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História The Twilight Saga - You can not deceive death for a long time


Escrita por: Wonderfulll_P

Notas do Autor


• Oi oi, baldes de glitter;
• Vcs pediram e eu voltei. Desde já vou adiantar que esse capítulo está baphonico e não tenho a menor ideia de como vcs irão reagir a tudo q vai acontecer. Deixei grandão pra sanar a curiosidade de vcs hahaha. Ai gente, não tenho muito mais coisa pra dizer, esse é um daqueles momentos em q só se pode ler e sentir.
• OBS: venho por meio desta informar que a partir do próximo capítulo os Cullen's voltarão para história. Repito: os Cullen's voltarão para a história.
• Sem mais delongas, boa leitura;







LEIAM AS NOTAS INICIAIS!!!!

Capítulo 28 - You can not deceive death for a long time


Anna acordou com um peso acima de si e ao olhar para o lado notou que era o braço de Paul em volta de sua cintura. Não conteve o sorriso malicioso ao lembrar-se da noite anterior. Ambos estavam nus, apenas com um fino lençol cobrindo seus corpos e discretamente a morena conseguiu virar a cabeça, notando a expressão serena e calma do lobo mais irritado da matilha. É, uma noite de sexo selvagem faz maravilhas. Dormiram de conchinha sem nem notar, o calor que emanava dele parecia ser mais forte do que o sol que entrava pela janela. Não devia passar das oito da manha, talvez oito e meia, mas Anna não estava preocupada com isso. Ela havia dormido poucas horas, é verdade; todos os chupões fortes que distribuiu na noite anterior já haviam sumido do corpo dele, mas seus arranhões ainda estavam cicatrizando e bem evidentes. 

Sorriu marota, ele havia provado do próprio veneno. Mas em comparação, as marcas presentes em Anna não sumiriam tão rapidamente. Ela não conseguia ver muito bem, mas pelo pouco que observou pode notar vários chupões espalhados pelo seu colo e seios, não queria imaginar o estado que seu pescoço estaria. A mordida dele também estava marcada em seu ombro, o que fez com que ela risse baixinho da conversa na noite anterior. Paul se remexeu inquieto, mas continuava em seu sono profundo. Bom, uma parte dele, pelo menos. A garota estava ciente das tais ereções matinais que ocorriam com muitos homens e talvez ela pudesse ajudá-lo com essa. Quem sabe, até realizar seu fetiche de adolescente. Tomando todo o cuidado para não acorda-lo, a Major conseguiu ficar com o corpo de frente para o dele. Traçou linhas imaginárias com os dedos pelo abdômen do garoto, ela nunca cansaria daquela visão e sem pudor algum, tocou sua excitação lentamente. Fez alguns movimentos calmos de vai e vem, afim de deixá-lo ainda mais ereto e seus olhos não desgrudavam do rosto de Paul. 

A respiração dele ficou pesada, mas ainda estava dormindo, a morena conseguiu deslizar pelo colchão até ficar com o rosto próximo de seu membro pulsante e o beijou delicadamente. Não tinha pressa para o que queria fazer e com toda a certeza ficaria ali o maior tempo possível. Lentamente, Anna começou a chupa-lo. Brincava com suas bolas com a mão e de vez em quando as sugava também. Ela sempre gostou de fazer o trabalho completo. Ela ouviu Paul gemer baixinho, mas seu sono ainda estava evidente. A Major começou a masturbar o que não cabia em sua boca com a mão, mas sem deixar de brincar com a cabecinha do pênis dele com a língua. Sugava, lambia, beijava e de vez em quando raspava levemente os seus dentes naquela parte tão sensível dele. A morena continuou com os movimentos da mão e lambeu os próprios lábios antes de voltar a chupa-lo.

- Não para...

A voz rouca dele soou em seus ouvidos. Paul continuava de olhos fechados, mas sua boca estava entre aberta e sua respiração acelerada. Ela obedeceu prontamente, tão excitada quanto e sua boca rapidamente voltou a fazer os movimentos que tanto queria. Lahote levou uma das mãos até o rosto de Anna e retirou seus fios escuros do rosto, enfiando seus dedos grandes e fortes entre o cabelo dela, a ajudando nos movimentos que, a essa altura, eram torturantes.

- Pede com jeitinho que eu vou mais rápido.- falou assim que retirou o membro dele da boca, sem parar a masturbação. Ele negou com a cabeça, como fizera na noite anterior.

- Ah, vamos lá, Lahote, nós já passamos por isso. São só duas palavrinhas...

- Não.- a encarou, desafiador.

- Sim!- provocou, sustentando seu olhar.

- Não.

- Sim.- sugou a cabeça do pênis dele, vendo-o revirar os olhos e gaguejar.

- Nã-o-o...- ela sorriu diabólica.

- Ah, sim!

- Não!

Ele se recompôs, encarando-a com divertimento e desejo. Anna fez uma garganta profunda, lentamente. Paul até tentou fazê-la continuar enquanto segurava seus cabelos, mas rapidamente ela o tirou de dentro de sua boca.

- Sim...- falou, provocando.

- Sim?- Paul disse, fechando os olhos e abrindo a boca ao senti-la apertar seu membro. O pré-gozo estava evidente e ele estava quase lá, mas sabia que se não desse à ela o que queria, Anna o deixaria na mão. Literalmente.

- O que você disse, lobinho?- brincou, passando a língua da base até a ponta do pau dele.

- Eu disse não...- suspirou com a visão que estava tendo.

- Nesse caso, boa sorte para terminar o trabalho sozinho. É realmente uma pena... Eu estava doida para sentir seu gosto.

Ela fez menção de soltá-lo e Paul agiu instintivamente, segurando seu pulso com a mão.

- Mudou de ideia? É só pedir que eu continuo....- provocou. 

Paul foi conta o seu ego, mesmo sabendo que se cedesse uma vez ela o torturaria para sempre. Suspirou pesado antes de falar as palavras:

- Por favor...

