Ao olhar para trás e ver, na minha frente, o corpo de uma das pessoas que mais me magoou nessa vida, fiquei em choque. O último lugar que eu esperava encontrar o Josh era no Brasil, todavia, eu não queria encontrá-lo sequer no inferno. Josh foi totalmente babaca comigo em um momento da minha vida em que meu coração e alma estavam demasiadamente pesados em sua tristeza, e tudo que eu mais quis foi o apoio dele, enquanto ele fora hostil e jogara tudo que tivemos no lixo, sem nem pensar nos danos emocionais que causara em mim na minha primeira gravidez, quando eu esperava Rosalie. Ele só queria ficar comigo e se aproveitar de mim. Graças a Deus eu não transei com ele, pensei. Eu, de verdade, não entendia como ele tinha a coragem de olhar na minha cara depois de tudo que me disse.
— Uau - sorriu. — Você ainda continua a mesma.
— Não - respondi-o, de maneira fria. — Não sou a mesma idiota a qual você conheceu anos atrás. Peço gentilmente que vá embora.
— (S/N), tivemos um grande mal entendido. Por favor, me deix...
— Sim, caralho! Tivemos um grande mal entendido porque eu pensei que você era alguém legal, mas era podre. Você é podre. Vá embora, Josh!
— E-eu fiquei sabendo, depois da nossa ligação, que você havia sido estuprada e espancada e fiquei muito preocupado, mas não consegui falar com você porque você me bloqueou. Imagino que você tenha perdido o bebê e...
O olhei incrédula, não acreditando em tais dizeres. Eu sabia que poderia ter perdido o bebê na primeira gestação, mas não conseguia imaginar minha vida se Rosalie não tivesse nascido. Eu não me vía sem os meus filhos.
— Mamãe? - senti Rosalie abraçar minha cintura, chegando atrás de mim. — Quem é esse moço?
Ele a olhou surpreso, vendo que seu fenótipo era coreano e brasileiro. A pele, marrom como madeira. Os olhos, puxados e bem pequenos. O cabelo, pequenas ondinhas negras.
— Não perdeu - sorriu. — Que maravilha! Ela é linda, (S/N).
— Josh, por favor, sai daqui logo!
Ele me olhou triste e, hesitando, se retirou. Ele fazia eu me lembrar de como estava triste naquela época e de como havia sido ruim se sentir rejeitada, tanto por Yoongi, quanto por ele. Subitamente me senti só uma adolescente de novo e pensei em chorar. Mas eu não podia fazer isso.
— Mamãe, quem era aquele moço loiro e bonito? Ele é seu amigo?
— Não, Rose. Ele é apenas um conhecido. Ele é um homem mau. Não se aproxime dele, está ouvindo, Rosalie? Não quero você perto dele, tá bom?
— Mas, mamãe, ele não parecia ser um homem ma...
— Sem "mas", Rosalie! Não quero você e seu irmão perto desse homem e acabou! Não me contrarie.
Ela o olhou indo embora, curiosamente.
— Tudo bem - se sentou na canga. — Estou com sede.
— Ótimo, porque seu pai está vindo logo ali com água de côco - disse eu, ao notar Yoongi chegando com alguns copos e uma garrafa de água de côco.
pus-me a chamar Dak-Ho, que ainda brincava na areia:
— Filho, vem beber água de côco! - gritei.
— Já vou! - respondeu, antes de se levantar e vir correndo.
Yoongi colocou a água de côco em dois copos e logo os entregou. Eles beberam.
— Que delícia - comentou Rosalie. — Eu adorei!
— É muito bom - disse Dak-Ho, sorrindo.
Sorri para eles.
— Que bom que gostaram.
— Você não quer, amor? - perguntou-me Yoongi.
— Não, amor. Obrigada - respondi, ficando o oceano.
Rosalie e Dak-Ho voltaram para a areia. Senti o olhar preocupado de Yoongi sobre mim.
— Por que você está tensa? - ele pegou na minha mão. — Aconteceu alguma coisa, (S/N)?
— Não estou tensa, Yoon.
— Você fala como se eu não te conhecesse - riu de leve. — Fala como se eu não soubesse que está tensa - ele pegou meu queixo com a mão, fazendo-me olhar em seus olhos.
— Ok. Não estou bem.
