Eu poderia contar essa história como muitas das histórias clichês que tanto eu como você vemos por aí, típico da garota inteligente que se apaixona pelo popular bad boy da escola, isso é tão repetitivo que já me dá vontade de vomitar sangue.
Mas não aconteceu isso exatamente, amem!
Eu só não quero que me odeie, diário, pois eu estou sendo sincero com você...
Busan, 16 de agosto de 2017.
Eu, kim Taehyung, aluno do terceiro ano do ensino médio, presidente do grémio estudantil, respeitado pelos nerd's e odiado pelos populares e... ômega.
Suponho que a última parte te pegou de surpresa, não?! pois é!
Geralmente os ômegas da sociedade vivem acatando ordens e sendo meigos e fofos, correndo incessantemente atrás de seu alfa, bem, eu não sou assim.
O meu primeiro discurso como presidente acarretou em um tabu entre os ômegas de personalidade independente, e alfas machistas que gostam de ter os mesmos aos seus pés, fiz muitos ômegas se opor a eles e isso não os agradou muito, principalmente ao líder deles, a criatura que mais odeio no mundo, o alfa primitivo e idiota denominado Jeon Jungkook.
E o que ele fez perante a isso?! só me gravou durante o meu cio, o momento em que qualquer ômega inclusive eu, precisamos de um alfa acima de tudo, não temos a menor consciência de nossos atos e o imbecil se aproveitou disso! ainda me lembro da vergonha que ele me fez passar...
"…Eu tinha 16 anos, eram duas e meia da tarde quando eu tinha chegado do colégio, como eu era iniciante na função como presidente do grêmio tinha como responsabilidade de cuidar de algumas coisas depois das aulas, o que tomava uma ou duas horas a mais do meu turno escolar.
Quando voltei para casa a mesma estava vazia, eu moro só com minha omma e deduzir que a ômega já tinha saído para trabalhar, já que seu turno era pela tarde e comigo chega do um pouco atrasado.
Assim que cheguei no meu quarto, joguei minha mochila no chão em algum canto qualquer e me atirei de bruços na cama exausto, o que não passava pela minha cabeça, é que uma dor, incomoda iria praticamente invadir minha barriga, especialmente na região do meu ventre, primeiramente pensei ser algo estragado que comi pela manhã, mais esse pensamento se esvaiu quando minha entrada expeliu o primeiro jato de lubrificante, molhando minha box e me fazendo arregalar os olhos, nessa hora pensei em minha omma e o tanto de vezes em que ela queria me explicar como acontecia a "coisa", e isso sempre acabava em eu rubro como um tomate, dizendo aquele famoso "tudo bem, depois a gente conversa tá!?" e a deixando para trás com a cara de preocupada de ...
"Depois não diga que eu não te avisei!".
Bom, pelo menos ela tentou...
—Ah não, não ...ahhh— gemi manhoso, a dor aumentava a cada minuto, já sentia meu pênis ereto, e uma vontade absurda de toca-lo, virei de barriga para cima olhando de soslaio a ereção evidente por dentro do uniforme, não contei dois segundos para a minha mão está dentro da minha box, me tocava levemente, fazendo movimentos de vai e vem, senti minha entrada se contrair pedindo por atenção, tirei minhas calças com a box junto, me virando novamente de bruços com a bunda empinada, meu corpo estava queimando de desejo, levei meus dedos até a minha entrada, botando um, dois, três dedos e de nada adiantava, gemia contra o travesseiro até sentir um vento entrar de leve pela janela meia aberta e um cheiro conhecido veio com ela, parei no mesmo instante, nunca reparei como esse cheiro era tão convidativo como agora.
Eu não queria, mas precisava!
Ao olhar pela janela, pode ver o dono do cheiro que já estava me deixando louco, era ele, Jeon Jungkook voltando de seu treino de basquete e estava tão suado quanto eu, se eu estivesse em minha plena sanidade eu não me atreveria a ir até aquela janela para atrai-lo por três motivos...
1° - ele era o capitão do time de basquete, o que significava que o mesmo colecionava ômegas por onde passava, mesmo sendo mais novo que eu, já tinha uma vida sexual daquelas, e eu só seria mais um, se me permitisse.
2° - meu orgulho, após meu discurso ele foi o primeiro a ir contra os meus princípios de anti-submissão aos alfas, dizendo que minhas ideias eram "falta de rola"...
" ...E se você precisar de uma, sabe onde achar..."
Ele dizia isso com um sorriso malicioso nos lábios, deslizando sua mão pelo abdômen até parar em suas partes perigosas apertando os lábios enquanto apertava a mesma mordendo os lábios sem parar de me encarar em uma reunião de grêmio assim mesmo, na cara dura, na frente da turma.
