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História The Secrets Of Demigod - Fifteen


Escrita por: AnneRafaDiAngel e susumato2603

Notas do Autor


Não morri, i'm so sorry ♥

Capítulo 15 - Fifteen


Fanfic / Fanfiction The Secrets Of Demigod - Fifteen

Corri até Apolo como nunca corri na minha vida toda. Não ousei olhar pra trás. Suzana e Emanuel correram em direção dos outros para ajudar, o que não era grande coisa, já que só derrotariam os titãs com ajuda de Apolo. Se eu falhasse... Cheguei até as correntes e cortei-as rapidamente, ignorando tudo em minha volta, só tinha de libertar Apolo.

– Apolo, seus pulsos, rápido! – ele esticou-os rapidamente para eu terminar de cortar. Enfim, Apolo estava livre.

– Eu avisei seus idiotas! – Atlas disse – Se vocês me libertassem, essas crianças não teriam nenhuma chance!

Olhei para meus amigos, e engoli em seco. Crios estava segurando Nilo em sua mão esquerda e Tarcísio em sua mão direita, pelo tronco de seus corpos. Suzana estava circulando o ambiente na altura dos gigantes, em posição de ataque, procurando alguma brecha para atacar. Emanuel estava desmaiado e com a cabeça sangrando, perto dele tinha um pedaço de uma coluna quebrada. Natália estava perto de Emanuel, com a espada na mão, parecia não saber o que fazer, e Hipérion não parecia se importar com ela.

– Quieto! – Hipérion disse – Ora, ora. Vejamos o que temos aqui...

– Apolo, faça alguma coisa, por favor! – falei atônita.

– Espere, pequena.

– Esperar? Meus amigos estão prestes a morrer e você quer que eu espere sentada até algum deles partir dessa vida?

– Dois semideuses prestes a morrer... – continuou Hipérion – Uma criança de Atena que não consegue fazer um plano para salvar seus amigos – ele riu, eu estava começando a ficar com muito ódio desse cara – Um sátiro desmaiado...

– Cale a boca – falei num tom de voz alto e firme.

– Isso já está ficando entediante – Crios disse – Quem eu mato primeiro?

Suzana voou para o lado de Apolo, eles conversaram rapidamente.

– Que tal você? – Natália se pronunciou, chamando atenção dos titãs.

Suzana voltou a circular, era um plano.

– E como você acha que vai fazer isso criança? Mesmo que tente, eu voltarei, ela está voltando. – Crios riu.

"Ela está voltando" quê? Não tive muito tempo pra pensar no assunto, pois Apolo sussurrou para mim:

– Vá para perto de Natália, proteja seus amigos, Suzana e eu vamos cuidar disso. Lembre-se de fechar os olhos.

Imediatamente fui para perto de Natália. "Proteja seus amigos" olhei para Nilo, ele tentava não demonstrar nenhuma emoção, contudo dava para ver o medo em seus olhos; depois olhei para Tarcísio, estava de olhos fechados, mas estava respirando, eu sentia; Suzana parou no ar, de costas para os titãs, ela estava olhando para mim. A espada de bronze ainda estava em suas mãos, ela fez um gesto que indicava "cortar a mão". Era isso, Suzana iria cortar as mãos de Crios, libertando os meninos, eu teria que proteger os próprios enquanto Suzana e Apolo matavam os dois titãs... como eu os defenderia?

– O filho de Afrodite ou o filho de Hermes, Hipérion? – Crios perguntou

– Que tal nenhum? – sugeri, dando um sorriso falso.

– Dá pra vocês pararem de interromper? O filho de Afrodite parece interessante – Hipérion respondeu

– Natália, feche os olhos por favor – falei baixinho, para que somente ela escutasse, a própria assentiu, na hora certa ela fecharia.

