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História The Twilight Saga - Conciliation


Escrita por: Wonderfulll_P

Notas do Autor


• Oi oi, baldes de glitter;
• Link da música do capitulo:
• Shawn Mendes - 24 hours : https://youtu.be/GHle1rcR-UA
Obs: finjam q foram os personagens q inventaram, ok?
• Capitulozinho de hoje em homenagem a aniversariante do dia: Adriana Lima, que da vida (mesmo q n saiba disso rsrs) a nossa Major Adrianna Luna Swan 🎂🎂🎂

Capítulo 47 - Conciliation


Anna era paciente. Sentia o cheiro do sangue mas só iniciava a caçada quando encontrasse um animal grande o suficiente para saciar sua sede e não ter que recorrer a outros, ela causaria o mínimo de mortes possíveis. Sempre levou em consideração o primeiro ensinamento de Lotte em seu Manual de Como Ser Uma Vampira Vegetariana:

1° Regra: Não dizimar uma família inteira de animais;

Anna não julgava a tia-avó e o tio-avô por alimentarem-se de humanos, sabia que eles caçavam aqueles que eram considerados a escória da humanidade, exceto, é claro, quando estavam em sua companhia e de Triz, que era onde o Manual da tia se aplicava. Ademais, essa era a primeira vez que Jasper, Edward, Carlisle e Esme a viam caçar, já que a garota fazia questão de desfrutar desse momento apenas com Emmett, Rosalie, Alice e Josh, mesmo que esse último gostasse de fazer isso com Edward, por considerar mais divertido. A maioria já havia se dispersado em busca de alimento, mas Jasper permaneceu ao lado dela a todo o momento. O sangue de Anna ainda o acalmava de uma forma extremamente milagrosa e assim sendo, ele pode observá-la melhor antes de render-se ao seu monstro interior e aos seus instintos. Ela viu um felino grande a vários metros de distancia, mas após examina-lo minuciosamente, o deixou seguir seu caminho.

- Não vai comer? - indagou Jasper, curioso.

- Não, essa espécie está ameaçada de extinção. Pode ir na frente se quiser, sei que está com fome. Rose e Emm geralmente me deixam sozinha porque eu escolho demais.

- Você age como Lotte, tem regras também, não é?

- Algumas. Não como nada menor do que um cervo, mesmo que eu leve horas procurando; também não ataco a maior parte das fêmeas, principalmente se tem filhotes por perto. Eu vi Bambi quando criança, foi assustador.

Jasper riu, não acreditando que namorava uma vampira que escolhia o próprio cardápio.

- Isso é incomum, até para Lotte. Ela vivia quebrando as próprias regras, se bem me lembro.

- Não posso me dar ao luxo de quebrar minhas próprias regras, Jazz. Se eu quero me manter controlada, preciso estabelecer meus limites. Não sei se conseguirei me conter para sempre, pode ser que com o passar dos anos fique mais difícil para mim e é fundamental que eu tenha uma base forte se não quiser que o sangue me controle como controla quase todos os vampiros. Eu prezo pelo meu livre arbítrio o suficiente para conseguir me regular.

- Você é fascinante, amor. E eu fico muito contente em vê-la mandando na própria sede. Não posso dizer que foi fácil para mim, porque sei que meu passado fora marcado por muitas mortes, inocentes ou não. Tenho tentado me manter na linha desde que conheci Alice, mas apenas consegui fazer com que a vida fosse suportável. Até que eu senti o seu cheiro. De alguma forma ele ainda me controla, não sei se eu seria o mesmo sem você, acho que nunca fui tão feliz em todos esses anos como estou sendo agora. Você me ajudou, mesmo que inconscientemente, obrigado, Darling... Apenas por existir.

Anna o abraçou com força e depositou um beijo completamente apaixonado nos lábios dele.

- Não fale coisas fofas e extremamente românticas em um momento como esses, eu fico toda desconcertada. - ela fingiu estar zangada, mas não conseguiu esconder o sorriso. - Eu amo você. E não posso deixar de agradecer ao Sr. e Sra Whitlock por terem te colocado no mundo, que Deus ou o Diabo os tenha. - ela fingiu agradecer e Jasper não conteve a gargalhada.