- Por favor o que, Lahote? Seja mais específico.- zombou, vendo-o bufar. 

Ela estava divertindo-se muito, isso era evidente em seu rosto. Contrariado, ele repetiu. Seu membro pulsava e seu maior desejo era desmanchar-se na boca carnuda e perfeitamente desenhada dela.

- Por favor... Me faz gozar!

- Não foi difícil obedecer, foi?- Anna implicou, voltando a chupa-lo e deliciando-se com as sensações que causava nele. 

O quadril dele subia conforme ela o afundava dentro de si e quando o aperto dele ficou mais forte em seus cabelos, um gemido rouco preencheu o quarto. A morena engoliu tudinho, como a boa menina que era, encarou Paul que encontrava-se extasiado, com um sorriso enorme estampado na cara. Ele levou a mão até o rosto dela e, com o dedão, limpou o canto de sua boca, levando seu dedo até o meio dos lábios dela. Anna o chupou sem cerimonias enquanto olhava firmemente para o homem a sua frente. Transaram mais uma vez naquela manhã.

Quando o relógio marcou nove e meia ela levantou-se e vestiu sua roupa antes de ir no banheiro. De canto, observou o quileute que a encarava com desejo. A Major não segurou a risada ao vê-lo completamente acabado e cheio de novos arranhões e chupões. É, ela deu trabalho. Piscou para ele antes de sair pela porta e dirigir-se até o banheiro no fim do corredor, onde arrumou-se, retirou o excesso de rímel borrado no canto de seu olho – ela realmente estava surpresa pela maquiagem ter durado tanto – e escovou os dentes com o dedo como fizera na casa de Billy. Seu pescoço estava deplorável, com vários chupões muito bem distribuídos. Pelo menos ela pagou na mesma moeda. Na volta para o quarto do quileute, Anna não notou o homem em pé na sala e quando o mesmo lhe deu um bom dia, com um sorriso no rosto, ela levou um susto.

- Ah, bom dia.- disse sem jeito, recuperando-se. 

Ele riu mais ainda.

- Venha, o café da manhã está na mesa.- 

Ela concordou, recusar comida era quase um crime para a garota. Ambos sentaram-se na mesa e conversavam animadamente, como se fossem conhecidos a anos-luz.

- Sabe, eu realmente fiquei surpreso por saber que a sobrinha do Xerife estava aqui e torci para que não fosse a mais nova. - brincou.

- Como sabia que era eu?

Indagou, percebendo a resposta segundos depois. Paul e ela não foram as pessoas mais silenciosas do mundo e com esse pensamento Anna levou as mãos até a boca.

- Meu Deus, desculpa.- não conseguiu evitar gargalhar. - Eu tentei ser silenciosa. 

Daniel Lahote sorriu também.

- Não precisa se desculpar, querida. Mas acho que a reserva inteira ouviu.

A morena tapou o rosto de novo, gargalhando. Vergonha na cara? Ela não tinha. Nesse instante, Paul apareceu atravessando a sala e indo em direção a cozinha, vestindo apenas uma bermuda jeans. Daniel deu mais uma risadinha ao observar o filho.

- Já fazia tempo que essa casa não ficava tão agitada e meu filho, ela acabou com você.- o homem falou quando o quileute sentou-se ao lado de Anna.

- Acho que eu mereci.- brincou.

Após o café da manhã repleto de piadinhas, Anna despediu-se de Daniel e Paul a levou até a varanda, onde ficaram se beijando por mais um minutinhos. A gangue de La Push caminhava calmamente até a residência do quileute, algo como uma excursão, era até engraçado.

- Quando quiser repetir a dose, você sabe onde eu moro.- sussurrou no ouvido dele.- Ah, e meu quarto é aprova de som, lobinho.

Ele concordou com um sorriso, ambos sabiam que não passariam de uma amizade colorida e que mal havia nisso, não é? Anna o beijou novamente, com vontade. Era difícil ficar tão perto daquele homem cheio de músculos e não tirar uma casquinha. Ao separar-se dele, puxou seus lábios com os dentes e suspirou pesado.

- Ok, já chega. Se continuarmos eu vou te arrastar novamente para aquele quarto.- brincou, afastando-se dele e ouvindo sua gargalhada. 

Sam, Jared, Quill, Embry e Jake caminhavam na direção da casa do Lahote e ao passarem por ela, não seguraram as piadinhas.

- Você está com cheiro de sexo, Anna.- Embry falou, fazendo-a rir.

- Jura? Nem te conto o que fizemos...-ironizou com um sorriso malicioso nos lábios. Embry foi zombado, é óbvio. E após afastar-se dos meninos, Anna lembrou-se de sua moto e gritou para Jake:

- Jake, vou bisbilhotar a sua garagem!

[...]

Os primeiros dias de março passaram voando e em muitas das noites a morena dormiu acompanhada. Bom, dormir foi tudo o que não fez. Ela e Paul viam-se bastante, às vezes na casa dele, às vezes na dela, às vezes no meio do caminho entre elas... A picape de Bella era um bom ponto de encontro, diga-se de passagem. Pelo menos aquela lata velha servia para alguma coisa. Como imaginava, a fofoca sobre ela ser uma Major rapidamente foi substituída por outra e dessa vez o foco era a revista de moda a qual ela era a capa. Havia sido lançada dois dias atrás e o burburinho na cidade foi grande. Anna encontrava-se sentada na mesa tomando seu café da manhã enquanto observava Charlie e Harry conversando sobre a caçada aos lobos. Ela ouvia tudo atentamente e sem demostrar reação, até o Clearwater dirigir a palavra à ela:

- Por que não vem conosco, Major? Seus conhecimentos de caça podem ser úteis.- o pai de Leah falou, com um duplo sentido que foi percebido por Anna. Ele queria sua ajuda para despistar os policiais dos rastros dos lobos.

