História The Selection - (Imagine Jeon Jung-kook) - Arrival

(POV’s S/n on~)

– Irmã, quem te ligou? – pergunta minha irmã ao se aproximar.

– N-Ninguém – digo rapidamente desligando a tela de meu celular.

Ela ficou me observando por um longo tempo com uma cara de “Eu sei que você está mentindo”.

Ela tentou me convencer de falar, mas Jung-kook mesmo me disse que não era pra eu contar. O mais estranho foi que ele falou “Até daqui uns dias, S/n”, ou seja... Eu passei. Mas, ele me ligou por que? E como ele sabe que eu não tenho pais? Acho que entendi, essas são as vantagens de ter Money.

*x*

Passaram-se os dias, foi anunciado meu nome, meus amigos fizeram uma festa, minha irmã não me deixou comer e hoje é o dia em que eu irei mudar de minha casa, para a mansão Jeon.

Eu passei todos esses dias comprando roupas apropriadas para tais ocasiões que irão ocorrer dentro daquele lugar. Além de comprar as roupas, eu fiz aulas de bons modos. Eu realmente me preocupo com como eu vou comer na frente deles, imagine só se eu ficar com os dentes sujos na frente de Jung-kook? Eu ia morrer de vergonha! Mas eu passei dias vendo como evitar ficar assim, e se ficar com o dente sujo, simplesmente não fale nada, nem abra a boca.

Foi avisado que eu tenho que estar pronta quando a limousine (sim, eu ia pra mansão de limousine) passar na minha porta.

– S/N! Você está linda! – Karin sorriu radiante a me ver voltar do salão.

– Tomara que meu cabelo não se anime quando eu estiver lá... – digo rindo de mim mesma. – Meu cabelo é muito rebelde.

– Eu sou testemunha viva disso, mas isso não importa! Vá vestir sua roupa, vai, vai, vai! – disse me empurrando para meu quarto.

Para ir, eu comprei um vestido muito fofo. Eu mesma ligara para Jung-kook perguntando “o que ele gostaria de ver numa menina chegando a sua casa”. Ele me respondeu que não queria ver uma menina como se estivesse chegando a um castelo, com vestidos extravagantes de mais e cheias de coisas. (Foto nas notas finais).

Minha maquiagem estava simples, apenas delineador, rímel, batom essas coisas bem básicas.

– Estou pronta! – disse abrindo a porta do quarto para mostrar a Karin.

– Parece uma modelo! – disse com brilho nos olhos, fitando-me dos pés a cabeça. – Eu já arrumei suas coisas, estão tudo na mala. Irmã, você vai ser a primeira a chegar lá, toma cuidado com o que faz. Tudo em você vai ser avaliado. Não pense que pode esconder algo, eles vão descobrir de alguma forma. NÃO FALE ASNEIRAS PARA JEON JUNG-KOOK! E... Boa sorte, S/n. Você vai ganhar sua linda! – disse abraçando-me por um longo tempo.

Depois de nos separar, eu peguei minhas coisas e coloquei tudo junto na porta de casa, para facilitar quando eles chegassem.

Depois de uns quinze minutos a limousine parou na minha porta, fazendo meu coração parar.

– Está na hora, S/n – minha irmã falou enquanto pulava nervosa. Ela me abraçou pela ultima vez e sorriu segurando minhas mãos. – Boa sorte, irmã!

Nosso momento foi interrompido quando a campainha foi tocada. Eu fui atender sabendo que era o motorista indo me buscar, mas quando abri a porta eu me assustei.

– O-Olá? – digo corando fortemente.

– Prazer, Jeon Jung-kook – ele disse sorrindo pra mim.

Eu não consegui dizer nada, eu realmente não tinha o reconhecido. Ele era muito mais bonito pessoalmente.

– Eu vim te buscar, onde estão suas coisas? – disse ele ainda me olhando no fundo dos olhos.

– É-É pesado... – eu falei saindo da frente mostrando onde se encontrava as malas.

Ele passou pela porta e pegou TODAS AS MALAS AO MESMO TEMPO.

– Eu suporto – disse andando com elas nos braços em direção a limousine. – Você é diferente pessoalmente, S/n. É ainda mais bonita.

Eu simplesmente abaixei a cabeça completamente corada, com vontade de cavar um buraco ali mesmo e me esconder.

– O-Obrigada...

– Venha. – Ele me estendeu a mão e eu a segurei, completamente nervosa, com o coração na mão. A mão dele é tão quente e macia, acho que estou no céu. – Por que está tão nervosa?

– P-Porque você é nada menos do que Jeon Jung-kook. Qualquer uma ficaria assim... – disse acompanhando ele até a limousine.

Ele riu um pouco e entramos na limousine.

Ele sentou ao meu lado, eu fiquei tão feliz que não pude deixar de dar um grande sorriso.

– S/n? Por que está sorrindo assim do nada? – ele perguntou me fitando.

– Não é nada – eu disse olhando para ele também.

Ficamos nos fitando por muito tempo, sem falar nada. Até que eu tomei iniciativa.

