— Vocês vão continuar fingindo que são seguidores de Dumbledore. — Tom comentou para os Weasley quando todos, menos o “grupo de Hogwarts” se reuniram para ver o progresso de Hadrian com a fisioterapia. — Ele confia em vocês e nunca duvidaria da sua lealdade. Seria bom termos vocês do nosso lado quando a guerra vier.
— Eu vou precisar de uma poção calmante sempre que eu ver aquele desgraçado. — Molly fechou os punhos fortemente.
— Acho que Severus poderia providenciá-las para você. — Maray comentou docemente. Mais pessoas se juntavam ao lado deles. Não era nem o lado da luz nem o lado das trevas. Eles estavam no meio termo, o lado cinza. Luz e trevas unidas e equilibradas.
— Quando Hagrid chegará? — Ragnuk perguntou enquanto entrava na sala
— Em pouco tempo ele estará aqui. — Lucius respondeu-lhe.
— Severus nos informou que... — Começou Narcissa. — Quando ele e Remus foram confrontá-lo no dia do desaparecimento de Hadrian, ele confessou tudo o que podia. Já que Dumbledore colocara-lhe um feitiço que o impedia de falar algo “comprometedor”, e debulhou-se em lágrimas ao saber a verdade.
— Eu imaginei que ele reagiria assim. — Tom suspirou. — Pelo menos o temos do nosso lado agora. Ficará mais atento às investidas da cabra velha e não cairá em suas mentiras. — Virou-se para Lucius. — Lucius, você fez o que eu lhe pedi?
— Fiz sim, senhor. — O loiro tirou de suas vestes um colar de couro marrom sem nada. Mesmo estando em seu corpo de dezesseis anos, Lucius ainda temia o infame Lord Voldemort que o aterrorizou por muito tempo. Sem contar que Tom era o “líder” na ausência de Hadrian. Fora ele quem organizara os planos de resgate e comandara a todos nas buscas pelo menor. Lucius não iria cometer o erro de estar do lado ruim do humor de Riddle. — Ele está enfeitiçado para aquecer-se quando Dumbledore mentir ou tiver más intenções. — Tom pegou o colar e o analisou.
— Perfeito. Assim Hagrid saberá identificar as mentiras do velho. — Segurou o objeto.
— O único problema é o temperamento explosivo dele quando está com raiva. — Molly comentou.
— Disso cuido eu. — Tom sorriu sádico.
— Não se esqueça que ele é um amigo muito importante para Hadrian. — Maray comentou com um sorrio divertido.
— Só um susto não deve fazer nada. — Piscou galanteador para a goblin, que só balançou a cabeça de um lado para o outro.
— E como está Hadrian? — Molly perguntou.
— Ele está se recuperando rapidamente. — Tom anunciou com um sorriso nos lábios. — Não está tendo mais pesadelos ou terrores noturnos. Está mais solto e brincalhão. Ele estará completamente saudável em poucos dias. — Todos sentiram as alas dos terrenos estremecerem quando um novo ser se aproximava. — Nosso convidado chegou. — Todos levantaram-se.
A figura maciça de Rubeus Hagrid, o meio gigante, foi vista assim que os elves abriram as portas de entrada. Tom sorriu-lhe com os olhos brilhando perigosamente. Quando Hagrid encarou Tom, ele quase desmaiou.
— E então o Swooping Evil se afeiçoou a mim e eu acabei o levando comigo no bolso e ele me protegia de alguma coisa quando achava que alguma ameaça estava se aproximando. — Newt contava animado para o garoto de intensos olhos verdes.
Os dois estavam a horas sentados na mesa nos jardins traseiros da mansão, os pratos e xícaras de chá sendo reabastecidos por Dobby conforme o tempo passava. O “diário” de Hadrian jazia aberto sobre a mesa enquanto o garotinho anotava novas informações que o magizoologist o contava de suas aventuras. Nyx e Hera estavam enroladas uma na outra e descansavam no calor aconchegante do sol enquanto Hadrian escrevia em seu “diário” e dialogava com o senhor.
— Swooping Evil são criaturas muito mal compreendidas.
— Como sempre. — O garoto revirou os olhos e Newt sorriu enquanto olhava para as serpentes adormecidas. Lembranças de si mesmo anos atrás o saudando com nostalgia.