- Claro, irei adorar. Faz tempo que não vou a nenhuma missão.- disse brincalhona, para amenizar o clima tenso. 

Charlie até tentou fazê-la desistir da ideia de ir junto, pois poderia ser perigoso, mas Anna foi irredutível. Os quileutes haviam confiado o segredo do lobo à ela, mesmo que não intencionalmente e ela faria o possível para manter esse segredo sã e salvo. No meio da floresta, o clima era de tensão, estavam todos armados até os dentes e o medo de encontrar os enormes animais estampavam o rosto de alguns policiais. Anna e Harry ficaram para trás, apagando as pegadas que viam pelo caminho antes de algum dos homens de Charlie perceber. Ambos estavam concentrados em suas tarefas, mas um barulho no topo das árvores fez a garota entrar em alerta.

- Ouviu isso?- perguntou a Harry, que negou. 

O silêncio reinou entre os dois e o pai de Leah engatilhou sua espingarda. Uma sombra vermelha passou correndo atrás deles e então um click soou na cabeça de Anna. Victoria, pensou a garota. Ela não poderia lutar contra uma vampira que a queria morta e nenhuma bala que Harry disparasse seria suficiente para matá-la. Sua única esperança eram os lobos, mas eles estavam longe dos olhos dos policiais e consequentemente, longe deles.

- Merda! - foi tudo que falou antes de empurrar Harry para o lado e sentir o impacto de suas costas na casca de uma arvore oca. 

Anna esperou sua morte chegar – seria inútil tentar lutar com a vampira –, mas ela não veio. Mesmo com dor, a garota se pôs de pé e viu Harry caído onde ela o jogará, não havia sinal da ruiva, mas era impossível que ela tivesse aparecido só para isso. Anna mancou tentando alcançar Harry e sentiu seu tornozelo doer. Em menos de um segundo, ela estava caída novamente, dessa vez ao lado do Clearwater, que tremia tentando por as balas na espingarda. A ruiva parou e riu, como se aquela fosse a cena mais divertida em que vira em toda sua imortalidade. Como uma última tentativa de fazer algo bom em seus minutos finais de vida, Anna jogou-se sobre Harry. 

Ele era inocente e não tinha nada haver com a  vingança da vampira pela morte de James. Mas isso não bastou, é claro que não. Com esse ato, Victoria viu uma oportunidade de ferir a garota assim como ela estava ferida; Aproximou-se em sua velocidade sobre-humana e atirou a garota novamente no tronco da árvore, não forte o suficiente para matar, mas sim para machuca-la um pouco mais. O grito de dor de Anna soou como musica em seus ouvidos, já não bastava um tornozelo quebrado, agora o braço também estava. Mas ninguém poderia dizer que a garota não tentou. Ela arrastou-se e implorou para a ruiva não machucar Harry; tirou forças de onde não tinha para ficar em pé novamente e inutilmente tentar atacar a sanguessuga por trás, o que resultou em mais um empurrão e mais um osso quebrado.

- Eu admiro a sua força de vontade, mas ela é inútil contra mim. Você e sua priminha vão sofrer muito em minhas mãos.- Victoria falou, erguendo Harry do chão e apertando seu pescoço.

- Não!- Anna gritou, num fio de voz. 

A patrulha começou a voltar assim que Charlie notou a ausência do amigo e da sobrinha. Anna estava sem reação ao ver a ruiva soltar Harry, sem vida, no chão. Ela falhou. Não conseguiu protegê-lo, era seu dever proteger a todos e desde que havia se mudado, raramente conseguiu cumprir seu papel. Victoria a encarou, mas não viu medo nos olhos da garota; viu raiva e tristeza, mas não medo. A patrulha aproximava-se, era possível ouvir os gritos dos policiais e então, a vampira levantou a garota do chão e sumiu com ela dali, adentrando mais no escuro da floresta. Na área dos lobos.

- Matar você seria muito fácil, mas eu gosto de joguinhos. Adoraria estar por perto para saber qual será a reação dos seus amigos lobos e dos seus amados Cullen quando perceberem que você não é mais você. É provável dos lobos até te matarem para mim.- ela deu uma risada maléfica e jogou a garota no chão. A última coisa que Anna sentiu antes de apagar foi a dor infernal de uma mordida.

[...]

Sam e Jacob a encontraram agonizando no meio da floresta enquanto seguiam o rastro de Victoria. As pernas de Anna estavam roxas e aparentemente quebradas, assim como seu braço esquerdo e uma marca de mordida era evidente em seu pulso.

- Não, Anna. Você não!- Jacob falou, voltando a forma humana e ajoelhando-se ao lado da amiga que gritava. 

A dor era lancinante e nunca cessava, mas a garota tinha picos de consciência e conseguia observar o que acontecia a sua volta.

- Ela-a mat-ou o-o Ha-arry, Ja-ake. E-u nã-o cons-segui-i protege-lo-o.- falou em meio a dor, com o pouco de sanidade que ainda havia em seu corpo. 

Jake alisou seus cabelos em uma tentativa falha de acalmá-la.

- Lotte-e. Cha-a-me a Lotte!- gritou por fim e foi  esmagada por uma onda de dor ainda mais forte que a anterior. 

Os lobos estavam revoltados, todos atrás da vampira prontos para matá-la a qualquer momento. Por ordem de Sam, Jacob levou a garota que contorcia-se e gritava para a casa do Alfa, na reserva. Emily tomaria conta dela até que a irmã e a prima chegassem. Horas depois Anna ainda gritava e a cada minuto sua voz ficava mais alta. Estavam todos reunidos na sala de Sam quando Beatriz e Isabella passaram pela porta feito um furacão.

- Onde ela está?! - gritou a caçula que foi imediatamente segurada Jacob. Eles nunca viram alguém sendo transformado e não sabiam se era seguro que as humanas subissem, mas aparentemente, elas não ligavam para a própria segurança. - Me solta! Eu preciso vê-la!- pisou no pé do garoto e deu-lhe uma cotovelada nas costelas. 