– Você vai buscar todas assim, pessoalmente? – perguntei olhando pra ele.

– Não. Nem era pra eu estar aqui, eu violei as regras – ele disse sorrindo.

– Por que veio então?

– Estava curioso, você se vestiu exatamente como eu falei – ele disse rindo.

Eu não consegui falar nada, apenas desviei o olhar, tentando disfarçar minhas bochechas vermelhas.

Passamos o resto do caminho calados, às vezes eu olhava meu celular, mas para não ser constrangedor, não li as mensagens... 100 mensagens da Karin.

– Chegamos! – disse ele sorrindo. – Dica, seja você mesma. Não se preocupe com meu pai, ele vai gostar de você só por ser linda e pelo seu estilo.

Eu sorri ao receber o elogio e esperei para entrarmos na mansão.

Jung-kook me guiou até a porta da mansão, passamos pelo maravilhoso e enorme jardim. Acho que se alguém falar “Ache uma flor morta no jardim” seria impossível.

– Bem-vinda! – disse Jung-kook abrindo a porta e me guiando pela mansão.

ERA PERFEITA! Tinha um lustre maior que meu quarto no centro da sala da frente, os pilares que sustentavam tinham tons de dourado, combinando com o lustre que refletia sua luz entre os diamantes do mesmo, o lugar tinha duas escadas enormes, uma na direita do lugar e a outra na esquerda. No encontro entre as duas, em baixo tinha uma passagem a outro lugar e em cima ficava o maravilhoso lustre de diamantes e sustentações douradas.

– Meu... Deus – eu disse espantada com o que vi. – Estou no céu? – brinquei, mas na verdade eu estava falando o que achava mesmo.

– Vou apresentar-lhe ao meu pai – disse Jung-kook rindo da minha reação. Ele pegou em minha mão e me guiou. – Ele irá ficar muito feliz, se prepare para os elogios.

– Por que? – perguntei curiosa.

– Porque você é uma das únicas bonitas que vão estar aqui.

Eu corei fortemente, desde quando eu o vi, ele estava sempre falando que eu sou bonita.

– O-Obrigada... Estou nervosa – eu disse apertando um pouco mais sua mão, fazendo com que o mesmo olhasse em meus olhos.

– Confie em mim, ele vai te amar.

Eu apenas concordei com a cabeça e voltamos a andar.

Ele parou em frente a uma porta e bateu fraco apenas uma vez.

– Pai? – perguntou.

– Entre, Jung-kook – disse supostamente o pai dele, eu reconheci pela voz que ouvi demais em jornais.

Jung-kook abriu a porta devagar acenando para que eu entrasse. Eu entrei meio cabisbaixa, morrendo de vergonha.

– Essa é a S/n. Candidata de Seul – Jung-kook falou olhando para o pai.

– Aproxime-se mais, S/n – Sr. Jeon pediu enquanto apoiava seus cotovelos na mesa, cruzando as mãos logo em seguida.

Eu fui me aproximando dele morrendo quase, com medo de qualquer palavra que sair da boca dele.

Ele me fitou por muito tempo.

– Estou sem palavras – comentou, fazendo meu coração parar na hora. – Você é muito bonita S/n, não me decepcione com determinadas ações. Irei te testar, para ver se é mesmo digna de meu sobrenome. Você parece não ser um corpo e rosto perfeito, espero que eu realmente goste de você. Boa sorte. Meu filho irá mostrar onde será seu quarto, arrume tudo que quiser lá, você é livre pra tudo nessa casa, nesse período da Seleção, você será como minha filha. É sua casa. Faça o que quiser, com o que quiser, não precisa se preocupar.

Ele terminou de falar e dessa vez, eu estava sem palavras. Eu esperava uma bronca, mas veio tudo resumido em uma frase “Faça o que quiser em sua casa, sou seu pai agora”.

– O-Obrigada, Sr. Jeon.

– Tenha um bom dia, S/n! – disse sorrindo.

Jung-kook me pegou pelo pulso e me guiou até um quarto rapidamente.

– O QUE?! – ele mesmo exclamou. – Meu pai NUNCA falaria isso pra NINGUÉM! Ele nem ME deixa fazer o que eu quiser! Que inveja! – disse fazendo-me rir de sua cara. – Enfim, esse aqui será o seu quarto, não sei se reparou, mas na porta está escrito “S/n” e embaixo “Seul” na placa de ouro. Meu quarto é no andar de cima, quando quiser conversar, qualquer coisa, me avisa que poderá ir lá quando quiser. E como meu pai disse, decore seu quarto como quiser, é seu.

Eu observei aquele quarto com brilho nos olhos. Ainda não tinha nada, apenas um guarda-roupa enorme e vazio, uma cama gigante com uma cabeceira linda, uma sacada, uma mesa de vidro enorme e... Um piano de calda.

– UM PIANO! – eu gritei correndo até o mesmo e fazendo carinho.

– Você toca? – Jung-kook perguntou rindo e se aproximando.

