Era sábado e Yoongi estava de folga. Aquela manhã já demonstrava que o dia seria ensolarado, então eu já havia separado roupas de banho para ficar na piscina aquela tarde. Havíamos comprado uma piscina de crianças para Rosalie, para que não houvesse nenhum perigo de afogamento.
Minha barriga já estava crescendo. Eu já completava quatro meses de gestação e descobrimos que era um menino. Estávamos pensando em nomes.
No quarto, nós conversávamos:
— Acho que podemos colocar um nome coreano, já que colocamos um nome brasileiro na Kate - disse Yoon, me abraçando por trás e fazendo carinho na minha barriga.
— Rosalie Katherine não é um nome brasileiro, é americano! - respondi.
— Estou me sentindo burro agora - confessou, rindo.
— Você é. O meu burrinho - ri e beijei ele.
— Ma-ma! - disse Rosalie do berço. — Colo.
Andei até seu berço e ela estendeu seus bracinhos, então eu a peguei.
— Minha bochechuda - mordi a bochecha dela e ela riu.
— Chu-da! - tentou repetir, aos risos.
— Fala "paralelepípedo" - a olhei. — Paralelepípedo!
— Pido-pido-pido - ela tentou.
— Ah, minha filha é muito fofa - Yoongi disse, se aproximando de nós duas.
— É, muito fofa. E está fedendo - a entreguei no colo dele. — Vai trocar a fralda dela.
— O que? - ele me olhou assustado. — Amor, não posso.
— Você tem mãos e pernas, é claro que pode! - o olhei, com os braços cruzados. — Nossa filha tem quase um ano e meio e você nunca trocou a fralda dela! Que tipo de pai é você?
— Um pai não especializado em trocar fraldas!
— Yoongi, é fácil! Para de besteira, não seja idiota. É só tirar as abas, limpar a bunda dela com esses lencinhos, passar talco e colocar uma fralda nova. Prontinho! - demonstrei, gesticulando. — E é para fazer direito. Se não, eu entro em greve.
— Por que você sempre diz que vai fazer greve se eu não fizer o que você manda?
— Porque você não consegue suportar a ideia de ficar sem sexo - o olhei maliciosamente. — Agora, trate de agir. É só uma fralda!
Saí do quarto e fui para a cozinha, afim de fazer o café da manhã. Anna e Jin viriam depois do almoço, para um tempinho de lazer na piscina e conversa. Fora que Jeonghan também estava sentindo falta de alguém para brincar e Seokjin estava cansado demais, Anna igualmente.
Na semana anterior, ele completou dois anos. Jeonghan era um bebê muito bonitinho e já estava andando. Eu suspeitava que ele e Rosalie iriam namorar quando ficarem maiores. Todos suspeitávamos. Eles dois pareciam ter a necessidade um do outro e isso era muito fofo. Ao observá-los brincar, dava-se para notar que ambas crianças sempre sorriam. Sempre estavam, de fato, se divertindo. No fundo, Yoongi também achava muito fofo. Mas gostava de ser durão. Rose era pequena, no entanto, já era vítima do ciúme excessivo do pai.
Isso me lembrava a nossa adolescência, lembranças um pouco recentes que me faziam sorrir boba, não acreditando no tempo. Sentia saudades de quando meu pai sentia ciúme do Yoon.
*Flashback on*
— Não pense que vai escapar da conversa séria - ele disse. — Quero saber quem era aquele magrelo te abraçando!
— Já falei, pai. É um amigo. É o Yoongi. Você já o conhece - falei. — Ele é apenas um amigo, tá bom?
— Você tem quatorze anos! Espero que seja só um amigo, mesmo. Se não, eu arrebento aquele menino. Quem ele pensa que é para se aproximar de você assim? Eu não deixei!
— Aff, pai! Não seja tão chato. Yoongi e eu somos amigos. Quer dizer, melhores amigos... - olhei para baixo.
— Sei bem. Não quero saber o que vocês são! Só quero ele longe de você.
*Flashback off*
— Sua mão caiu? - perguntei quando Yoongi chegou na cozinha com Rosalie no colo.
— Engraçadinha - ele forçou uma risada. — a Kate anda falando "Han! Han!" o que ela quer dizer com isso, amor?
Sorri.
— Sério? - perguntei.
— Sim - respondeu.
— Ela está chamando pelo Jeonghan, Yoongi! - ri. — Ela tenta falar "Jeonghan" e fala "Han" - expliquei.
— Han! - ela repetiu, batendo palminhas e sorrindo, de modo com que seus pequenos olhinhos se fechassem. Ela era a cara do pai.
— Aish, bebê! - ele fez uma cara de bravo, levantando Rose à sua altura. — Han, não! Não pode se aproximar dos meninos.
— Han! - exclamou a pequena. Sua felicidade era visível.
— Hoje você vai ver o Han, Rosalie - sorri.
— Haaaan! - ela continuou batendo palmas, arrancando risos de nós dois.
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