- É bem provável que seja a segunda opção. Eles eram terríveis, sem exceções. - Jazz recordou-se e tomou-a em um outro beijo para afastar os pensamentos ruins que deveriam estar para lá de enterrados, como as pessoas de quem eles se referiam.

- Nesse caso, que queimem no inferno. E qualquer um que ousar chegar perto de você com qualquer intenção ruim terá o mesmo destino, eu mesma faço questão de mandá-lo para lá. Você já sofreu o suficiente para uma vida inteira, não permitirei que passe mais um dia sequer machucado por qualquer coisa que seja. E está mais do que na hora de aproveitar a parte boa da sua vida – vulgo sua Major –, que vai durar para sempre, é claro.

- Você está sendo modesta, a parte boa foi quando senti seu cheiro pela primeira vez. Desde então não passou um momento em que eu não me sentisse completamente realizado. Minha vida agora está esplêndida, formidável, magnifica, sublime, celestial, inigualável e qualquer outro possível sinônimo de excelente, porque não existe uma palavra só para descrever o que você me faz sentir, o quão bem você me faz.

- Argh, Jasper! Você fez de novo! - ela resmungou falsamente, completamente rendida pelas palavras dele. O beijou mais uma vez, sem conseguir resistir a tentação que era ele.

- Eu amo você, jamais me cansarei de dizer isso. - Jasper selou sua testa, enquanto ela se derretia em seus braços. - Agora, vamos, acho que ouvi algo pesado vindo do lado Leste.

- Talvez seja só o Emmett - Anna brincou, rindo com ele antes de pôr-se a correr e ir atrás do animal.

Era um alce adulto, extremamente alto e com um temperamento um pouco arisco. Anna notou que o animal já havia vivido dias melhores, visto que sua galhada grande e expeça estava quebrada em algumas partes. Ele provavelmente era o irritadinho da família. A sede enfim ganhou lugar e consumiu o corpo todo da vampira, Jasper sentiu a sede dela e rosnou, faminto pelo animal que parecia querer atacá-los por apenas cruzar seu caminho. Ainda assim, Jasper surpreendeu-se com o autocontrole da namorada ao vela partir para cima do alce e dar a ele uma morte rápida e indolor, antes de sugar seu sangue – ainda quente – do corpo. Eles repartiram a refeição, ainda que apenas um animal, mesmo tendo aquele porte, não seria o suficiente para saciar a sede de ambos por mais de dois dias. Ele limpou o canto da boca dela, onde uma gota de sangue escorria e levou o dedo até o meio de seus lábios, sorrindo quando ela o chupou e fez uma feição inocente. Respondendo a pergunta implícita no rosto de Jazz, assim que o mesmo olhou para o animal ao seu lado, Anna falou:

- Não gosto de fazê-los sofrer. O sangue ainda está quente depois que os mato, não tem muita diferença de quando estão vivos. Essa é a primeira regra. No começo não foi assim, mas tendo fazer dar certo.

- Você é realmente incrível, amor. Poucos teriam dado toda essa atenção à suas presas. Vou enterrá-lo enquanto você procura outro, está bem?

Anna assentiu e depositou um selinho nos lábios de Jazz. Levantou-se em seguida e ficou atenta a todos os sons ao seu redor para poder encontrar sua próxima refeição. Jasper trabalhou rápido, já acostumado a esconder os restos mortais depois que os suga para não chamar a atenção de nenhum guarda florestal ou qualquer que seja o humano encarregado de descobrir o porquê dos desaparecimentos de tantos animais selvagens. Quando ouviu o som alto de algo chocando-se contra o chão, Anna riu consigo mesma e disse a ele:

- Esse sim foi o Emmett.

Passaram a noite toda alimentando-se o máximo que podiam, Alice não sabia ao certo se os recém criados chegariam sábado ou domingo e por isso precisavam estar todos preparados. Logo cedo, na manhã seguinte, Edward partiu para encontrar com Bella e levá-la até Jasper e Anna, que examinavam um campo aberto, o qual poderia ser usado para emboscar o exército de vampiros. O Major olhava para cada canto com extrema atenção, focando nos mínimos dos mínimos detalhes e Anna percebeu que seu bom soldado estava estudando o terreno. Ou, melhor dizendo: o campo de batalha.

