazer o que tanto tinha vontade. Ambos teriam paz e ela não teria que viver naquele inferno.

Parou na entrada do hospital e desceu tendo a impressão de que trincaria o granito do chão com seus passos pesados de ódio. Perguntou a todos que encontrou sobre o chefe, mas aparentemente o médico não se encontrava no momento. Todos seus planos iam por água a baixo! Não conseguia concluir nenhum deles. Parecia que a vida tinha mesmo decidido jogar com ela.

Por que meu Deus, por quê?

Era a frase que Soo Yun mais repetia a si mesma. Do momento em que acordava, até se deitar e enfrentar os mesmos pesadelos. Noite após noite.

- Oi. – Disse baixinho ao rapaz ao entrar na UTI.

- Oi. – Ele disse quase num sussurro e Soo Yun não evitou o sorriso.

- Olha só! – Sentou na cadeira ao lado dele sentindo os olhos marejarem. – Daqui alguns dias você já vai conseguir falar de novo!

O garoto balançou a cabeça afirmativamente.

- Lembrou de alguma coisa? – Perguntou já sabendo a resposta, e ele negou. – Isso não te incomoda?

- Não. – Sussurrou novamente.

- Ah então tudo bem. Sabe, eu gostaria de poder apagar minha memória. Simplesmente esquecer tudo e ter a chance de começar do zero. Talvez seja uma coisa boa!

- Por que. Não. Veio? – Ele disse pausado e Soo Yun teve que prestar muita atenção para entender.

- Estive ocupada, perdoe-me! – Segurou a mão fria. – Antes de irmos para a missão, o Major nos ofereceu uma oportunidade. Uma missão para a África, vários anos. Estávamos pensando em aceitar, mas eu estava com medo.

Encarou o garoto por um tempo, ouvia atento a cada palavra.

- E eu tinha resolvido aceitar. Fiquei pensando sobre isso desde que você deu entrada nesse hospital. – Sentiu o rapaz apertar sua mão desesperado. – Eu ia embora assim que o visse acordado e bem.

- Não... – Ele tentou e ela sorriu.

- Não vou mais, não se preocupe! – As lágrimas voltaram quase que imediatamente. – Tudo bem se eu me deitar um pouquinho aqui?

O rapaz assentiu inexpressivo.

- Se alguém chegar me avise, por favor. Não vão gostar de ver que invadi a UTI. – Riu debruçando na beirada do colchão.

Yoongi ficou apenas olhando a pequena cascata de cabelos negros caírem sobre o lençol branco. Dois minutos depois ouvia a respiração pesada da garota, estava adormecida. Levou a mão lentamente ao cabelo escuro e acariciou com cuidado. Mesmo sentindo que tinham uma ligação, ainda não achava que o momento era ideal para tal intimidade.

Ficou tentando imaginar como seria ser noivo de uma garota como ela. Deveria ser incrível! E ele torcia para que nunca tivesse ficado a favor dos pais e contra ela. Não seria possível que pudesse desistir de uma garota com ela por causa de família.

Ela havia contado que eles tinham terminado antes do acidente acontecer, mas não  iria permitir que a situação continuasse assim. Iria reconquistá-la. Iria fazê-la se apaixonar de novo!

...

Jin vê duas enfermeiras comentando algo assustadas e decide seguir a movimentação. Quando alcança o corredor da UTI se depara com diversas enfermeiras e um dos médicos tentando acalmar duas pessoas.

Os pais de Yoongi.

- Quem permite esse tipo de coisa nesse hospital? – A mulher dizia histérica.

- Senhora, acalme-se. Estamos esperando o médico responsável pelo seu filho chegar. – O médico presente tentava controlar a situação.

- Eu não quero saber! – A mulher grasnava de ódio. – Já faz mais de uma semana que meu filho acordou e eu não pude sequer chegar perto dele. Não pude segurar em sua mão e essa mulherzinha está deitada sobre a mão dele? Onde está a segurança desse hospital? Onde está o dono dessa espelunca que vocês chamam de melhor hospital de...

- Eu sou o dono. – Jin disse frio e logo seus olhos travaram na cena.

