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História The True Story Of Nat - Apoio de pai.


Escrita por: flowerstarks

Notas do Autor


Espero que gostem.

Capítulo 32 - Apoio de pai.


— Alô, Lobão? — disse sem um pingo de ânimo.

—Não, é a sua avó. O que você quer?

— Temos que discutir os preparativos para a viagem.

— Você coloca a roupa na mala, beija a sua mulher e diz adeus para seus filhos. Pronto, acabou os preparativos.

— Eu sei, seu idiota! Mas nós vamos no seu carro ou no meu? Que dia? E por último e mais importante, eu selecionei uns hotéis confortáveis e baratos para nos hospedarmos.

Lobão ficou em silêncio. Provavelmente processando o que eu disse.

— Eu não vou ficar em hotel barato. Tenho dinheiro o suficiente pra ter um bom conforto.

— Exatamente. Você têm dinheiro e eu não. O que você quer gastar de hotel eu gasto em três meses de alimentação aqui em casa. Sou pai e tenho responsabilidades. Sabe o que é ter cinco filhos?

— Quem mandou não usar preservativo? Eu já disse que vou ficar em hotel bom. Se você não pode é só ficar no de quinta categoria.

— Olha só eu também não gosto desse contato que estamos mantendo mas precisamos ficar juntos. Não faz sentido ficarmos em hotéis diferentes e se aparecer alguma pista?

Silêncio. Ele apenas me ouvia.

— Eu pago o hotel e você a gasolina.

Lobão desligou o telefone sem nem ao menos ouvir minha resposta.

Fiz as contas e por mais que eu espremesse não ia ter jeito. Só poderia pagar a gasolina. Naquele hotel meu dinheiro só iria dar pra dois dias e olhe lá.

— Pai, aqui o convite para a peça. Não sei do que eu sou capaz se você não for. Nem mesmo a Julieta me deu tanto trabalho.

Bianca parecia empolgada. Ela havia se esforçado muito. Indo dormir alta horas da noite com João pra bater o texto freneticamente até atingir a perfeição.

— Claro que vou! Se eu não tiver me resolvido com o Lobão, eu largo tudo e volto pra te ver.

— Estou contando contigo na platéia. Não me apresento se a familia não estiver completa.

— Ótimo. Cadê o convite da Nat? — disse jâ esperando o piti de Bianca.

Bianca ficou séria. Olhava para o meu convite como se fosse toma-lo de mim.

— Eu não vou chamar a Nat. Se ela quiser ir que compre o convite. Não irá como minha convidada. Ela vai sentar no fundo. A minha família é que vai sentar na primeira fileira.

— Ela faz parte da sua familia sim. É sangue do seu sangue e você precisa acordar pra vida, filha! A Nat está com o Lobão e o Duca é louco por você. O que mais você quer?

— Ela longe! Vivi dois anos de paz com o Duca e agora ela chegou e ele está estranho comigo.

— Até eu estaria estranho se a minha namorada ficasse dando crises de ciúmes a cada cinco minutos. Você precisa confiar mais no Duca e principalmente na Nat.

— Como assim na Nat? É nela que eu não confio mesmo. — Bianca batia os pés pertinentemente.

— Você acha mesmo que você sendo irmã dela, a Nat iria ficar com o Duca?

— Não duvido de nada que venha dela. Só queria que ela sumisse. Fosse sua filha a quilômetros daqui e que deixasse a gente em paz.

— Ela é sua irmã! Porque não faz como a Karina? Parar de provocar é melhor do que ficarem brigando. Ela ama o Duca tanto quanto você mas está procurando o rumo dela. A maioria das vezes ela está quieta e você procura encrenca.

— Ela ama o Duca? Quem ama sou eu! O que ela ja fez por ele? Quase o matou!

— Será? A Nat enfrentou o Lobão, ajudou a descobrir tudo sobre o esquema sujo daqueles bandidos, solucionou a morte do Alan e salvou a minha vida e da sua irmã no incêndio. Você pode não gostar da Nat mas eu e Karina não estaríamos aqui se não fosse por ela.

Beijei a testa de Bianca a deixando sozinha. Ela precisava refletir sobre o triângulo amoroso que estava vivendo.

Decidir mandar mensagem para Lobão pra perguntar que dia partiríamos para nossa aventura.

#Lobão, nós vamos que dia? Eu já arrumei tudo.

Fiquei com o celular na mão esperando pela resposta.

Saí na sacada e fiquei olhando para rua. Vi Nat e Cobra em uma lutinha boba. Eles se divertiam.

Fiquei observando minha filha. Tão bonita e tão indefesa. Imaginei que coisas ela deve ter vivido durante a infância. Coisas ruins provavelmente.

Depois que resolvesse meus problemas com o Lobão faria uma visita a Maria Inês. Ela me pagaria por ter escondido minha filha.

Senti meu celular vibrar.

#Hoje a noite. Passo na sua casa àsoito horas.

Tanto quanto eu ele estava ansioso para resolvermos logo. Estava com medo do que iria descobrir mas eu precisava enfrentar.

Eu não havia dito nada a ninguém sobre o porquê de ter deixado Miguel a mercê do Lobão. Eu queria testa-lo, ver se ele era tão mal quanto antes e ele passou no teste. Não arrancou um fio de cabelo do meu filho e não foi por falta de oportunidade.

