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História The Rise of The True Lord - Capítulo 14


Escrita por: AllyLittleWolf13 e _TiuLucifer

Notas do Autor


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Capítulo 15 - Capítulo 14


Logo no almoço, Hogwarts teve um assunto grande para fofocar, que não era Hadrian. O Daily Prophet escreveu uma manchete sobre uma tentativa de roubo em Gringotts. O que, por si só, era uma loucura e suicídio. Todos sabiam que era impossível roubar o banco dos goblins. Hadrian, por outro lado, recebeu uma carta do seu pai, que surgiu do nada no seu colo.

 

Hadrian, meu querido filho.

Tome cuidado em Hogwarts, pois a Pedra Filosofal que Albus Dumbledore tinha guardado aqui em Gringotts foi retirada por um funcionário da escola. Eles estão começando a se movimentar, por algum motivo que não sabemos ainda. Mas isso, com certeza, é um plano de Dumbledore. E como sabemos, ele é um perigo iminente que está apenas esperando o momento certo para atacar.

Por favor, não se exponha a perigos desnecessários. Como Nyx disse, você deve trilhar seu caminho para conquistar seu destino, mas não posso deixar de me preocupar com você estando tão longe de nós. Então, por favor, se cuide. Saiba que seu pai e sua mãe te amam e você é a alegria em nossas vidas. Então tome cuidado, faça muitos amigos e, talvez, amantes (não diga para sua mãe que eu escrevi isso) e seja feliz, pois você merece.

Com amor, seu incrível pai.

 

Hadrian sorria bobamente para as últimas frases da carta. Como ele amava seus pais, doía estar tão longe deles. Não comer a deliciosa comida de sua mãe, não brincar com seu pai, ou apenas ficarem todos sentados na grama apreciando a paz e tranquilidade do Reino Goblin.

— É dos seus pais? — Draco perguntou num sussurro, se aproximando de Hadrian.

— Sim. — O garoto entregou a carta para o amigo. — Acho que o tal corredor proibido tem relação com a Pedra. — Hadrian admitiu.

— Será que foram alguns seguidores de Você-Sabe-Quem que tentaram pegá-la? — Perguntou temeroso, devolvendo a carta depois que leu seu conteúdo.

— Não sei. — Hadrian suspirou, deitando sua cabeça no ombro do amigo. — Mas acho que isso vai cair sobre minhas costas depois.

— Vai ficar tudo bem, Hazz. — Draco segurou uma mão do amigo, acariciando seu dorso. — Eu estou aqui com você.

— Obrigado. — O moreno sorriu para Draco quando se arrumou e voltou a comer.

 

Pela tarde, Hadrian estava sentado perto do Great Lake com Draco e os amigos do loiro. Hadrian até que estava gostando deles, Pansy e Theodore eram divertidos e adoravam fazer drama, Blaise e Hadrian tinham longas conversas intelectuais sobre tudo e nada, e Draco ficava no meio termo, ora ele participava dos diálogos, ora ele ralhava com Theodore e Pansy por o importunarem com suas brincadeiras. Nyx estava deitada numa pedra, se aquecendo ao sol e apreciando a tranquilidade daquele período livre que os garotos tinham. Até que um enorme cão de caçar javalis correu para perto deles, pegando um graveto na grama e se aproximou de Hadrian.

— Oi, garotão. — O moreno sorriu para o animal, que deixou o graveto todo babado no seu colo e sentou na sua frente. — O que faz por aqui? — Deu o dorso da sua mão para o animal cheirar antes de acariciar lhe as orelhas.

— Olha como ele é grande! — Pansy comentou admirada, também se aproximando do cachorro. — Parece até um pônei. — O grupo riu do comentário.

— Você quer brincar, é? — Hadrian pegou o graveto lambuzado e balançou na frente do animal, que latiu alto, se colocou em pé, com a parte da frente abaixada e o traseiro para cima, balançando o rabo animadamente. Ele estava pronto para sair correndo atrás do graveto. — Muito bem... — Hadrian se levantou. — Vá pegar! — E jogou o graveto o mais longe que conseguiu. O cachorro saiu em disparada atrás do objeto, muito feliz por poder brincar.

