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História The Snow King - Park Jimin. - Chapter - Four


Escrita por: Claimim3855

Notas do Autor


Boa leitura, amores. Espero que gostem.

Beijos.😘

Capítulo 4 - Chapter - Four


Fanfic / Fanfiction The Snow King - Park Jimin. - Chapter - Four


S/n- On


Acordo em meu quarto. Levanto me da cama e vou até a sacada. Já era noite e eu não faço ideia de como eu cheguei aqui.


Lembro-me de todo o ocorrido de mais cedo e me sinto suja...


Vou para o banheiro e tiro toda a minha roupa. Encho a banheira, me olho no espelho e sinto... Repulsa.


Me vem à mente, o desgraçado rasgando o meu decote e tocando em meus seios contra a minha vontade...


Não sei ao certo o que eu sentia naquele momento. Estava dividida entre repulsa, ódio e desespero. Entro dentro na banheira e me encolho com a água quente. A qual, era reconfortante.


 Sinto apenas as lágrimas escorrendo.


De repente, lembro do homem que me salvou. Seus olhos, sua voz e...


A mesma frase dele...


Eu desmaiei depois de lembrar do menino de oito anos atrás.


Não seria possível... ou seria? Mas, e se ele for o Snow? Não, não tem como. Qualquer um, poderia falar igual a ele.


 O destino não seria tão bom comigo.


Enrolo-me na toalha e saio do banheiro. Escolho um vestido para dormir e me troco. Sento de frente para a minha penteadeira e escovo os meus cabelos. Me encaro no espelho e lembro do lenço...


Procuro em minhas gavetas o lenço que ganhei há oito anos, e o encontro com um pouco de dificuldade. Encaro-o em minhas mãos e vejo o nome Snow bordado no meio.


Você não é ele, certo? Não tem como você ser...


Ouço a porta do meu quarto ser escancarada, fazendo-me pular com o susto.


Era o meu pai...


Guardo o lenço na gaveta e o encaro. Sua expressão não era nada boa.


Pai- S/n, minha filha! Que história é essa que as pessoas andam falando? Você foi atacada por um lobo?! Mas, eles já não aparecem há anos! Você está bem? Está ferida? Ah meu Deus, venha aqui meu amor. - Abre os braços e vem em minha direção.


Eu não estava entendendo nada. Lobo? Que história é essa? Eu não me lembro de lobo nenhum, apenas o porco do Mason me atacando.


Franzir a testa encarando o meu pai, o qual, me abraçava apertado.


Pai- Minha princesinha passou por um momento difícil... Sinto muito por não ter te protegido meu amor. E quem mandou você ir para o bosque sozinha? Sabia que alguns bandidos pegaram o Mason e o despiram? Bateram nele e o jogaram no meio da mata. O pobrezinho chegou em casa coberto por folhas e com muito frio. - Suspira.


O que...? Que conversa torta e sem sentido era aquela? Eu não entendia nada do que saía da boca do meu pai.


Bandidos...?


Pai- Por que você não está falando nada? Ainda está muito assustada? O Homem que te encontrou foi muito gentil e cavaleiro em te trazer até aqui.


Espera... Ele veio até aqui? Foi ele que inventou toda essa história?


- Pai, o que esse homem disse? Como era a sua aparência? Foi ele que contou o que aconteceu comigo?


Pai- Eu ainda não sei cem por cento da história, quem sabe é a sua mãe. Mas, ela disse que ficou desesperada quando um desconhecido entrou no bar carregando você nos braços, enquanto estava desacordada. Ela pensou por um momento que poderia ter sido o ataque de um dos reinos inimigos.


Franzi a testa prestando bastante atenção em suas palavras.


Pai- Ele disse que estava passando pelo bosque quando viu algo estranho no chão, e era a sua cesta. Ele se aproximou e te viu correr enquanto um lobo tentava te pegar. Mas, infelizmente, você bateu a cabeça numa árvore e apagou. Ele conseguiu por sorte, assustar o lobo e pegar você antes que o animal voltasse. Foi Deus que enviou esse homem. - Aperta mais o abraço.


Que história mais esfarrapada... Eu não creio que os meus pais acreditam nisso.


Pai- Você não se lembra de nada? - Pergunta olhando em meus olhos.


Não posso simplesmente falar o que realmente aconteceu. Conhecendo o Mason e a sua família “rica”, ninguém acreditaria em mim...