Soo Yun estava apagada, debruçada sobre a ponta da maca. Yoongi acariciava seu cabelo e apesar de ver toda movimentação do lado de fora – e possivelmente ouvir – não a acordou. Apenas encarava inexpressivo o vidro e as pessoas atrás dele. Quase como se estivesse com raiva e pouco se importando.

- Então me diga, porque autorizaram que uma estranha entrasse na UTI? Por que nós que somos da família não podemos chegar perto dele? Eu vou processar vocês! Seus incompetentes!

- Querida acalme-se! Eles eram namorados, é natural que ela queria ficar perto dele tanto quanto nós. – O homem tentou.

- Não eram coisa nenhuma! Eu jamais aceitaria essa garota em nossa família!

- Querida, o doutor acabou de chegar. Pode nem estar sabendo o que está acontecendo! Ela pode ter entrado ali sem ninguém ver!

- Cale a boca seu inútil! É por isso que nosso filho está na cama, porque você é um frouxo e nunca toma as rédeas da situação!

- Já chega de barulho no meu hospital! Sra. Min acalme-se ou pedirei ao segurança que tire a senhora daqui. Descobrirei o que aconteceu, nós vamos... – Jin parou bruscamente ao ver Hoseok passar por eles e entrar na UTI sem dizer absolutamente nada.

- Ali está o médico dele! – A mulher olhou com uma esperança brilhante nos olhos. Jin teve a impressão de que tudo que ela queria ver era Hoseok tirar Soo Yun pelo cabelo.

Hoseok conversou baixo com Yoongi, e o garoto assentiu sorrindo. Acordou Soo Yun com cuidado. Jin pôde ver claramente a expressão de sono da garota, olhou para o vidro assustada e depois encarou Hoseok.

O médico falou qualquer coisa a Yoongi e saiu com Soo Yun antes mesmo que a mulher pudesse dizer qualquer coisa. Talvez a mesma estivesse chocada pelo fato do médico não ter feito nada contra Soo Yun.

- Eu quero entrar! – Rosnou. – Quero estar perto do meu filho! Já que ‘essazinha pode, eu também posso já que sou mãe!

- Está bem, podem entrar os dois, mas vocês têm apenas 5 minutos. – Jin disse seco.

Fazendo pouco caso o casal entrou em silêncio, mas logo a mulher se jogou na cadeira que antes Soo Yun estava sentada e pegou na mão do rapaz que apenas encarava frio.

- Meu filho! – Beijou a mão do rapaz. – Que saudade meu amor, como você está?

Yoongi encarou Jin de maneira suplicante.

- Sai. – Sussurrou e foi o bastante, todos entenderam.

- Ele precisa descansar e não quer visita, peço que saiam. Por favor! – Jin disse para os pais vendo o rapaz suspirar de alívio fechando os olhos.

A mulher saiu sem olhar para trás, e o homem segurou a mão do rapaz com calma.

- É bom te ver acordado meu filho!

Jin ficou pensando em como seria ser o Yoongi naquele momento. Ter que lidar com tudo aquilo, pessoas que ele sabia que faziam parte da sua vida e que sequer reconhecia.

...

Estacionou repousando a cabeça no volante. Queria apagar a cena anterior de sua memória. Queria apenas esquecer. Deveria ter aproveitado o momento e ter cuspido tudo na cara de Kim SeokJin, mas ficou tão assustada ao acordar que não conseguia pensar em outra coisa a não ser sair correndo dali.

Desceu do carro e entrou num barzinho o qual nunca tinha reparado antes. As pessoas a encaravam de cima a baixo por causa da farda, mas ela não se importou. Sentou no balcão e logo um rapaz veio atendê-la.

- Pois não?

- Me dê o que você tiver de mais forte, por favor. – Não demorou muito e o rapaz voltou com uma dose que Soo Yun sequer suspeitava o que era.

- Dia difícil? – Um homem sentado ao lado perguntou repentinamente.

Soo Yun apenas o encarou por alguns segundos e voltou a olhar para o copo sem nada dizer.