Olhei para Suzana e ela assentiu, estava na hora. Concentrei-me e fiz alguns esqueletos armados de quase dois metros se erguerem da terra, eram o bastante para fazer um círculo grande em volta de mim, Natália e Emanuel; Suzana se assustou e ficou paralisada por um momento, pensei que ela não conseguiria, porém ela balançou a cabeça e focou no que tinha de fazer.

E a partir daí tudo aconteceu MUITO rápido: Consegui ver Suzana voando rapidamente na direção de Crios com a espada em posição de ataque, ela cortou primeiro a mão direita onde Tarcísio estava, e deu um chute para que fosse parar no meio do círculo. Corri até a  mão de Crios cortada que ainda estava com os dedos em volta de Tarcísio, tirei ele de lá e disse o mesmo que falei pra Natália, ele assentiu.

Ao mesmo tempo em que isso acontecia, ouvi Hipérion bufar de raiva, Crios gritar de dor e acho que essa parte não estava nos planos porque Suzana e Natália gritaram "NÃO", quando me virei para ver o que houve entendi. Crios havia apertado Nilo tão forte que o impediu de respirar... era a escolha. Suzana ficou furiosa e cortou a mão esquerda de Crios de qualquer jeito, invocou um raio e eletrocutou Crios. Antes de fechar meus olhos só vi Hipérion indo em direção de Apolo e vice-versa. O palácio dos titãs era só clarões, como a luz do sol.

*********************

Quando consegui levar os esqueletos gigantes para seus devidos lugares, e Tarcísio conseguiu fazer o mesmo que fizera com o corpo de Joaquim com o de Nilo (n/a: essa parte ficou bugante, mas é só reler com calma se for necessário, desculpa); Lembrei de algo que Percy me disse quando vi Sra. O'Leary pela primeira vez "Caso precise dela, pode chama-lá, você sabe como"

Então Suzana, Natália e Emanuel foram para o lugar marcado no litoral de São Francisco com Sra. O'Leary. Fui com Tarcísio pelas sombras, e Apolo da maneira dele.

Quando chegamos lá, Apolo ajudou nos ferimentos de Emanuel, nada muito grave, ele ficou descansado em um canto. Suzana estava praticamente sem energias, ficou muito tempo voando e ainda invocou raios, não é pra qualquer um. Eu estava um pouco cansada por conta da viagem nas sombras. Formamos um círculo, Sra. O'Leary ficou deitada do meu lado, pedindo carinho (que lhe cedi). Terminamos o pouco que sobrara de Néctar e Ambrosia.

– Apolo? Por que eles te aprisionaram? – Suzana perguntou.

– Uma longa história – ele suspirou – tenho que voltar para o Olimpo antes de escurecer, vocês querem mais alguma coisa?

– Não. Podemos voltar para o acampamento sozinhos, obrigada – falei

– Espera aí – Natália disse – Eu estava prestando muita atenção no que aqueles dois babacas estavam falando e em certo momento, Crios disse para mim que mesmo se eu "tentasse" matá-lo ele voltaria e falou que "ela está voltando", quem está voltando Apolo?

– Creio que não posso falar para vocês agora, mas não se preocupem, vocês vão descobrir em semanas. Tem haver com a nova grande profecia. – Apolo respondeu

– A primeira profecia de Rachel? Sete... nós não estamos no meio né? – Tarcísio disse, a ideia de outra missão parecia afligir todos nós ali.

– Essa mesma e não estão – Apolo sorriu, mas logo o sorriso foi desfeito – Como dizia certo personagem de Harry Potter "são tempos sombrios, não há como negar"

– Nossa, que bad – falei, e suspirei. Se Apolo considerava aquilo tempos sombrios, imagine nós Semideuses, que praticamente lutamos pelos deuses enquanto eles ficam no Olimpo.

– Tenho que ir, antes que nosso pai – ele olhou para Suzana – Comece uma guerra por nada.

