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História The tale of the broken wing - Transgressão


Escrita por: Dodo_Hyuuga e ImperioAllHina

Notas do Autor


Hello, meus anjinhos! Como vcs estão? Lavandol as mãos, lendo fics legais e tomando água? Espero que sim!

Bom, apareci de novo com mais uma fic em parceria com o maravilhoso @Imperioallhina, esse projeto que me deixa incrivelmente honrada em fazer parte. Essa fic terá três capítulos, e é ligeiramente inspirada no filme "Tinker bell e o segredo das fadas", usando a história da rainha Claryon e do lorde Milori como base!

Gostaria de agradecer a @captivefox por toda a dedicação ao betar esse primeiro capítulo. Também agradeço a @moontears pela linda capa e banner, que ficaram as coisas mais perfeitas do mundo! E é claro, agradeço ao @Imperioallhina, por me inspirar em mais um desafio.

Sem mais delongas, boa leitura! :3

Capítulo 1 - Transgressão


Fanfic / Fanfiction The tale of the broken wing - Transgressão

Ser a rainha de Ryría, reino das fadas da luz, era uma dádiva imensurável. A escolhida nascia uma vez a cada dez mil anos no dia em que luz e trevas se encontravam, na noite do eclipse da fada mãe, Kaguya Otsutsuki. A rainha precisaria ser calma, inteligente e, acima de tudo, forte para lidar com as pressões que vinham juntamente com a coroa. Além disso, ela era presenteada pela deusa com as asas mais belas de todo o reino das fadas. Ser a monarca de Ryría era um presente!

E absolutamente exaustivo.

Hinata Hyuuga estava tendo uma bela tarde, sem qualquer tipo de estresse. Pela manhã, verificou se algumas escolas locais estavam com o plano de estudo e as aulas de vôo sendo eficazes para as pequenas fadinhas do reino; também visitou a padaria de Chouji Akimichi, a melhor fada confeiteira de Ryría, e acabou ganhando muitos pãezinhos gostosos. Ao chegar no palácio, apenas se sentou em seu trono, bebeu um chá quentinho e começou a ler um livro sobre a história da deusa Kaguya, a fada mãe. Tudo se encontrava na mais perfeita paz.

Contudo, assim que as portas da sala do trono foram abertas com brusquidão e Neji, seu primo e chefe da guarda real, veio voando segurando Hanabi, sua irmãzinha rebelde, pelo braço, a rainha soube que toda a tranquilidade havia chegado ao fim.

Me larga, Neji! — Hanabi pedia se debatendo, tentando se afastar do primo. A pequena estava suja e despenteada, o que deixou Hinata ainda mais confusa. — Eu não fiz nada de errado! Para de me tratar como uma criminosa!

— E quem infringe a lei é o que? — Neji rebateu, deixando evidente sua irritação. — Ser a princesa de Ryría não te coloca acima das outras fadas! Não pode fazer tudo o que bem entender!

— Neji, solte a Hanabi. — Hinata ordenou, serena, sendo imediatamente obedecida. — Alguém pode me explicar o que está acontecendo?

— A Hanabi cruzou a fronteira com o reino de Onyría.

Os olhos perolados da rainha se arregalaram e ela encarou a irmã, incrédula com o que escutou.

— Hina, acredite em mim, eu não estava fazendo nada de errado. Eu só estava brincando com algumas crianças de lá!

— Moleques. Ela quis dizer moleques. — Neji corrigiu dando um passo à frente. — Kiba a encontrou rodando na lama com alguns pestinhas do reino das trevas e ao que parece, não é a primeira vez que a Hanabi faz isso.

Oh, Hanabi…— a mais velha murmurou, decepcionada. Sem forças para continuar em pé, ela voltou a sentar-se em seu trono. — Hana, eu já te disse milhares de vezes que você é a princesa de Ryría. Você precisa dar o exemplo as outras fadas! Já pensou se algum mal te acontecesse naquela terra escura? Fadas de luz e fadas das trevas não podem se misturar. É a lei!

Hanabi voou até os pés de sua irmã, ficando de joelhos e segurando uma das mãos de Hinata. A face da mais nova estava imunda e, se não fossem essas circunstâncias, até seria engraçada.

— Minha irmã, olhe pra mim! Eu estou bem, estou inteira! Não há motivos para preocupações. As criaturas de Onyría são como a gente: riem, choram e amam! Elas são boas!

— Quando isso tudo começou? — Hinata indagou, ignorando a defesa da irmã.

— No festival de Kaguya, no ano passado. Eu conheci um menino, o nome dele é Konohamaru e é o garoto mais divertido da terra das fadas! As crianças de Ryría são sem graça, minha irmã. Eu só queria me divertir!

— E como sempre, a princesa foi inconsequente. — Neji proferiu.

— Inconsequente ou não, eu passei dias com as fadas das trevas e estou intacta. O que significa que essa lei de restrição é um equívoco e precisa ser abolida o quanto antes! Hinata, você tem que fazer isso! Você é a fada mais poderosa e mais bondosa de todo o reino. Tenho certeza que se você ten…

— Não!

Hanabi franziu o cenho confusa.

— Por que não?

— Essa lei existe por um motivo, Hanabi. Eu sei que as fadas de Onyría não merecem toda essa segregação, mas fazemos isso para o bem delas.