Por quê? Simples. Eu sou a parte mais fraca da história. Resumindo, sou mulher.


A melhor coisa que eu tenho para fazer agora, é mentir e reforçar para as pessoas “acreditarem” nessa história sem pé e cabeça.


- Não, pai. Eu não me lembro de nada.


Aquele desgraçado do Mason vai ficar impune? Mesmo depois de tentar abusar de mim? Até quando esse mundo em que a gente vive permanecerá assim?! E por que o homem que me salvou não contou a verdade...?


Tenho certeza, que se ele falasse, acreditariam nele.


Ou não... Lembrando bem de suas roupas, ele não tinha cara de ter muito dinheiro. Então, tecnicamente, o chamariam de mentiroso e o acusariam no lugar de Mason.


É engraçado esse mundo, não?


Saio dos meus pensamentos ao ouvir o meu pai.


Pai- Vem, vamos jantar. Sua mãe fez sopa de broto de feijão. A sua favorita. Vem.


- Como era o homem que me trouxe, pai?


Queria muito saber se ele havia tirado todo aquele tecido cobrindo o seu rosto, ou se continuou de forma misteriosa.


Pai- Eu não sei filha. Quem sabe direito é a sua mãe. Mas, ela disse que ele aparentava ter a minha idade. Tinha barba e uma expressão muito séria.


Expressão séria e idade do meu pai...


- Ele não estava com o rosto coberto?


Pai- Não. Por que ele estaria? Aconteceu mais alguma coisa que eu não sei? - Pergunta sério.


- Não, esquece. Eu estou confusa. Vamos jantar.


Preciso de mais respostas. Tenho que ter certeza de que aquele homem não é ele. Se ele aparenta ter a idade do meu pai, com certeza não é o Snow. Ele não teria envelhecido tanto em apenas oito anos. Impossível.


Desço para a cozinha junto de meu pai. A senhorita Jasmine me ver e se surpreende. Logo, vem em minha direção com os braços abertos.


Jasmine- S/n minha menina! Você está bem? Eu estava com a sua mãe quando você chegou desmaiada. Fiquei com o coração fraco quando te vi naquelas condições.


- Eu estou bem, Senhorita Jasmine. Não precisa se preocupar mais. - Retribuo o abraço.


Jasmine- É claro que precisa. Era para eu ter ido com você, não era para você ir sozinha. - Diz com arrependimento.


- Não se culpe atoa, Jasmine. Eu sempre fui sozinha ao bosque desde criança. Ninguém poderia prever que os lobos voltariam justo hoje.


Reforço a mentira que foi contada.


Mãe- Filha, meu amor. Fico muito feliz em saber que você está bem! Sabe o quanto eu estou me culpando? Era para eu ter ido, não você. - Diz quase chorando.


Desfaço o abraço da Jasmine e abraço forte a minha mãe.


- Para de querer levar a culpa por algo que a senhora não tem nada a ver. Eu que quis ir ao bosque em vez de servir as mesas, lembra? Então, a única culpada sou eu. - Sinto minha garganta fechar.


O único culpado é, e sempre será o Mason... Aquele porco desgraçado.


Pai- Está bem. Chega de arrependimentos, vamos comer. A S/n precisa se alimentar. Passou por coisas difíceis hoje.


Mãe- Seu pai tem razão, vem. - Me puxa para sentar ao seu lado.


Sento em meu lugar e percebo que a sopa já estava posta sob a mesa. Pego a colher e começo a tomá-la. Como sempre, a sopa da minha mãe estava impecável.


Todos estavam em silêncio quando eu decido quebrá-lo.


- Mãe, como era o homem que me trouxe em casa?


Pai- Por que insiste nessa conversa, S/n? - Pergunta como se estivesse desconfiando de algo.


Preciso mentir de novo...


- É que... Se um dia ele voltar, ou o encontrar por aí, gostaria de agradecê-lo por ter salvado a minha vida. - Desdobro.


Vejo o sorriso de orgulho em seus lábios.


Pai- Está vendo Cristina? Criámos e educamos bem a nossa menina. - Sorrir enquanto tomava a sua sopa.


Mãe- Eu não gosto de tocar nesse assunto, mas, vou fazer por você, minha filha.


Concordo com a cabeça.


Mãe- Bem, o homem que veio aqui, se chama David. - Fala com muita certeza.


Pai- Você sabia do nome dele e não me contou? - Meu pai parecia bravo.


David...? Então o seu nome é David?