— Me fala. O que aconteceu, amor? Você ficou tão animada e de repente triste de novo. Está mudando muito de humor ultimamente... - ele parou e pensou. — Meu Deus, só podem ser os seus hormônios! (S/N), você está grávida?
Ri dele, lhe dando um tapinha na cabeça.
— Não estou grávida - voltei à minha expressão triste de antes. — É só que... - respirei fundo. — O Josh apareceu. Ele está aqui.
Ele paralisou. Nós dois sabíamos que um filme dos nossos momentos daquele período de nossas vidas estava passando pela mente dele. A traição. O término. Eu e o Josh. O estupro... Tudo aquilo! Tudo aquilo vinha em nossas mentes, sendo uma era sombria de nossa história. Era um fato: Yoongi sabia que tinha errado comigo e que eu nunca iria esquecer o que ele fez, tampouco confiar nele novamente. Ele odiava Josh por ter se envolvido comigo e me magoado, mas não estava ileso de culpa. Ele nunca estaria ileso de culpa.
— O que esse desgraçado faz aqui?
— Ele viaja o mundo. Os pais são ricos. Ele pode ir a onde quiser. Foi só uma coincidência. Bom, uma péssima coincidência.
— Como ele teve coragem? Ele falou com você?
— Sim - suspirei.
— Nada vai me impedir de bater nele se fizer ou falar qualquer gracinha! - exclamou, raivoso.
— Não haja como um adolescente mal resolvido. Temos é que ignorar ele - pedi.
— Eu o odeio por ter machucado você.
— Também se odeia? Sabemos bem que ele não foi o único que me machucou.
— Eu também me odeio. Você sabe que eu nunca vou me perdoar por ter feito aquilo. Só vou me sentir melhor se você me perdoar.
— Eu te perdoei, Yoongi. Eu só não esqueci. Já faz seis anos e eu nem sei se posso confiar em você - uma lágrima caiu dos meus olhos.
— Eu posso passar a minha vida inteira só provando para você que eu não sou mais aquele moleque - limpou as minhas lágrimas, mas não conseguiu conter as próprias. — Eu te amo, amor. Eu te amo e amo nossa família.
Ele me beijou, acariciando minhas madeixas.
— Eu também amo vocês.
Ele sorriu e me deu um beijo na testa.
— Quer dar um mergulho? - indagou, fazendo-me levantar e ir com ele e as crianças até o mar.
[ • • •]
Quando chegamos na casa dos meus pais, eles estavam abraçados assistindo televisão. Minha mãe dormia enquanto meu pai, quase dormindo também, comia batatinhas fritas.
— Que romântico - Yoongi riu.
Meu pai tomou um susto.
— Jamais me assuste desse jeito, moleque! - esbravejou. — Gostaram da praia, crianças?
— Sim, vovô. Eu amei a praia - Rosalie respondeu.
— É maneira - disse Dak-Ho.
— Ótimo. Eu e a vovó fizemos mais brownies pra vocês.
— Oba! - responderam em uníssono e foram comer.
— Vocês podiam ir com a gente na casa das tias - falei com eles. — A vovó está lá também, né?
— Uma boa ideia - respondeu meu pai. — ACORDA, MARILENE!
Minha mãe acordou assustada e, ao presenciar meu pai rindo como um porco, não hesitou em dar uns tapas nele.
— Não tô pra brincadeira hoje, Robson Jorge!
— Não foi isso que você me disse quando ficamos sozinhos - alfinetou.
— CHEGA - gritei. — Não quero ouvir isso. Não estou ouvindo. Vamos pro quarto, Yoongi - puxei ele.
Yoongi começou a rir.
— Parece que a vida sexual dos seus pais é bem ativa.
— PARA - ordenei. — Vamos nos arrumar logo? Estou toda suja de praia. Antes disso, vou dar um banho nas crianças. Aí tomamos um banho, descansamos e vamos.
— Tudo bem - ele me deu um selinho. — Podemos tomar banho juntos? - ele começou a beijar meu pescoço. — Depois que você der banho nas crianças e colocar elas para darem um cochilo.
— Tá bom, amor. Aproveitando que tem dois banheiros, dá banho em um e eu dou banho em outro.
[• • •]
*no banheiro*
— Então, Dak-Ho, o que achou da praia? Quer voltar lá mais vezes? - perguntei enquanto o ensaboava.
— Quero sim, mamãe. A praia brasileira é muito mais legal que a praia coreana. Queria morar no Brasil. Mas também não queria. Não posso deixar a Yang Mi para trás!
