A lua cheia tomava conta do céu. A noite estava realmente linda.
- Tem certeza? – Perguntou King espantado.
- Com certeza... – Disse Escanor na sua forma humana.
- Eu também percebi isso. – Disse Merlin.
- Se segurando? E mesmo assim não teve muitos problemas com Escanor? – Disse Diane.
- Mas porque vocês acham que ele se segurou? – Perguntou Elizabeth.
- Ele estava na defensiva. Apenas usando um pouco de força bruta. – Disse Ecanor.
- Meliodas estava esperando alguma coisa acontecer. Talvez ele tivesse um plano com a Igreja, por isso fez um ataque direto. – Disse King.
- Também acho. A pergunta é: O que exatamente ele quer?
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Naruto abriu os olhos e viu que seu amigo dormia na cama ao lado. Se sentou na cama, estralou o pescoço e resolveu sair do quarto. O Uzumaki caminhava tranquilamente pelo pátio da Igreja, com ataduras no tronco e no seu braço direito, com as mãos no bolso, completamente perdido em seus pensamentos.
- Uzumaki... – Disse uma voz surpresa que vinha das sombras de um dos muros de pedra da Igreja.
- Ah é você! Está fazendo vigia, Erza?
- Como sabe o meu nome? – Perguntou assustada.
- O Natsu vive te chamando, parece que ele gosta muito de você. – Disse se aproximando.
- Somos amigos desde a nossa infância. Nos conhecemos desde sempre... – Disse limitando-se a contar sobre a sua vida para o futuro inimigo.
- Isso é legal... Tenho alguns amigos assim também. – Disse fitando sua mão direita que vivia enfaixada e se colocando ao lado dela, que estava apoiada em um dos muros de pedra.
- Sei... – Disse sem muito interesse.
- Então, o que faz aqui fora? Vigia?
- Não, não há necessidade de fazer vigia, a capitã dos Sete pecados capitais levantou uma barreira de proteção em volta de toda a Igreja. Só estou preocupada com meus amigos...
- Entendo. Se você está aqui deve ser a mais forte deles, então eles não devem estar muito seguros...
- Não, na minha guilda existem pessoas ainda mais fortes do que eu. – Disse cruzando o braço e dando um leve sorriso ao se lembrar de seus amigos. – Meu mestre, Gildarts e Laxus. Com certeza esses são os mais fortes do meu clã.
- Oh... – Disse Naruto observando o belo sorriso singelo da ruiva, iluminado pela luz da lua. – Gostaria de conhece-los um dia.
- Você ja conhece um deles...
- Conheço?
- Sim, você salvou o Laxus naquele dia do deserto.
- O Grandão que carregava os outros? Ele parecia ser incrivelmente forte mesmo... – Observou o Uzumaki.
- Sabe... Sobre aquele dia! Acho que eu não te agradeci devidamente sobre o que você fez por eles. – Disse dando uma leve corada e colocando os braços para trás.
- O que? Imagina. Só fiz o que era certo para se fazer naquele momento, com certeza vocês fariam o mesmo pelos meus amigos.
- E também... é... Me desculpe... Me desculpe por te chamar de covarde. – Disse corando ainda mais por ter que se desculpar.
- Imagina! Erz...
- Me chamo Erza Scarlet, a propósito. – Disse interrompendo Naruto.
- Hum? Ora, então muito prazer em conhecê-la, sou Naruto Uzumaki. – Disse ele estendendo a mão para a ruiva, que hesitou um pouco, mas logo o cumprimentou.
- E o seu clã, não está preocupado com eles?
- Sim, estou. Mas o Kakashi, líder do nosso Clã, deixou meu melhor amigo cuidando da vila. Ele é incrivelmente forte. E eu estou sempre de olho neles... – Disse Naruto levando seu olhar para as estrelas.
- Como assim?
- Nós, os ninjas, temos uma habilidade que chamamos de Senjutsu. Com ele, eu consigo sentir o Chakra de todos no mundo inteiro.
- Chakra?
- Acho que vocês chama de Poder mágico.
- De todos? – Disse fitando o loiro.
- De todos. – Respondeu fitando a ruiva. – Se por acaso alguma coisa estivesse acontecendo com você e eu estivesse do outro lado do mundo, eu conseguiria perceber.
- Incri... – Parou de falar, para não parecer muito empolgada. - Todos os ninjas têm isso? – Perguntou disfarçando.
- Não, acho que atualmente sou o único que o possui.
- Foi isso que você fez naquela hora no portão?
- Não, aquilo foi outra coisa... – Disse colocando a mão na barriga.
- Entendo. – Disse abaixando o olhar.
Os dois ficaram em silêncio por alguns instantes, observando o céu incrivelmente estrelado.
- Filha de um dragão em...
- Como?
- Nunca vi um dragão! Como eles são?
- Eles são incríveis. Claro, existem os bons e os ruins. Como todas as espécies.
- Legal... Deve ter sido legal ter treinado com criaturas tão incríveis.
- Sabe, eu não sou como o Natsu, minha mãe, mesmo sendo um dragão, apenas me teve. Só isso. Poucos meses antes dos Clãs terem sido levados para outros mundos, minha mãe me teve e me abandonou na frente da Guilda. Cresci praticamente sozinha, mesmo sendo acolhida pela guilda e pelo meu mestre tive que me virar.
