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História The suicide girl - Capitulo 4


Escrita por: HannaMarin1000

Capítulo 4 - Capitulo 4


Fanfic / Fanfiction The suicide girl - Capitulo 4

  

      "Os cortes liberam endorfina, endorfina alivia a dor"

Vocês não sabem muito sobre mim, e muito menos sobre meu irmão ou família, e ágora estou decidida a falar um pouco de meu irmão a vocês!

   Marcos sempre foi um menino alegre e espontâneo, mas não com todos, só com alguns, na maioria a família e os amigos, Marcos era meu melhor amigo, eramos inseparáveis, vivíamos sempre juntos, éramos literalmente inseparáveis, eu era feliz enquanto Marcos estava vivo, eu sorria de verdade, quando as pessoas perguntavam se eu estava bem eu respondia que sim com sinceridade, as cicatrizes em meus braços, nem haviam sido feitas, porque não era necessário, Marcos era meu confessor, a ele eu simplesmente tudo contava...
   Agora não tenho mais Marcos,  e agora me sinto a vontade o suficiente para dizer quando e como perdi meu irmão.
   Perdi Marcos a mais o menos quatro anos, não conto ao certo porquê não gosto de lembrar o dia da morte de meu irmão, eu deveria ter morrido também, isso não é hexageiro, e não estou fazendo drama, eu literalmente devia ter morrido no dia que Marcos morreu, eu estava com ele, na verdade eu deveria estar, por dois minutos  ou mais eu não morri, eu estava com Marcos no mercado comprando doces, e ao sair percebi que havia deixado o celular dentro do mercado sem querer e ele me mandou voltar para buscar e disse que me esperaria lá fora, eu assenti e fui buscar o celular, entrei e fui ate o caixa onde havia esquecido o celular a moça me entregou o celular quando eu estava saindo ouvi  dois tiros, vi duas pessoas em uma moto, e após os tiros vi meu irmão cair no chão e as pessoas da moto saírem as pressas, no momento eu fiquei  sem reação, não sabia o que fazer, ficar ali parada ou ir ate meu irmão, ir ate meu irmão ou entrar no mercado para pedir ajuda, eu não sabia o que fazer eu era apenas uma criança, só tinha 12 anos e havia visto meu irmão ser morto a tiros na minha frente.                                                   

    Só consegui reagir depois de dois minutos, e me pergunto ate hoje se aqueles dois minutos não poderia ter salvado a vida de meu irmão, minha mãe diz que não, mas eu desconfio que sim. quando consegui reagir fiquei  histérica. chorei, corri ate Marcos, gritei e por fim sentei ao chão pondo a cabeça dele em meu colo e mexendo em seus cabelos enquanto pedia para ele não me abandonar, pedia para que ele não me deixasse, ate que ele olhou para mim com os olhos quase fechados e disse
  - Não se preocupe pequena eu vou estar sempre com você... - Ele fez uma pequena pausa então prosseguiu - Eu te amo pequena... - E então Marcos deu seu ultimo suspiro, fechou os olhos e sorrio levemente.

   Foi a ultima vez que vi o sorriso de meu irmão, logo após ele falecer começaram a aparecer pessoas, as pessoas começaram a sair do mercado e de aproximar, todas ela gritavam coisas como  "O que aconteceu?" , "Isto é algum tipo de brincadeira?" , "Quem fez isso?", "Como isso aconteceu?" . E coisas desse tipo, eu nada disse, não desviei meu olhar para as pessoas por um só segundo, ou me afastei de meu irmão ate os paramédicos chegarem, e eles só conseguiram me afastar de Marcos porque eu estava completamente paralisada.

   Enquanto os paramédicos checavam o obvio, a morte de Marcos, meus pais chegaram, não vi quando só percebi que haviam chegado quando senti alguém me abraçar e não precisei olhar a pessoa para saber que era meu pai. Ele tentou me confortar e dizer que tudo estava tudo bem, mas eu sabia que não estava e que nunca mais ficaria, eu me culpo pela morte de meu irmão todos os dias da minha vida, pois eu o chamei para ir comprar doces comigo, se ele não tivesse ido ainda estaria vivo.

   No dia após o velório e enterro de Marcos, todos estavam tristes, família, amigos, nosso gato de estimação o Tom que faleceu um mês depois da morte de Marcos, e mais triste que todos os outros estava eu, eu não havia comido quase nada desde a noite da morte de Marcos, com exceção de algumas uvas e uma maçã que papai havia me convencido a comer.

   Enquanto todos estavam na sala reunidos eu estava no quarto de Marcos, olhando suas coisas, enquanto vestia um de seus moletons favoritos que estava com seu cheiro, olhando as coisas de Marcos acabei encontrando uma carta que até hoje ninguém sabe da existência!

       "Mary, eu sei que passamos por poucas e boas, aprontamos muito e vivemos fazendo besteiras, gosto muito de todos esses nossos momentos juntos, mas nem sempre estamos juntos, e quando não estou com você estou fazendo coisas que não deveria fazer de forma alguma, mas não consigo mais evitar de fazer essas coisas, você é muito nova e eu não queria te falar nada disso agora.

Bem, nem agora nem nunca. Estou envolvido com algumas pessoas que não são boas influencias e faço coisas erradas com essas pessoas... vou parar de lhe enrolar e me enrolar e vou direto ao ponto, estou usando drogas Mary, e estou com algumas dividas.... Dividas altas que não consegui pagar, e se você está lendo essa carta e porque não estou mais com você. Porque fui embora para a minha proteção e a de toda nossa família, não se preocupe eu estou bem e mandarei notícias em breve, só quero que saiba que te amo muito maninha e que você é e sempre vai ser a minha pirralha preferida.

Beijos e abraços de seu irmão que te ama muito!

Ps: não mostre essa carta para papai e mamãe em hipótese alguma"

   Enquanto lia a carta algumas lagrimas escorriam por meu rosto mais eu tentava conter o choro pois não queria que ninguém viesse me ver principalmente agora. Dobrei a carta de Marcos e a guardei dentro do bolso de seu moletom que a partir daquele momento seria meu, seria uma forma pessoal de lembrar de meu irmão. Depois de um tempo sai do quarto de marcos e fui para o meu, me tranquei lá e tirei a carta do bolso do moletom, andei até uma parte de meu quarto onde tinha uma taboa solta no piso para que eu pudesse guardar o que julgo serem meus bens mais preciosos, tirei a taboa e pus a carta dentro da caixinha que estava ali fechei a caixinha e coloquei a taboa em seu lugar. Levantei do chão e olhei ao redor, precisava de algo para aliviar toda a dor que estava a sentir e lembrei de um episódio de Dtr. House em que ele fala algo sobre cortes aliviarem a dor, não física mais psicológica então caminhei até minha mochila e tirei de lá meu estojo abri meu estojo e peguei o meu estilete e o olhei por um tempo, depois disse a mim mesma, "eu preciso fazer essa dor passar", fui até o banheiro de meu quarto e comecei a me cortar, primeiro fraco e superficial e com o tempo tudo se tornou mais forte e profundo.


Notas Finais


Beijos de diamante.
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