– O que você quer dizer com isso? – questionou Suzana

– Vocês não sabem, não é? Ele vai fechar o Olimpo. – Apolo disse, se levantando – Acho melhor vocês voltarem para o Acampamento logo, está ficando tarde. Só saio daqui depois de vocês.

– Chantagem – Natália revirou os olhos. Emanuel acordou perdido.

– Cadê os titãs? – falou, todos riram.

– Bora Sra. O'Leary, hora de voltar para casa – eu disse

Todos se prepararam do mesmo modo de antes. Natália, Suzana e Emanuel foram na frente com Sra. O'Leary. Me despedi de Apolo juntamente com Tarcísio, e entramos nas sombras.

*********************

Chegamos no acampamento com várias pessoas nos interrogando, tipo TODO mundo, ignorei todos e fui correndo para o chalé, Nico não estava lá. Joguei a mochila no chão, peguei uma camisa laranja do acampamento e uma calça jeans e entrei no banheiro. Eu estava acabada. Liguei o chuveiro e na esperança de que a água levasse toda a angústia que possuía, não aconteceu. Quando saí do banheiro, Nico estava lá, deitado em sua cama olhando para o teto. Ele levantou, olhou para mim e sorriu.

Não sei o que deu em mim, mas corri para abraça-lo, acho que abracei forte demais porque ele quase caiu pra trás. Pensei em minha mãe, em Joaquim, em Nilo... o mundo é muito injusto ao tirar as pessoas que mais amamos de nós. Mas eu tinha Nico ali, meu segundo irmão, que me entende mesmo pelo pouco tempo de convivência.

– Ei – ele disse – Você está viva, está tudo bem... vai ficar tudo bem – soltei-o e percebi que estava chorando, limpei as lágrimas rapidamente.

– Não, Nico. Não vai ficar tudo bem. E acho que você sabe disso – falei, ele suspirou, só então percebi o quanto ele estava cansado, mas fingia que estava tudo bem

– Talvez... Não posso falar nada sobre o que está acontecendo nem o que vai acontecer, não era para eu saber de nada.

– Okay, vamos deixar isso de lado. Apolo disse que o Olimpo será fechado...

– Mesmo? Droga... Anne, eu tenho que ir. Você promete pra mim que vai ficar viva?

– Ir para onde? Agora? Não posso prometer nada.

– Assuntos pessoais. Agora, eu voltarei... fique forte. Se reunirem os conselheiros vá em meu lugar. Mande um oi para Suzana por mim – ele deu um beijo na minha testa

– Nico esper... – disse, mas ele já tinha partido. Peguei minha mochila e comecei a tirar as coisas, o que se resumia a algumas garrafas de água e néctar vazias; entretanto, vi uma carta e um bilhete que não estavam lá antes, a carta estava fechada com um adesivo de sol, e dizia:
“Para Carol, meu eterno e único amor”
Senti um nó formando-se em minha garganta, Nilo. Peguei o bilhete e comecei a ler, era para mim.

“Anne,
Você é a única dos que estão nessa missão que sabe sobre mim e Carol, e eu confio em você. Na nossa última noite no acampamento antes da missão, tive um sonho... não vou entrar em detalhes; mas eu acordei sufocado. E soube na hora que era a tal da escolha, sei disso e creio que não dê para mudar esse fato. Antes de estar escrevendo esse bilhete para você, escrevi uma carta para Carol, você poderia entregar para ela o mais rápido possível? Não consigo imaginar ela quando souber... Enfim, obrigado por ser minha amiga.
Com amor, Nilo”


Corri para o refeitório com a carta na mão, era hora do jantar. Como me perdi no tempo? Comecei a procurar Carol no local, mas Tarcísio segurou meu braço e levou-me para um canto onde ninguém podia nos ouvir.

– Onde você estava? Ficamos te procurando em todo lugar – ele perguntou

– Não procuraram direito... você tá me machucando, dá pra soltar meu braço? – ele soltou rapidamente – Obrigada. Viu a Carol por aí?