Lobão merecia um pouco de confiança que fosse. Não sabia o porque mas queria o maldito perto de mim. Era uma sensação estranha! Me sentia na obrigação de está ao seu lado, como se ele fosse precisar do meu apoio.

Ouvi uma conversa empolgada vindo da sala. Olhei para baixo Nat e Cobra não estavam mais na rua, então só podia ser eles.

— Não fala nada pra Karina, Cobra mas eu acho que a final da Liga de Ouro na categoria feminina vai ser minha e dela.

— Já pensou marrenta? Eu, você, a Pequena e o Duca na final da Liga? — Cobra disse com empolgação.

— Eu morro ainda mais de tanto orgulho. —disse interrompendo a conversa dos dois.

Cobra continuou sorrindo. Já Nat me olhou com um misto de vergonha e desconfiança.

— Cobra deixa eu conversar com sua irmã um pouco? Toma a chave. — joguei a chave pra ele. — Pega a Karina na faculdade pra mim?

Cobra entendeu na hora que eu não queria ninguém ouvindo minha conversa com a Nat.

Assim que Cobra saiu, Nat olhou para os lados procurando uma rota de fuga.

— Senta. Você está aqui a dias e a gente nunca teve um papo pai e filha, não é?

— Vou tomar banho. Marquei com o Max pra gente pegar uma balada.

— O chuveiro vai ter água quando você for tomar banho e eu não sei agora mas na minha época, uma balada não começava às cinco da tarde.

Sem saída, Nat acabou cedendo mas sentou distante de mim, sempre  mantendo a defesa alta.

Resolvi chegar mais perto. Fiquei bem ao seu lado para que não fugisse.

— E então, como você está?

— Bem. Eu já estou de alta.

— Estou falando da sua vida e não da sua saúde, filha.

— Estou levando... Já acabou?

— Nem comecei! Sei que você não gosta de mim mas eu estou gostando muito de ser seu pai. Fiz várias reflexões. Me lembrei de tudo o que você já enfrentou e  por isso quero saber tudo sobre você. Saber como foi a sua infância, como era sua relação com a sua mãe e se você teve um padastro, como é que ele te tratava.

A medida que eu ia falando, Nat foi ficando terrivelmente assustada, como se algo maligno a ameaçasse. Ela grudava nas almofadas, enquanto seus olhos pulavam das órbitas.

— Não... — disse em um fio de voz. — Quero falar de Macaé.

Vendo o seu estado, pude perceber que algo a deixou marcada. Um sofrimento que a destruía no íntimo.

— Filha, calma! Eu só quero saber o que houve contigo.

— ME DEIXA EM PAZ! EU NÃO QUERO FALAR NADA PRA VOCÊ!

Nat gritava a plenos pulmões e saiu correndo aos prantos. Fui atrás dela e  bati na porta. Do lado de fora ouvia seu descontrole emocional.

— Nat, se você não me deixar entrar pra conversarmos eu vou dar volta.

Não obtive resposta. Apenas sussurros de quem chorava muito.

Não ia deixá-la desesperada.

Desci as escadas correndo. Iria contar com o poste. Sempre ajudava para emergências. Ignorando as pessoas na rua me olhando, fui subindo cada vez mais, enquanto as costas já estava dando sinal de que eu não tinha mais vinte anos.

Quando cheguei na varanda, já estava quase paralisado de tão dolorido.

Entrei devagar para não assusta-la. A minha filha estava jogada no chão e de cabeça baixa, onde um dia eu também consolei Karina.

Abracei- a como nunca havia feito. Nat pareceu assustada mas quando viu que era eu, tentou se soltar me empurrando e socando com força, porém eu era mais forte e não a soltei nem por um segundo.

— Fica calma, estou aqui com você.— sussurrei no seu ouvido.

— Não importa o que houve. Sempre vou te dar apoio e está com você. Me fala quando estiver pronta.

Minha filha parecia se acalmar mas mesmo assim não a larguei.

— Pela sua reação eu sei que a sua infância não foi boa. Sei bem o tipo de mulher que é a sua mãe. Uma pessoa que tem coragem de maltratar e esconder uma filha não pode ser boa gente.

Nat ainda tentava se soltar de mim. A marra dela era a sua maior arma.

— Por enquanto a gente só olha pra frente. Estou indo viajar hoje mas vou tranquilo porque eu consegui a melhor coisa do mundo: Te abraçar de verdade.

A essa altura, Nat já estava com cabeça no meu ombro, respirava de forma aliviada enquanto eu secava suas lágrimas. Consegui mantê -la ali aninhada nos meus braços até que vi a sua exaustão.

Fui levantando lentamente, ainda abraçado com ela até fazê-la ir até a cama. Pensei que ela não ia querer manter o abraço mas estava cansada demais para protestar.

Quando eu a deitei, ela automaticamente se aninhou em meu peito e fechou os olhos.

Meu deus! Que coisas terríveis poderiam ter acontecido? Eu via que algo medonho a atormentava e envolvia a sua mãe mas o que era? O que aquela mulher maldita fez com a minha menina para que a deixasse tão traumatizada?

Precisava descobrir! Eu aqui achando que Lobão havia sido a maior perturbação de sua vida. Como eu estava errado! Minha filha precisava de apoio e mais do nunca e eu estaria lá para defende-la. Nunca mais abandonaria a minha filha, Nunca mais!


Notas Finais


O que será que aconteceu com a Nat na infância?


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