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História The Roommate - Chapter Four


Escrita por: jookyunaa

Notas do Autor


Olá!!!
Voltei e espero que seja com estilo.
Queria dizer que me sinto muuuuito feliz por estarem gostando da estória, sério. A cada comentário empolgado que vocês dão alguém aqui sorri muito largo kkk
Ah! E obrigada por terem ido conferir a divulgação da Oneshot também.
Boa leitura!!!

Capítulo 4 - Chapter Four


- Alô? - Jaebum perguntou pela terceira vez seguida, após sua ligação ser atendida. - Jooheon, você 'tá aí?

- Ah! Alô. - Jooheon respondeu um pouco desconcertado, ainda estava raciocinando sobre as hipóteses dos motivos de estar recebendo a chamada do Im. - Por que 'tá me ligando, Jaebum?

Foi curto, mas o tom curioso em sua pergunta não deixou que fosse grosso. Nunca conviveu diretamente com Jaebum, apesar de terem estudado na mesma sala durante um tempo do ensino médio. Não que fossem antipáticos entre si, apenas não viam um ao outro como o tipo de pessoa que estaria em sua lista de amigos.

- Estou bem, Jooheon, obrigado por perguntar. - Ironizou pelo fato do Lee não ter feito questão de fazer rodeios por educação, mas o mesmo permaneceu em silêncio do outro lado da linha. Suspirou, sem graça, e tornou a ficar preocupado ao lembrar-se do porquê da ligação. - O Changgie me disse que dividem o quarto. - Foi direto, sem se apresentar, já que percebeu que o outro tinha seu número salvo dos contatos. Vestígios de participarem de grupos de WhatsApp de turmas em comum no ensino médio.

Jooheon prendeu a respiração por um momento, já imaginando o ômega o dedurando para o irmão. Não que tivesse medo de Jaebum (apesar do mesmo ser um alfa de imponência admirável), mas tinha certeza de que o próprio faria questão de ir até o campus para tirar satisfações. E Jooheon, como um jogador que prezava seu lugar no time da universidade, temia qualquer tipo de confusão. Sabia que Im Jaebum era a personificação da expressão pavio curto.

- Eu só quero saber se ele 'tá bem. - Jaebum continuou a dizer após uma pequena pausa, despertando o Lee de seus devaneios. - Liguei pra ele ontem à noite, como de costume, mas ele não atendeu. Pensei que talvez ele tivesse saído ou estivesse dormindo e liguei hoje mais cedo. Ele não atendeu de novo, e insisti diversas vezes. - Suspirou profundamente. - Enfim, desculpa estar te ligando assim, do nada, sei que não somos amigos, mas como você é roommate dele pensei em te perguntar se ele está bem ou se aconteceu algo que o magoou ontem.

Jooheon ouviu tudo nervosamente, mordendo o lábio inferior enquanto escorava a cabeça na parede do corredor. Sabia o motivo de Changkyun não atender aos telefonemas do hyung, mas também tinha consciência de que se contasse Hoseok estaria frito, além de si próprio também correr o mesmo risco do amigo devido ao jeito que tratara o ômega na noite trágica.

O alfa de covinhas percebia de longe que Jaebum realmente era o protótipo de hyung alfa superprotetor. Não sabia o que o Im mais velho havia visto o ômega passar e sofrer, então pensava ser apenas cuidados comuns entre irmãos.

- Ele parece estar bem, Jaebum. - Mentiu após refletir brevemente. - Deve ter esquecido o celular no silencioso ou algo do tipo.

- Eu também pensei nessa hipótese, mas o Changgie nunca esqueceria dos nossos telefonemas... Ele não gosta de dormir sem ouvir um "boa noite" ou até mesmo um "eu te amo" sinceros.

Ele não dormiu, era o que Jooheon teve vontade de dizer. Sentiu-se incomodado, novamente, por lembrar o porquê do ômega não ter dormido.

Ah, sua consciência estava pesada, por mais soubesse que o maior errado da história era seu melhor amigo, Shin Hoseok.

- Devo parar de expor meu dongsaeng. - Jaebum sorriu sem graça, após perceber o silêncio do outro alfa. - Se não for abuso demais, posso te pedir um favor?

- Pode. - Revirou os olhos enquanto respondia naturalmente.

