Quatro meses se passaram e a barriga da Anna já estava ficando adoravelmente visível. Eu e as meninas já estávamos super animadas, sempre comprando roupinhas e itens de cor branca, já que ainda não se sabia o sexo do bebê.
A reação do Jin quando descobriu que ia ser pai foi a melhor. Ele ficou tão feliz que chorou e depois abraçou forte a Anna e beijou sua barriga. Foi uma das cenas mais fofas que já assisti na vida, até eu fiquei emocionada.
As vezes eu me perguntava se Yoongi reagiria da mesma forma se eu ficasse grávida, mas não gostava de pensar nessas coisas, porque eu realmente não queria ficar grávida naquele momento.
Meu namorado estava passando por um período de decisões importantes e eu tentei ajudá-lo da melhor maneira possível. Eu sabia o quanto ele era inteligente e poderia muito bem assumir o cargo de dono da empresa que era do seu pai, mesmo que tivesse 18 anos. Yoongi tinha potencial e capacidade. Eu me orgulhava muito dele. Quando, no meio de um jantar, contamos aos meus pais sobre isso, eles ficaram super impressionados. Eu adorava quando Yoongi vinha jantar com a gente. Os jantares com ele eram mais especiais, então meu pai resolveu convidá-lo a um churrasco que haveria no dia seguinte.
[...]
— Garoto, é uma oportunidade única! Você devia aceitar. Afinal, embora pareça, você não é nenhuma anta - disse meu pai, depois de beber um copo de cerveja.
— Confesso, eu não sou burro. Até tenho capacidade. Mas tenho medo de não dar certo. Talvez esse negócio de empresário não seja para mim - respondera Yoongi, enquanto enchia um copo com cerveja.
— Não seja bobo, amor. É claro que você consegue! Eu tenho certeza que sim - beberiquei meu copo de refrigerante e comecei a dar palpites no meio da conversa deles.
— Não era para você estar ajudando sua mãe na cozinha? - meu pai me olhou com os olhos semi cerrados.
— Mamãe não devia estar na cozinha. Você devia fazer seu próprio frango, pai! - respondi, de braços cruzados.
— Sua mãe é melhor nessas coisas do que eu. E, filha, pode nos dar licença? Estou conversando com seu namorado e você nos interrompeu.
— Mas eu também quero conversar com o Yoongi. Sabe, pai, ele é meu namorado.
— Anda logo. Vai ajudar sua mãe na cozinha, garota.
— É, amor. Depois conversamos - Yoongi beijou minha mão. Eu sabia que ele queria evitar problemas com meu pai.
Revirei os olhos. Meu pai não podia roubar a atenção do meu namorado. Segundos depois, ponderei que era bem melhor eles conversarem do que se odiarem. Então, resolvi sair.
— Vá ao meu quarto depois - pedi e beijei a bochecha de Yoongi.
Ele apertou minha cintura e me beijou.
— Estarei lá - afirmou.
— Beije minha filha dessa forma de novo na minha frente e eu te afundo naquela piscina! - meu pai apontou para a piscina, onde Jackson e Thalia se banhavam (e se pegavam).
Rimos. Nós nos acostumamos com o jeito idiota do meu pai. Depois de tirar foto do casalzão que era meu irmão e sua namorada e postar nos status, fui, enfim, para a cozinha.
[...]
Subindo e descendo sobre seu membro com certa rapidez enquanto apertava seus ombros com força, senti o meu primeiro orgasmo do dia e arqueei as costas, gemendo seu nome numa altura descomunal.
Ele inverteu as posições e, ficando por cima, começou a me dar estocadas rápidas e precisas até que chegasse ao seu ápice.
— Eu nunca me canso de você - disse ele, suado, enquanto beijava meu pescoço depois de ter selado nossos lábios.
— Eu também não, amor - respondi, entre arfadas.
Fomos até o banheiro do motel e tomamos banho numa banheira de água quente.
Com as minhas mãos, brinquei com o membro de Yoongi e logo depois o abocanhei.
• • •
do que eu. E, filha, pode nos dar licença? Estou conversando com seu namorado e você nos interrompeu.
Min Gayoon
Nunca me fora fácil entender o rumo que minha vida se tornara depois que meu marido morreu. Entrei numa profunda depressão, mas eu ainda tinha um menino para criar.