— De onde será que saiu um cachorro muggle? — Draco perguntou curioso, olhando o animal voltando rapidamente com o graveto na boca.

— Não faço ideia. — Blaise respondeu. — Mas ele tem dono, já que está usando uma coleira.

— Será que é de algum aluno? — Theodore perguntou com uma careta ao ver Hadrian pegar o graveto babado e jogar para longe.

— Acho que não. — Pansy comentou. — Ninguém mais tem ligações de familiar, além do Hazz. Então não iriam trazer um cachorro desse tamanho para a escola.

Nyx observava seu filhote se divertindo com o cachorro. Hadrian estava rindo como uma criança normal, seu grande sorriso iluminando seu rosto. Sim, ela estava muito feliz por ver o seu filhote superando seus traumas a cada dia que se passava. Ela tinha tanto orgulho dele, da sua força para continuar vivendo, do intenso amor que tinha pela família.

Vê-lo superar sua fobia social era incrível. Ele lhe contara que os Dursley se certificaram de que ninguém fosse legal com ele. Na escolinha Duddley amedrontava e batia em quem se aproximava de Hadrian para ser seu amigo, só para depois ele e seu grupinho brincarem de "Caça ao Harry" e o baterem. Já os seus tios saiam por aí distribuindo mentiras sobre seu caráter, o que faziam os estranhos o olharem torto e serem estúpidos ao acreditarem que ele era um ladrão, mentiroso, encrenqueiro e perturbado. E quando Hadrian estava "protegido" em casa seu tio o batia, dizendo-lhe insultos e o humilhando.

— Fang, seu grande trapalhão! — O mesmo homem que os guiou pelos barquinhos se aproximou correndo do grupo. Seu rosto quase completamente escondido por uma juba de cabelos e barba longos, escuros e ondulados. Seu corpanzão grande e forte demais para qualquer humano, seus pequeninos olhinhos de besouro tinham um ar tão gentil e inocente. Hadrian sabia, era um meio-gigante, mesmo assim não vacilou em demonstrar sua surpresa pelo tamanho do homem. — Que bom que você não foi muito longe, garotão. — O homem acariciou a cabeça do cachorro. — Olá crianças, espero que Fang não tenha dado trabalho.

— Não, claro que não. — Hadrian sorriu, fazendo carinho na cabeçorra do animal. — Ele é incrível. Prazer em conhecê-lo, Fang. Eu sou Hadrian. — O cachorro latiu e lambeu a bochecha do garoto risonho.

— Oh! Hadrian? — O homem pareceu se lembrar de algo. — Nossa! Como você cresceu! Parece que foi ontem que era tão pequeno que cabia na minha mão. — Comentou alegre.

— Você já me conhece, senhor...? — Hadrian indicou que queria saber o nome do meio-gigante.

— Rubeus Hagrid, Guardião das Chaves e das Terras de Hogwarts. — Estendeu sua mãozorra para o garotinho, que a apertou educadamente.

— Prazer em conhecê-lo Hagrid. Acho que já deve me conhecer. — Coçou a nuca envergonhado enquanto desfaziam o aperto.

— Eu era amigo de seus pais. Acobertava cada encrenca que seu pai fazia por esses terrenos que até perdi a conta. Mas não conte isso pra ninguém. — Comentou num sussurro divertido, o que fez o garotinho rir. — Qualquer hora passe na minha cabana perto da Forbidden Forest para tomarmos um chá. Tenho cada história das aventuras de James para te contar.

— Pode confiar nele, filhote. — Nyx se aproximou, deslizando pelo gramado e subindo pelo corpo do garoto até repousar nos seus ombros.

— Que bela serpente você tem aí, Hadrian. — Hagrid comentou animado.

— Adorei ele. — Nyx comentou orgulhosamente enquanto se exibia para o homem.

— Ela disse que gostou de você. — Hadrian comentou divertido.

— Estou contente em ver que já está fazendo amigos. — Hagrid sorriu para os Slytherin atrás do garotinho.