- Diga ao Changgie pra me ligar, porque 'tô preocupado.

Jooheon pôde escutar um "pede pra ele me ligar também", vindo de uma voz que não sabia se era feminina ou masculina; seguido de uma voz grossa, aparentemente de alfa, que dizia: "Jae, diz pro seu irmão que se ele não retornar a ligação eu corto Netflix".

O Lee não pôde deixar de rir baixinho com as vozes, deduzindo serem dos pais dos irmãos Im. Percebeu Jaebum resmungar algo com os que lhe interromperam, e logo em seguida ficou sério novamente.

- Enfim, obrigado. - Jaebum disse em um tom divertido ao outro, sendo respondido por um "não tem de quê" e encerrando a chamada em seguida.

- Amor, sabe que ele assiste muito mais Dramafever, Netflix não vai fazer tanta falta assim pra ele. - Jaebum observou seu omma dizer calmamente ao "alfa pai", da casa.

Seus pais estavam no sofá maior da sala, com o ômega nos braços do mais velho. Enquanto Jiyong assistia à um dorama que passava na TV, seu marido, totalmente desinteressado em ouvir novamente o nome Lee Min Ho, somente acariciava os fios alaranjados do amado.

O filho que os observava, admirava a forma como o casal se amava mesmo depois de 20 anos de casamento, pareciam até mesmo adolescentes vivendo o primeiro amor.

- Jae, eu e seu pai vamos visitar seu irmão nesse fim de semana. 'Tô morrendo de saudade dele e quero ver pessoalmente que ele está bem. - Jiyong comentou, meio sonolento pelo carinho que recebia de SeungHyun. - Só não visito ele no outro sábado também porque eu vou aproveitar minha folga e consultar. - Continuou. Seu trabalho como professor do jardim de infância o dava folgas em fins de semana, ou em dias como o de hoje, em que escola estava de greve.

- Eu já disse que não concordo em você tirar o útero, Ji. - O alfa de pele amorenada comentou, vendo o marido fazer um bico enorme com os lábios.

Jaebum riu soprado, aquele era o único assunto que fazia os pais brigarem de forma mais grave, mas sabia que em minutos o maior pediria desculpas. Jiyong não queria mais ter filhos, então pensava em retirar o útero para não tomar mais anticoncepcionais, mas SeungHyun teimava em dizer que o professor deveria repensar, pois tirar um órgão é um procedimento arriscado. Como alfa, se sentia inseguro por pensar em seu ômega em frente ao bisturi de um cirurgião, por mais que seu amado insistisse em rebater que também sentia medo só de vê-lo vestindo um colete à prova-de-balas, e que ainda assim não o impedia de nada. Porém, quem via SeungHyun agindo de forma manhosa para fazer as pazes com o marido após a briga, nem dizia que o mesmo era um policial.

- Omma, não é melhor colocar aquela coisa?... - Jaebum questionou, ficando em duvida sobre o nome da "coisa". - É DIU? Isso, DIU! Tirar o útero é muito radical.

- Quê? - Jiyong perguntou, indignado, saindo dos braços do marido para olhar bravo o filho. - Me fala pra colocar isso porque não é você que vai ter que ficar colocando e tirando de seis em seis meses uma âncora do c... - Antes que terminasse a palavra nada doce, o policial tampou a boca do menor.

O ômega usou toda força que tinha para retirar a mão alheia de seus lábios, por mais que o outro não estivesse colocando nem metade da sua.

Alfas eram irritantemente mais fortes.

Olhou nervoso para o mais velho, mudando a feição para manhosa em seguida e fazendo um bico com a boca.

- Não quero ter que continuar tomando essas drogas de anticoncepcionais todo dia, Seunggie. Ter mais filhos na minha idade acabaria comigo. Já tenho quarenta anos, não tenho órgãos de um jovem mais. - Olhava fixamente nos olhos do maior, que suspirou.

- Eu entendo, meu amor, mas conversamos melhor depois da sua consulta. - Respondeu, calmo, vendo um sorriso enorme se abrir nos lábios do ômega.

- Então você vai comigo? - Questionou, empolgado.

- Achou que eu iria te deixar sozinho? - Franziu o cenho, confuso, pois jamais deixaria seu marido ir sozinho em uma consulta que podia fazê-lo tomar uma decisão tão difícil.

