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História The Rise of The True Lord - Capítulo 24


Escrita por: AllyLittleWolf13 e _TiuLucifer

Notas do Autor


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Capítulo 25 - Capítulo 24


Outubro chegou, espalhando, pelos jardins, uma friagem úmida que entrava pelo castelo. Ginny Weasley estava muito estranha. Reclusa, pálida, parecia exausta, assustada e amedrontada. O entusiasmo de Marcus Flint pelas sessões de treinamento regulares, só se intensificou, razão por que Hadrian pôde ser encontrado, no fim de uma tarde de sábado tempestuosa, nas vésperas do Halloween, voltando para as Masmorras, encharcado até os ossos e coberto de lama. Draco havia sido chamado por Marcus para discutirem algumas regras de reservas, então Hadrian voltava sozinho para o castelo. Nyx não estava com ele, pois detestava voar.

Mesmo exausto do treino, seus nervos estavam à flor da pele com a voz que escutara nos corredores. Quem havia falado? Ou o que havia falado? Iria matar alguém? Seria Voldemort agindo mais uma vez? Seria Dumbledore tentando matá-lo? Eram muitas perguntas sem respostas.

Hadrian encontrou Nearly Headless Nick, eles conversaram sobre o mesmo não ter sido aceito num grupo para fantasmas decapitados, Filch arrastou Hadrian para a sua sala por sujar os corredores de lama, e foi lá que o garoto descobriu que o velho zelador era um aborto e estava tentando aprender magia por cartas. Nick convenceu Peevs a fazer barulho na sala acima deles e livrou Hadrian de uma detenção. No fim, o Slytherin compareceria no aniversário de morte de Nick.

Abortos são pessoas que tem, ao menos, um pai bruxo, mas não desenvolvem poderes mágicos. São vistos com desprezo por sangues-puristas e até mesmo por alguns mestiços e "traidores do sangue". O Ministério da Magia não mantém registros de abortos, um sinal de desrespeito geral na sociedade bruxa para com eles.

 

— O que tanto lhe aflige? — Neville perguntou preocupado, atraindo a atenção de Draco para o semblante contraído de Hadrian.

O grupo divergente de amigos estava aproveitando um dia ensolarado nos campos de Hogwarts. Todos estavam sentados em uma rodinha na costumeira árvore perto do Great Lake. Hadrian estava encostado no tronco da árvore, Draco estava deitado ao seu lado, com a cabeça em suas coxas, Neville estava do outro lado do moreno, seguido por Hermione e Blaise discutindo algo sobre transfiguração; Pansy, Ron e Theodore estavam jogando uma partida de Exploding Snap; e Nyx estava no meio deles, aproveitando o sol em suas escamas.

— Tem algo estranho acontecendo. — O moreno sussurrou enquanto passava uma mão pelo cabelo para o tirar do rosto.

— Estranho como? — Draco preguntou cauteloso.

— Ruim. Algo ruim está acontecendo e eu não sei o que é. — O moreno olhou para o lago.

— Você não tem que se responsabilizar por tudo, Hazz. — Neville segurou-lhe uma mão, o dando conforto.

— Eu tenho quando sou o único parselmouth nessa escola que sabe que tem algo circulando pela escola e deseja matar pessoas. — Seus intensos olhos verdes se focaram nos castanhos de Neville.

— O que você quer dizer com isso, Hadrian? — Draco sentou-se e encarou o amigo.

— Eu escuto algo falando em parseltongue pelos corredores. — Inconscientemente Hadrian segurou a mão de Draco também. — Ela quer matar. Eu não sei onde está, não sei como achá-la, ela sempre acaba me escapando. Nyx me manda correr para o lado contrário, eu não sei o que fazer.

— Nós temos que falar com Dumbledore, não? — Neville perguntou inocentemente.

— Não! — Hadrian olhou-o com medo, soltando a mão de Draco e agarrando as duas mãos de Neville em um aperto desesperado. Neville olhou com surpresa aqueles vórtices verdes encarando-o com medo e desespero. — Não, ele não. Por favor, Nev. Você tem que me prometer que não vai confiar nele, me promete que não vai correr até ele e me trair. Por favor, Nev. Você é um dos meus melhores amigos, não posso te perder. — Nesse instante Hadrian estava com os olhos marejados e um nó na garganta o fazia falhar na fala.

— Hadrian, eu... — Neville procurou ajuda de Draco, ele não sabia o que estava acontecendo. O que levou Hadrian a ter esse ataque de medo de Dumbledore? O que aconteceu?

— Dumbledore é mau. — O platinado confidenciou. — Ele machucou o Hazz, não é confiável. — Neville arregalou os olhos e focou-os no moreno.

— Eu confio em você, Hadrian. Não irei atrás de Dumbledore, não acreditarei nele e nem irei trair sua confiança. Você é o meu primeiro amigo, você foi o único que falou comigo, o único que foi legal e gentil. Você me salvou e me protegeu. Eu devo minha vida a você, Hadrian. Eu sempre estarei do seu lado.