— Yang Mi? - o olhei.
— Minha namorada, mamãe!
— Era só o que me faltava - ri. — Está namorando a filha do Tae e da Alice? Não pode! você só tem quatro anos e ela tem três, Dak-Ho.
— Vamos nos casar quando formos adultos, mamãe! - afirmou, super convencido.
— Ah, entendi - ironizei, rindo. — Espero que não desista dela!
— Eu nunca vou desistir - ele sorriu, de modo com que eu não soubesse lidar com tamanha fofura.
Após dar banho em Dak-Ho e ver que Yoongi já havia banhado Rosalie igualmente, os colocamos na cama. Não saiam daqui, disse eu. Havia uma smart tv no quarto. Rosalie estava com sono e decidira dormir, já Dak-Ho, fazia-se completamente energizado, portanto decidiu que assistiria um desenho na Netflix. Coloquei na sessão infantil e o mandei escolher. Eu e Yoongi fomos para o banheiro com as novas roupas que usaríamos, rezando para que ele não precisasse aparecer lá. Eram dois os banheiros da casa dos meus pais, no entanto, se um deles estivesse ocupado, ele iria direto onde eu e Yoongi estávamos.
Ao chegar no cômodo frio, tranquei a porta. Involuntariamente, meu corpo já era só arrepio.
— Vem - o chamei, envolta em plena excitação.
Tirei a camisa dele, deixando beijos e chupões pelo seu pescoço e seu abdômen, fazendo-o arfar e apertar meus peitos com força. Descendo os beijos, tirei sua bermuda ferozmente e massageei seu membro ainda coberto pela cueca. Deixei selinhos ali, acariciando suavemente suas bolas, ouvindo os seus gemidos serem música ao meu ouvir. Abaixei a cueca dele e tive ali a visão de seu pau. Ereto. Molhadinho. Clamando meu nome. Eu podia ouvir sua necessidade gritante por um boquete. Não perdi tempo e o abocanhei, fazendo minha língua caminhar por toda a sua extensão. Cuspindo e chupando, com a mão direita envolta na base do seu pênis, rodando e rodando, subindo e descendo, imitando de leve uma punheta na parte em que minha boca não alcançava. Chupei o saco dele e senti seu corpo se estremecer. Ele gemeu alto e eu continuei, fazendo-o ir à loucura.
— E-eu quero gozar dentro de você - disse.
Em segundos, ele tirou completamente as minhas roupas e me colocou de quatro contra a pia do banheiro. Começou lentamente, com estocadas leves, apertando minha bunda contra si. Subitamente estavamos fodendo em uma velocidade intensa. Ele me penetrava fundo enquanto estimulava meu clitóris, senti descomunais ondas de prazer quando ele puxava meu cabelo e me chamava de "cachorra" ao mesmo tempo em que fodia comigo como se não houvesse amanhã, até que ele chegou ao clímax e eu também, sentindo o tremor o calor que eu tanto amava sentir ao lado dele.
— Vamos para o banho agora? - o perguntei, entrando debaixo do chuveiro e ligando-o, sentindo o gélido daquelas águas tomarem meu corpo por completo.
— Banho frio? - riu. — Logo hoje? Que estamos tão quentes?
— Vamos apagar esse fogo. Só acender de novo mais tarde - pisquei para ele.
Ele se juntou a mim. Peguei o sabonete de frutas, lacrado, perto do basculante. Retirei a embalagem e comecei no corpo dele, entregando-o para que, em seguida, ele passasse no meu. Nos beijamos, como adorávamos. Rimos. Quase escorregamos, mas por descuido dele. Meu marido era muito tapado.
Fizemos nossa higiene íntima e eu passei shampoo nas madeixas dele, a pedido do mesmo.
— Achei que iria lavar o cabelo, também - comentou, assim que saímos do chuveiro e pegamos toalhas para nos secar.
— Já lavei ontem, amor - esclareci.
— E qual o problema de lavar hoje de novo, ué?
— Todo. Não pode, Yoongi! - exclamei. — Você não entende nada de cabelos, mas seu cabelo continua lindo. Idiota.
— Não entendo, mesmo - riu. — Sou privilégio, né, more!
Rimos de sua palhaçada. Nos secamos e nos vestimos. Limpinhos, cheirosos e extasiados. Tudo numa boa.
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