O MINISTÉRIO É CORRUPTO?
Por Rita Skeeter
Meus caros leitores. Chegou ao meu conhecimento, por uma carta anônima, notícias que irão abalar suas estruturas. Sirius Black, o homem condenado por matar doze muggles e Peter Pettigrew; e entregar os Potter para Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, é inocente! É isso mesmo o que vocês leram. Ele é inocente!
Sirius Orion Black foi acusado injustamente após ter sido enquadrado pelo verdadeiro culpado, o seu velho amigo de escola, Peter Pettigrew. O qual continua vivo e está foragido, e ele era o espião do Dark Lord. Mas então eu trago-lhes o verdadeiro problema: Black não recebeu um julgamento antes de ser mandado para Azkaban. Eu repito: um homem inocente foi jogado em Azkaban sem nenhuma maneira de se defender. O Ministro nunca nem tentou investigar a verdade ou lutar por ela. Isto fez com que eu me perguntasse: será que houve mais casos assim? Será que existem mais pessoas inocentes sendo tratadas como criminosos por algo que nunca fizeram? Tudo por causa da falta de vontade e inutilidade do Ministério? O que mais o Ministério está nos escondendo? Quais outras sujeiras eles jogaram para baixo do tapete?
O dia do julgamento de Sirius havia chegado. O mundo bruxo inteiro estava uma loucura sobre a negligência do Ministério. Hadrian e Lucius arrumaram-se para sair. Lucius estava com a túnica cor de ameixa com um “W” bordado em prata. Já Hadrian vestia uma calça de couro de dragão preta e justa; sapatos sociais pretos lustrados; um casaco com cauda de andorinha no estilo medieval de veludo preto com belos bordados em dourado descendo do colarinho até a cintura na parte da frente, o colarinho saliente e ombreiras que destacavam-se levemente, os punhos do casaco eram de um roxo muito escuro, com os bordados dourados, e combinando com o colete na mesma cor e com os mesmos bordados, cinco botões de esmeraldas enfeitavam à frente do colete; os cabelos penteados contrastavam-se com sua capa preta. E Sirius estava vestindo um terno e capa preta com bordados em prata.
— Pare de ser tão lindo. — Draco segurou a cintura de Hadrian possessivamente e beijou-lhe os lábios com desejo.
— Um veela teria inveja de você. — Tom chegou por trás e beijou-lhe o pescoço. Logo Hadrian foi virado para que o moreno o beijasse.
— Eu preciso ir, meninos. — Hadrian riu enquanto se desvencilhava das garras dos namorados.
— Okay. — Draco fez beicinho. — Boa sorte.
— Você vai conseguir. — Tom incentivou. Hadrian deu um selinho nos dois e deixou seu quarto, descendo para encontrar-se com Lucius, Narcissa, Sirius e Remus na sala de estar.
— Você conseguiu o Espelho de Enma Daioh? — Narcissa perguntou.
— Está comigo. — Hadrian sorriu antes de abraçar Narcissa e Remus.
— Prontos? — Lucius perguntou ao ver Nyx deslizando para os ombros do seu filhote, suas escamas negras brilhando multicoloridas conforme a luz iluminava seu corpo.
— Prontos. — Hadrian e Sirius anunciaram ao mesmo tempo.
— Vamos fazer justiça e trazer sua liberdade. — O garoto segurou a mão do padrinho, o encorajando.
— Obrigado, Hazz. — Sirius sorriu.
— Pronto para virar uma celebridade? — Hadrian brincou.
— Não. — Sirius admitiu temeroso.
— Boa sorte. — Narcissa desejou antes que os três homens atravessassem o fogo esverdeado. No mesmo instante em que eles irromperam das chamas, milhares de fotos começarem a ser tiradas e perguntas a serem feitas.
— Depois do julgamento iremos responder algumas perguntas! — Hadrian anunciou para o bando de repórteres, que logo se calaram para ouvi-lo. — Mas agora precisamos chegar no tribunal antes que percamos a hora. — Sorriu educadamente enquanto Lucius os levava para o local do julgamento.