— Como isso pode trazer algum benefício a eles? É tão injusto! 

Injusto. Certamente, essa era a palavra que rondava todo o reino das fadas, proibindo o convívio por gerações. Nem mesmo Hinata Hyuuga, conhecida como a mais bondosa rainha de Ryría, poderia acabar com aquela injustiça. A perolada encarou a irmã por alguns minutos. Elas eram parecidas e se não fossem alguns mínimos traços no rosto e o tom de seus cabelos, seriam iguais. Só que Hanabi possuía uma impulsividade dentro dela que era perigosa, e era função de Hinata proteger o seu reino de perigos.

— Hanabi, eu vou te contar uma história que aconteceu há muito, muito tempo. Espero que você consiga finalmente compreender que distância é a única maneira de nos manter seguros.

— Hinata, não precisa fazer isso! — Neji interveio, na tentativa de impedir sua prima.

— Se chama "O conto da asa quebrada", e apenas as fadas mais antigas tem conhecimento sobre ela. — A rainha respirou fundo, sentindo seu coração acelerar antes mesmo de começar a falar.  — Era uma vez, há muitos e muitos anos, uma mulher que se chamava Kaguya Otsutsuki, que como você já sabe, é a grande fada mãe. Ela criou a maioria das fadas de luz e grande parte das fadas das trevas, pois Kaguya foi a única capaz de viver entre os dois reinos. Entretanto, certo dia, ela reparou que quanto mais as fadas de luz interagiam com as das trevas, mais fracas elas se tornavam. Tão fracas que suas asas quebravam e elas perdiam o poder de voar e posteriormente, se insistissem no convívio, morriam.

— Que cruel…

Hinata assentiu.

— Em seu leito de morte, Kaguya tomou duas importantes decisões: a primeira foi ordenar aos seus filhos Hamura e Hagoromo que criassem o bloqueio entre os reinos, impedindo interação entre as fadas; como a fada mãe sabia que esse gesto era terrível, ela nos presenteou com a noite do eclipse, que acontece uma vez por ano. O único momento que nós podemos conviver e celebrar, a noite do festival de Kaguya.

— E que a cada dez mil anos, escolhe uma nova rainha. — O chefe da guarda acrescentou.

— O reino das fadas se contentou com essa restrição por centenas de anos. Claro, eles também queriam que as coisas fossem diferentes, mas a lei era a lei. Até que há exatos cem anos atrás, na noite do festival, um casal de fadas se apaixonou perdidamente à primeira vista. Um deles era de Ryría, o outro de Onyría. O sentimento abrasador da paixão dos dois era muito lindo e muito perigoso. Eles continuaram se encontrando escondido e ele a encontrava nos jardins de Ryría toda a tarde, onde dançavam e proclamavam juras de amor até o amanhecer. Como você, Hanabi, eles pensaram que poderiam vencer a lei que os separava.— Hinata suspirou, desviando os olhos da irmã. — Uma asa foi quebrada. E para uma asa quebrada, não existe conserto. As fadas foram obrigadas a se separar e dizem que até hoje é possível ver os seus fantasmas dançando ao pôr do sol.

Hanabi soluçava emocionada. As lágrimas abriam caminho entre a sujeira do rosto da pequena princesa.

— Acalme-se, Hana. — A rainha pediu, fazendo carinho nos cabelos da irmã. — Eu sinto ter que fazer isso, mas para garantir que você não vá mais se encontrar com esse menino, está proibida de ir ao festival essa noite.

— O-o quê?! Mas, Hinata, você não pode fazer isso!

— Posso, sim, e vou. Assim como conversarei com os ministros de Onyría para tomarem as devidas providências em relação à ele.

— Hinata!

— Agora vá para o seu quarto e se cuide, minha irmã. Sei o quanto esse título te incomoda, mas você ainda é uma princesa. Se comporte como tal.

Hanabi se levantou, ainda com lágrimas descendo pelos seus olhos perolados. Era nítida toda a frustração no olhar da menor, assim como toda a raiva.

— Você é sempre tão boa, por que com eles é diferente? Por que você os odeia assim? — ela questionou antes de sair do salão real, batendo suas pequenas asinhas rapidamente.

Hinata respirou fundo, desfazendo toda a sua pose de forte sob seu trono de rainha. Neji logo estava ao seu lado, com a mão em seu ombro, na tentativa de lhe passar apoio.

— Você devia contar a verdade a ela. Hanabi é cabeça dura, mas ela é uma boa fada. Ela vai te respeitar, Hina.

A rainha meneou a cabeça negativamente, pois sabia que sua irmã nunca a perdoaria por ter escondido uma coisa daquele nível por tantos anos. A Hyuuga soluçou, e lágrimas geladas logo transbordaram de seu belíssimos olhos. 

— Ela não precisa saber, Neji. E eu não odeio as fadas de Onyría. — Hinata garantiu, recebendo um abraço desajeitado do primo. Neji foi um dos poucos que viu o sofrimento da prima e sabia o quanto aquela ferida ainda estava aberta. — Eu não as odeio. Eu apenas amei uma delas muito mais do que o permitido.


Notas Finais


E terminamos o 1/3! Obrigada a todos que leram até aqui, espero que tenham gostado da proposta da história.

Até a próxima! :3


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