– Carol? A filha de Apolo?

– Sim, onde ela está?

– Na casa grande com Quíron e Suzana, ela tá meio abalada por... – não ouvi o resto pois comecei a correr pra casa grande. Entrei e Carol estava com os olhos inchados, e estava meio que abraçada com Suzana que tentava consolá-la. Quíron estava na sua cadeira de rodas falsa, andando de um lado pro outro.

– Vocês podem, hum, deixar a gente sozinhas um pouco? – falei à Quíron e Suzana.

– Tudo bem, estaremos lá fora – Quíron disse e saiu, Suzana me abraçou e fez seguiu-o.

– O que você quer? – Carol perguntou, suspirei.

– Olha, sinto muito pelo Nilo, ele... – minha voz falhou, Carol fechou os olhos e respirou fundo, tentando não chorar, sentei ao seu lado e coloquei a carta em seu colo – Ele deixou essa carta pra você.

– Como...?

– Acho que ele colocou na minha mochila enquanto eu estava dormindo, só vi agora. Novamente, sinto muito.

– Obrigada – ela sussurrou, abracei-a e levantei.

– Vou indo, você quer alguma coisa? – perguntei, ela levantou também.

– Não, vou indo também, te acompanho – saímos da casa grande, Suzana e Quíron estavam lá fora, como dito antes. Suzana se pronunciou após um momento de silêncio:

– Gente, daqui a pouco vão se reunir em torno da fogueira, vocês vem né? – concordei rapidamente com a cabeça

– Bom... prefiro ficar no chalé, não tem problema né? – disse Carol.

– Não tem nenhum problema, querida. Aliás, queria falar com você, venha – Quíron falou, e começou a andar devagar em direção do chalé de Apolo, com Carol ao seu lado.

– Então, vamos cantar em torno da fogueira, né? – falei.

– Creio que sim, já quero – rimos e começamos a andar até a fogueira que estava sendo acesa, as pessoas começavam a chegar. Tarcísio estava sentado em um canto longe de todos. Afastei-me de Suzana e sentei ao seu lado.

– Então, aqui tem violão? – perguntei e ele me fitou com seus intensos olhos castanhos.

– Tem, o pessoal vai trazer daqui a pouco pra tocar e cantar um pouco, por que a pergunta?

– Hm, queria tocar também.

– Você toca violão? Legal.

– Toco... – avistei algumas pessoas do chalé de Apolo com violão se acomodando em torno da fogueira – Gosta de The Beatles? – ele afirmou com a cabeça, levantei e ofereci minha mão para ele – Venha, vamos cantar um pouco.

Andamos até as pessoas que estavam com violão, pedi emprestado um, Suzana veio até mim e Tarcísio.

– Só porque tu é filha de Hades não significa que tu podes ficar sumindo por aí, tá Anne Rafaella?! – nós rimos

– Miga, Let It Be, ok? – comecei a tocar, era uma das músicas que sabia de cabeça, então né.

Comecei cantando a primeira estrofe
“When I find myself in times of trouble
Mother Mary comes to me
Speaking words of wisdom, let it be”


Suzana continuou
”And in my hour of darkness
She is standing right in front of me
Speaking words of wisdom, let it be”


E praticamente todo o acampamento acompanhou a gente
“Let it be, let it be
Let it be, let it be
Whisper words of wisdom, let it be
And when the broken hearted people
Living in the world agree
There will be an answer, let it be”


Foi uma noite bastante agradável, com muita música e homenagens. Tanto que nessa madrugada não sonhei com nada, nenhuma visão ou pesadelo. Aparentemente, tudo estava bem.


Notas Finais


Tô pensando em repostar a fanfic futuramente quando acabarmos de escrever toda a história, melhorando alguns pontos e tampando alguns buracos que tem na história. É só isso, fiquem bem.


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