Como Sirius era o réu, ele poderia entrar sem ter um crachá, e Hadrian já havia assumido suas cadeiras no Wizengamot, então não precisava ter sua varinha confiscada e ser tratado como um visitante. Eles encontraram-se com o advogado deles, Chester Dawson, no elevador. O homem falava sobre tudo o que precisariam estar preparados, mesmo que já tivessem tido essa conversa várias vezes. Assim que entraram no tribunal, Sirius foi colocado em uma cadeira no centro do local, envolta estavam sentados os bruxos do Wizengamot em arquibancadas circulares. Logo afrente da cadeira de Sirius estava o juiz, que seria o Ministro da Magia. Hadrian sentou-se junto aos repórteres que foram permitidos entrar enquanto Dawson assumia seu lugar como advogado de defesa.
— Muito bem! — Fudge anunciou. — Já que estamos todos aqui, podemos começar. — Todos silenciaram-se e ficaram tensos. Nyx sibilou que estava se deleitando com os cheiros de nervosismo que as pessoas estavam emitindo. — Estamos aqui hoje para reabrir o caso de Sirius Orion Black. — O escrivão já começou a trabalhar enfurecidamente com sua pena de repetição rápida, assim como os repórteres. — Passo a palavra para o advogado de defesa Chester Dawson. — Dawson levantou-se calmamente.
— Obrigado pela palavra, Ministro. — Reverenciou-o educadamente. — Há doze anos atrás o meu cliente foi acusado injustamente e preso em Azkaban sem provas concretas dos crimes que afirmavam ser ele quem cometera.
— E como você provaria a inocência do réu? — Um velho do Wizengamot perguntou presunçosamente.
— Meu cliente concordou de livre e espontânea vontade responder suas perguntas sob o efeito de Veritaserum. — Algumas pessoas ofegaram.
— Pois bem. Apliquem o soro. — Um auror jovem aproximou-se com um frasco da poção e deu à Sirius, que bebeu sem rodeios.
— Diga-nos como era sua varinha? — Amelia Bones pediu.
— Vinte e seis centímetros, núcleo de fibra de coração de dragão, madeira de cipreste, inflexível, formato quadrado, possuía runas entalhadas, levemente torcida e tinha símbolos gravados nas partes inferiores e superiores, deixando o meio liso.
— Seu nome completo e data de nascimento.
— Sirius Orion Black. Três de novembro de mil novecentos e cinquenta e nove.
— Está funcionando. — Amelia anunciou.
— Você era um servo do Lord das Trevas? — Griselda Marchbanks perguntou.
— Não.
— Você era o fiel dos Potter?
— Não. Peter Pettigrew era.
— Você matou Pettigrew e muggles?
— Não. Peter cortou seu próprio dedo, explodiu a rua e fugiu em sua forma animagus.
— É o suficiente. De o antídoto para ele. — Fudge ordenou. O mesmo auror de antes se aproximou de Sirius para administrar a poção.
— Meu cliente gostaria de mostrar mais uma prova. — Dawson levantou-se. — O senhor Hadrian Tamish Potter, tirou de seu próprio cofre pessoal da família Peverell em Gringotts um artefato muito antigo e extremamente poderoso. — Todos encaram o garoto. — O Espelho de Enma Daioh.
Todos no tribunal ofegaram e arregalaram os olhos. Hadrian levantou-se e tirou o espelho encolhido do bolso. Sem usar varinha ou pronunciar o feitiço, ele fez o objeto voltar ao seu tamanho original e pousar no centro do tribunal, onde todos conseguiam ver o seu conteúdo. Os bruxos só haviam ouvido falar de lendas sobre esses espelhos, pois havia muito poucos no mundo. Um gigantesco espelho estava diante de todos. Sua moldura dourada muito bem trabalhada com inúmeros detalhes, seu corpo tem o formato parecido com o de uma pera invertida, onde a parte de cima é mais larga que a de baixo. No topo da moldura havia um medonho rosto do Oni chinês Enma Daioh, considerado o juiz da pós vida. Mas o que mais chamava a atenção era a parte onde o vidro do espelho deveria estar, nela havia uma água negra que ondulava, como se ventos fortes estivessem interferindo em suas correntezas.
— Suponho que todos saibam sobre o que esse espelho faz. Mas irei recapitular. O Espelho de Enma Daioh funciona com o mesmo propósito de uma Pensieve. A diferença é que todos podemos ver as memórias sem termos que mergulhar na água. A imagem seria projetada no espelho e nós poderemos ouvir claramente o que estão falando. Se uma memória for falsa ou estiver modificada, sua moldura ficará preta e os olhos de Enma Daioh brilharão em vermelho enquanto a imagem fica vermelha e corroída e o áudio ficará picotado e difícil de entender.