- Não sei, você 'tava tão resistente à consulta. - Deu de ombros, dando um beijo na bochecha do outro em seguida. - Te amo, sabia?

- Claro que sei. - Respondeu em um tom convencido, sorrindo com as covinhas ao ver o ômega revirar os olhos. - Também te amo.

E deram um selinho.

E outro.

E outro.

- Vocês me fazem querer vomitar arco-íris. - Jaebum comentou em voz alta, risonho e levemente irritado por terem esquecido de sua presença.

- Filhote, digo o mesmo sobre você e o YoungJae. - O alfa mais velho rebateu, vendo o filho fazer uma careta.

[...]

Durante todas as aulas de seu (não tão) querido curso de Engenharia Mecatrônica, Jooheon permaneceu inquieto.

Deu graças ao céus por não ter aulas em comum com Changkyun no dia (o que costumava acontecer por ambos fazerem Engenharia), pois era justamente sobre o ômega que pensava.

Pensava se iria se desculpar com o menor, em como se desculpar e em que momento se desculpar.

Não possuía tanta facilidade em pedir perdão, já que em toda sua vida não precisou dizer tal palavra muitas vezes. Sempre foi considerado calmo, popular, bonito, inteligente... Era difícil ter desentendimentos com as pessoas. Além disso, tinha pais maravilhosos e que - por ser filho único - o mimavam bastante, então raramente discutia com os mesmos também.

- Honey, juro que se você suspirar mais uma vez eu sento do outro lado da sala. - Jackson reclamou em um tom tão baixo que se Jooheon não estivesse sentado de dupla consigo, não teria escutado.

- Eu 'tô nervoso, Jack. - Respondeu, praticamente na mesma altura da fala do amigo, não queria chamar atenção alguma dos que estavam concentrados na aula.

- Por que? - Questionou, confuso, mas logo lembrou-se das coisas que o outro alfa lhe disse um pouco mais cedo. - Ah, relaxa. Aquele ômega não parece ser de guardar rancor assim, ele vai te desculpar.

- Não é só isso, é que... - Suspirou novamente, mas dessa vez o platinado não reclamou. - Agora que parei pra pensar, também não sei como contar 'pro Seok hyung que 'tô dividindo o quarto com o Changkyun.

Jackson encarou o rapaz, um pouco indeciso se dizia o que se passava em sua mente ou não. Acontece que Hoseok e Jooheon, desde pequenos, sempre foram como irmãos, melhores amigos. Porém, ao chegar a fase mais intensa da adolescência, quando o alfa mais velho começou a ser "rodado", se afastaram um pouco. Não foi proposital, o Wang sabia, mas não os via como melhores amigos mais. Jooheon até podia ser considerado um, pois sempre se preocupou, zelou e esteve presente pelo Shin... E até mesmo exagerou, como no caso de Changkyun. Mas Hoseok, ao menos naquele momento, não era tão presente assim na vida do Lee. Fazia perguntas e falava frases como:

"Honey, topa ir na festa que o @ vai dar?"

"Honey, esqueceu a carteira? Quer que eu te pague bebidas?"

"Saeng, aceita uma carona até sua casa?"

"Aquele alfa 'tá te encarando até agora. O problema é que você nem pode arrumar confusão. Mas se quiser, bato nele."

E Jackson, como conhecia a dupla desde mais novinho, sabia que aqueles diálogos não eram mais os que deveriam ser. Pensava que Hoseok devia fazer mais perguntas como:

"Honey, você está bem?"

"Como foi seu dia?"

"Quer ir passar o dia na minha casa?"

Coisas simples, não? Sim, simples, mas que faziam toda a diferença para a amizade se manter com a mesma intensidade.

Não eram só ciúmes de Jackson, por mais que o rapaz realmente tivesse um pouco, mas também um misto de preocupação e receio. Tinha medo de como Jooheon reagiria ao perceber somente ele estava sendo o melhor amigo da história.

[...]

Como havia tido menos aulas que o normal em um dia, Changkyun teve mais tempo livre naquela tarde. No entanto, o que para quase a totalidade dos alunos seria um presente, para o ômega era um castigo.

Castigo porque quanto mais tempo livre tinha, menos descanso mental seus pensamentos lhe davam.

