*três meses depois*
Já estava farta do Ensino Médio, desconsiderando o fato de eu estar um ano adiantada.
Aquela mulher não se cansava. Ela não se cansava de nos encher de trabalho, que muitas das vezes nem valiam ponto.
A escola me deixava cansada. Entretanto, eu adorava ir. Lá eu podia conversar com as minhas amigas e com meu namorado. O que me deixava irritada mesmo era aquela raquítica de meia tigela que pensava me ofender falando coisas como "ah, você é muito gorda, por que não tenta emagrecer?"
Isso me deixava enfurecida. Porque:
A) eu não era gorda, apenas tinha um corpo caracterizado por belas curvas que me tornavam ainda mais linda.
B) não havia nenhum problema em ser uma pessoa gorda. Aquela garota tinha o que? Merda na cabeça? Ser gordo não é um defeito. Estar fora dos padrões não é um pecado.
C) eu queria espancar ela, mas não podia. Eu não podia manchar meu histórico escolar com advertências/suspensões. E eu odiaria ficar na detenção. Fora que, pela minha cor, eu levaria a culpa todinha por simplesmente me defender de suas palavras más.
"Esses estrangeiros (negros, principalmente negros) são tão agressivos, né?"
Infelizmente, querer não é poder.
Andando de mãos dadas pelas ruas do nosso bairro, nos perguntávamos o motivo daquela professora passar tantos trabalhos escolares. Chegava a me dar ódio. Na verdade, eu não odiava tanto porque sempre fazia com Yoongi, que era meu namorado há cinco lindos meses.
— Sabe, (S/N), eu até que gosto dos trabalhos. Passamos mais tempo juntos.
— Prefiro passar tempo com você sem ter que fazer trabalho - revirei os olhos.
— Na minha casa ou na sua? - ele me perguntou.
— Pode ser na minha - falei — Meus pais não vão estar em casa. Jackson também não.
— Ok, pode ser.
Chegamos na minha casa e eu fui logo tomar banho, deixando-o me esperando na sala.
Terminei e fui ao seu encontro.
— Então, vamos começar esse trabalho. Vamos para o meu quarto.
Nos sentamos na minha cama.
Peguei minha mochila e meus materiais. Enquanto eu começava a escrever, reparei que Min Yoongi não parava de me olhar. Estava me assustando.
— O que você está olhando? - o perguntei.
— Eu não consigo, (S/N). Não consigo acreditar. Sabe, não entra na minha cabeça que você é real, tampouco que é minha namorada! Você é tão diferente de todas as outras que já conheci, tão amável, tão linda... Eu realmente não consigo acreditar que estou namorando um anjo como você.
Sorri.
— Desculpa por essa declaração repentina, mas eu realmente precisei dizer isso.
Me aproximei dele e peguei seu rosto com as palmas de minhas mãos.
— Você é o amor da minha vida. Você é tudo o que eu sempre quis, Yoongi. Eu te amo. Eu te amo muito, meu amor.
Ele me beijou. Eu retribuí.
Suas mãos estavam em meu rosto e seus dedos acariciavam minhas bochechas de forma carinhosa.
Conforme nossas línguas exploravam cada canto da boca um do outro, o beijo ficava mais quente.
Suas mãos, que se concentravam em meu rosto, desceram lentamente para a minha cintura e, quando percebi, já estava em seu colo.
Yoongi desceu a boca para o meu pescoço e começou a beijar, mordiscar e dar chupões pelo local. Soltei um gemido.
Por mais que eu quisesse, senti que deveria parar.
— V-vamos continuar o trabalho.
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