— Muito bem. — Fudge saiu de seu torpor e olhou para um auror. — Retire as memórias do réu e coloque no espelho. — O auror se aproximou de Sirius novamente, colocou a varinha em sua têmpora, e uma linha de prata esvoaçante saiu da mesma. Logo o homem se aproximou do espelho e depositou a memória cintilante na água negra. Por poucos segundos nada aconteceu, até que todos puderam ver claramente Sirius, Peter, Lily, James e Dumbledore numa sala de estar em uma casa aconchegante. Das janelas vinham os raios solares para iluminar o local.
“Vocês precisam usar Peter como fiel. Voldemort viria até mim primeiro, pois eu sou a escolha mais óbvia. Então, se Peter for o fiel, vocês estarão seguros de Voldemort.” — A voz de Sirius foi ouvida claramente. Hadrian sentiu Nyx apertar-se em seu pescoço, ele não achava que estava pronto para isso. E ele realmente não estava. Não estava pronto para ver a morte dos seus pais.
“Mas Sirius...” — James tentou argumentar, mas sua esposa o cortou.
“Ele está certo, querido. Voldemort nunca desconfiaria de Peter.” — James suspirou e pareceu ter uma conversa silenciosa com a esposa.
“Tudo bem. Vamos fazer isso.” — Peter estremeceu enquanto o feitiço do Fidelius era feito por Dumbledore.
“Nos vemos no esconderijo para verificar se você ainda está seguro.” — Sirius bateu no ombro de Peter, que estremeceu com o toque, mas assentiu. A cena mudou, já estava de noite e Sirius havia chegado numa cabana abandonada. Estava tudo vazio, não havia sinal de luta. Peter não estava ali.
“Peter?” — Sirius chamou, procurando pela cabana e ao seu redor. — “Alguma coisa deu errado!” — Correu para pegar sua moto e partiu para a casa dos Potter o mais rápido que pode. Todos viram seu rosto coberto de pânico ao ver as proteções derrubadas e a porta escancarada, as janelas estavam escuras e tudo parecia errado. — “JAMES? LILY? HADRIAN?” — Sirius correu para a casa, seu pânico aumentando quando viu a sala de estar destruída. E então ele ouviu um choro de bebê no andar superior. — “HADRIAN?!” — Chamou desesperado enquanto corria para as escadas, mas só para se ver ainda mais apavorado e com os olhos cheios de lágrimas. — “Oh não! Não! Não! Não!” — Correu aos tropeços para o corpo caído nos degraus, agarrou James nos braços e tentou a todo custo acordá-lo, mesmo sabendo que era inútil. — “Eu sinto muito. Eu sinto muito. Eu sinto muito.” — Soltou o corpo do homem que considerava como um irmão e correu escada acima. Seu coração falhando ao ver o quarto de Hadrian destruído como se uma bomba tivesse explodido ali. — “Hadrian!” — Correu para o berço onde o bebê estava aos prantos, a testa sangrando, tentava chamar a atenção de sua mãe caída no chão. — “Oh filhote! Graças aos Lords!” — Sirius chorou enquanto estava agarrado ao bebê, nenhum dos dois fora capaz de conter o fluxo de lágrimas. O homem olhou para o corpo morto de Lily. — “Isso é tudo minha culpa. Me perdoem. Eu não deveria ter os convencido de fazer Peter o fiel. Me perdoem.” — O homem soluçou enquanto tentava acalmar o bebê. — “Peter! Aquele desgraçado covarde! Ele estava estranho o dia inteiro! Foi ele! Ele quem os entregou!” — Sirius deixou o quarto as presas. Uma figura gigantesca corria para a casa destruída.
“Sirius!” — Hagrid chamou desesperado. — “Dumbledore me contou o que aconteceu! Ele sentiu as proteções serem quebradas e me mandou vir pegar Hadrian.” — O meio-gigante soluçava e grossas lágrimas entravam na sua barba.
“Não temos tempo, Hagrid. Peter é o culpado e ele está fugindo!”
“Dê-me Hadrian aqui. Dumbledore me mandou levá-lo para um local seguro.”
“Eu mesmo posso levar o meu afilhado para um local seguro!” — Comentou ofendido.
“Não, Sirius. Você deve ir atrás de Peter.” — Sirius hesitou por alguns momentos até concordar.
“Tudo bem. Eu sou auror. Você está certo. Pegue minha moto e leve Hadrian para um lugar seguro. Por favor, cuide dele.” — Pediu enquanto entregava o bebê, que ainda chorava, ao amigo.