— Aqui. — Começou a remexer em suas roupas. — Este é um de seus bisnetos. — Estendeu a mão e um pequenino casulo verde com espinhos estava pendurado entre os dedos do bruxo. O casulo era oval e do tamanho de uma bolinha de tênis, tinha as nervuras/aberturas como a carapaça de um tatu-bola.
Newt sorriu ao ver os olhos do garoto brilhando, então jogou o casulo para cima e a pequena bolinha se expandiu se transformando numa criatura que parecia uma borboleta extremamente grande, de 1.8 metros de uma asa a outra. No lugar de uma cabeça comum, ele tinha um crânio de lobo, apenas os ossos e nenhum músculo ou pele o cobrindo. Suas asas eram pontiagudas; sua carapaça verde é resistente ao ponto de desviar alguns feitiços; toda sua parte interna (o lado contrário da carapaça verde) era de um couro maleável (como as asas de um morcego) e em um lindo tom de azul royal; seu tronco tinha uma mistura de cores que parecia uma galáxia estrelada; as bordas de suas asas escureciam do intenso azul para um preto profundo; cada asa terminava em uma cauda alongada, que se misturam com a sua cauda; além das asas ele não possuí nenhum outro membro saliente.
— Brilhante! — Hadrian sorriu enquanto via a criatura voando ao redor deles.
— Talvez... — Newt começou. — Mais tarde eu possa te mostrar minha maleta. — Comentou com um falso desinteresse. O que fora arruinado quando o garoto à sua frente parecia brilhar de alegria.
— Sério? — Hadrian desatou a falar num folego só. — Eu vou poder entrar sua maleta? Quantas criaturas você tem lá? E vai ter Nundus, Graphorns, Occamies, Fwooper, Doxies, Glow Bugs, Diricrawls, Marmite, Erumpentes, Runespoors e... — A risada divertida do velho bruxo o cortou.
— Acalme-se, Hadrian. — Newt olhou brevemente para os olhos do garoto antes de desviá-los para o Swooping Evil que ainda sobrevoava os campos. — Sim, você conhecerá todas as criaturas que estou tratando no momento, e tenho certeza de que até um Kelpie hostil iria te adorar. — Comentou divertido.
— Você acha? — Perguntou esperançoso. — Eu achei incrível como você domesticou um sem usar magia. Usou apenas uma corda e o montou. — Mais uma vez os olhos azuis de Newt miraram brevemente os verdes antes de focarem na phoenix, que uma vez fora de Dumbledore, rodopiava alegremente ao redor do Swooping Evil brincalhão.
— Não foi nada fácil. — Admitiu num suspiro. — Mas eu nunca gostei de usar magia com as criaturas, muito menos quando é para domesticá-las.
— Se bem que os nifflers exigem uma convocação de coisas brilhantes caso você queira a atenção deles. — Hadrian brincou ao notar um niffler de pelo cinza tentando roubar-lhe o colar de Sol. Newt riu enquanto via o garoto pegar a criatura nas mãos e brincar com a criaturinha muito interessada em seu colar brilhante.
— Mestre, Hadrian. — Dobby surgiu ao lado do garoto com um “pop”. — Sua presença é requisitada na sala de estar, senhor Hadrian. — O garoto sorriu para o seu house-elf favorito.
— Obrigado, Dobby. Você poderia levar minhas anotações para o meu quarto, por favor.
— Claro, Dobby fará, senhor Hadrian. — Fez uma reverência exagerada e rapidamente acatou ao pedido do amigo enquanto Hadrian virava-se Newt.
— Gostaria de me acompanhar? — Perguntou enquanto se levantava, ainda fazendo carinho no niffler.
— Claro, só deveria pegá-lo de volta. — O velho bruxo olhou para o Swooping Evil.
— Deixe-o se divertir um pouco. — Hadrian sorriu ao ver Fawkes e o Swooping Evil brincando no ar. — Acredito que nada aqui irá machucá-lo, e ele também não parece muito inclinado a ferir alguém.
— Vamos então. — Newt indicou a mansão.
— Vocês vão ficar aí? — Hadrian se virou para as serpentes preguiçosas.
— Como se ela fosse tirar os olhos de você por um segundo. — Hera brincou enquanto as duas se desenrolavam e rastejavam para seguir o garoto.