- Entendo. – Disse Naruto fitando novamente a Ruiva.
- Entende? – Disse encontrando com os olhos amarelados que a fitavam.
- Sabe, com as circunstâncias um pouco diferentes, mas tivemos uma infância bem semelhante.
- Não fale besteira! Como você...
- No dia em que eu nasci, praticamente no mesmo dia em que os clãs foram levados para os mundos diferentes, meus pais se sacrificaram pelo bem da vila. Por conta disso e outros acontecimentos, os moradores da vila colocaram a morte dos meus pais como sendo minha culpa, eu cresci sendo rejeitado por todos, odiado por todos. Então a única coisa que me restou foi ser reconhecido por todos pela minha força... – Disse com o olhar flutuante.
Erza arregalou os olhos ao descobrir o tipo de infância que Naruto havia tido.
- Me desculpe, eu não fazia ideia. – Disse sem graça.
- Não tem problema! Não tinha como você saber...
- Mas, se me permite perguntar, o que houve exatamente?
- A vila foi atacada por um monstro.
- Monstro?
- Na verdade, hoje ele é meu amigo! – Disse colocando a mão na barriga novamente.
- Amigo? – Disse Erza sem entender nada, pois Naruto escondia um pouco o jogo. Não queria contar que era um Jinchuuriki.
- Sim, trabalhamos juntos para defender nossa vila e meus amigos! Ele é aquela raposa que você viu aquele dia no deserto. Se chama Kurama.
- Você realmente é uma pessoa totalmente diferente do que eu imaginava. – Disse sem pensar.
- Acho que isso é uma coisa boa, né? – Disse dando um belo sorriso para a Scarlet, que corou, desviando o olhar.
Da Janela de uma das torres, Shikamaru olhava atentamente aos dois, que conversavam tranquilamente e trocavam algumas risadas, com um semblante de preocupação.
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- Meliodas...
- Oi, Zel.
- Como você está se sentido?
- Estou bem! Não se preocupe comigo. Aquela luta não foi nada...
- Eu ouvi o que o Estarossa falou e também gostaria de saber, porque você se segurou.
- Você não percebeu? Escanor está doente. Talvez não tenha muito tempo de vida...
- E porque não acabou com o sofrimento dele de uma vez?
- Não seria certo, o Rei dos Demônios se valer desse tipo de fraqueza para ganhar de seu inimigo. Hoje ele só é digno de pena...
- Oh, isso é estranho vindo de você! – Brincou Zeldris com o irmão.
- Mas não se preocupe, Zel! Eu cumprirei nossa promessa. Nós vamos encontrar o Santo Graal e trazer a Gelda de volta.
- Desculpe por isso, Irmão!
- O que?
- Teve que virar o Rei Demônio, para conseguir controlar todo o Clã dos demônios, só para atender ao meu desejo.
- Não... Eu penso em muitas coisas que eu posso fazer como Rei Demônio. Uma delas é acabar de uma vez por todas com a Igreja. E se nesse meio tempo eu conseguir fazer o meu irmãozinho feliz, seria bem conveniente. – Disse com um belo sorriso para seu irmão colocando a mão na cabeça dele.
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Escanor estava em seu quarto sozinho. Sentado na cama, enquanto descansava da dura batalha que teve mais cedo.
- Com certeza ele percebeu... – Disse o Pecado do Orgulho.
~Batidas na porta~
- Entre.
- Escanor...
- Ah, Merlin, pode entrar. Só vou colocar uma camiseta...
- Não precisa se incomodar, Escanor! Já disse que eu não me incomodo quando está na em sua forma humana. – Disse entrando no quarto e se dirigindo até a cama do outro pecado. – Como está se sentido? – Disse se sentando ao lado dele.
- Eu estou bem! – Disse apertando a mão. – Não precisa se preocupar comigo. Afinal de contas, você tem coisas mais importantes para lidar. – Disse olhando para o chão.
Merlin colocou sua mão sob as mãos de Escanor.
- Não adianta mentir para mim. Eu vi o que aconteceu hoje...
- Com certeza ele percebeu Merlin. – Disse Escanor com os olhos cheios de lágrimas. – Por isso ele se segurou, ele percebeu que ninguém consegue detê-lo, nem mesmo eu ao meio dia consegui causar qualquer machucado. Eu sou mesmo um fracassado.
- Por favor, não diga isso! – Disse Merlin com um tom de voz bravo. – Todos nós temos uma fraqueza. Isso só mostra que você é humano, Escanor. Você só está fraco... Se não fosse por você, com certeza as coisas teriam sido diferentes para todos nós. Eu vou achar um jeito do seu corpo se regenerar e isso é uma promessa.
- Merlin....
- Eu não posso ficar sem você, Escanor! – Disse com pequenos fios de lágrima escorrendo pelo rosto dela.
Escanor abriu um sorriso para sua amada e levou sua mão ao rosto dela.
- Por favor, não chore por mim! Eu não sou digno de suas lágrimas. – Disse enxugando-as com a mão.
Os dois se fitaram por alguns instantes até que seus rostos começaram a se aproximar e encostaram testa com testa.
- Por que não podemos ser como o King e Diane? – Perguntou Merlin baixinho.
- Esse dia chegará! E quando chegar estarei, com toda certeza, lhe esperando.
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