Eu ainda tinha meu filho, Min Yoongi, que tinha apenas treze anos quando perdeu o pai. Ele era novo e só teria uma pessoa, eu.
Era arduamente doloroso ver meu filho derramando lágrimas sobre o caixão do pai, mas eu ainda não me vía capaz de acreditar que perdi o amor da minha vida.
No meu menino, sempre enxerguei um fragmento do homem que mais amei na vida. Não somente por ele ser um fruto e uma prova viva do nosso amor, mas por ele ter o jeito exatamente igual ao dele.
Sempre almejei ser tão boa quanto era meu marido, mas não consegui escapar da frieza depois que ele se foi.
Simplesmente me fechei para o mundo. Me fechei para o meu próprio filho. Me fechei para mim mesma.
E vivi enclausurada no meu próprio casco de dor, como uma tartaruga. Nada mais o traria de volta. Nada que eu fizesse faria eu ver seu sorriso de perto. Porém, no meu filho, seus traços eram visíveis. Ver Yoongi era como vê-lo quando adolescente.
Meu filho era tudo para mim e eu o amava em demasia. Eu me odiava por não saber demonstrá-lo amor de forma devida, por este motivo chamei a minha sogra para residir conosco em nossa casa. Eu não teria tempo para dar atenção para Yoongi, já que estava envolvida em muitos casos. Ser uma advogada de sucesso em Seul havia seus pontos negativos.
Sempre que chegava do trabalho, trancava o quarto. Ouvia as batidas do meu menino, mas as desprezava.
Apenas abraçava o quadro.
O quadro do meu falecido marido.
Porque ele morava apenas naquela foto, no meu coração e na minha memória.
Em momentos como esse, eu me acompanhava apenas de minhas deprimentes lágrimas.
E eu tinha consciência de que estava errada.
Eu tinha consciência de que Yoongi precisava de mim. Ele sempre precisou. Entretanto, aprendeu a se virar sozinho. E eu iria me sentir eternamente culpada.
As vezes, subitamente, eu tentava me aproximar do meu menino. Eu queria deixar de ser uma intrusa na vida dele. Eu queria ser a mãe que ele precisava ter, mas nunca fui.
Eu só sabia errar.
Até que, tudo mudou. O meu filho cresceu.
E se apaixonou.
Ele conheceu uma menina. E tudo mudou.
Tudo simplesmente mudou. Para pior.
O nome dela era (S/N) e ela vinha de outro país. Até conhecê-la pessoalmente, eu adorava ver o brilho que surgia nos olhos do meu menino quando ele a citava.
Eu sabia o quanto ele a amava.
E chegou o dia em que a vi.
Um nojo desconhecido por mim tomou-me no momento em que meus olhos tocaram sua cor.
Fui racista e mesquinha.
Fui imbecil, nojenta e indigna de honra.
Envergonhei meu menino quando destratei sua namorada pelo simples fato dela ter um cabelo e pele fora dos padrões.
A partir desse momento, ele passou a me odiar.
Já não éramos mais como mãe e filho. Nunca fomos. Agora mais do que nunca. Contudo, eu precisava perceber no que estava errando, mas me fazia cega. Eu sabia que era errado, eu sempre soube. Meu marido sempre fora um homem justo e bom; consequentemente, Yoongi puxou ao pai.
Eu me sentia distante.
Eu me sentia idiota.
Porque ele conheceu essa garota. E eu me surpreendi, de fato, quando vi uma garota negra na minha sala-de-estar.
Eu queria ter um motivo válido para odiá-la, mas não tinha. De modo infeliz, só percebi meu erro dois anos depois e me envergonhei.
Quando eu e minha sogra deixamos-o sozinho em casa e viajamos por dez dias, ela conversou comigo. Toda a minha família conversou comigo.
Meu marido nunca tolerou racismo ou preconceito e era exatamente isso o que eu estava emanando. Tive um choque de realidade quando me lembrei como minha sogra fora receptiva quando nos conhecemos pela primeira vez, mesmo eu vindo de uma família muito mais pobre.
Eu temia que ela fizesse comigo exatamente o que fiz com a namorada do meu filho.
Chorei.
Chorei por várias noites seguidas.
E então tomei uma decisão.
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