- Eu sei como é isso. – Ele continuou. – Sei como é terminar um dia exaustivo, não só para o corpo. Principalmente para a mente. Nada é fácil, um dia diferente do outro, porém todos difíceis.

- Sabe como é? – Soltou com desdém.

- Capitão Kim Namjoon. – Esticou a mão para ela que aceitou receosa. – Base 3. Fui transferido há pouco tempo.

- Quem é seu Primeiro tenente? – Perguntou desconfiada.

- Oh Nari.

- Aishhh... – Soo Yun soltou. – Capitã Lee Soo Yun.

- Muito prazer capitã. O que a tráz num lugar como esse?

- A bebida.

- Claro, que pergunta besta essa minha. – O rapaz riu e Soo Yun riu junto.

...

Viu o rapaz vestido de branco entrar a contragosto no bar.

- Quem é você? – Perguntou com cara de poucos amigos pegando Soo Yun no colo.

- Capitão Kim Namjoon, eu a encontrei por acaso. – Tentou explicar. – Eu disse que era melhor ela parar de beber, mas ela não me ouviu.

- Você ligou para mais alguém? – O médico perguntou.

- Sim, os números liberados para ligação são o 1 e 2. O número é de um tal Taehyung.

- É irmão dela.

- E o número 2, foi o seu. – Respondeu estendendo o celular.

- Fique com isso. – O rapaz disse seco. – Me siga, por favor.

O capitão encarou o médico e não conseguiu entender nada. Apenas o seguiu conforme o outro pediu.

- É Jin,certo? – Namjoon perguntou vendo Jin colocá-la no banco de trás.

- Sim, Kim SeokJin. Muito prazer, e desculpe por isso. – Dirigiu-se ao volante. – Entre por favor.

Namjoon não entendeu exatamente o motivo, mas apenas fez como o médico ordenava. Sentou no banco do carona e puxou o cinto.

- Para onde vamos SeokJin?

- Vamos para a casa dela.

- O que você é dela, com todo respeito.

- Sou noivo, mas é uma longa história. – Jin respondeu seco.

Namjoon notou que vez ou outra o médico encarava a garota, e o semblante preocupado não desaparecia de sua face. Ainda assim, entendia menos ainda a frieza do rapaz.

Minutos depois estacionaram diante de um prédio modesto. SeokJin desceu e logo pegou a garota no colo. Subiram para o apartamento de Soo Yun.

Namjoon esperou o rapaz colocá-la na cama e quando notou a demora o seguiu para ver se algo tinha acontecido. No entanto, ficou apenas parado observando. Voltou para a sala e sentou no sofá. O rapaz logo voltou sentando numa outra poltrona.

Apoiou as duas mãos na cabeça e ficou encarando os próprios pés em silêncio.

- Disque de novo para o número 1. – Pediu de repente. – Se ele atender diga que está aqui com ela. Não mencione meu nome, por favor.

Namjoon não entendia e também não faria diferença alguma.

- Alô? Taehyung, aqui quem fala é Kim Namjoon. Você poderia vir até a casa da sua irmã? Eu a encontrei num bar e ela ficou extremamente bêbada. – Fez uma pausa. – Está bem, eu esperarei aqui.

- Pronto?

- Pronto Dr. Jin, ele está vindo para cá. – Viu o médico levantar. – Você vai me deixar sozinho com ela?

- Vou, confio em você. Se ela precisar de alguma coisa, pode pegar. E mais uma vez, não mencione meu nome. Sequer diga que me ligou.

- Não entendo seus motivos Doutor, mas não questionarei. Farei como está pedindo. Obrigada por vir!

- Eu que agradeço capitão. Até algum dia!

Namjoon viu o médico desaparecer e pouquíssimo tempo depois a porta se abriu bruscamente. Ficou pensando se eles não tinham cruzado nos corredores. Quando preparou seu discurso, fechou a boca e não conteve o riso.

- Não é possível!!! – Levantou estendendo a mão. – Olá novamente capitão Kim!

- Namjoon? – Nari chamou vindo logo atrás. – O que está fazendo aqui?

