História The stylist - Jung Hoseok (J-hope) - BTS - Capítulo SETE

Depois que os meninos se limparam, pois, estavam todos muito suados, retornaram para a sala. Hoseok já estava como eu o conhecia: cabelo de cuia, uma blusa de mangas cumpridas e sem maquiagem alguma no rosto. Agora sim, você parece o retardado que é.

Quando começamos a assistir uma comédia, já que dá última vez havia sido um de terror, não aguentei o tédio, pois o filme era extremamente sem graça alguma. Bem diferente de Jimin, Taehyung e Hoseok que estavam dando muitas risadas. Levantei-me e fui para meu quarto. Suga veio atrás de mim e nós falamos um para o outro o quanto o filme era chato. Ele estava em pé e eu disse que ele poderia sentar em minha cama, apesar de mostrar um olhar receoso ele acabou por ceder e sentou na ponta.

- Você quer assistir um filme? – Perguntei mudando os canais e fitando a televisão.

- Prefiro conversar.

Desliguei a televisão e sentei na poltrona que havia próximo a parede de meu quarto – eu havia percebido o quão desconfortável ele tinha ficado em sentar em minha cama, portanto, não quis deixa-lo ainda mais.

- Ótimo. Sobre o que você quer conversar?

- Não sei... Me fale sobre sua vida no Brasil.

- Bom... – Olhei para o teto como se fosse encontrar algo para falar escrito lá em cima. – Nunca foi fácil, mas era uma vida boa. E como era sua vida antes de entrar para o BTS?

Nós conversamos muito e não percebemos as horas voando. Como a porta de meu quarto havia ficado aberta, vi quando os meninos passaram para irem a seus aposentos. Com certeza o filme já havia terminado. Rap Monster entrou, se jogou na cama e começou a falar de uma maneira muito séria sobre o filme. Jimin, V, Jin e Jungkook também entraram, nós conversamos bastante sobre o filme e depois sobre muitos outros assuntos variados. Não vi sequer Hoseok passar, mas também, a conversa estava muito interessante para ficar olhando para a porta.

A mesma rotina de sempre se sucedeu por uma semana. Hoseok era o único com quem eu não conversava, com ele apenas proferia cumprimentos de bom dia, boa tarde e boa noite. Eu acho que estava de bom tamanho.

(...)

- (S/N), o Hoseok está com um problema aqui. – Rap Monster falou passando a mão por sua barriga. Eu me levantei e continuei a lhe escutar. – Eu sei que você não fala muito com ele, mas... – Ele pausou. – Pode ficar de olho nele durante o dia?

Dei um leve suspiro e abri um sorriso.

- Claro Namjoon! – Afinal de contas, eu não iria negar minha hospitalidade brasileira só porque não vou com a cara do rapaz. – Não se preocupe.

Os seis membros saíram como sempre e eu fiquei na sala do ateliê. Seja profissional, (S/N)! É só ir lá e perguntar se ele quer alguma coisa. Confesso que estava com dó de Hoseok, pois ele teria que passar um dia comigo e eu sei que ele também não gostava de mim. Também seria difícil para ele. Caminhei com passos leves até seu quarto e bati duas vezes antes de abrir a porta.

- Hoseok? – Falei parada segurando a porta. Ele abriu os olhos. – Me desculpe, não sabia que estava dormindo. Volto depois.

- Não, espere. – Ele se apoiou em seus cotovelos para se levantar um pouco mais. – Olha, não precisa cuidar de mim. Eu sei que você não vai com a minha cara. – Ele falou isso e eu engoli seco. Foi estranho porque nós nunca tínhamos falado isso abertamente um para o outro, então ainda pensava na possibilidade de que ele talvez não achasse isso. – Não precisa gastar seu precioso tempo comigo.

Sim, Hoseok você está certíssimo! Por um momento desejei concordar com ele e sair dali, mas me lembrei de uma singela frase que ajudaria muito a me manter no emprego: Seja profissional, (S/N)!

- Você deve estar delirando devido a doença. Você quer água?

- Eu só estou com diarreia e não com a peste bubônica. – Lá vem ele com sua sinceridade espontânea. – Vou aceitar a sua água.

- Como você sabe que não está com a peste bubônica?

- Pare! – Ele levou as mãos aos olhos e eu ri de seu medo.

Saí do quarto e fui até a cozinha onde enchi um copo com água, também coloquei água para ferver, pois iria lhe fazer um chá. Ele bebeu a água muito rápido, devia estar desidratado de tanto ir ao banheiro.

- O que você comeu hein? Você está mais pálido do que o normal. – Falei e encostei uma mão em sua testa. Ele quase não permitiu, mas como estava deitado, não tinha para onde correr. – Você está gelado, Hoseok. – Sua temperatura realmente me preocupou.