— O-obrigado, Nev... — Ele não se segurou. Com um imenso sorriso nos lábios, atirou-se nos braços de Neville, abraçando-o fortemente. — Obrigado por não me abandonar. Obrigado por seu meu amigo.

— Eu sempre estarei aqui, Hazz. — Neville retribuiu o abraço com um sorriso nos lábios. Aquela estranha quentura surgiu nos peitos dos dois garotos enquanto seus corações palpitavam alegremente. Draco desviou o olhar com algo entalado na garganta.

 

Quando a noite caiu, mais uma vez Hadrian e Nyx se esgueiravam pelos corredores do castelo. O garoto já havia lido sobre as Criptas Malditas, que foram encontradas por volta de 1984. Então Merlin escondeu algo nelas? O que ele teria colocado lá? Ao chegar num corredor do quinto andar, Nyx indicou a parede falsa.

— Revelio. — Hadrian sussurrou e a parede maciça de pedras desapareceu, mostrando uma escadaria. — Lumus.

— Tome cuidado, filhote. — Nyx advertiu enquanto Hadrian subia as escadas.

Uma grandiosa porta de madeira dava a passagem para um corredor escuro, o fogo nas tochas mal iluminava o local. O frio era cortante, a respiração quente do garoto virando uma fumaça de vapor diante dos seus olhos. Um arco grandioso no final do corredor chamou a atenção de Hadrian. Mas o que o intrigou era o fato de uma névoa espeça e congelante impedia sua visão de focar-se em algo.

— Filipendo! — Assim que Hadrian lançou o feitiço, a névoa se dispersou no ar até desaparecer. Dando a visão de uma parte completamente congelada do corredor. Grandiosas estalactites e estalagmites afiadíssimas de gelo pendiam do teto e irrompiam do chão. A porta no final muito bem trabalhada em gelo e um grandioso floco de neve destacando-se no centro. Hadrian lançou um feitiço aquecedor nele e em Nyx. Assim que o garoto tentou se aproximou, a porta começou a atacá-lo. — Protego! — Um escudo de magia formou-se na sua frente antes que o gelo o atingisse. — Incendio! — Fogo irrompeu da ponta da varinha de Hadrian e atingiu a porta, o gelo derreteu instantaneamente. Hadrian havia lido sobre o Cavaleiro de Gelo que guardava a Cripta, ele sabia o que viria a seguir.

Assim que o gelo derreteu, as portas foram abertas com um estrondo quando um cavaleiro irrompeu por ela, ele era coberto de gelo e empunhava uma espada que soltava Fiendfyre conforme ele a brandia. Hadrian esquivou-se dos primeiros golpes com um pouco de dificuldade, ele precisava treinar mais seu físico caso começasse a sair em aventuras arriscadas assim o tempo todo.

— Incendio! — Mais uma vez as chamas saíram de sua varinha, logo atingindo o Cavaleiro em cheio. Hadrian nunca havia percebido o tamanho do seu poder ofensivo até aquele momento, pois o Cavaleiro simplesmente caiu imóvel no chão. Foi? Simples assim? Nenhum desafio maior? Ele nem havia suado. Nem estava cansado.

 Só eu acho que foi fácil demais? — Nyx olhou ao redor.

 Talvez ele não tenha se recuperado da última vez.

 Ou você que é poderoso demais.

Hadrian adentrou a câmara. Não havia mais gelo algum, era uma sala hexagonal, e no centro havia uma coluna brilhando através dos vidros. Na primeira vez que abriram o local, dentro da coluna havia uma varinha quebrada e um livro. Mas não eram de Merlin. Então onde ele havia escondido a próxima pista ou um tesouro?

— Revelio. — Os vidros na coluna abriram-se como uma flor desabrochando, no centro não havia nada. Já haviam levado o livro e a varinha quebrada. Será que era aquilo que Merlin havia deixado? Tudo o que havia feito foi em vão? Hadrian estava imerso em dúvidas quando viu o centro que ligava os vidros se elevar, ali dentro havia um pequenino pedaço de madeira, escura como carvão. Vagarosamente o garoto se aproximou e pegou o objeto na mão, analisou com cuidado, era do tamanho do seu dedo mínimo e um pouco mais grossa que o seu polegar, a madeira era completamente preta e muito vem trabalhada e esculpida. — É só isso? Eu me matei de procurar um pedacinho de madeira? Tá de sacanagem com a minha cara, Merlin?! Vou dar uma voadora na cara desse velho!

 É uma peça, Hazz. — Nyx comentou como se soubesse de algo.

 Como assim?

 Ela precisa absorver a sua magia para lhe levar para outra pista.

— Mais sangue? — Suspirou descontente.

 Não. Você apenas deve manter com você esse pedaço o tempo inteiro e nunca o perder.

 E como você sabe que é isso que eu devo fazer?

 Eu não posso te contar, filhote. Você deve confiar em mim. — Hadrian olhou nos olhos de seu familiar e suspirou.

Ele havia aprendido a confiar nos conselhos de Nyx, ela era uma serpente mágica, possuía conhecimento de coisas que Hadrian nem imaginaria. Ela sabia o que era aquele pedaço de madeira, sabia também sua história. Mas Hadrian precisava descobrir e enfrentar isso sozinho, precisava conquistar por si mesmo.