- Já percebeu que tudo sempre começa ou termina em um campo? - Questionou ela, pensativa.

- Realmente, parece que temos um imã que nos atraí para locais como este.

Ele riu, lembrando-se amargamente de como o confronto com James teve início e fim.

- James, Laurent e agora Victoria - Anna contou nos dedos, sorrindo satisfeita. - Todos tiveram seu atestado de óbito assinado em um campo verde assim. Achei poético, você não?

- Ah, com toda a certeza a um quê de poesia no ar. - ele concordou, abraçando-a por trás enquanto olhavam para as montanhas através das árvores, à espera de Edward, Bella e Jacob, que também fora convidado para a festinha.

- Sabe qual é a moral da história? - Anna voltou a falar, pensando alto.

- Qual?

- Nunca interrompa um jogo de baseball.

Jasper gargalhou com ela e ambos ficaram nisso até que o som característico do Jeep de Emmett fosse ouvido. A vampira não deixou de pensar que Edward poderia comprar um para ele, já que vivia usando o do irmão para levar Bella em todos os lugares onde houvesse uma estrada de terra. Porém, só havia mais uma vaga na imensa garagem de Carlisle – já que o Jeep de Anna passava a maior parte do tempo, quando ela estava usando sua moto, estacionado lá – e Alice já tinha deixado bem claro que o espaço vago seria para acomodar seu Porsche 911 Turbo, na cor amarelo berrante que, de acordo com ela, fora amor a primeira vista. Bella havia feito Edward comprar o carro para Alice, após a baixinha pedir um apelo dela. O Cullen mais velho não teve outra opção, se não, acatar. Ademais, enquanto matutava sobre uma nova compra futura para a garagem da residência Cullen – que provavelmente seria ampliada, já que Esme passava boas horas dentro dela com Rose, medindo tudo que podia e fazendo milhares de desenhos de plantas baixas – Anna percebeu que Edward já tinha carros demais para uma única pessoa. 

Somente ele possuía três Volvos de diferentes modelos (S60R, C30, XC60), todos para uso diário e um Aston Martin V12 Vanquish, apenas para ocasiões especiais. Ela chegou a conclusão de que Edward trocava de carros com a mesma rapidez com que ela trocava de calcinhas. Além dos de Edward, haviam também os mais conhecidos: o Jeep de Emm, o conversível de Rose e o Mercedes de Carlisle. Jasper tinha duas motos estacionadas em uma vaga grande para um carro – mesmo que não as usasse com frequência, pois precisava manter as aparências de e não chamar tanta atenção por ai –, eram uma Harley-Davidson VSRC, do ano de 2001, na cor prata e uma Ducati 848 lançada em 2008, parecida com a de Anna, porém sendo um modelo um ano mais antigo e na cor branca. 10 automóveis, 11 com o dela, Anna contou mentalmente e quando viu a prima e o vampiro saindo do carro, esqueceu completamente o porquê de ter perdido tanto tempo fazendo essas comparações e pensando sobre esse assunto.

- Então será aqui? - o Cullen perguntou, olhando ao redor.

- É o melhor lugar, nos dará uma margem do que iremos enfrentar. Podemos guiá-los pelas árvores usando o cheiro da Bella e atrai-los até aqui, porém...

- O meu cheiro - Bells falou, concordando com a linha de pensamentos de Jasper.

- Não será um problema, os lobos mascararam nosso cheiro quando fomos para o Brasil, Victoria nem sonhou que não estávamos aqui. Vai dar certo. - Anna garantiu, sorrindo ao ver a cara de poucos amigos que Edward fez para ela.

- E onde está o cachorro? - ele quase rosnou, mas conteve-se após o olhar severo de Bella, relaxando a postura. - Desculpe, é força do hábito. E ele me chama de sanguessuga, de qualquer forma.

- Falando nele - Jasper inclinou a cabeça na direção da figura de Jacob saindo do meio da floresta. Estava apenas com um short e seu par de tênis habituais, o que revelava que ele viera correndo entre quatro patas.