Diferente...


Mãe- Eu tive que perguntar. Não acreditaria em nada em que aquele homem falasse se não me dissesse o seu nome. E se ele tivesse tentado abusar da minha filha e inventou toda essa desculpa? Ele não teria coragem de me falar o seu nome e muito menos, onde ele mora.


Espera... Ela sabe onde ele mora?


Meu coração ficou acelerado.


- A senhora sabe onde ele mora?


Mãe- Sim, querida. Não será necessário esperar ele aparecer. Amanhã mesmo, ele virá aqui para ver como você está.


Meu pai ficou de boca aberta.


Pai- Como é que você não me contou isso? Eu sou o pai dela, mereço saber de tudo também. - Fala inconformado.


Mãe- Você saberia se não tivesse saído correndo no meio da conversa. - Revira os olhos.


Pai- E ainda tinha mais? Eu pensei que você já tivesse acabado. – Confessa rindo.


Enquanto eles “discutiam”, só conseguia pensar no amanhã. Ele virá aqui...


Sinto minhas mãos formigarem de ansiedade. E se for ele... E se for o Snow?


Mas, o que me intriga é ele parecer ter a idade de meu pai. Ou... A barba pode tê-lo deixado mais velho... Sim! Eu não teria desmaiado com aquela frase. Nem todo homem seria tão igual quanto ele...


Ou seria?


Eu estou me iludindo? Sim. Mas, eu finalmente terei a chance de conversar com alguém que pode ser ele.


Termino o jantar e subo para o meu quarto. Vejo algo em cima da minha cama.


Um bilhete e... Um lenço?


Estranho... Quem colocou isso aqui?


Me aproximo e o meu corpo paralisa ao ver o quão igual era com o outro que eu tinha.


Seguro o bilhete tremendo por causa da ansiedade.


Sento-me na cama e abro o papel. Era da senhorita Jasmine...


Senhorita S/n, me desculpe por ter escondido isso de você. Mas, é que eu não poderia mostrar aos seus pais. Eles me interrogariam e poderia pegar mal para você. Uma moça que acabou de sofrer um atentado de um “lobo”, aparecer com um lenço com o nome de um homem... Seria confuso. As pessoas iriam falar da senhorita e... Sabe como as meninas ficam mal faladas com qualquer mentira espalhada. Não sei o que realmente aconteceu há oito anos, mas eu percebi que esse lenço é exatamente igual ao que você tem na sua gaveta. Peço que se cuide e por favor, não me dê motivos para me preocupar. Sabe que é como uma filha que eu nunca tive.


Eu não acredito...


Seguro o lenço e o abro em cima da cama, o deixando toda amostra.


Vejo o nome bordado em dourado, exatamente igual ao outro que tenho.


- Não pode ser... Eu... O encontrei?


Sinto o meu rosto molhado e percebo que já chorava.


Ah meu Deus! Eu o encontrei... Eu finalmente o encontrei...


Pulo de felicidade. Eu não queria acreditar. A ficha ainda não caiu.


- Eu te encontrei, Snow...


Paraliso ao lembrar de que ele virá amanhã de manhã.


- O que eu faço? O que eu visto? O que eu vou falar... Será que ele lembra de mim? É obvio que se lembra. Não tem como ele não lembrar. - Digo convicta.


Afinal, ele me salvou. E se ele ainda não me reconhecer, tenho certeza que é só mostrar isso... O lenço.


Deito em minha cama com o lenço em minhas mãos. Aproximo ele de meu rosto e sinto o cheiro. Um perfume maravilhoso...


A possibilidade de ter encontrado o meu primeiro amor, me fez esquecer por um momento, o que havia se passado mais cedo.


Fico numa posição confortável e fecho os olhos para dormir.


[...]


Acordo com fortes batidas em minha porta.


Mãe – S/n? Minha filha, acorde. Precisa se arrumar rápido!


Que horas são? Eu não conseguir dormir mesmo depois de tentar. Preguei os olhos quase de manhã.


Levanto me e vou até a porta. Abro e vejo a minha mãe se espantar.


Mãe – Não dormiu direito? Está com a cara péssima.


- Não sei o que houve, acho que fiquei preocupada com o que aconteceu ontem. -Tento disfarçar.


Mãe – Bom, precisa se ajeitar rápido. O homem que te salvou está lá em baixo a sua espera. Ele veio saber se você está bem. E claro, você deve agradecer querida.