— Sim. Estes são Draco Malfoy, Pansy Parkinson, Blaise Zabini e Theodore Nott. — Hadrian apresentou-os sorridente. Os Slytherin cumprimentaram o meio-gigante educadamente. A conversa foi interrompida pelo sino indicando o fim do período livre.

— Melhor vocês irem antes que fiquem com problemas. Nos vemos por aí. — Hagrid despediu-se antes de se afastar, com Fang ao seu lado.

— Ele é bem... — Pansy começou.

— Animado. — Theodore terminou.

— Nyx disse que podemos confiar nele. — Hadrian admitiu.

— Mas ele é tipo o cachorro de guarda da Cabra Velha. — Draco se levantou e sussurrou para Hadrian enquanto o grupo voltava para o castelo.

— Sim, mas eu confio em Nyx. Se ela disse que posso confiar nele, então eu confio. — Comentou determinado. Draco suspirou, sabendo que a serpente sempre estava certa.

 

A aula de Defesa Contra as Artes das Trevas era, no mínimo, desconfortável. Hadrian, sempre que estava perto do professor Quirinus Quirrell ele sentia sua cicatriz arder e uma dor de cabeça o incomodar. Além disso, o homem era muito estranho, um cheiro estranho o impregnava, sua gagueira e comportamento acovardado pareciam tão falsos, sem contar que ele sempre olhava para Hadrian de uma maneira estranha. Parecia que ele tinha um profundo ódio por ele, mas tentava disfarçar. Hadrian estremecia só de imaginar o que se passava pela mente daquele homem perturbado. Parecia um maldito pervertido nojento.

Quando as aulas acabaram, e ainda restavam alguns minutos antes do jantar, Hadrian arrastou Draco até a cabana de Hagrid, pois ele queria saber tudo sobre seus falecidos pais. O meio-gigante morava numa casinha de madeira na orla da Forbidden Forest. Uma besta e um par de galochas estavam à porta da casa. Quando o moreno bateu à porta eles ouviram uma correria frenética e latidos ferozes. Depois, a voz de Hagrid dizendo:

— Para trás, Fang. Atrás. — A cara barbuda de Hagrid apareceu na fresta quando a porta se abriu. — Espere aí. Para trás, Fang. — Ele os fez entrar, lutando para segurar com firmeza a coleira do enorme cão. Havia apenas um aposento na casa. Presuntos e faisões pendiam do teto, uma chaleira de cobre fervia ao fogão e a um canto havia uma cama maciça coberta com uma colcha de retalhos. Hadrian fez uma nota mental em presentear o homem com algo melhor. Ele sabia como era sentir frio e não ter com o que se cobrir. — Estejam à vontade. — Falou Hagrid, soltando o cachorro, que pulou imediatamente em cima de Hadrian e começou a lamber lhe as orelhas. Como Hagrid, Fang não era tão feroz quanto se esperava.

— Viemos lhe fazer uma visita. — Hadrian disse a Hagrid, que fora despejar água fervendo num grande bule de chá e arrumar biscoitos num prato. Os biscoitos quase quebraram os dentes deles, mas os garotos fingiram gostar e contaram a Hagrid como tinham sido as primeiras aulas deles. Fang descansou a cabeça no colo de Hadrian e cobriu suas vestes com saliva. Nyx, com ciúmes, foi se aconchegar no colo do loiro.

— Quanto àquela gata, Madame Norris, às vezes eu tenho vontade de apresentar o Fang a ela. Sabe que todas as vezes que vou até a escola ela me segue por toda parte? Não consigo me livrar da gata. E Filch, aquela guitarra velha, que manda ela fazer isso.

— Nyx quase a estrangulou quando a viu pela primeira vez, achando que seria um ótimo lanche. — Hadrian comentou sorrindo. Os garotos haviam se familiarizado com o meio-gigante. Draco havia deixado o seu preconceito de lado e aproveitou a companhia.

— Você tinha que ver o Hazz nas aulas. — O loiro comentou orgulhoso. — Ele é incrível. Não tem dificuldade alguma em nenhuma matéria, até parece que já as dominava.