- Não vai lutar? O que foi, está contundido? - Jacob ironizou, claramente falando com Edward.

- Ele está fazendo isso por mim, ok? - Bella tentou apaziguar a situação, o que só fez com que Jacob revirasse os olhos.

- Não quero saber - disse ele, desviando o olhar de Bella e mirando Anna e Jasper. - Qual é o plano?

- Este campo vai nos dar uma vantagem na batalha, temos que atrair os recém-criados com o cheiro da Bella, mas tem que acabar aqui. - disse o Major. 

- Eu e o Edward iremos para um acampamento, mas mesmo que ele me carregue ainda sentirão o meu cheiro - Bella esclareceu.

- No entanto, o seu fedor é repugnante.

Anna gargalhou com a fala de Edward e tentou esconder o rosto no ombro de Jasper, que apenas divertia-se com as reações dela.

- Olha, é melhor não começar a comparar cheiros. - Jacob falou.

- Ah, não é tão ruim, vocês que são exagerados. - Anna também se meteu.

- O que Edward quis dizer é que seu cheiro irá mascarar o meu, se me carregar. - Bella explicou, vendo o melhor amigo assentir.

- Feito, vamos nessa.

- Não acho que é uma boa ideia - Edward falou, visivelmente contrariado e Jasper seguiu o exemplo do irmão, ironizando com ele.

- Edward, eles não vão querer chegar perto desse... Odor. - Jasper controlou-se para não rir e Anna deu-lhe um tapa no ombro.

- Não seja malvado - ela o repreendeu, mesmo que estivesse achando a situação tremendamente engraçada.

- Certo, vamos tentar - disse Bells, indo na direção de Jake e o abraçando quando ele a pegou no colo.

- Aqui vai um perfume de lobo - zombou.

- Corre - Edward retrucou, contendo a irritação.

Assim que Jacob e Bella sumiram entre as árvores, Anna decidiu irritar o Cullen mais um pouquinho.

- Sabe, não precisa ficar com ciúmes - Ela começou, atraindo a atenção dele. - Se o plano funcionar, Jacob pode carrega-lo montanha acima também, assim os recém-criados não poderão sentir seu cheiro.

Edward rangeu os dentes e não pode encontrar uma resposta a altura para aquilo. Ele, com ciúmes do cachorro e não de Bella? Isso já era demais. Anna e Jasper, no entanto, faziam um ótimo trabalho ignorando o semblante mortal e feroz na face dele, enquanto se acabavam de rir às suas custas. Se Emmett estivesse aqui o circo estaria completo, pensou a garota, ainda gargalhando alto. Passados vinte minutos desde a partida deles, Jasper e Anna adentraram em cantos diferentes da floresta e tentaram rastrear o cheiro de Bella, não obtendo sucesso, como a vampira bem sabia que iria acontecer.

- Tudo que senti foi fedor de lobo - Jasper falou, cinco minutos depois, ao retornar do meio da floresta. Anna vinha logo atrás. - Nada da Bella, isso vai funcionar. - garantiu a Edward.

- Ótimo - disse o Cullen, ainda irritado pela brincadeira.

Assim que Bella e Jacob retornaram e as despedidas foram feitas, os quatro voltaram para mansão Cullen, onde Bells pegou sua picape de volta e dirigiu para encontrar com Alice – a qual estava empenhada em cuidar de seu álibi para o fim de semana – na sua casa. Foi uma cena e tanto a que encontrou quando chegou, sua melhor amiga e seu pai sorriam um para o outro, rindo sobre os cachos que Bella tinha quando era criança. Alice despediu-se de Charlie pelo primeiro nome, algo que foi notado imediatamente pela castanha, que não perdeu a oportunidade de indagar:

- Charlie? Estão se chamando pelo primeiro nome agora?

Alice revirou os olhinhos brilhantes.

- De mim ele gosta - deu de ombros, sorridente. - E eu acabei de arranjar o seu álibi para o fim de semana. Disse que minha família irá acampar, agora você e Anna irão dormir na minha casa. Anna conseguiu fazer Billy convencê-lo a ir pescar e Triz estará segura com os dois lobos na reserva.

- Certo.

