História The Redemption - 2x22 Always and Forever

Hayley viu a sala se esvaziar rapidamente e viu quando Kol saiu pela porta, provavelmente indo atrás da onde quer que Klaus houvesse levado Davina.

- Elijah - ela chamou antes que a única pessoa que ainda estava ali, sem ser ela, subisse o primeiro degrau - O que está acontecendo?

O nobre original se virou para a mulher que um dia havia sido o grande amor da sua vida e não conseguiu encara-la nos olhos. Ele limpou a garganta que arranhava como se houvesse engolido areia e fechou os olhos por um segundo, antes de abri-los novamente e se aproximar:

- Hayley - ele chegou perto, mas respeitou o equilíbrio que ainda tinha à certa distância - O que eu signifiquei para você um dia?

Hayley piscou algumas vezes como se não tivesse entendido a pergunta dele, mas ela havia entendido, só se recusava a acreditar que isso realmente estava acontecendo. Elijah estava perguntando a ela sobre o passado? Isso era realmente sério?

- Elijah.. Você sabe que eu estou com seu..

- Com meu irmão. Eu sei.- ele a encarou e assentiu - E eu respeito isso, Hayley. Você e Hope tornaram meu irmão o homem que eu tento fazer dele há mil anos. Mas por favor.. - ele deu mais um passo - Por favor, me responda. O que eu signifiquei pra você?

- Você foi importante pra mim, Elijah. - ela sorriu.

Hayley jurou que viu lágrimas se formarem nos olhos de Elijah mas antes que pudesse tentar entender o que estava acontecendo, foi interrompida por Bonnie:

- Está tudo pronto. - ela olhou para Elijah, e foi nesse momento que ele viu nos olhos da bruxa que ela sabia o que iria acontecer - Eu vou começar a levantar o véu.

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Bonnie pediu para que ficasse sozinha em um dos quartos do complexo. Explicou a todos que já tinha o que precisava para canalizar poder e fazer o feitiço acontecer, mas que precisava estar sozinha para se concentrar.

Mas isso não era totalmente verdade. Ela havia mentido sobre a vó para as meninas, por que na verdade, Bonnie não precisou se comunicar com Sheila Bennett, ela mesma veio de encontro a neta, e explicou exatamente as consequências do feitiço.

Bonnie fechou os olhos e respirou fundo.

- Phasmatus recuperati ti..

- Bonnie - a voz da avó tomou o lugar e Bonnie quase sorriu quando viu o fantasma da avó se ajoelhar a sua frente - Você não vai conseguir fazer isso agora.

- Por que não?

Sheila segurou as mãos da neta e a olhou nos olhos:

- Um outro feitiço está sendo feito nesse exato momento para alguém aqui - a avó sorriu de uma maneira doce - Dê à eles um tempo para se despedir, minha criança.

E como uma criança obediente, Bonnie seguiu as ordens da avó, até que então, ela disse que era a hora certa.

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- Damon, isso não pode ser real - Elena soluçava quase que implorando - Por favor, me diga que isso não é real!

- Elena... - ele a segurou nos braços e beijou seus lábios como um pedido de desculpa.

- Eu não posso lidar com isso de novo. Isso vai me destruir! Vai me consumir! Vai acabar comigo, Damon! Isso não pode ser real, não pode! Não pode! - a garota se jogou no chão e não segurou as lágrimas.

- Eu sinto muito - ela ouviu a voz de Damon dizer quando ele se abaixou e a abraçou - Eu amo você.

Ela fechou os olhos instantaneamente e ouviu a última frase ser dita quase que como um sussurro distante. 

Quando voltou a abrir os olhos, ele não estava mais ali.

Elena envolveu o corpo com os próprios braços e disse para um quarto vazio:

- Eu também amo você, Damon Salvatore.

E não se ouviu resposta.

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- Por que está aqui, Katherine? - Stefan estava encostado na penteadeira de um dos quartos do complexo.

A duplicata, que encarava o chão sentada na cama, o olhou nos olhos:

- Você foi o amor de todas as minhas vidas, Stefan, nada mais justo que partirmos juntos, não acha?

- Esse parece ser meu inferno pessoal - ele deu de ombros.

- Prefere passar o resto da eternidade reclamando a ficar comigo? - Katherine se levantou - Isso foi rude!

- Não existe eternidade, Katherine.

- Você sabe que isso não é verdade. - uma voz que Stefan conhecia muito bem invadiu o quarto.

- Lexi? - ele perguntou não acreditando no que seus olhos estavam vendo. Ele correu até a amiga a girando em seus braços enquanto a abraçava - Talvez esse lance de paz então seja mesmo real, não é?

- Eu nunca duvidei disso - Lexi segurou a mão do amigo - É hora de ir, velho amigo.

- EI! - Katherine chamou de longe - Esse convite não rola pra mim?

Lexi deixou uma risada baixa escapar e apontou com a cabeça para trás de onde Katherine estava, e quando ela se virou, o que ela viu a chocou:

- Olá, mãe.

- Nádia.