— Oh, cale a boca. — Nyx murmurou emburrada. A serpente preta estava em seu tamanho original, e Hera encolheu até ficar com um tamanho um pouco menor que o da companheira.
— Certo. — Hadrian soltou uma risada nasalada antes de acompanhar Newt até o interior da mansão, os dois bruxos, obviamente, voltaram a falar sobre criaturas mágicas.
— Seja bem-vindo, Rubeus Hagrid. — Tom sorriu sádico.
— Como você...
— Isso será explicado depois. — Tom ergueu uma mão para calá-lo.
— O-onde está o Hadrian...? — Perguntou já se debulhando em lágrimas.
— Ele está bem. Está descansando no momento. — Tom indicou a sala de estar. — Vamos nos sentar para conversarmos melhor. — Guiou o grupo, logo assumindo a sua poltrona que costumava usar e esperou todos se juntarem a ele. Tom lançou uma ala de privacidade no ambiente. Mesmo que não precisasse, Tom Riddle era uma pessoa muito desconfiada. — Antes de tudo devo iniciar as apresentações. — Indicou o casal de ruivos. — Molly e Arthur Weasley. — Indicou o casal de loiros. — Narcissa e Lucius Malfoy. — Indicou o casal de goblins, que não se preocuparam em se esconder atrás de um charm. — Ragnuk e Maray Vryrirt, pais do Hadrian. — Narcissa deu um lenço grande para Hagrid secar suas lágrimas. O meio gigante estava perdido com o fato de goblins serem pais de Hadrian, mas perguntaria depois.
— O-brigado. — Agradeceu, concentrando-se em parar de chorar. — Mas como você... Você é... Quero dizer, você era... Mas... — Hagrid encarou incrédulo o garoto que causou sua expulsão.
— Admito que cometi um erro ao te incriminar pelos ataques em Hogwarts. — Tom suspirou, isso iria doer terrivelmente no seu ego, mas por Hadrian ele o faria. — Mas só estou fazendo isso porque você é importante para Hadrian. — Hagrid franziu o cenho. — Resumidamente eu e Hadrian somos horcruxs do Dark Lord Voldemort. — Todos ofegaram e arregalaram os olhos. — No segundo ano de Hadrian, quando a Câmara Secreta foi aberta novamente, meu diário, onde eu residia, estava, de alguma forma inexplicável, em posse de Ginny Weasley. — Molly soltou um solucinho triste ao lembrar-se da filha falecida. — Sinto muito por isso, senhora Weasley. — Olhou para a mulher. — Eu não tinha controle sobre o que fazia. Quanto mais ela usava o diário, eu ia me alimentando de sua magia e vida. Hadrian tentou salvá-la. Mas era tarde. Me desculpem por isso. — Molly se levantou e abraçou o garoto com carinho. Isso o assustou, o deixando completamente paralisado. Ele nunca esperou que receberia um abraço de mãe. Muito menos de que ele o fizesse tão bem.
— Não é sua culpa, querido. — Ela beijou-lhe a testa com carinho. — Você pode ser o passado do Dark Lord. Mas você mudou. Pude ver que você não é como o seu outro “eu”. E fico feliz em saber que se arrepende de seus atos. Mesmo que seja para fazer Hadrian feliz. — Sorriu carinhosamente. — Agora pode prosseguir. — Voltou ao seu lugar e limpou suas lágrimas. Tom se recompôs e continuou.
— Hadrian e eu, quando ele estava com a posse do diário, acabamos nos tornando uma espécie de “amigos”. Nyx me deu um corpo e eu vim morar com os Malfoy. Hadrian forjou a destruição de um falso diário para fingir que ainda é uma arma de Dumbledore. O verdadeiro está seguro comigo. — Recostou-se na poltrona. — Eu sou um eco do passado. Ainda sou Tom Marvolo Riddle. Não sou totalmente Voldemort. Graças a Hadrian eu pude ver os grandes erros que iria cometer se continuasse a seguir aquele caminho. — Olhou para o meio-gigante. — Então, Hagrid, é assim que eu “estou aqui”.