3° - eu não queria que minha primeira vez fosse com ele! eu sou um pouco romântico, ele conserte-a iria ser bruto!
O que acabei de dizer acima era o que eu pensaria em minha plena sanidade... mas, sanidade era a única coisa que me faltava naquele dia!
Minha entrada se contraia, e eu estava tão ofegante aquele cheiro amadeirado forte invadia meu quarto como se não tivesse amanhã, e o fato desse energúmeno cheiroso ser meu vizinho não me ajudava em nada naquele momento.
Me levantei com dificuldade da cama e fui em direção a janela ignorando todos os princípios que um dia eu tive, abri a mesma vendo o alfa fungar o ar, seu rosto se virou com rapidez em minha direção, senti meu corpo tremer diante de seus olhos negros, não dizia nada, eu não tinha coragem de dizer, meu corpo estava em chamas, e minha mente nublada, fechei os olhos ao sentir mais uma fisgada em meu ventre me fazendo contorcer um pouco diante da janela, quando voltei a abrir os olhos encarei confuso o alfa sorri de ladino, o mesmo mantinha própria janela fechada, logo ele arregalou os olhos ao que parecia se lembrar de algo, e logo adentrou o próprio quarto sumindo da janela e do meu campo de visão.
Nesse momento, mesmo dominado pelo desejo eu fiquei confuso, querendo entender como ele suportou sentir o meu cheiro perante o cio e não vir atrás de mim, já que um alfa pode sentir isso a quilômetros de distância, e qualquer um deles se descontrolava com facilidade, indo atrás do ômega nessa situação.
Eu podia não comentar essas coisas com minha mãe, mas eu não era nenhum pouco santo.
Como um bom cdf, eu lia livros, revistas, jornais que abordava sobre esse assunto, e sabia quase tudo sobre...eu disse "quase tudo".
Senti o cheiro do alfa voltar e olhei pela janela, ele estava lá, mas agora sem camisa, o projeto de filha da puta estava exibindo seu peitoral definido para mim, o que fez minha entrada se contrair e expelir mais lubrificante.
Gemi manhoso e reparei que Jungkook estava agora com um aparelho em mãos, seu celular.
O mesmo tombou a cabeça para o lado como se fosse um ato inocente e estendeu o aparelho em minha direção.
Estava sentido um mal pressentimento.
Mas um pensamento rápido desfez toda a minha esperança de que ele pudesse me ajudar, ele só podia ser um lúpus.
Eu odiava essa raça mais do todo na vida, eles eram extremamente narcisistas, mandões, gostavam de todo do jeito deles, e eram mais fortes que os outros para obterem isso, fazendo com o mundo cair em seus pés.
O único da raça que resistia ao cio de um ômega ou ao menos podia se controlar se mantendo a alguns metros de distância, e foi o que ele fez ao manter fechada a própria janela, acenando para mim com um sorriso de ladino.
Não sabe como é ruim para um ômega ser rejeitado desse jeito, em sua fase tão vulnerável, a fase em que qualquer alfa matasse ou morria para esta ao meu ventre, eu fui simplesmente rejeitado.
Mas para o meu desespero, o pesadelo ainda não tinha acabado, eu estava suando e o calor predominava em mim, sem saber o que fazer tirei minha camisa no colégio, expondo meu peitoral semi definido, sem me importar com quem estava olhando, eu fui em direção a minha cama com lagrimas nos olhos, eu precisava mais do que tudo me satisfazer…
Faltei o colégio durante três dias seguidos, o meu cio tinha acabado no segundo dia, mas meu cheiro se mantinha ainda muito forte, o que despertou a preocupação da minha omma, que não me deixou ao menos sair de casa, avisando aos superiores a minha situação, e eu concordei com ela.
Eu só tinha vontades de ir por motivos de responsabilidades sobre o grêmio, nada além disso, isso por que eu tinha uma explosão de hormônios no meu corpo, o que fazia com que eu ficasse do jeito que mais abomino...
...Eu estava manhoso!
Na minha opinião isso era pior do que o próprio cio, e eu não queria demostrar isso na frente de ninguém, já bastava a minha omma, que estava adorando essa minha fase de ômega frágil, o que me fazia ficar emburrado várias vezes ao dia com seus comentários contrangedores...
"Onw, você fica tão fofinho assim!"
"Quero que isso dure para sempre"
"Se você se mostrasse assim mais vezes arrumaria um alfa fácil!"
Não sei se foram pelos hormônios, mas o último comentário me fez vomitar bonito.
No dia seguinte eu estava revigorado, mas mesmo assim aquela má impressão não saia da minha cabeça, era como se eu estivesse em perigo.
Sair de casa como todos os dias, andei em direção ao colégio com meus fones de ouvidos, ao chegar perto da construção, senti vários olhares em mim, de estudantes que estavam chegando e também aos que já estavam na portaria.