— Eu nem sou tão bom assim. — O moreno corou e olhou para sua mão acariciando a cabeça do cachorro.

— Ta brincando? Nem a Granger e o Zabini unidos são páreos para você. Até na parte teórica você se dá bem. — Os olhinhos de Hagrid, que mais pareciam dois besouros, cintilaram em orgulho.

— Ah, Hadrian. Seus pais ficariam muito felizes em vê-lo ser tão bom na escola. — As lágrimas escorreram de seus olhos e desapareceram no meio de sua barba.

— Me conte mais sobre eles, Hagrid. Por favor. — O garotinho pediu docemente.

— Claro. Sim. Deixe-me ver. — O homem secou as lágrimas e pareceu pensar por uns instantes. — Lily era uma garotinha muito fofa com seus cabelos cor de caju e olhos verdes como os seus no meio de um rostinho com sardas. Vejo que as suas são bem clarinhas. — Sorriu com carinho. — Bom. Ela era uma ótima aluna da Gryffindor. Inteligente, alegre, fazia amizade rápido, e era espirituosa. Ela era melhor amiga de Severus Snape. Acredite se quiser. Seu pai, James, tinha um grupinho de quatro. Ele, Sirius Black, Remus Lupin e Peter Pettigrew estavam sempre arrumando confusão. Na verdade, era mais o seu pai e Sirius. Peter ficava com eles só por serem populares. E Remus era um garoto inteligente, não perderia seu tempo com coisas fúteis. Mas James e Sirius eram muito maldosos com várias crianças, principalmente o Snape. Lily sempre o defendeu, mas alguma coisa mudou. Eles brigaram feio um dia, quando Lily defendeu Snape de uma brincadeira maldosa de James. Mas então eles fizeram as pazes novamente. Mais tarde seus pais se apaixonaram. Lily trazia o melhor lado de James e Sirius, parecia que ela era a única que conseguia domá-los. — Riu com as lembranças. — Seus pais eram boas pessoas, Hadrian. Por mais que cometessem erros, como qualquer humano, eles eram bons. E nunca duvide deles, pois eles te amaram, deram suas vidas para o proteger. — As lágrimas voltaram a escorrer pelo seu rosto. — E-eu lembro quando recebi a mensagem de Dumbledore. Fui o mais rápido que pude até sua casa em Godric's Hollow. Estava destruída, você estava chorando tanto Sirius era quem o tirou dos escombros do seu quartinho, você era tão pequeno e frágil. Sirius não queria o deixar, ele estava tão preocupado com você. Mas Dumbledore me mandou levá-lo até ele, então eu insisti para que Sirius me entregasse você, ele relutou, mas enfim cedeu e foi atrás de Peter. Ah, Hadrian. Eu sinto muito, garoto. — O garotinho se levantou desajeitado e abraçou o homem que se debulhava em lágrimas.

Depois disso eles ficaram conversando sobre tudo e nada, até que os garotos tiveram que voltar para o castelo para o jantar.

— Você está bem? — Draco perguntou hesitante.

— Sim. — Respondeu com um sorriso fraco. — Pelo menos descobrimos algumas coisas sobre aquele dia. — Nyx apertou-se levemente nos ombros de Hadrian, o transmitindo conforto.

— Teremos que trabalhar para abrir os olhos de Hagrid. — Draco segurou a mão do amigo para o confortar.

— Sim, ele ainda está cego pelas mentiras da Cabra Velha. — Eles se acomodaram na mesa da Slytherin no Salão Principal. — Mas vejo que ele é uma boa pessoa. Só está sendo manipulado, como vários outros.

— Não se preocupe com essas coisas agora. — O loiro sorriu-lhe docemente. — Você precisa comer direitinho, se não sua mãe me mata. — Hadrian riu, o que fez Draco sorrir.

— Obrigado por sempre estar ao meu lado. — Uma imensidão verde e uma tempestade elétrica se encararam intensamente.

— Sempre. — Draco admitiu, ambos sentindo os peitos quentinhos devido a um sentimento, até então, desconhecido pelos dois. Sentimento esse confundido com a amizade.



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