E em segundos, o quarto estava vazio.

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Kol havia cansado de procurar por Klaus e Davina e se jogou na cama do seu antigo quarto.

- Você não é jovem demais para ficar cansado tão rápido assim? - Davina se apoiou ao batente da porta com um sorriso travesso no rosto.

Kol em um segundo se colocou de pé e puxou a garota para si roubando um beijo.

- Eu já estou com o pé na cova mesmo - ele deu de ombros e sorriu quando ela riu do seu comentário - Eu já vivi tempo demais, isso é realmente cansativo.

A garota sorriu e se jogou em cima do vampiro em um beijo apaixonado como nunca foi visto em um filme de romance, contado em um conto de fadas ou pintado em um quadro por um pintor amador.

Kol deu um chute leve na porta para que ela se fechasse, e quem estava do lado de fora nunca mais saberia o que havia acontecido ali, por que quando aquela porta fosse novamente aberta, nenhum dos dois estaria mais lá.

Isso seria um segredo.

E foi o que aconteceu. 

Ninguem nunca soube como foram os últimos momentos de Kol e Davina juntos ali, eles levaram este segredo com eles para qualquer que fosse o lugar de paz que haviam encontrado do outro lado.

Mas uma coisa era certa, nunca houve paz maior para Kol Mikaelson do que estar perto daquela bruxinha.

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Quando Klaus chegou ao complexo, ele imaginou que pela cara de todos ali na sala, inclusive Hayley, já sabiam do que estava acontecendo.

Caroline tinha os olhos vermelhos enquanto abraçava Elena, e quando seu olhar encontrou o do híbrido, ela não disse nada, mas demonstrou que sentia muito.

Como se estivessem apenas esperando o enredo final de uma peça dramática de teatro para que as cortinas se fechassem, todos olhavam para Hayley com Hope no colo, imaginando que a qualquer momento ela não estaria mais ali.

- Hayley. - Klaus a chamou do topo da escada - Preciso falar com você.

A híbrida subiu os degraus devagar, e apertando a filha contra si. Doía demais pensar que ela nunca mais veria a pequena Hope, nunca mais veria Klaus.

Entrando no quarto, ela fechou a porta atrás de si, mas não teve tempo para falar qualquer coisa, logo, Klaus a beijou, tomando sua nuca com uma das mãos, enquanto com a outra, ele se certificava de que Hope estava bem no colo da mãe.

- Você vai ficar bem. - ele sussurrou para ela quando colou a testa a dela, ainda de olhos fechados - Eu juro que vai.

Hayley abriu os olhos devagar e soltou a respiração:

- Klaus eu estou morrendo. Bonnie está agora em um quarto terminando esse maldito feitiço e quando isso acontecer, quando o feitiço acabar...eu vou estar morta!

- Hayley... - quando Klaus disse seu nome, ela o olhou. Mas o que ela viu no rosto dele, não foi dor, ele estava...

Estava sorrindo?

- Klaus.. - o desespero tomou conta de Hayley - O que é que você fez?

~Flashback on~

Klaus tirou Davina tão rápido daquele complexo que ela não pode nem reclamar quando ele a levou até a torre da igreja de Nova Orleans.

- Mas o que...

- Encontre uma falha - o híbrido apoiou as mãos em uma mesa velha que estava no centro do local - Encontre uma falha qualquer nesse maldito feitiço! Todo feitiço tem uma falha.. A natureza tem que ter..

Silêncio.

De repente o ambiente foi tomado por um completo e pesado silêncio.

- Você não está pensando no que eu estou pensando está? - Davina logo se pronunciou, não acreditando no que seus olhos estavam vendo estampado no rosto original do híbrido.

- É preciso equilíbrio, não é? - ainda se apoiando na mesa, Klaus ergueu a cabeça para que seu olhar encontrasse o da menina - Se a natureza quer uma vida, daremos isso à ela.

~Flashback off~

- KLAUS! NÃO NÃO NÃO - Hayley gritou, e logo se arrependeu porque ainda em seu colo, Hope ameaçou chorar. - Você não fez isso!

- Hope precisa de você, Hayley!

- Ela precisa do pai dela, Klaus! Do PAI DELA - Antes que ela pudesse impedir, um soluço escapou de sua garganta.

- Hayley, apenas fique comigo agora - Klaus deu um passo a frente e ergueu o queixo da híbrida para mantê-la presa em seu olhar - Apenas isso.

--

Hayley e Klaus, que estava com Hope nos braços, desceram as escadas e encontraram o olhar de Marcel, Rebekah e Elijah terrivelmente perdidos no andar de baixo. Eles sabiam que com a audição vampira, todos haviam escutado a conversa que os dois tiveram lá em cima:

~Conversa on~

- Eu ainda não quero acreditar nisso, Klaus - Hayley sacudiu a cabeça enquanto olhava o híbrido brincar com a filha - Por que você simplesmente não me deixou ir? Por que você não seguiu a ordem natural das coisas?