Eles me olhavam e cochichavam entre si, era incomodo para mim, apesar de não ter certeza que era para mim.
Entrei na construção, indo em direção aos armários, colocando minhas coisas no mesmo, quando fecho dou de cara com lisa, umas das pessoas que mais me apoiou em minha eleições, a ômega tinha uma expressão decepcionada no rosto.
—Pensei que você era forte o bastante para nos defender, ômega!— jogou vários papéis na minha cara e se foi, me deixando atônico, peguei o papel que agora percebi que se tratava do jornal da escola, tinha minha foto nele e um anúncio em grandes letras.
"O grande e independente ômega, presidente do grêmio estudantil é flagrado durante o cio implorando por ajuda de alfa."
Meu coração parou por um tempo que eu não pude calcular, amassei o papel em minhas mãos, olhando para o vazio, percebi que todos no corredor me olhavam acusador, negando com a cabeça silenciosamente, sentir meus olhos marejarem, fui ao banheiro em passos largos, não queria que ninguém me visse daquele jeito, eu simplesmente odiava demostrar minhas fraquezas.
Entrei em uma das cabines, fechando a mesma e me sentando no vaso de tampa fechada, isso não pode está acontecendo, pensava, simplesmente me permitir chorar naquele banheiro vazio por um tempo.
Ouvi a porta do banheiro se abri e sentir um cheiro conhecido, era Hoseok ,que agora estava batendo na porta da cabine em que eu estava, ele era o único alfa em que eu confiava.
—Tae- ele falou em tom calmo —eu sei que está ai..
—Vai embora Hoseok!—falei com a voz um pouco embargada
—Não vou enquanto você estiver assim, você não é disso— respondeu rapidamente
—Tem razão! eu não sou disso...— me levantei do vaso, saindo da cabine, fui em direção a pia do banheiro, abrindo e jogando uma boa quantidade de água no rosto, olhei no espelho que refletia a mim e a Hoseok, nos meus pensamentos só tinha pessoa capaz de ter feito isso...
Jeon Jungkook.
Sair do banheiro em direção a sala de aula com a expressão séria e cabeça erguida, com Hoseok em meu encalço, ele me olhava curioso, com medo do que eu poderia fazer, mais eu não tinha nada em mente além de ir para a minha sala assistir a aula como se nada estivesse acontecendo.
Assim que cheguei na sala de aula todos os olhares se voltaram para mim, engoli em seco e preferir pensar que todos me olhavam daquele jeito por eu estar atrasado, em um breve momento meu olhar se bateu com o do Jungkook, ele se encontrava no fundão junto aos seus amigos fúteis o bastante para eu ignora-los, o alfa me encara com aquele maldito sorrisos nos lábios.
Respirei fundo fui até a minha carteira me sentando na mesma, sentia os olhares pesados em minha direção, mas tentei não me importar.
Depois de alguns minutos a aula já tinha sido retomada, quase todos prestavam atenção como de costume, estava tudo bem, não parecia que nada de anormal tinha acontecido, até o momento que o sinal que anunciava o fim da aula se fez presente, em meio a suada de conversas, mochilas sendo abertas e livros sendo guardados um bip de celular se fez presente, e como uma espécie de efeito dominó, todos os celulares suaram cada um em seu toque de notificação diferente, mas todos ao mesmo tempo, as ômegas, alfas e betas pegavam em seus aparelhos e depois arregalaram os olhos olhando em minha direção, em um momento senti meu coração apertar, todos ai olhavam para mim, uns com pena outros com malícia, outros com rejeição.
Sentir minhas mãos suarem assim que meu celular denunciou um alerta de notificação, peguei o mesmo e vi que era um link, senti tremor ao toca-lo, suei frio, meu medo era palpável naquele momento, um vídeo se abriu, e naquele momento meu mundo caiu, a mídia me mostrava, em meu cio, implorando por ele através de uma janela, pelo alfa que eu mais abominava.
As cenas eram mau feitas, provavelmente gravadas por um celular, me lembrei de um breve momento que reparei, durante o começo do meu cio um aparelho na mão de Jungkook, era ele, ele tinha gravado tudo, ele me expôs dessa forma, primeiro o jornal, depois isso!
Sair da sala correndo, não ligava para que os outros iriam dizer de mim naquele momento, eu só queria ficar sozinho, talvez por um bom tempo.
Lagrimas lutavam para sair de meus olhos enquanto corria, mas não era qualquer lágrima, eram as de raiva, aquelas que ficam presas em sua garganta te sufocando até sair como se fossem espinhos.
E naquele momento eu só sabia de uma coisa, eu iria me vingar...
..Me vingar de Jeon Jungkook, do mesmo jeito, da mesma moeda.
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