Sinto o meu coração palpitar de ansiedade.


- Claro, mamãe. Vou sim. Acho que foi por isso que eu não conseguir dormir. Preciso agradecê-lo.


Mãe – Vou descer e te esperar no bar. Não demore muito.


- Sim, senhora.


Fecho a porta e seguro me para não gritar. Meu Deus, ele já está aqui...


Corro para o banheiro.


Alguns minutos depois de esfregar bastante a minha pele, eu já estava tomada banho e perfumada da cabeça aos pés. Escolho o meu melhor vestido. Arrumo bem o meu cabelo e passo um pouco de maquiagem. Quase não era perceptível.


Me encaro em frente ao espelho e vejo que o resultado estava maravilhoso.


Pego um dos lenços e desço para o bar.


Chegando na entrada, recebo a atenção de todos ali. Inclusive, de um homem não tão velho, mas também, não tão jovem. Seus cabelos eram loiros, mas numa tonalidade escura. Ele me olhava dos pés a cabeça.


Vejo minha mãe se aproximar.


Mãe – Filha, você está linda. Acho que sem dúvidas, ele aceitará seu agradecimento. – Fala animada.


Ela me guia até a mesa cinco e chama o homem para sentar-se com a gente.


Mãe – Bom, irei preparar um chá para vocês.


O homem estava sério e calmo. Também não falava nada, até a minha mãe sair.


Homem- Bom dia, senhorita S/n. Me chamo David, acredito que tenha ouvido falar de mim. Vejo que está deslumbrante como o sol. – Sorrir para mim.


Sinto um calafrio...


Ele estava me cortejando? Retribuí o sorriso.


David- Acredito que tenha algo para me falar. Seus pais me disseram que queria agradecer por ontem. - Encara os meus olhos de forma estranha. 


Sua voz... Era estranha. Não parecia ser a mesma de ontem.


Mas, talvez, seja pelo tecido que abafava muito.


- Bom dia, eu queria te agradecer por ter salvado a minha vida ontem. Eu não sei nem como lhe agradecer. – Falo com sinceridade, enquanto sorria.


David- Não tem problema. Faria isso de novo, se... A moça fosse linda igual a você. - Pisca para mim. 


Ele parecia mais solto... E mais “aberto”.


Meu sorriso se desfaz ao sentir sua mão sob a minha.


Sinto uma aflição se instalar em meu corpo.


O que estava errado?


- Bem, é... David. Por que inventou a história do lobo? E o que fez ao nojento do Mason é verdade? Deveria ter falado a verdade para os meus pais. Ele não pode ficar impune pelo o que fez. Se for por insegurança, tenho certeza de que meus pais acreditariam em você sem dúvidas. Já que me salvou anos atrás.


Vejo suas sobrancelhas arqueadas e sua testa franzida.


- Ele tentou me agarrar, sabe que isso é um ato desumano...


David- Senhorita, eu...


- Lembra desse lenço, Certo? Você me deu oito anos atrás. Disse que viria me encontrar de novo...


David- S-Sim... Eu te dei. E acredito que foi no mesmo bosque...


Sim! Meu coração estava casa vez mais acelerado.


- Sim! Foi exatamente isso. E ontem, você deixou outro comigo. – Mostro o bordado do lenço. – Snow é o seu apelido?


David- Sim. Minha mãe me chamava de flocos de neve.


Abro um sorriso de alegria. Era ele!


Talvez, essa sensação ruim seja apenas o nervosismo.


- Me diz, o que você quer fazer, depois de ter me encontrado. Você disse que... – Sou interrompida.


David- Olha, em relação a nossa... Nossa... - Tenta buscar as palavras. 


- Promessa?


David- Isso. A nossa promessa, eu não lembro muito bem. Mas, eu não quero problemas.


Meu sorriso se desfaz.


O que...?


Será que eu entendi errado?


- Você... Você não se lembra?


Meu peito estava doendo...


David- Não. Quer dizer, sim!


Por que eu não conseguia acreditar? Suas palavras pareciam tão sinceras... E ao mesmo tempo tão... falsas.


David- Olha... “Droga, ninguém me falou que seria tão difícil...”. – Fala muito baixo, quase inaudível. 


Mas eu ouvir muito bem...


David- O que eu realmente quero falar, é que você... Meu Deus. Como isso é difícil.


Franzi a testa olhando para o homem. Eu não entendia nada.