Jacob a soltou para examiná-la, não queria ver Triz machucada e foi nesse momento que ela o empurrou com toda sua força, fazendo-o cair para trás e bater as costas na parede. Correu para o andar de cima, de onde os gritos de sua irmã estavam vindo. Bella protestava nos braços de Embry e mesmo com os chutes, o garoto não a soltava. Quando Beatriz finalmente chegou ao quarto toda a sua força sumiu ao ver a irmã deitada e agonizando, toda machucada. Seus pés vacilaram e Triz caiu de joelhos ao lado da cama, não contendo as lágrimas.

- Anna!- gritou, em meio aos soluços. - O que aquela vadia fez com você?!- sussurrou, inconformada. 

Ela sabia o que estava acontecendo, sabia que sua irmã iria transforma-se em dois dias, talvez menos e sabia, principalmente, que nenhum quileute  ficaria ao lado dela.

- Eu vou resolver tudo, como você sempre fez. Vou ser forte por nós duas, eu te prometo!- disse e beijou a testa da Major antes de voltar para o primeiro andar.  

Um amigo de Harry que estava na caçada ao lobos com a patrulha viu tudo o que aconteceu escondido atrás de uma árvore; foi ele quem deu a notícia para os anciões de que Harry estava morto, que uma vampira o matou e que Adrianna tentou com todas as forças protegê-lo, mas foi levada pela mesma fria antes da patrulha de Charlie chegar.

Ao chegar no pé da escada, Triz limpou uma lágrima com raiva. Bells não estava diferente, continuava lutando para desvencilhar-se do aperto de Embry e foi só quando ela lhe desferiu uma cabeçada em seu nariz que o garoto a soltou. A castanha tombou para a frente e apoiou-se no sofá para não cair, correu até Triz antes que qualquer outro a prendesse novamente e subiu as escadas com pressa. A caçula seguiu a prima com os olhos e tomou coragem para falar o que precisava. Ao voltar seu olhar para a sala, todos os presentes a encararam com olhares sérios e preocupados, mas Triz não iria se abater, não agora. Sua irmã a ensinou muitas coisas ao longo da vida e a primeira delas era que: "Quando  você estiver sem saída, esqueça o lado sentimental. Haja racionalmente e não importa o que tenha acontecido, você não pode desabar. Use sua força e sua determinação com sabedoria, principalmente se eu não estiver por perto ou pior: se eu for o motivo de sua dor." Essas palavras nunca fizeram tanto sentido como faziam agora. Triz endireitou a postura e desceu o último degrau da escada.

- O que vão fazer?- disse com frieza. Tão fria como nunca fora na vida.

- Ela irá transformar-se, sinto muito Triz, mas não temos escolha.- disse o ancião que ela não fez questão de lembrar o nome.

- O caralho que não tem escolha!- a garota fechou a mão em punho e socou uma mesinha que havia perto da parede, fazendo um barulho alto. - Minha irmã literalmente morreu tentando salvar a vida de Harry e é assim que a tribo dele retribui? Vão deixá-la passar por toda essa tortura e depois matá-la sem mais nem menos? Não eram vocês que se diziam amigos dela?- gritou, irritada.

Embry, Jacob e Quill olharam para baixo, envergonhados. Os outros tinham um olhar de pena e raiva, não das garotas, mas sim da vampira que causou toda essa situação. Paul não estava presente, ainda encontrava-se na floresta cassando a desgraçada que arruinou com a vida de sua amiga.

- Anna nunca escondeu que faria qualquer coisa para salvar a vida de cada um de vocês, independentemente de quanta força ou do quão indestrutíveis sejam. Ela sempre os respeitou e respeitou suas leis, suas lendas... Por Deus, ela não deixava nem os alunos de Forks falarem mal de qualquer um de vocês! Sim, ela vai se transformar em o que? Dois, três dias? E esse está sendo o pior momento de toda a vida dela, mas ela não pediu isso, ela nunca quis isso!

- Nós sabemos, Beatriz, mas é...- Sam começou.

- É o que, Sam? Inevitável? Criem vergonha na cara, vocês estão diante de uma oportunidade e não vão pegá-la por orgulho!- bufou irritada.

- Que oportunidade?- Billy perguntou, ele era o único que de fato estava pensando racionalmente.

-  Ela pode ajudar vocês! Os Cullen não foram os primeiros vampiros que conhecemos, temos uma prima que é uma fria e ela pode ajudar a Anna a se adaptar. Minha irmã pode ficar mudada na aparência e na cor dos olhos, mas vai continuar sendo exatamente a mesma pessoa que sempre foi, que sempre pensou nos outros antes de si mesma! Ela não vai machucar nenhum humano e Lotte pode ajudá-la a alimentar-se de animais. E outra, Victoria a deixou viva por algum motivo, provavelmente vai querer enfrentar minha irmã transformada. A ruiva parece gostar de jogos e ela deve ter mordido Anna na intenção de ver quem a mataria primeiro, vocês ou ela. Se toquem, Anna pode ajuda-los e até servir de isca se precisar para matarem aquela ruiva nojenta! 

Todos ficaram em silêncio, processando o que Beatriz falou.

- Foi isso que Anna falou antes de voltar a gritar. Ela disse para chamar uma tal de Lotte. Ela é vampira também?- Jake perguntou e Triz concordou.

- Ela é minha tia-avó de segundo grau. Mas como continua jovem é mais fácil a chamá-la de prima. O sangue de Anna a fazia ficar calma e não atacar os humanos, a mesma coisa com o loiro azedo que ela namorava.- algumas risadas foram dadas pelo modo que a garota referiu-se a Jasper Hale. - Ela pode ajudar, gente. E também se alimenta de animais quando está perto de mim. Vocês tem que dar uma chance, não podem simplesmente mandar a amiga de vocês para a forca!