“Eu prometo que irei cuidar dele. Mas tome cuidado, Sirius. Hadrian precisa de você. Agora mais do que tudo.”
“Eu irei voltar para ele. Eu prometo.” — Beijou a cabeça do bebê e aparatou para onde sabia que era o esconderijo do rato. Todos viram Sirius encurralando Peter em uma rua muggle.
“VOCÊ OS MATOU!” — Peter gritou para Sirius, apontando sua varinha e fingindo estar triste. — “VOCÊ OS ENTREGOU AO INIMIGO!”
“PARE DE SER IDIOTA, PETER!” — Sirius bradou enquanto os dois começaram a lutar. Sirius era um auror e sempre fora melhor do que o outro em duelos, Peter não tinha chances. — “VOCÊ OS TRAIU! TRAIU SEUS AMIGOS! COMO PODE?!”
“PARE DE JOGAR A CULPA NOS OUTROS, SIRIUS! TODOS SABEMOS QUE VOCÊ É O ESPIÃO DE VOCÊ-SABE-QUEM!” — Sirius conseguiu jogar o homem asqueroso para longe. Sutilmente Peter lançou um feitiço de confundir nos muggles e cortou o seu dedo.
“O que você está fazendo?” — Sirius se adiantou, mas Peter apenas sorriu e explodiu a rua. Transformando-se em rato e correndo para longe. Todos viram que Sirius estava atordoado pela explosão e começou a rir, uma risada louca e triste. — “Isso é tudo culpa minha. Eu condenei meus amigos à morte. É tudo culpa minha.” — Murmurava tristemente enquanto as lágrimas voltavam a escorrer. Vários aurores chegaram no local e o prenderam.
“Você vai para Azkaban!” — Um auror agarrou Sirius e o prendeu. Colocou algemas antimagia em seus pulsos, outro auror tomou-lhe a varinha e quebrou-a na sua frente. — “Você é acusado de entregar os Potter para o Dark Lord e assassinar Peter Pettigrew e vários muggles. Sem contar que quebrou a lei do sigilo.”
Eles aparataram para Azkaban. Sirius estava perdido em tristeza, estava entorpecido com tudo o que ocorria ao seu redor. Eles entraram na grandiosa construção de um castelo negro em uma ilhota no meio do Mar do Norte. Os dementors estavam ao redor, animados com a nova alma que haviam recebido. Alguns aurores conjuraram um Patronus que os acompanhou até a cela de Sirius, eles trocaram suas roupas para as listradas com um acenar de varinha e jogaram-no na cela fria e escura.
As cenas passavam aceleradas, mostrando os anos que Sirius passou em Azkaban. Até que chegaram a sua fuga como um cachorro. Ele nadando pelo mar agitado, quase se afogando pela exaustão. Mas nunca desistindo de chegar à costa com vida. Ele vendo Hadrian e Draco entrando no Knight Bus. Ele vivendo na Forbidden Forest, Crookshanks o conhecendo, eles se comunicando. Sirius invadindo o castelo para pegar Peter, procurando Hadrian desesperadamente, e então o resgatando e cuidando dele, depois o levando até os Malfoy. E então o fatídico dia que Peter escapou. Eles viram tudo o que havia acontecido até que Sirius desmaiou à beira do lago onde os dementors o atacaram.
Todos no júri estavam entorpecidos com as evidências. As emoções tão fortes que Sirius sentiu. O desprezo pela injustiça. A compaixão pelo amor do homem pelo afilhado e amigos. O ódio por Peter. A mistura de sentimentos os deixou confusos. Mas Hadrian e Sirius eram os únicos que choravam. Sirius, pois rever tudo aquilo de novo era doloroso demais. Hadrian porque viu seus pais mortos e o sofrimento de seu padrinho. Sem contar que Dumbledore haviam manipulado Hagrid até mesmo no dia da morte dos seus pais! Ele poderia ter uma vida completamente diferente se Sirius tivesse se recusado a entregá-lo à Hagrid. E, aparentemente, Nyx deu um jeito de que a parte onde Hadrian usou magia negra em Peter não aparecesse nas memórias sem interferir no espelho.
— Suponho que isso seja prova suficiente para inocentar o meu cliente. — Dawson comentou, tirando as memórias do espelho, devolvendo-as para Sirius, encolhendo o espelho e fazendo-o voltar para o bolso de Hadrian.