Sabia que estava abatido demais para um dia que parecia tão bonito lá fora, então fez o possível para se animar, mas nada que adiantasse de forma considerável.

Até procurou Kihyun depois de ser liberado, ficou um pouco preocupado por não lhe ver na aula e pretendia cultivar aquela amizade que crescia aos poucos, mas Hyunwoo atendeu a porta e lhe disse (com um semblante levemente tristonho) que o rosado havia ido pra casa, o cio havia chegado.

Também tentou fazer uma chamada de vídeo com YoungJae - seu cunhado e melhor amigo - porém o rapaz não pôde conversar consigo por muito tempo, tinha que ir trabalhar.

A única coisa que conseguiu o animar um pouco foi, sem dúvida, a conversa que conseguiu ter com seus pais e seu irmão, por ligação. No início da chamada de voz, levou uma boa bronca do pai por ter "sumido", mas depois o mesmo que lhe puxou a orelha o fez sorrir com suas brincadeiras. Já Jiyong não repreendeu o pequeno, apenas tentou o fazer se sentir melhor, seu coração dizia que os "estou bem, omma" que Changkyun soltava não estavam sendo sinceros. Diferente dos pais, Jaebum foi insistente em tentar fazer com que o dongsaeng desabafasse, porém acabou desistindo e se contentou com o pensamento de que conversaria pessoalmente com o irmão em poucos dias.

No fim, depois de matar parte da saudade da família, Changkyun ficou sozinho. Tentava se distrair em alguma página da internet, mas quando logava em redes sociais, dava de cara com alguma mensagem de Hoseok. Kakao, LINE, WhatsApp, Instagram, Twitter... E não abriu nenhuma, sabia que ali teriam repetitivos pedidos de desculpas vagos, falsos.

Quando se deu conta, chorava como havia o feito na noite passada. Lembrava-se com tantos detalhes, que parecia estar vendo a cena ao vivo novamente. Queria que sua mente apagasse a forma safada que Hoseok segurava a cintura daquela beta, o beijo afoito que os vira trocar, e até mesmo o olhar arrependido do alfa após ser pego no flagra. Os dois primeiros que queria esquecer era devido a imagem que criara de Hoseok: o rapaz carinhoso, atencioso, que o dizia que Changkyun era o único para o qual tinha olhos.... Foi por esse Shin que o ômega havia se apaixonado, não pelo traidor que descobrira. Doía saber que amou por tanto tempo uma figura projetada.

Em meio aos pensamentos confusos e dolorosos de sua mente, Changkyun adormeceu, meio desajeitado, em sua cama do dormitório. Estava cansado, não havia conseguido dormir na noite anterior, então sequer acordou quando Jooheon chegou no quarto.

O alfa franziu o cenho ao reparar o ômega dormindo em um sono que parecia tão pesado, mas se permitiu suspirar abatido ao lembrar-se que o garoto havia amanhecido com olheiras enormes. Deduziu que o Im não tivesse conseguido pregar os olhos por ter se entristecido demais com a traição do "ex".

Analisou Changkyun dormindo, e dessa vez não quis se bater por sentir seu coração apertar pela tristeza aparente alheia, e sim por se lembrar de ter sido tão arrogante com um ser que aparentava ser tão ingênuo.

"Ingênuo a ponto de acreditar que era único para Hoseok", pensou.

Suas reflexões foram interrompidas pelo abrir da porta, e arregalou os olhos ao ver quem estava abaixo do batente da mesma.

Hoseok intercalava o olhar confuso entre um Jooheon assustado e ...

- CHANGKYUN? - Não segurou o grito ao reconhecer o ômega, que acordou em um pulo. Encarou novamente o outro alfa, ainda descrente pelo que via. - O que o Changkyun está fazendo no seu dormitório?


Notas Finais


Eitaaaaa!
Vai rolar barraco?
Kkkk
Enfim, não sei.
Mas viram que o nosso Honey ficou arrependido, não é? Já é um bom começo.
Quero declarar aqui amo a família do Changkyun, escrevi a cena deles sorrindo KKK sério, GTOP é meu amorzinho.
Sem mais blá blá blá, espero que tenham gostado do capítulo, pois me esforcei pra escrever, tanto que demorei porque dava uns brancos de criatividade do nada 🙁
Até a próxima!!!


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