Furante um minuto, talvez mais, tudo que era ouvido na enorme casa eram os gritos da garota no andar de cima e os soluços de Isabella.

- A decisão fica com você, Sam. Você é o alfa, não é? Por favor, ela tem que ter pelo menos o benefício da dúvida. Deixe-a mostrar que ela vai conseguir  controlar-se e de quebra irá ajudá-los a matar Victoria. Está na cara que não estão conseguindo sozinhos.- falou sarcástica.

- Ok, mas você sabe as regras. Ela terá que aprender a controlar-se rapidamente e se qualquer humano for mordido ou morto no processo, eu sinto muito, mas ela terá que morrer.- Triz assentiu e ignorou completamente a última frase. Ela não iria deixar sua irmã morrer. Não de novo.

- E sobre essa outra vampira, ficarão todos de olho e ela não entrará na reserva. Terá que ficar no território dos Cullen  e somente Anna terá permissão para entrar aqui, se provar que sabe se controlar.

- Valeu, lobo mau. Sempre soube que você era gente boa. - Sam revirou os olhos com o comentário da garota mas no fundo esperava que Anna não fosse um problema. Todos ali eram amigos dela e ele odiaria ser a pessoa que precisaria matá-la caso as coisas fiquem fora de controle.

[...]

 Apenas um dia se passou e os gritos de Anna sessaram. Ela já havia começado a mudar e estava linda, um pouco mais pálida que o normal, mas a pele bronzeada de nascença ainda era seu destaque. Seus olhos continuavam fechados; seu coração ainda batia muito lentamente. Era questão de um dia, talvez dois. Ninguém sabia ao certo quanto tempo levava, mas tinham consciência de que quanto mais longe do coração era a mordida, mais lenta era a transformação. Nesse meio tempo, muitas coisas aconteceram: para justificar a ausência da irmã, Beatriz disse para Charlie que Anna havia se perdido na floresta, que  Sam havia a encontrado e a levou para a reserva. Disse também que sua irmã passaria de dois a três dias ajudando Emily e os outros no que pudesse para a preparação do enterro de Harry, pois não aguentaria ir a outro funeral. Charlie concordou com o que a sobrinha disse e não fez mais perguntas, estava grato por Anna estar ajudando a todos nesse momento tão triste e mal notou a ausência dela, dado a sua dor em perder um grande amigo. Lotte chegara em Forks rapidamente e sem o Peter. Seu marido não dava-se bem com lobisomens e preferiu manter distância, mesmo preocupado com a sobrinha-neta. A vampira conheceu todos os quileutes que não foram muito receptivos ao seu cheiro e nem a sua presença, mas Triz a mandou ficar na dieta de animais para que seus olhos ficassem dourados e não representasse perigo para a população da cidade. 

Ela ficou "hospedada" na antiga casa dos Cullen, onde podia caçar pelo território sem dar de cara com humanos. Já Bella estava preocupada com a prima e ia regularmente até a reserva vê-la. Não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Anna não queria isso, nunca quis e agora estava fadada a viver para sempre. Tudo que Bella podia fazer a essa altura era torcer e rezar para que a Major conseguisse controlar-se. Com o choque da morte de Harry seus filhos também acabaram transformando-se e  tornaram-se os novos membros da matilha – que diga-se de passagem, havia tornado-se um inferno dado aos pensamentos compartilhados por Leah. Tudo isso parecia tão errado. E Victória havia sumido, não deu mais as caras desde que matara Harry Clearwater. O dia estava nublado, e Bella precisava respirar, estava ficando sufocante pensar em tudo que poderia dar errado e talvez estivesse desencadeando uma crise de pânico. Ela vagou sem rumo pela floresta da reserva onde haviam trilhas que levavam até os picos altos de onde vira  Sam Uley e os outros pularem uma vez. Ao chegar no penhasco ela respirou fundo. De novo e de novo, e de novo.

- Anna ficará bem, ela é forte e vai conseguir se controlar. Vai dar tudo certo, Bella. Lotte vai ajudá-la, não há necessidade de enlouquecer. Vai ficar tudo bem... Vai ficar tudo bem... Vai ficar tudo bem...- a castanha falava sozinha, andando de um lado para o outro.- Você precisa relaxar, Bella. Pense em outra coisa...- murmurou, olhando pra o horizonte. 

O dia estava frio, mas ela sentiu a necessidade de dar aquele mergulho que havia mencionado tempos atrás com Jacob. Não aconteceria nada, não é? Era só um mergulho. Ela sabia nadar e a correnteza não parecia estar forte. Daria certo, esse era o escape do qual precisava para não surtar. 

"Bella, não!" 

E então, ela ouviu a voz. Isso era outra coisa que estava começando a deixá-la de saco cheio. No início ela queria ouvir a voz de Edward mas agora não era um momento para isso. Ela precisava extravasar e não de mais alguém lhe dizendo o que não fazer. Sem perder tempo retirou as pulseiras e o casaco, voltaria para buscá-los depois e foi para a ponta do precipício, observando a água negra lá em baixo. "Bella, por favor... Volte" Ela revirou os olhos. Era drama demais, não era? Principalmente por que isso era apenas uma alucinação de sua cabeça. A castanha o ignorou, fechou os olhos e num ato de coragem, pulou.

[...]

Mas, aparentemente, nada é fácil na vida das Swan's e como uma reação em cadeia, um problema veio por cima do outro. Não fosse Jacob tirar a castanha da água, das duas uma: ou Bella morreria afogada, ou Victoria a alcançaria. Quando a garota recobrou a consciência sentiu sua cabeça latejar e não era pra menos, havia a batido na enorme parede de pedra. Jacob falava coisas desconexas e só quando Bella respondeu que "não" estava tentando se matar o quileute ficou tranquilo. Na volta para a casa de Charlie uma briga teve início por conta do carro de um certo frio estar parado em frente a casa da garota. Mesmo relutante, Jacob a deixou entrar e partiu tão rápido quanto chegara. Receosa, Bella entrou em casa. O corredor escuro deu um ar de suspense ao local, mas foi só quando viu Alice parada como uma pedra a sua frente que permitiu-se correr.