David – Em relação a ontem, você bateu forte demais a cabeça. Não aconteceu nada com esse tal de Mason. Acho que pelo o medo, você delirou.


Olho incrédula para ele.


- Você está dizendo que eu estou louca? Eu sei muito bem o que aconteceu naquele bosque. Não tem como eu ter inventado aquilo tudo na minha cabeça. Por que está mentindo?


Só me vem uma coisa na cabeça... Dinheiro.


- Eles... Te pagaram não foi? – Pergunto não querendo acreditar. 

 

Ele olha rápido em volta, para se certificar de que ninguém prestava atenção. 


David- Olha, eu não quero problemas. Acho que a senhorita bateu a cabeça forte demais. Ou, deve ter sonhado. E outra, não deveria apenas me agradecer? Eu salvei a sua vida! – Fala um pouco grosso, de modo que as pessoas não percebessem.


- Não, você não é ele. Você não é o Snow que eu conheço...


David- Garota, olhe aqui. Eu não me lembro do que realmente aconteceu oito anos atrás. Não tem como eu me lembrar de você e faz o favor de esquecer de tudo, e desaparecer com este lenço.


Ele...


Ele... Não se lembra de mim?


Como...? Como ele tem coragem de me pedir para fazer isso?


- Você... Pediu que eu guardasse como se fosse a minha vida... Disse que ele era importante...


Falo com muita dificuldade, sentindo a decepção.


David- Eu mentir. Eu só queria causar uma boa impressão. Eu era um garoto!


O que? Que pesadelo era esse?


- Então, você...


O que era isso? Eu não conseguia falar. Estava em choque.


David- Olha, eu não quero ser grosso. Mas, eu tenho família e...


Isso foi como uma adaga em meu coração. Sinto os meus olhos lacrimejar.


Imediatamente, puxo a minha mão. A qual, estava em baixo da sua.


- Família...? – Pergunto desacreditada. Eu esperei esse tempo todo por você... Eu seguir com a promessa de te esperar...


Sinto a lágrima descer.


David- Não fique triste. Por favor... Desculpe se te machuquei, mas é que eu realmente não me lembro de você. Tenho uma esposa linda e filhos maravilhosos. Não quero que isso dê problema para mim. Mas... Se você ainda quiser me ver... Podemos...


Foi o suficiente para mim...


Eu o olhei incrédula.


- Meu Deus... – Sorrio sarcástica. - Eu não fazia ideia de que tinha me apaixonado por um idiota...


David- Além de salvar a sua vida, eu ainda tenho que te ouvir me xingar? E a consideração?


- Foi para o ralo, quando insinuou que eu pudesse ser a sua amante...


David- Eu sei que isso não é lá essas coisas, mas eu poderia te fazer feliz... – Toca em minha mão. – Eu posso ser quem você quiser... – Sorrir de forma suja.


Eu sentir repulsa e nojo. O mesmo misto de emoções negativas que eu sentir com o Mason...


Puxo a minha mão com força, o fazendo me olhar confuso.


- Você é pior que ele... – O encaro com desprezo.


David- O que pensa que irá fazer? Se tentar falar alguma coisa que não seja sobre o lobo, eu garanto que o seu nome e o da sua família ficarão sujos. Pior que a sarjeta...


- O que...? Você... – Engulo em seco. O nó na garganta estava doendo.


Meu Deus... Isso não pode ficar pior...


– Não se preocupe. Eu irei te esquecer e deletar da minha vida. Se tem uma coisa de que eu mais me arrependo, é de um dia, ter me apaixonado por você...


Saio correndo do bar, o deixando sozinho na mesa.


Eu chorava. Mas, chorava em silêncio. Passava pelas ruas e as pessoas me encaravam.


Mesmo chorando em silêncio, com uma expressão séria, minhas lágrimas insistiam em cair.


Ouvir uma menininha perguntar para mãe, o porquê de eu estar chorando.


Você tem sorte por não saber...


Ele tinha família... Uma esposa linda e filhos...


Não se lembra de mim...


Não quer nada comigo...


E o pior... Nunca me amou...


Eu não sabia para onde eu estava indo, só queria seguir em frente.


Uma família...


Não saía da minha cabeça.


“Eu não me lembro de você...”.


“Eu não quero problemas...”.


“Eu tenho uma esposa linda...”.


“Mas, se você quiser, podemos...”.


Ao lembrar desta frase, apenas desta frase, gemi sentindo uma dor no peito.