– Sim... Minha mãe tocava e depois de acontecer eu comecei a levar minhas aulas a sério – eu disse tentando não ficar triste, mas não adiantou.

Ele se aproximou e sentou no banco começando a tocar uma linda música. Depois de um tempo tocando, ele começou a cantar.

“Is it true? Is it true?

You, you

Neomu aleum dawo dulyeowo

Untrue, untrue

You You You

Gati meomulleo jullae?

Naege yaksok hae jullae?

Sondaemyeon nara galka, buseo jilkka

Geob na geob na geob na”

Eu não consegui dizer nada, mas as lágrimas que antes ameaçavam, agora escorriam pelo meu rosto.

– J-Jung-kook... – eu tentei falar, mas não consegui. Depois de um tempo eu consegui. – Me desculpa, isso é muito vergonhoso.

– Essa música, eu e meus amigos a compomos e estamos ensaiando. Chama-se Butterfly. 

– Minha mãe tocava e cantava pra eu dormir, a voz dela suave e eu me sentia nas nuvens. Eu nunca tinha me sentido assim de novo, quando você começou a cantar, aquela sensação voltou por alguns segundos.

Ele levantou do banco e me abraçou, o que me assustou bastante a ação repentina, mas logo depois retribuí o abraço, chorando ainda mais.

– Isso deve ser péssimo... – ele disse se afastando. Ele segurou minha mão e sentou na cama ao meu lado. – Eu sei que é chato perguntar isso, mas... Como foi a morte de seus pais?

Eu expliquei toda aquela história que já estava acostumada a cantar a todo mundo.

– E foi isso – digo sorrindo tristemente e olhando para o chão.

Ele ficou em silêncio, provavelmente pensando e com dó de minha pessoa. Depois de alguns minutos ele se levantou animado.

– Vamos animar um pouco. Quer que eu te ajude com o quarto? – disse estendendo a mão pra mim, a qual eu segurei.

Ele saiu correndo pelas escadas, ele corria tão rápido que eu não conseguia acompanhar.

– Mais devagar! Eu estou de vestido! – eu disse tentando pará-lo.

– Que pena a sua! – ele disse e continuou correndo, fazendo-me gritar ao quase cair.

Ele me levou de volta para a limousine, tinha me esquecido de minhas coisas.

Pegamos minhas malas e levamos de volta para o quarto, dessa vez andando.

– Vamos lá! – ele disse pegando uma das malas e colocando na cama.

Eu fiquei o observando, e se aquela for a mala das roupas íntimas?

– JUNG-KOOK ESPERA! – eu gritei antes que ele abrisse, sendo salva. – Vem cá. – Segurei seu pulso e o levei até um canto. – Fica aí! Tenho que falar com minha irmã.

Mensagem: S/n para Karin

“Qual a mala das roupas íntimas?! Responde rápido!”

Mensagem: Karin para S/n

“A rosa, ela é a única com chaveiro de sutiã, eu coloquei para diferenciar. RESPONDE MINHAS MENSAGENS ANTERIORES, SUA VACA!”

– Pronto.

Aquela era mesmo a mala que Jung-kook não podia abrir, obrigada Karin.

– Por que fez isso? Tem drogas aí e eu não posso ver?

– É pessoal. Jung-kook nunca poderá ver o que tem aqui.

– Agora fiquei curioso – disse ele se aproximando. – Me deixa ver – disse com uma cara de malandro. – Quer que eu comece a te ameaçar?

– Não. – Fui curta e grossa.

– Eu vou ver – disse ele passando por mim e abrindo a mala.

– NÃO!

– Já era.

Ele abriu e fingiu espanto. A única coisa que eu queria fazer era me esconder. Coloquei a cara entre as mãos, foi o momento mais vergonhoso da minha vida.

– Ah, S/n! Era só isso? – ele disse rindo e me abraçando. – Quanto exagero! Vá guardar suas roupas intimas, vou esperar tocando pra você.

Ele andou em direção ao piano de novo, deixando-me espantada. Eu pensei que ele ia olhar cada peça. Minha irmã vez questão de me fazer comprar roupas íntimas “sexy’s” como ela mesma falou, eu tinha que ficar “preparada”. Eu apenas ri da cara dela. Mas eu nunca esperava essa reação de algum garoto.

Eu guardei todas aquelas peças em meu novo guarda-roupas e me aproximei de novo de Jung-kook.

– Terminei – digo tocando com o indicador em seu ombro, como uma criança.

– Quero te ajudar com a decoração – disse ele me olhando. – Quero ver suas roupas também, vamos lá.

Ele se levantou e começou a ir em direção a cama de novo.

– Opa, opa! – eu disse entrando em sua frente, impedindo-o tocando com minhas mãos em seu abdômen. Consegui sentir os gominhos. – Você não pode vê-las, eu vou usá-las em nossos encontros. Ia perder a graça.

Ele me observou olhando em meus olhos.

– Guarde-as rápido então, quer que eu continue tocando? – perguntou voltando ao piano.

– Por favor.

– Cante pra mim? – pediu.