- Alice!- a abraçou, esquecendo o quão dura a vampira era.

- Será que dá para me explicar como é que está viva?- disse a fadinha, em choque.

- Como?

- Vi você pulando do penhasco, pode me dizer por que tentou se matar?

- Eu não tentei me matar, só estava mergulhando... Sabe, por diversão.

- Eu disse a ele que isso ia acontecer, mas ele não acreditou em mim. "A Bella prometeu." - A imitação de Alice era tão perfeita que Bella ficou paralisada de choque enquanto a dor rasgava seu peito. - "Não fique olhando o futuro dela também, de nenhuma delas." - Ela continuou a citá-lo. - "Já causamos muitos danos." Mas não estar olhando não quer dizer que eu não veja - continuou ela. - Eu não a estava vigiando, eu juro, Bella. Mas já estou sintonizada em você... Quando a vi pular, nem pensei, só peguei um avião. Sabia que chegaria tarde demais, mas não podia não fazer nada. Então cheguei aqui, pensando que talvez pudesse ajudar Charlie de alguma maneira, e você apareceu de carro. - Ela sacudiu a cabeça, desta vez confusa. Sua voz era tensa. - Eu a vi entrar na água e esperei que saísse, mas isso não aconteceu. O que houve?

- Eu estava tendo uma crise e precisava pensar em outra coisa, então lembrei que eu iria mergulhar do penhasco com um amigo, mas ele não estava lá, então fui sozinha. Porém, a correnteza estava muito forte e é verdade que eu provavelmente teria me afogado se Jacob não tivesse chegado a tempo e pulado atrás de mim. Bom, tudo bem, não há dúvidas disso. Mas ele pulou e me tirou de lá, e acho que me levou de volta a praia, mas a essa altura eu estava meio desligada. Não devo ter ficado mais de um minuto embaixo da água até ele me pegar. Como você não viu isso?

Ela franziu o cenho, perplexa.

- Alguém tirou você de lá?

- Sim. Jacob me salvou.

- Então, se a correnteza era muito forte para você, como esse Jacob conseguiu?

- Jacob é... forte.-Ela ouviu a relutância na voz da castanha e suas sobrancelhas se ergueram.- Olhe, bom, ele é... algo como um lobisomem.- admitiu depressa. - Os quileutes se transformam em lobos quando há vampiros por perto ou algo assim. Eles conhecem Carlisle de muito tempo atrás. Você estava com Carlisle na época?

- Não. Ainda não o tinha encontrado. - Alice estava perdida em pensamentos. De repente, seus olhos se arregalaram e ela se virou para fitar Bella com uma expressão de choque. - Seu melhor amigo é um lobisomem?-Ela assentiu num tom tímido.- Há quanto tempo?

- Não muito - disse num tom defensivo.- Ele só virou lobisomem há algumas semanas. - Ela fez uma cara feia para Bella.

- Um lobisomem jovem? Pior ainda! Edward tinha razão... Você é um imã para o perigo. Não devia ficar longe de problemas?

- Não há nada de errado com os lobisomens.- grunhiu, magoada por seu tom crítico.- E os vampiros não foram embora... Quer dizer, não todos. É esse o problema. Se não fosse os lobisomens, Victoria já teria me pegado e Anna...- ela suspirou, a voz embargando.- Bem, se não fosse por Jake e os amigos dele, acho que Laurent teria me pegado antes dela, então... Mas muitas coisas não teriam acontecido se vocês não tivessem ido embora.

Bella não queria jogar a culpa para cima dela, mas de fato estava magoada e aparentemente Alice não fazia ideia do que ela estava falando, tanto que ignorou a última frase.

- Victoria? - sibilou ela. - Laurent? Anna? O que aconteceu, Bella? Conte-me tudo!

E Bella contou, apenas o essencial. Não mencionou a viagem e muito menos a revista, isso não tinha importância no momento e talvez Alice já até soubesse. Mas falou o que aconteceu com Anna, sobre ela estar na reserva sofrendo a transformação, sobre Lotte estar na casa dos Cullen para dar um apoio assim que Anna "acordar" e sobre tudo mais de horrível que está acontecendo. Falou sobre Triz não sair do lado da irmã por nada e que provavelmente a prima acordaria em dois dias, mas ainda era cedo para saber.

- Como é que eu não vi nada disso? O Jasper vai me matar. A Anna, meu Deus... A Rose também vai me matar. Você está certa, é culpa nossa. Não devíamos ter ido embora. Me desculpe, Bella. Me desculpe.

Alice a abraçou, seu rosto em uma forma esquisita, como se quisesse chorar mas não conseguisse. Bella a abraçou e ambas separaram-se rapidamente. Alice estava com sede e não podia arriscar ficar tão perto da garota. Não estava mais acostumada a isso. A convivência. 

- Talvez eu não devesse mudar de assunto assim, mas você está horrível, Bella.

-Eu me afoguei hoje. - lembrou a ela.

- É mais do que isso. Você está péssima.- a castanha se encolheu.

- Olhe, estou fazendo o melhor que posso.

- O que quer dizer?

- Não tem sido fácil. Estou me esforçando.

- Eu disse a ele... -falou consigo mesma.

- Alice - suspirou -, o que você achava que ia encontrar? Quer dizer, fora a minha morte? Esperava me ver saltitando por aí e assoviando musiquinhas animadas? Você me conhece bem.