- Mas, na verdade, Edward e você terão a casa livre a noite toda, iremos ir caçar novamente. Está cada vez mais certo de que o exército virá no domingo pela manhã, precisamos nos alimentar o máximo que der.

- Sozinhos? - Bella indagou após concordar com o que Alice havia falado. A baixinha apenas sorriu maliciosamente.

- De nada.

Bella estava em um verdadeiro impasse. Sabia que queria Edward e que não conseguiria controlar-se a noite toda a sós com ele, não hoje, pelos menos. A frase que havia dito a dois dias na residência Cullen com a presença de Edward e dos irmãos dele ficou martelando em sua cabeça. Ela o queria, como queria, e já estava mais do que disposta a aceitá-lo de volta sem nem mesmo cogitar pensar no que ele e a prima mais nova vieram trabalhando secretamente aquele tempo inteiro. Se Anna, que era a mais propicia a nunca mais olhar na cara de Jasper e Edward, havia voltado para o loiro e começado a conversar com o Cullen como fazia antigamente, Bella também poderia dar esse passo.

 Ela estava disposta a abandonar seu lado vingativo recém adquirido, estava a quase cinco meses fazendo Edward comer o pão que o diabo amassou em suas mãos e não pode negar que apreciou muito vê-lo se descabelando para tentar reconquistá-la. Todos já achavam que estavam juntos mesmo, e os que não achavam davam nomes estranhos para o relacionamento que os dois tinham, então, por que não tentar? Ela o queria de volta, queria fazer aquilo dar certo e não pode negar a evolução que Edward tivera em todo aquele tempo, depois dos muitos esporros, broncas e patadas que Anna fez questão de jogar na cara dele. Edward havia mudado para melhor. Ainda era extremamente protetor, mas não agia mais como um lunático que a seguia para todos os lados em uma tentativa assustadora de mantê-la segura. Ele havia aprendido a lição, sabia como era perdê-la e jamais passaria por algo daquele tipo novamente. O que Bella não sabia era que Edward também tinha planos para aquela noite.

[...]

Bells fez a mala para a visita de dois dias a "Alice" e sua bolsa esperava por ela no banco do carona da picape. Acabou por dar os ingressos de um show que pretendia ir naquele fim de semana a Angela, Ben e Mike. Mike levaria Jessica, e era exatamente isso que ela esperava. Queria manter o máximo possível de pessoas próximas longe de Forks. Mesmo que a Stanley ainda a evitasse. Charlie comentou com a filha que Billy pegara emprestado o barco do Velho Quil Ateara e o convidara para uma pescaria em mar aberto antes que o jogo da tarde começasse. Triz já estava na reserva desde a noite passada e falou para o tio de que não tinha planos para voltar antes do domingo, pois Sue pedira para que ela ficasse mais tempo em sua companhia, já que Seth iria ter um compromisso com uns amigos. Bells fez tudo o que pode. Tentou aceitar isso e tirou da cabeça o que estava fora de seu controle, pelo menos naquela noite. 

De uma maneira ou de outra, tudo acabaria em quarenta e oito horas. A ideia era quase reconfortante. Edward pedira que ela tentasse relaxar, e ela estava esforçando-se ao máximo para isso. Não era difícil concordar com um pedido daqueles, embora soubesse que seria muito mais fácil falar de esquecer seus temores do que esquecê-los. Outras questões estavam em sua mente ali, sabendo que teriam aquela noite para ficar a sós, e isso ajudaria. Algumas coisas haviam mudado, Bella percebeu. Por exemplo, ela estava pronta. Estava pronta para se unir à família e ao mundo dele. O medo, a culpa e a angústia que sentia a ensinaram muito. Teve uma oportunidade de concentrar-se nisso — enquanto olhava a lua através das nuvens, na janela de seu quarto assim que Edward e Anna partiram para a caçada na noite anterior —, e ela sabia que não entraria em pânico novamente. Da próxima vez em que alguma coisa os ameaçasse, ela estaria preparada. 