- Eu não lembro de ter comido nada anormal. – Ele falou molhando os lábios, que por sinal, estavam bastante secos.

Saí do quarto sem lhe responder e fui preparar o chá, pois a água já havia fervido.

- Não acredito que você me fez um chá. – Ele falou mostrando um pouco de animação.

- Tome todo, acho que vai lhe fazer bem. Se você não melhorar em duas horas, serei obrigada a te levar ao hospital. – O encarei enquanto ele provava o chá.

- Argh! – Ele reclamou. – Você não pôs açúcar?

- Hoseok, você está doente da barriga. – Ele arqueou uma sobrancelha e continuou a tomar o chá, fazendo caretas.

Sentei na ponta de sua cama e fiquei o encarando para que ele bebesse o chá inteiro. Quando ele acabou, pôs a xícara no criado-mudo e deitou-se mais confortavelmente. Seus olhos estavam pesados e então ele logo adormeceu. Tão sereno enquanto dorme, nem parece que é uma matraca quando está acordado. Você é perfeito quando dorme, Hoseok. Afastei os pensamentos para longe, peguei a xícara e depois retornei ao trabalho.

Antes de checar Jung mais uma vez, preparei uma sopa de vegetais. Quando entrei em seu quarto, ele ainda adormecia pleno do mesmo jeito que eu o havia deixado. Me aproximei e lhe encarei mais de perto. Mas que droga, essa pele está me convidando para senti-la. Parece tão macia. Toquei. Que droga, ele acordou. Me afastei rapidamente.

- O que foi? – Ele perguntou desorientado.

- Nada. Eu vou pegar o seu almoço.

Sai do quarto muito apressada e fiquei na cozinha até que a sopa ficasse pronta. Depois de alguns minutos, coloquei em um prato e levei para Hoseok. O jovem sentou-se na cama, encheu uma colher e levou até a boca.

- Está deliciosa! – Ele falou sorrindo. – Foi você mesmo que fez?

- Claro que foi. Eu sei cozinhar, ok Hoseok?

Ele continuou a comer e eu ia me dirigindo para a saída do quarto. Ia almoçar na cozinha, pois estava faminta.

- Ei! – Ele berrou. – Aonde você via?

- Almoçar.

- Traz seu prato pra cá também. – Nós ficamos calados. – É que não gosto de comer sozinho.

Ok então, estranho. Nós comemos juntos e eu estava sentada no chão com as costas encostada na porta, de frente para ele.

- Eu estou me sentindo muito melhor, (S/N). Seu chá e sua sopa me curaram.

- Não vá comer porcarias só porque acha que está melhor.

- Sim, doutora. – Ele fez um sinal de continência e sorriu. Não tive como não rir disso, também – Eu adoro essa série. – Ele agora observava a televisão, que passava The Office.

- Eu também!

Começamos a falar sobre a série na mesma hora, muito afoitos, queríamos mostrar que éramos fãs verdadeiros e que acompanhamos todos os episódios. Automaticamente, me sentei no chão de frente para a televisão com as costas encostada na cama de Hoseok. Já ele, deitou-se de barriga para baixo apoiando seu queixo em suas mãos, de onde assistia a série. Ele estava bem acima de mim.

Depois de muitos episódios, já que cada episódio tem menos de 25 minutos, nós percebemos que as horas passaram muito rápido. Me levantei às pressas, pegando os pratos, copos e a xícara de Hoseok.

- (S/N)! – Ele mais uma vez berrou antes que eu saísse do quarto.

- O que foi?

- Até que você é legal. – Ele sorriu e eu o retribui.

Continuei meu trajeto e ajeitei toda a bagunça em que a cozinha se encontrava. Depois voltei ao ateliê. Voltei ao trabalho antes que escurecesse e continuei de onde havia parado.

Sabe Hoseok, você também não é tão chato. Ri comigo mesma.

Os outros voltaram, foram ao quarto de Hoseok e fizeram muitas brincadeiras com o mesmo a respeito de sua dor na barriga. Ele estava bem melhor do que de manhã. Tinha um pouco mais de cor em suas bochechas redondas.

- Foi muito difícil? – Suga apareceu na porta do ateliê, com as mãos no bolso.

- O que? – Me virei abaixando os óculos.

- Ter que passar um dia inteiro com o Hoseok.

- Foi um pesadelo terrível. – Ri. – Estou brincando, Yoongi. Se eu dissesse que foi fácil, você acreditaria?

Suga entrou no ateliê e se deitou no sofá que os meninos costumavam sentar. Iniciamos uma conversa. Ele me falou sobre seu dia e eu lhe falei sobre o meu, o qual, foi estranhamente calmo.