- Conheço. Mas eu tinha esperanças. Vi vocês se divertindo no Brasil... Bem, mais do que eu gostaria. Tem certas coisas que meu dom não esconde. E vi o que aconteceu com Anna... Você não sabe o quanto eu quis voltar. Tive que ir embora tão rápido que não consegui me despedir de nenhuma de vocês, eu sinto muito.

- Então acho que a idiotice não é exclusividade minha.- soltou, amarga. Alice concordou com um meio sorriso.- Espera, se você nos viu no Brasil... Você também sabe sobre a Anna, não é?

- Sobre ela ser uma Major? Sim, já faz um tempo, na verdade. Soube antes de irmos embora. Mas vi que ela mesma queria contar a Jasper, sabe... Fazer uma surpresa, então escondi meus pensamentos de Edward. Ficou mais fácil quando nos separamos, não estamos mais em uma casa só como antigamente.

Antigamente. Essa palavra fez o peito de Bella doer mais um pouco.

- E por que não voltou quando viu o que ia acontecer com ela?

- Eu não podia. Vi todos os futuros possíveis, Bella. Mas tinha muito sangue. Vi o que aconteceria se Jasper ou qualquer outro intervir-se e as coisas não acabariam bem. Em todos os futuros ela acabaria nos vendo, algum de nós perderia o controle com o cheiro e Anna acabaria morta pelas mãos daquele homem, que a mataria antes mesmo de agirmos.

- Então, só você sabe o que aconteceu?- ela assentiu.

- Não contei a ninguém, nem a Josh. Jasper tentaria voltar no mesmo instante e ela sofreria as consequências de um jeito ou de outro. Assim, o único futuro em que ela saia viva era o que não havia nenhuma interferência nossa, por isso não contei. Mas agora, eu sinto que falhei. Não vi Victoria. Não vi Laurent. Achei que vocês estavam todas bem depois daquele período e que voltariam a seguir suas vidas.

- Então, acho que você fez bem em não ter contado sobre o Brasil. Foi um período bem tenso, não sabíamos se ela iria sobreviver e agora...- Bella fungou.- Eu sei que tenho minha própria opinião sobre a imortalidade, Alice, mas Anna não queria isso e Victoria fez de propósito. Ela achou que os lobos a matariam para ela. Mas nós três estamos sempre com a matilha, são nossos amigos. Mas ainda são lobos e inimigos dos vampiros. Triz conseguiu convencer o Alfa a dar uma chance à Anna e Lotte vai tentar ajudá-la a se controlar. Mas e se...

O telefone tocou.

- Deve ser Charlie. - ela disse, se interrompendo e  cambaleando de pé. Pegou a mão de pedra de Alice e a arrastou consigo até a cozinha. Ela não ia deixa-la sair de sua vista.

- Charlie? - atendeu ao telefone.

- "Não, sou eu".-  disse Jacob.

- Jake!- Alice examinou sua expressão.

- "Só queria saber se ainda está viva." - falou ele, com amargura.

- Eu estou bem. Eu lhe disse que não era...

- "Tá. Entendi. Tchau."- e então ele  desligou o telefone. Bella suspirou e jogou a cabeça para trás, encarando o teto.

- Isso vai ser um problema.- murmurou. Alice apertou sua mão.

- Eles não estão animados com minha presença aqui.

- Não especialmente. Nem a de Lotte.- Alice passou o braço à volta de Bella.

- Então, o que vamos fazer agora?- refletiu. Ela parecia falar consigo mesma por um momento.- Providências a tomar. Pontas soltas a amarrar.

- Que providências?- questionou Bella.

- Não posso entrar na reserva para ver a Anna e também não é seguro deixá-la lá com o final da transição tão próximo. Onde ela foi mordida?

- No pulso, ela estava toda machucada quando a vi. Mas agora parece que está apenas dormindo e não tem nem sinal da luta com a ruiva.

- O estágio dela já está avançado então, mas ainda é provável que demore mais um dia. Um dia e meio. É difícil dizer. Preciso falar com Carlisle. E com a Charlotte. Talvez seja melhor levar Anna para a mansão, não tem movimento e ninguém que ela possa machucar. Vou ver se consigo convencê-la a falar com o tal Alfa, eles não me ouviriam de todo o jeito. E preciso me alimentar.

- Você vai voltar, não é? Por favor. - ela assentiu rapidamente.

- Claro. Não arranje confusão pela próxima hora. 

E como um vulto, ela já não estava mais lá.

[...]

Alice voltara em menos de uma hora e quando Bella desceu as escadas secando os cabelos, a vampira já a esperava no sofá.

- Você foi rápida.- Bella falou e sentou-se ao lado da vampira. 

Conversaram por um tempo, Alice a contou por onde esteve e como estavam todos sem mencionar Edward. Bella agradeceu por isso, não queria saber dele. Não se fosse para sofrer mais depois e se tem algo que sua viagem para o Brasil fez, foi lhe abrir os olhos. Ela não choraria mais, estava farta disso. Precisava aceitar que o amor da sua vida não a queria. Pouco tempo depois Charlie chegou, ficou surpreso e feliz de ver Alice, mas não pode deixar de perguntar se Carlisle havia voltado também. As duas sabiam que era em Edward que ele estava pensando. Bella acabou pegando no sono no sofá, com a cabeça no ombro de Alice, estava exausta pelo afogamento e quando acordou ouviu os dois conversando baixinho. A princípio achou que o assunto eram os Clearwater, mas então percebeu que os dois falavam sobre ela e Anna.

- Foi tão ruim, Charlie? - perguntou Alice de um modo delicado. Charlie suspirou.

- Muito ruim.

- Conte-me tudo. Quero saber exatamente o que aconteceu com elas quando partimos.

Houve uma pausa enquanto uma porta de armário era fechada e um queimador era apagado no fogão.