- A Capitã Lee é sua irmã? – Perguntou e Taehyung assentiu desconfiado. – Eu a encontrei num barzinho. Começamos conversar porque eu vi a farda, e então ela começou a beber. Eu alertei que parasse, mas obvio que ela não parou. Só percebi o quão ruim ela estava quando ela se levantou e caiu no mesmo lugar.

- Como achou meu número?

- É o número 1 na lista de discagem dela.

- Entendi, e como achou a casa dela? – Nari questionou.

- Ela me deu o endereço. Inclusive tenho que voltar para o bar para pegar meu carro.

- Eu te dou uma carona! – Nari oferece sorridente. – Até depois Tae, vou direto pra casa depois ok?

- Obrigado Tenente Oh. – O mais alto agradeceu e por algum motivo Taehyung se sentiu desconfortável.

- Tem certeza? – Falou para a garota que já saia. – Não acha melhor voltar para cá?

- Não, está tudo bem. Amanhã nos falamos!

- Aishhh... – Reclamou enquanto via a porta se fechar. Foi até o quarto e viu a irmã largada na cama.

Ficou pensando sobre o que teria acontecido para que Soo Yun bebesse daquela maneira. Soube que o pai vetara a missão sobre a África e ainda não tivera tempo para falar com a irmã sobre isso. Nari tomava todo seu tempo.

Nari.

Já fazia algum tempo que estavam nesse tipo de relacionamento, esse em ambos agem como namorados mas não são. Dormiam na casa um do outro, passavam quase o tempo todo juntos. Não sabia como Nari estava encarando aquela situação, mas ele estava incomodado.

Não achava correto o que estavam fazendo e sentia que em algum momento, se machucariam. Principalmente ela.

Voltou para a sala e sentou no sofá. Tombou a cabeça para trás. Respirou fundo uma, duas, três vezes. Sua vida estava uma bagunça e ele sequer sabia o porquê. Gostava mais quando a irmã era apenas uma garota fria que reagia e lidava com qualquer problema de frente. Sabia que quando ela não conseguisse lidar, ele simplesmente estaria lá.

Mas agora, quando ela não conseguia lidar, desmaiava no meio do quartel. Ou então tinha que ser carregada por um desconhecido por estar bêbada demais para caminhar sozinha.

Estava sem sono. Se Nari estivesse ali, poderiam pelo menos assistir um filme.

Suspirou.

Ficou imaginando Nari bebendo com Namjoon e depois Namjoon a levando pra casa assim como fez com Soo Yun. O que não seria ruim, ela teria a chance de se apaixonar, teria a chance de ser feliz. Diferente do que seria se continuasse com ele.

Eles não poderiam mais fazer o que faziam, obviamente. Mas tudo bem, desde que ela estivesse feliz.

Tentou lembrar da música que ela estava dançando quando chegou para busca-la. Riu sozinho ao lembrar dos pés sujos rodando pelo salão. Era uma desajeitada. Riu sozinho por um tempo e parou ao ouvir a porta destravar.

A garota entrou em silêncio, tirou o coturno na porta e sentou ao seu lado sem nada dizer.

- Qual era a música que você estava ouvindo quando eu cheguei para te buscar hoje?

- Happier. – Ela respondeu se aconchegando ao lado dele.

O rapaz a abraçou puxando-a contra o peito.

- E o que significa?

- Mais feliz.

- Sério? – Ele apertou-a contra o peito.

- ‘Ele nunca te machucou como eu te machuquei. Mas ninguém te amou como eu. Prometo que não vou levar para o lado pessoal querida. Se você está seguindo em frente com alguém novo...Pois você parece mais feliz querida, parece mesmo.’

- Hum...

Foi o que respondeu antes de se entregar ao sono. Músicas tinham mesmo esse efeito nas pessoas, principalmente quando não é escrita em sua língua.

Ou é uma droga, ou define sua vida.

...

Namjoon dirigia apenas ouvindo o som da chuva. Aquela estação estava demorando a passar. Ficou intrigado com tudo o que tinha visto naquele dia, tudo o que tinha ouvido.

Eram um tanto incomum, mas o que mais lhe intrigou foi Kim SeokJin. Tinha a impressão de que já o conhecia, só não lembrava de onde.

 


Notas Finais


~Kisses


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