 Tudo bem. — Guardou o pedaço de madeira em um bolso da calça, colocou o capuz da Capa da Invisibilidade e selou o local enquanto voltava para as masmorras. E mais uma vez Hadrian escutou ao longe aquela mesma voz misteriosa.

 Estou com tanta fome... Deixe-me estraçalhar sua carne... Me saciar com o delicioso gosto do seu sangue... ­— E então, pela segunda vez, a voz desapareceu. De onde vinha essa voz?

 

No Halloween, às sete horas, Hadrian, Nyx no seu pescoço, e seus amigos da Slytherin, Foram para a festa de aniversário de morte de Nick. Fora uma noite... Interessante. Eles conheceram Myrtle, um fantasma que assombrava o banheiro feminino, ela era... Emocional. Em certa altura da noite, os Slytherin estavam morrendo de fome e frio.

— Não dá para aguentar muito mais que isso. — Murmurou Theodore, os dentes batendo, quando a orquestra tornou a entrar em ação, e os fantasmas voltaram à pista de dança.

— Vamos. — Concordou Hadrian. Os cinco saíram em direção à porta, acenando com a cabeça e sorrindo para todos que olhavam, e um minuto depois estavam andando depressa pelo corredor cheio de velas.

— Talvez o pudim ainda não tenha acabado. — Comentou Blaise esperançoso, seguindo à frente em direção à escada do saguão de entrada. E então Hadrian ouviu.

 Rasgar... Romper... Matar... — Era a mesma voz. A mesma voz gélida e assassina que ouvira pelos corredores. Ele parou quase tropeçando, apoiando-se na parede de pedra, escutando com toda a atenção, olhando para os lados, apertando os olhos para ver nos dois sentidos do corredor mal iluminado.

— Hadrian, que é que você...?

— É aquela voz de novo. Fiquem quietos um minuto...

— Tanta fome... Tanto tempo... — Seus amigos pararam, observando-o. — Matar... Hora de matar... — A voz foi ficando mais fraca. Hadrian tinha certeza de que estava se afastando, se afastando para o alto. Uma mistura de medo e excitação se apoderou dele ao fixar o olhar no teto escuro; como é que ela podia estar se afastando para o alto? Seria um fantasma, para quem tetos de pedra não faziam diferença?

— Por aqui! — Gritou ele e começou a subir correndo as escadas para o saguão. Não adiantava querer ouvir nada ali, o vozerio na festa do Salão Principal ecoava pelo saguão. Hadrian subiu correndo a escadaria de mármore até o primeiro andar, com os amigos nos seus calcanhares.

— Hadrian, que é que estamos...

— SHIU! — Hadrian apurou os ouvidos. Longe, vinda do andar de cima, e cada vez mais fraca, ele ouviu a voz:

 Sinto cheiro de sangue... SINTO CHEIRO DE SANGUE! — Hadrian sentiu um aperto no estômago...

— Vai matar alguém! — Gritou ele, e sem dar atenção aos rostos perplexos dos amigos, subiu correndo o lance seguinte de escada, três degraus de cada vez, tentando escutar apesar do barulho que seus passos faziam... Hadrian precipitou-se pelo segundo andar, Draco e os demais ofegantes atrás dele, e não parou até entrar no último corredor deserto.

— Hazz? — Chamou Draco, enxugando o suor do rosto. Pansy soltou uma súbita exclamação, apontando para o corredor.

— Olhem! — Alguma coisa brilhava na parede em frente. Eles se aproximaram lentamente, apertando os olhos para ver através da escuridão. Alguém tinha pintado palavras na parede entre as duas janelas, que refulgiam à luz das chamas das tochas.

 

A CÂMARA SECRETA FOI ABERTA

INIMIGOS DO HERDEIRO, CUIDADO

 

— O que é aquilo? — Perguntou Blaise, com um ligeiro tremor na voz.

Havia uma enorme poça de água no chão, e, ao saltarem para trás com espanto, espalharam água por todo o lado. Pendurada pelo rabo em um suporte de tocha, totalmente enrijecida e com os pelos arrepiados, os olhos arregalados fixos no nada, estava Madame Norris, a gata do zelador. Durante alguns segundos, ninguém conseguiu se mover diante da cena. Então Theodore falou:

— Vamos dar o fora daqui.

— Será que não devíamos tentar ajudar... — Começou a dizer Hadrian, sem jeito.

— Confie em mim. — Disse Theodore. — Não podemos ser encontrados aqui.

Mas era tarde demais. Um ronco, como o de um trovão distante, informou-lhes que a festa terminara naquele instante. De cada ponta do corredor onde estavam, ouviram o barulho de centenas de pés que subiam as escadas, e a conversa alta e alegre de gente bem alimentada; no instante seguinte os alunos entravam aos encontrões pelos dois lados do corredor. A conversa, o bulício, o barulho morreram de repente quando os garotos que vinham à frente viram o gato pendurado. Hadrian, Draco, Pansy, Blaise e Theodore estavam sozinhos no meio do corredor, e os estudantes que se empurravam para ver a cena macabra se calaram.



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