- Nunca me senti tão impotente - começou Charlie devagar. -Não sabia o que fazer. Aquela primeira semana... Pensei que ia ter que hospitalizar Bella. Ela não comia nem bebia nada, não queria se mexer. O Dr. Gerandy despejava palavras como "catatônica", mas eu não o deixei subir para vê-la. Já Anna...- ele suspirou novamente.- Ela é mais forte do que pensa. Não passou um dia em que ela não tenha preocupado-se mais com Bells do que com ela mesma. Não é nenhuma novidade para ela, claro. Sei que minha sobrinha já passou por alguns términos na vida, mas ainda assim conseguia esconder muito bem. Anna transformou toda a sua dor em raiva, essa foi a forma que achou para lidar com ela, mas no fundo estava tão destruída quando minha filha. Foram muitos sacos de box fora, Alice. Eu sinceramente não entendo como ela ainda sente os dedos.

- Ela superou?- Charlie negou.

- Nenhuma das duas. Triz fazia o possível para manter Bella sã, enquanto Anna passava o tempo se ocupando com várias atividades para não pensar. Eu nunca a ouvi chorando ou perdendo a calma nesse tempo, mas meu quarto é perto do dela então era possível sentir as vibrações. Toda a semana ela o destruía. E Bells gritava tanto...- suspirou.- Eu não dormi bem por longos meses, nas primeiras semanas pelos gritos e no restante do tempo, de preocupação.

- Ela parou de gritar a noite, então?- ele negou.

- Não, é claro que não. Anna dormia junto com ela, seu quarto é à prova de som. Como sempre minha sobrinha preocupando-se mais com o bem estar dos outros do que com o dela, mas sei que ela passava noites em claro tentando acalmar Bella. Muitas vezes Triz trocava de lugar com a irmã para que Anna pudesse dormir.  

Charlie continuou narrando todos os acontecimentos dos últimos meses sobre o estado das sobrinhas e Alice ouvia tudo quieta, com dor no peito quando ele falava sobre Anna. Charlie não sabia o que estava acontecendo com a garota e era possível que nunca mais fosse vê-la. A vampira havia encontrado com Charlotte em sua antiga casa, faziam anos que as duas não se viam, a fadinha ainda namorava Jasper na época. Alice deu total liberdade para Lotte e insistiu para que ela convencesse Beatriz a levar sua irmã para a mansão.

- Mas agora ela parece melhor.- falou a Cullen, assim que Charlie terminou de falar.

- É. Desde que começou a passar o tempo com Jacob Black, percebi uma grande melhora. Ela tem alguma cor no rosto quando chega em casa, um pouco de luz nos olhos. Está mais feliz. As três estão, na verdade. Mal as vejo, mas quando consigo estão sempre rindo ou indo até a reserva. Sei que no fundo isso tem feito bem à elas e... Eu não sei... Mesmo com Jacob, de vez em quando vejo alguma coisa nos olhos de Bella e me pergunto se cheguei a entender a dor que ela realmente sente. Não é normal, Alice, e isso... me assusta. Não é nada normal. Não é como se alguém... a tivesse deixado, mas como se tivesse morrido. - Sua voz falhou.- Com Anna é diferente. Ela me disse que ameaçou os dois antes de partirem e está tentando seguir em frente. Mas eu reconheço aquela raiva nos olhos dela e isso me preocupa. Ela é muito jovem para carregar o peso do mundo nas costas e parece fazer isso melhor do que eu.

- Eu soube que elas fizeram uma viajem ao Brasil, não é?

- Sim, Anna foi a trabalho e levou as meninas com ela. Precisavam de novos ares e eu de um descanso. Não sei muito bem o que aconteceu por lá, mas pareceu ajudar. 

Alice assentiu e evitou falar sobre Edward estar na América do Sul. Charlie não reagiria bem a isso.

[...]

Charlie estava irreconhecível quando desceu as escadas antes do sol nascer. Ele esforçava-se para não desabar, mas no fundo sabia que era inevitável, afinal, estava indo para o enterro de um grande amigo. Despediu-se da filha e de Alice sem muita cerimônia e quando saiu, minutos depois bateram à porta. Era Jacob e Alice saiu da casa para dar privacidade a Bells. Uma briguinha por território foi desencadeada entre os melhores amigos e tão rápido quanto começou, foi aplacada. Jake sabia o que Bells sentia pelos sangue sugas e não iria a fazer escolher no lado de quem ficar. Foi apenas quando o telefone tocou, quando Alice retornou e quando o problema estourou que Bella viu-se em uma encruzilhada. Ela não queria magoar Jake, mas não podia deixar o seu... ex? 

É, era seu ex. Seu ex imbecíl

Não podia deixar que ele cometesse uma loucura com base em uma informação falsa. Em uma visão falsa. Bella tinha seu amor próprio, muito embora quase sempre o deixasse de lado, mas também sabia o que era o certo a ser feito. Não abandonaria Alice agora, não por um acidente cometido no passado que culminou em um erro grotesco da parte de... Edward. Ela realmente os amava, mesmo estando ferida e por um momento permitiu que uma fagulha de seu amor sobrepujasse seu julgamento. Mas não podia deixar, era hora de pensar racionalmente. Anna estava completando a transformação e em poucas horas estaria morta. Contudo, mesmo com raiva, Jake lhe garantiu que nada aconteceria a garota, humana ou não. Ela estaria segura, Triz estaria segura e Charlie estaria seguro. Essa foi a última coisa que ouviu seu amigo dizer antes correr contra o tempo com Alice para salvar um idiota morto de cometer uma estupidez por sua causa.


Notas Finais


• É issooo, soltei a bomba e sai correndo. Hahahaha.
• Já adianto que o próximo vai sair até o final da semana pq vai ser o capítulo dos Cullen, ou seja, tenho q botar seis meses em um capítulo, enton sejam bonzinhos ❤
• Me digam o que acharaaaam, eu preciso saber. Não deixem de comentar e FAVORITAAAAR, ACABAMOS DE BATER 280 FVS GENTEEE ❤❤❤
• Bjus, bjus e até o próximo 😘😘


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