— Se precisam de testemunhas, nós que convivemos com ele o ano inteiro. — Narcissa brincou sorrindo maternalmente para o garoto. — Tom realmente mudou. Posso afirmar isso, pois conheci o Dark Lord e sua loucura que o consome. Tom mudou para melhor. Graças a Hadrian.
— E-eu... — Hagrid olhou para os pés. — Vou te dar uma chance, Riddle. Mas se você sair da linha...
— Nem precisa se preocupar com isso. — Tom comentou divertido. — O próprio Hadrian me lançaria uma maldição. — Sorriu. — Agora. Suponho que você esteja curioso sobre o envolvimento de Ragnuk e Maray com Hadrian. — Indicou para que o goblin assumisse a palavra.
— Hadrian chegou ao nosso banco quando tinha apenas sete anos. Ele havia fugido da casa dos tios abusivos. Ele foi instruído por Nyx, que lhe encontrou por acaso, até o Diagon Alley para pedir um Teste de Herança. Goblins veem as crianças como o bem mais precioso, acima até das riquezas. E saber tudo o que ele havia passado, e ainda assim continuou sendo um garotinho doce e educado... — Seus olhos negros miraram os da esposa com carinho enquanto suas mãos se juntavam. — Fazíamos de tudo para vê-lo sorrir; velávamos seu sono para que os pesadelos não o incomodassem; vê-lo brincar livremente com as outras crianças goblins era reconfortante, pois ele estava liberto do terror que fora o seu passado...
— Então... — Maray sorriu para o marido quando ele não conseguiu mais falar devido a emoção entalada em sua garganta. — Conforme os dias foram passando, acabamos nos apaixonando pelo garotinho incrível que ele é. Ouvi-lo nos chamar de “mamãe” e “papai” ainda é tão avassalador quanto no primeiro dia que ele pediu permissão para nos chamar assim. Nosso pequeno filhote. — Os goblins sorriram divertidos um para o outro ao verem seus olhos lacrimejantes.
— Acredito que ele está seguro e feliz com vocês. — Hagrid sorriu para as criaturas. — Fico feliz em saber que vocês estavam lá por ele.
— Sempre estaremos. — Ragnuk prometeu ao vento. Eles nunca permitiriam que algo acontecesse ao seu amado filho.
— Bom. — Tom atraiu a atenção de todos para si. — Nós estamos aqui para conversarmos sobre as mentiras de Dumbledore. Remus e Severus já o explicaram tudo. Então queremos lhe dar um presente por se arrepender de acreditar no velho. — Estendeu sua mão e fez o cordão flutuar até o homem barbudo. — Esse colar irá lhe avisar se Dumbledore estiver mentindo ou te manipulando com más intenções.
— Oh. Muito obrigado. — Hagrid colocou o objeto em seu pescoço e o escondeu com as roupas e a barba.
— Sabemos que você vê o bem em tudo e todos. Mas realmente existem pessoas ruins no mundo. — Arthur sorriu para o amigo.
— Como encontraram Hadrian? — Hagrid perguntou hesitantemente. E assim toda a história foi contada. No final, o meio gigante estava debulhando-se em lágrimas enquanto bradava xingamentos.
— Você pode se divertir com os muggles. — Tom sorriu sádico. — Estão presos logo abaixo dos nossos pés.
— Eu vou adorar fazê-los pagar por tudo o que fizeram com Hadrian! — Hagrid limpou suas lágrimas.
— Chamaram-me? — Hadrian perguntou inocentemente quando conseguiu entrar pelas barreiras de Tom. — Abaixe essa barreira, Tom. Meu núcleo mágico ainda está enfraquecido e passar pelas suas alas é desgastante. — O mais velho obedeceu e se aproximou do namorado, logo beijando-lhe a testa e o pegando nos braços. — Tom! — Suas bochechas coraram violentamente.
— Você está se recuperando. Não deveria se esforçar. — Colocou o menor sentado em sua poltrona. Newt se sentou perto dos goblins enquanto as serpentes subiam no encosto da poltrona de Hadrian.
— Já faz três semanas que eu estou muito bem. — Hadrian fez manha, se afundando no assento e acariciando o niffler. Tom suspirou e abaixou-se na sua frente, tocando-lhe o rosto com carinho.
— Eu entendo, mas você não pode se esforçar.