Uma ativa, não uma passiva. E Edward nunca mais teria de decidir entre ela e a família dele. Eles seriam parceiros inseparáveis, como Alice e Josh. Da próxima vez, Bella faria sua parte, como Anna que lutaria por ela, por Harry e por si mesma. Ela estava pronta, incrivelmente pronta. Só estava faltando uma peça. Uma peça, porque algumas coisas não mudaram, e isso incluía o amor desesperado que sentia por Edward, ainda que tenha o feito de gato e sapato durante quase cinco meses. Ela teve muito tempo para pensar em todas as ramificações da aposta de Jasper e Emmett — a qual os dois fizeram assim que terminaram a votação sobre Bella tornar-se um membro permanente de sua família e consistia em quem estava certo sobre a quantidade de mortes que ela causaria em seu primeiro ano, o prêmio? A Ducati, que para todos os efeitos já era de Jasper, Edward havia dado para ele. Porém, Emmett não desistiria até tê-la para si, principalmente tratando-se de uma aposta, e ele havia apostado alto. 

Bella pôde deduzir aquilo que estava disposta a perder com sua humanidade e a parte da qual não estava disposta a abrir mão. Ela sabia qual experiência humana insistiria em ter antes de tornasse inumana, imortal. Então, considerou que ela e Edward tinham algumas questões para resolver naquela noite. A volta deles, principalmente. Depois de tudo o que a castanha viu nos últimos dois anos, não acreditava mais na palavra impossível. Agora seria preciso mais para a deter. Bom, sinceramente, talvez fosse muito mais complicado do que isso, mas ela iria tentar. Embora estivesse decidida, não ficou surpresa de ainda ficar nervosa enquanto seguia de carro pelo longo caminho até a casa dele — não sabia como fazer o que estava pensando e isso a assegurou um sério nervosismo. Estava escuro quando chegou à casa. Apesar disso, o gramado e a estrada eram iluminados pela luz de cada imensa janela. Assim que desligou o motor, Edward estava à porta do carro, abrindo-a para ela. 

Ele a ergueu da cabine com um só braço, puxando sua bolsa da picape e colocando-a no ombro com a outra mão. Seus lábios frios encontraram a testa quente enquanto ela o ouvia chutar a porta do carro depois de retira-la. Sem interromper o beijo, ele a balançou para que ela se aninhasse em seus braços e a levou para dentro da casa. Se a porta da frente já estava aberta? Bella não saberia dizer. Os lábios dele não eram ansiosos, mas entusiasmados e um selinho demorado foi depositado na bochecha dela — ele parecia tão emocionado quanto Bella por ter aquela noite para concentrarem-se um no outro. Ele continuou a beija-la por vários minutos, parado ali na entrada; Bella não teve forças para afastá-lo, não queria afastá-lo, mas tinha que conversar e esclarecer tudo o que precisava ser esclarecido antes de deixar-se ser completamente arrebatada por ele. Edward parecia menos na defensiva do que o habitual, a boca fria e urgente na pele dela, controlando-se para não passar dos limites. Bells começou a sentir-se cautelosamente otimista. Talvez não seja tão difícil conseguir o que eu quero, pensou ela. Não, é claro que será muitíssimo difícil. Com um riso baixo, Edward a afastou, segurando-a à distância de um braço.

- Bem-vinda ao lar - disse ele, os olhos claros e quentes.

- Isso parece bom - Bella disse, sem fôlego.

Ele a colocou gentilmente no chão e Bella não conseguiu impedir os próprios braços de segurá-lo, recusando-se a permitir qualquer espaço entre eles. Edward levou aquilo como um incentivo. Abriu um sorriso apaixonado e então revelou:

- Tenho uma coisa para você - disse ele, o tom informal.

- O que?

- São duas coisas, na verdade, mas a primeira é a mais importante.

- Isso tem haver com seu plano secreto em complô com a Triz para tentar me reconquistar? - Bella soltou, calmamente. Riu quando o viu arregalar os olhos e temer que ela já soubesse de tudo. - Para um vampiro, você não foi muito discreto.

- Mas você não sabe o que nós preparamos, não é?

A castanha negou com um sorriso no rosto. Odiava surpresas, isso era fato, mas não pode deixar de sentir o coração acelerar quando o viu sorrir e andar até o piano. Fazia tempo que Edward não tocava, e ele já havia feito uma música para ela, ainda que fosse somente instrumental. Bells o seguiu, torcendo para que pudesse ouvir a voz de anjo que cantarolava todas as noites até ela cair no sono.