Ela era tão grande... Tão forte e aguda...


Doía... Doía mais que tudo. Nunca imaginei que procurar por alguém, que eu amei tanto, seria tão doloroso.


Eu me arrependo por ter sido egoísta e ter pensado, que por um momento, eu poderia ser feliz com aquele garotinho que me salvou...


Mas o pior, não era ele ser um babaca. É descobrir que em nenhum momento, ele se importou comigo... É saber que aquele Snow, nunca existiu...


Ele nem se deu ao trabalho de me procurar, ou lembrar...


Olho para a minha mão e eu segurava o lenço.


- Lenço idiota! – Jogo ele no meio da rua.


Você não passa de uma fracassada! Iludida...


Por quê...? Por que, isso está acontecendo comigo?


Por que o destino... É tão cruel com quem é bom?


O que eu faria? Qual seria o meu propósito? Eu vivi até agora, a espera de poder encontrar ele, e quando eu finalmente conseguir...


Descubro que o meu primeiro amor, nunca existiu. Tudo foi coisa da minha cabeça...


Sinto uma dor insuportável no peito. Levo a mão até o local e paro, sem conseguir me mexer.


?- Saiam da frente! Vossa alteza está passando!


Não tive tempo para me mexer, apenas sentir o meu corpo esbarrar com o de um guarda real, fazendo-me cair em cima de uma barraca de frutas.


- Ah! – Caio feio espalhando as frutas.


Sinto os meus braços arderem e percebo que me machuquei.


?- Minhas frutas!! Olha por onde anda, sua retardada!


Estava desnorteada. Eu não fazia ideia do que estava acontecendo.


- Sinto muito senhor! Sinto muito mesmo. Eu... Eu não vi... É que eu...


Vendedor- Eu não quero saber, vai pagar pelo meu prejuízo! Está cega sua louca? Não viu que a rua estava interditada?


Interditada?


Olho ao redor e vejo que apenas eu, estava no meio do vexame. Algumas pessoas riam da situação e outros me olhavam com cara de desprezo.


Eu estava na praça principal? Andei tanto assim?


Ainda estava caída no chão, enquanto o homem brigava comigo.


Guarda real- Silêncio, todos vocês!


Olhamos em direção e vimos um guarda se aproximar.


Guarda real- Vocês estão presos por causar tumulto!


Arregalo os olhos ouvindo o que o guarda falava.


- Presa...?


Além de passar por toda aquela desilusão, ainda serei presa...?


Mesmo depois de ser abusada ontem, por um porco...


Poxa... A minha vida se tornou “perfeita”.


Um lixo, perfeito.


Deixo uma lágrima cair.


?- Está exagerando, guarda.


Guarda- Vossa alteza! – Se curva diante dele. – Todos se curvem diante de vossa alteza, príncipe Jimin!


Todos fizeram, até mesmo o vendedor. Curvei apenas a minha cabeça, em forma de respeito pela família real.


Percebo uma sombra se formar diante de mim e vejo os sapatos de couro.


P.Jm- A senhorita, está bem?


Não o encaro, não tenho coragem de levantar a cabeça para o olhar.


Eu estava ferrada... O que os meus pais iriam pensar de mim? E a senhorita Jasmine? Eu já dei tanta preocupação ontem para eles...


P.Jm- Não precisa ter medo, ninguém irá te machucar. Eu prometo...


Aquela sensação de nostalgia... Sinto o meu coração acelerar.


Só percebo que o príncipe havia se ajoelhado, quando o sinto tocar em meu queixo.


P.Jm- Eu gostaria de ver pelo menos o seu rosto, senhorita. Seria ruim se você recusasse ver o rosto do futuro rei de Cristal. – Sinto a minha cabeça ser levantada com cuidado.


Demoro uns segundos para abrir os meus olhos, mas quando o faço, fico hipnotizada.


Seus olhos pareciam o mar... E ao mesmo tempo, um cristal azul. Eles eram perfeitos e familiares. Mas, de onde eram eles? Onde os vi pela primeira vez?


Sou tirada dos meus pensamentos, ao prestar atenção em sua feição. O príncipe me encarava com curiosidade e um tanto, surpreso.


P.Jm- O destino não poderia ser mais traiçoeiro e previsível que isso... – Vejo seu sorriso de canto.


Fico confusa.


P.Jm- Acho que eu finalmente encontrei...


Continua



Notas Finais


Mais um para a conta...


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