— Correção: você é superprotetor e me trata como se fosse uma pétala de flor. — Comentou emburrando. Tom sorriu e beijou-lhe a testa.
— Você me conhece tão bem. — Sussurrou-lhe docemente.
— Como está se sentindo, filho? — Maray perguntou carinhosa. O garoto, definitivamente, estava muito melhor. Só o seu núcleo mágico ainda estava se recuperando.
— Ótimo. Tenho uma equipe de enfermeiros superprotetores que entram em pânico apenas de eu suspirar. — Comentou divertido enquanto se arrumava na poltrona e recostava sua cabeça contra o quadril de Tom, que estava em pé ao seu lado acariciando seus cabelos.
— Hadrian, meu garoto! — Hagrid voltou a chorar e jogou-se de joelhos no chão. — Me perdoe! Eu permiti que aquele velho asqueroso me manipulasse! Eu te enviei para o inferno! E-eu... — Hadrian o cortou.
— Está tudo bem, Hagrid. — O menor chamou-o com uma mão e o meio gigante se aproximou apressadamente, antes de ajoelhar-se na sua frente. Hadrian colocou o niffler nas mãos de um Tom confuso ao segurar a criatura pelas axilas e bem longe do seu torso, já que ela tentava a todo custo roubar-lhe o colar de bússola. O garoto de olhos verdes abraçou fortemente o homem barbudo na sua frente. Que chorou ainda mais e tomou cuidado para não usar muita força no abraço. — Eu não te culpo. Sei o quão persuasivo Dumbledore pode ser. E você é um ser puro de espírito. — Soltou-se e colocou a mão no coração de Hagrid. — Seu coração é puro. Você não veria mal nem em uma quimera. — Sorriu enquanto limpava as lágrimas do amigo. — Eu estou bem agora. É o que importa. Não precisa se culpar por isso. Eu não o culpo. — Hagrid sorriu, Hadrian era um garoto tão forte. Tão nobre e doce.
— Obrigado. — Fora tudo o que o homem conseguiu dizer entre os soluços ao voltar para o seu lugar.
— Você já almoçou, Hadrian? — Molly perguntou. As bochechas do garoto coraram. — Pelo visto não. — Levantou-se. — Vou preparar alguma coisa para você.
— Oh, não, Molly. — Narcissa se levantou. — Você é a convidada. Não precisa disso.
— Ah, querida. Comida de mãe cheia de amor é o que o nosso pequenino precisa. Junte-se a mim. Irei lhe ensinar minhas receitas secretas. — Os olhos azuis da loira cintilaram.
— Eu irei adorar. — A loira se virou para Maray. — Suponho que sua ajuda seria essencial, querida. — A goblin sorriu para a amiga e levantou-se. As três saíram da sala, conversando animadamente sobre o que preparariam para Hadrian comer.
— Como os jornais lidaram com... Vocês sabem. — Hadrian perguntou timidamente, pegando o niffler impaciente para escapar do olhar mortal de Tom. Oras, como aquela criatura ousava tentar roubar-lhe um presente que fora dado por seu amado Sol? Um presente com tanto significado e amor.
— Na verdade, melhor do que imaginávamos. — Tom sorriu, sentando-se no braço da poltrona de Hadrian. — Rita Skeeter questionou a competência de Dumbledore e do Ministério com o seu caso. — Hadrian sorriu e fez a ponta de seu nariz tocar a ponta do focinho da criatura, que estava agradecida por finalmente escapar das garras de Tom.
— Isso é bom. Se eles continuarem questionando logo derrubaremos aqueles merdas. — Hadrian admitiu.
— Hadrian, você... — Hagrid estava confuso com tantas demonstrações de amor romântico de Hadrian e Tom, sendo que oficialmente ele namorava apenas Draco.
— Ah! — O moreno compreendeu. — Eu tenho seis lindos namorados. — Sorriu para o garoto sentado ao seu lado.
— Oh. Isso é... Inusitado. — O meio gigante sorriu. — Mas, se você está feliz, eu não irei me opor.
— Obrigado, Hagrid. — Todos sorriram. Felizes que tudo estava voltando ao normal, lentamente e com muito esforço, mas estava. Hadrian estava feliz e seguro. Cercado por aqueles que o amam e que ele ama. Com a ajuda deles ele não precisaria temer nada.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.