— Como está a saúde mental dele? — Uma velha perguntou.
— Aqui estão os relatórios dos mediwizards que trataram do senhor Black. — Dawson fez com que pastas surgissem na frente de cada um do Wizengamot. — Como podem ver, meu cliente está incrivelmente bem para uma pessoa que passou doze anos em Azkaban e não cedeu à loucura.
— Nós, do Wizengamot, iremos discutir sobre o réu. — Fudge levantou uma barreira de privacidade entre ele e os outros lordes. Nyx fazia o possível para confortar Hadrian, suas palavras doces estavam funcionando, ele estava se acalmando. Depois de alguns minutos, Fudge desfez a barreira e olhou para todos. — O Wizengamot concorda em... Inocentar Sirius Orion Black de todas as acusações. — Bateu o martelo. Sirius soltou um suspiro de alegria e Hadrian chorou com um sorriso imenso nos lábios. — Ele irá pagar uma multa de vinte mil galleons por ser um animagus ilegal. E deverá ser listado pelo Ministério. Também receberá uma generosa quantia do Ministério pela negligência que sofreu.
— Obrigado, senhor Ministro. — Sirius ofegou alegre, as correntes que o algemavam na cadeira se abrindo e caindo com um eco alto.
— Dispensados. — Todos do Wizengamot começaram a se retirar. Os repórteres tiravam fotos e escreviam freneticamente. Lucius se aproximava de Sirius, mas Hadrian levantou-se num pulo e correu para o padrinho, logo agarrando-o num abraço apertado.
— Conseguimos! Conseguimos! — Hadrian chorava despreocupadamente no ombro do homem, que o apertou fortemente contra seu corpo.
— Conseguimos, Hazz! Nós conseguimos! — Os dois choravam de alegria, sem perceberem os repórteres se aproximando com perguntas frenéticas.
— Suponho que vocês já possuem todas as respostas para seus artigos. — Lucius os afastou.
— Muito obrigado senhor Dawson. — Hadrian se afastou do padrinho e apertou a não do advogado.
— Foi um prazer trabalhar para você, senhor Potter. — Sorriu-lhe docilmente. — Enviarei uma carta com o valor final do meu serviço.
— Claro. Muito obrigada. — O garoto estava radiante. — Até mais.
— Até. — Dawson despediu-se de Sirius e Lucius com apertos de mãos felizes e logo se retirou.
— Vamos para casa, Hazz. — Sirius abraçou mais uma vez o garoto.
— Sim. Vamos para casa. — Hadrian afastou-se e os dois seguiram Lucius para fora do Ministério. Ignorando os repórteres ao seu redor.
— Amanhã vamos ao Diagon Alley comprar uma varinha nova e pegar o seu anel de herdeiro. — Hadrian sorriu para o homem moreno.
— Obrigado, Hadrian. Eu não sei se teria sido inocentado sem a sua ajuda. — Segurou a mão do garoto com carinho.
— É para isso que a família serve. — Hadrian abriu ainda mais o sorriso. — Aliás. Onde você vai morar agora que é livre?
— Sinceramente, eu não sei. — Suspirou. — Não quero voltar para a casa onde passei minha infância. Péssimas lembranças.
— Você pode ficar na mansão conosco. — Lucius sugeriu. — Temos espaço de sobra e você ficaria perto de Hadrian.
— Eu não quero ser um infortúnio. — Corou. — Mais do que já sou.
— Não diga isso. — Lucius sorriu amigavelmente. — Você é da família. Se quiser encontrar outra casa, pelo menos fique na mansão enquanto procura outro lugar. Sim? — Sirius olhou para o afilhado, que o estava direcionando o maior olhar de cachorrinho pidão que conseguia.
— Por favor, Sirius. — Hadrian pediu manhoso. O animagus sorriu e suspirou.
— Eu não consigo dizer não para você, filhote. — Beijou-lhe a testa. — Okay. Eu aceito ficar na Malfoy Manor por um tempo.
— Isso! — Hadrian abraçou-o com força. Tudo estava perfeito. A família estava toda junta. Felizes. Nada poderia estragar essa alegria que eles sentiam. Eles estavam juntos e felizes. Tudo estava perfeito.
Mas o destino sempre tem um jeito de destruir tudo o que é bom. E é sempre doloroso, quase assassino. O desespero viria acompanhado de um banho de sangue e desespero.
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