- Eu estou vivo há mil anos, Hayley - ele sorriu quando a criança mordeu seu dedo -  E eu nunca fui tão feliz em mil anos como fui desde que eu tive vocês duas comigo.

Hayley se ajoelhou no tapete onde ele estava:

- Eu não quero perder você.

- Você merece viver, Hayley - ele levou a mão até o rosto dela e acariciou o local - Você ainda vai ser muito feliz, eu juro.

- Eu mereço viver com você, Klaus - ela disse baixinho com lágrimas nos olhos - Você vai se sacrificar por mim! Você deveria ficar aqui e cuidar da Hope, ela merece conhecer você e saber tudo o que você fez por ela.

- Você pode falar sobre mim para ela - ele sorriu de um jeito tímido, pela primeira vez, Klaus estava verdadeiramente abrindo seu coração - Conte à ela a verdade sobre mim ou as pessoas farão isso.

Eles passaram mais alguns minutos ali até que decidiram que era hora de dizer adeus, mas depois que Hayley saiu pela porta, Klaus deixou uma pequena carta em cima da cama. 

Ele sorriu.

Ela se lembraria dele.

~Conversa off~

- Nik - Rebekah o abraçou.

Klaus acariciou o cabelo da irmã sem dizer nada, ela sempre fora sua preferida de todas as garotas no mundo. E ele poderia partir feliz, se Rebekah fosse feliz. O híbrido olhou para Marcel, e ele entendeu o recado, apenas assentiu, mas Klaus viu lágrimas se formando nos olhos do vampiro.

Elijah se manteve estável como uma pedra do outro lado da sala, mas Klaus não desperdiçaria a última chance de trocar uma palavra com seu irmão, que apesar de tudo sempre esteve buscando o seu melhor mesmo quando ele mesmo não acreditava.

- Elijah. - ele se aproximou do irmão.

Elijah não disse uma palavra se quer, apenas o abraçou.

O híbrido se voltou para Hayley e sorriu:

- Agora eu preciso me despedir da minha garota.

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Em um outro cômodo, Bonnie escutou a avó:

- Agora é a hora certa, Bonnie - Sheila acariciou o rosto da neta - Tem certeza de que não quer se despedir?

- Eu já fiz isso muitas vezes, vovó.

- Dessa vez será definitivo, Bonnie.

- Não, vovó - a garota sorriu fraco, enquanto com uma das mãos ela segurava o que parecia um grimório, com a outra ela apertou a mão da avó - Quando se trata de todos nós, nunca é de fato um adeus.

Sheila não poderia estar mais orgulhosa de sua neta, antes de fechar os olhos novamente para terminar o que havia começado, Bonnie sentiu que algo a puxava, era hora de partir, mas do outro lado, se escutavam passos firmes que pareciam estar correndo na escada para vir de encontro ao quarto:

- Caroline e Elena - Bonnie sorriu antes de olhar uma última vez para a porta ainda fechada.

Mas quando as duas amigas chegaram ao quarto e abriram a porta, a única coisa que conseguiram escutar foi o barulho do grimório caindo no chão, fazendo um som alto naquele quarto já vazio

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Hayley fechou a porta do quarto e colocou Hope no berço.

Seus olhos estavam vermelhos, e ela não conseguia parar de chorar.

Um envelope branco chamou sua atenção em cima da cama. Ela se sentou e logo conheceu aquela letra.

- Klaus... - ela sussurrou com um meio sorriso no rosto mas com lagrimas nos olhos. 

Hayley abriu o envelope e logo seu coração se encheu de amor:

~Carta~

Você foi paciente comigo. Você viu bondade em mim e foi a luz que me guiou pela escuridão.

Quando achei que estava cego pelo ódio e pela raiva, você me trouxe de volta.

Quando eu pensei que meus demônios estavam me consumindo, você foi a minha salvação.

Quero que entenda, que o que eu fiz, é por você. Por você e pela Hope. Eu fiz por amar vocês e por achar que a minha filha merece saber o quanto a mãe dela é forte e incrível, porque eu pude ver isso.

Quando ela crescer, conte a ela que eu amei e que sempre a amarei, que em um momento de perda, eu preferi ir ao invés de deixar que a mãe dela partisse, porque o meu amor era egoísta demais para aceitar perder a mulher da minha vida. Conte a ela, em um desses contos de fadas que ela com certeza gostará de ouvir, que Nova Orleans era uma terra encantada, que existia um rei apaixonado por um linda rainha, e que deste amor, a mais linda princesa de todas nasceu.

Eu nunca vou vê-la crescer, ter filhos, viajar e viver aventuras mas eu posso imaginar o quão linda ela será.

O meu único pedido, Hayley, é para que seja feliz. Quero que você e Hope tenham a melhor vida e por favor, não se esqueçam de mim. Quero que lembrem que, não importa onde eu esteja, o meu coração sempre estará com vocês, e vocês sempre estarão comigo.

Eu te amo, little wolf.

Para sempre,

Seu Klaus.

~Fim da carta~

Ela nunca o esqueceria.

Ele sempre estaria com ela.

Sempre e para sempre.