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História The Red Line - Eleven


Escrita por: monkeyslover

Capítulo 11 - Eleven


ALEX POV

Eu estava voltando do bar com Arielle. A semana entre nós tinha sido difícil. Eu queria a trazer para este evento para que sejamos vistos juntos, e reforçasse para a mídia que não havia nenhuma crise, o que era uma perfeita mentira, a semana havia sido conturbada após uma discussão entre nós por que Arielle já não conversa comigo faz muito tempo, fazemos as coisas em modo automático. Somos como estranhos que estão frequentemente dividindo o mesmo teto. Eu sou sempre visto como o frio em um relacionamento mas Arielle tem usado isso com uma carta branca para fazer o que bem entende sem me dar nenhuma satisfação. Quer dizer, não quero que ela me diga sempre o que está fazendo, com quem está ou seja lá o que for. Mas se eu entrei num relacionamento foi pela cumplicidade, e não vejo problema em que no final do dia, o casal se sente a mesa de jantar, ou no sofá e converse sobre como foi o seu dia. As respostas têm sido monossilábicas, e quando nos deitamos para dormir, eventualmente quando ela está em minha casa, somos completos estranhos discutindo sobre trabalhos divergentes. Naquela manhã eu dei uma entrevista pelo arctic monkeys, outra coisa que já tinha virado rotina depois do lançamento de AM, não esperava menos, apesar de ainda não ter me acostumado com isso da mídia e dessa exposição toda que veio junto com o sucesso da banda mesmo depois de 10 anos de estrada. Acontece que essa foi diferente. Tinha uma áurea diferente. Era como se eu tivesse voltado 10 anos atrás. O primeiro contato com a Jornalista me trouxe uma sensação de nostalgia. Sabe quando você conhece uma pessoa mas parece já conhecer a muito tempo? uma espécie de deja vu melancólico. A fala dela me remetia a isso, o cheiro dela me levou a Sheffield num desses dias chuvosos os quais eu sempre odiei e tinha assumido para mim mesmo que não sentiria falta jamais, mas me remetia ao passado de um jeito bom.

Ao voltar pro lugar onde Nick, Jamie, Matt e Breana estavam, eu percebo que uma figura que não me era estranha tinha se juntado a roda, apesar de não parecer a vontade.

— Al, olha quem está aqui. 

[...]

Depois da briga com o velho nojento que estava dando em cima de Maddison, Matt e Breana me trouxeram para casa acompanhado de mil questionamentos de Arielle. Não posso tirar sua razão. Eu adimito que passei da conta. Na bebida. Nas reações. Me lembro de não ser bom em esconder sentimentos. Maddison sabia disso. Arielle também.

Ao entrar no meu apartamento, eu e Arielle andavamos em silêncio, eu tinha que criar coragem de quebra-lo.

— Você sabe que o silêncio não ajuda não é? — Eu disse parado na porta da varanda do meu apartamento enquanto Arielle se apoiava no parapeito.

— O que você quer que eu diga Alex? Que quero que você pare de beber? — Ela respondia ainda sem fazer contato comigo.

— Então você acredita que foi por que eu bebi demais? — Ainda estou com os braços cruzados encostado na porta de vidro de correr.

— E por que mais seria? eu já me acostumei. — Agora ela se virou para minha direção mas seu olhar ainda era distante.

— Claro. Você se acomodou melhor dizendo. — Eu abaixo minha cabeça. 

Eu sei que no momento eu não era o dono da moral e dos bons costumes. Tudo bem, eu aceito que nunca fui. Mas ao menos um reconhecimento de que alguma coisa eu fiz por esse relacionamento eu esperava receber de Ari. 

— Não diga que eu me acomodei Alexander, você mal tem tempo para mim. Eu me acostumei com a sua ausência e inconstância.— Arielle cuspia as palavras como se guardasse-as por muito tempo.

— Eu sinto muito se estive ocupado esses meses Arielle. Isso é meu trabalho, é a minha vida. — Eu respondi áspero. 

— Eu também tenho o meu trabalho e olha só onde eu estou, minha carreira resumida em namorada do vocalista do Arctic monkeys. — Arielle revirou os olhos despejando sua frustração

Suas palavras me atingiram como uma facada. Por um momento me fez me sentir insuficiente. Pior, é como se eu estivesse estagnando a vida dela. O peso do meu trabalho e da minha fama sempre me incomodaram, nunca estive confortável nessa posição. Me recordei dos meus 16 anos onde eu só queria tocar minhas músicas e fazer o que gostava. Minha música nunca foi um fardo para mim. Aprender a lidar com milhas de pessoas desconhecidas as quais eu devia dar carinho simplesmente por que gostavam de mim foi árduo de aprender. Mas eu sempre fui feliz e satisfeito com isso, apesar de parecer inconfortável, não o fazia por mal. Eu só estive todos esses anos aprendendo a lidar com isso.

— Você está certa Arielle. — Só fui capaz de abaixar minha cabeça e reconhecer.

— Eu sei disso... bom, quer dizer, não significa que não tenha concerto. — Arielle mudou sua expressão de nervosa a desesperada em questão de segundos, e agora estava com as mãos em meu ombro numa tentativa de resgatar algo.

— Você disse que eu não tenho tempo para você, e é verdade. Inclusive, eu preciso de um tempo para mim agora. Vou para um hotel.— Digo descruzando os braços e entrando para o apartamento.

— Alex, não precisa disso, quer dizer, não é a primeira vez que conversamos sobre isso né? —

— Mais um motivo para eu não ficar não é? acho que essa situação está ficando saturada. Não é por mim Arielle, é pelo que eu venho sendo pra você, eu não quero te atrapalhar mais, nós dois precisamos de um tempo para pensar. Não se preocupe, eu só preciso de um tempo sozinho, esvaziar a cabeça e pensar.

Eu disse isso e fechei a porta atrás de mim deixando Arielle sozinha no meu apartamento.





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