- Vocês escreveram uma música?

Ela sentou-se ao lado dele, no banco. Edward abriu a cobertura das teclas e dedilhou por cima delas.

- Algo assim. Você sabe que meu gosto é clássico, isso não inclui letras nas canções, mas Triz achou que eu fosse conseguir me expressar melhor assim, e enquanto eu dizia como me sentia em relação à você, ela escrevia. Foi um arranjo difícil no começo, visto que sua prima adora música acelerada, mas consegui convencê-la a deixar somente no piano.

- Ainda não sei como ela perdoou você tão rápido.

- Ah - Edward riu. - Teve algo haver com o vestido que dei à ela e as maravilhas que ele pode fazer. Ela não deu detalhes e eu agradeço por isso, mas acho que tem ligação com a noite do baile e o Seth.

Bella revirou os olhos, corada. Era bem a cara de sua prima ter perdoado Edward porque o presente que ele deu foi usado na primeira noite dela com o namorado. Ele percebeu para onde os pensamentos dela estavam indo e riu novamente, após selar sua testa.

- Eu sei, ela é uma figura. Espero que goste, sei que não é a fã número um de surpresas ou presentes, mas torço para que aceite os meus, pelo menos por essa noite.

Bella assentiu e endireitou-se no banco, ficando com os olhos cravados no rosto angelical dele. Edward parecia em paz, feliz e, acima de tudo, apaixonado.

- "All it'd take is 24 hours, sign the check and the place is ours; It's a little soon but I wanna come home to you. (Bastam 24 horas, assine o cheque e o lugar é nosso; É um pouco cedo, mas eu quero voltar para casa para você)".

Ele começou e Bella automaticamente prendeu a respiração. Se havia algo mais lindo do que Edward sendo romântico, ela desconhecia.

- "I don't know how this will go, I promise that I love you; So I'll put it all on me and you, I'll put it all, you're bulletproof. "Let's throw away our backup plans and people might not understand; Who cares about if they approve? I'll face them all to be with you. (Eu não sei como isso vai ser, mas eu prometo que te amo muito; Então vou apostar tudo em nós dois, vou apostar tudo, você é à prova de balas. Vamos jogar fora nossos outros planos e as pessoas talvez não entendam; Quem se importa com a aprovação delas? Vou enfrentar todos para estar com você)".

Um arrepio percorreu a espinha dela, deixando-a a ponto de derreter com o timbre da voz dele.

- "All it'd take is 24 hours, sign the check and the place is ours; It's a little soon, but I wanna come home to you. All it'd take is 24 hours,we could dance, you could throw the flowers; It's a little soon, but I wanna come home to you. (Bastam 24 horas, assine o cheque e o lugar é nosso; É um pouco cedo, mas eu quero voltar para casa para você. Bastam 24 horas, poderíamos dançar, você poderia jogar o buquê; É um pouco cedo, mas eu quero voltar para casa para você)".

Edward desviou os olhos do piano e encarou a face corada e encantada dela, abriu um sorriso ao vê-la completamente entregue.

- "I heard that once a wise man said only fools go rushing in, but I'm not the type to overthink when something feels so right; And I promise I mean every word, I'll paint the world that you deserve every color you'd imagine, I can't wait for it to happen 'cause... (Eu ouvi que uma vez um sábio disse que só os tolos se apressam, mas eu não sou do tipo que pensa demais quando algo parece tão certo; E eu prometo que cada palavra é verdadeira, eu pintarei o mundo que você merece com cada cor que você imagina, mal posso esperar para que isso aconteça porque...)”.

O coração de Bella batia acelerado, ela arfava a cada nota perfeita que saia dos lábios dele e uma lágrima involuntária escorreu pelo seu rosto, comprovando o quão emocionada estava com aquela melodia que tocava o canto mais profundo de sua alma.

- "All it'd take is 24 hours, sign the check and the place is ours; It's a little soon, but I wanna come home to you. All it'd take is 24 hours,we could dance, you could throw the flowers; It's a little soon, but I wanna come home to you. (Bastam 24 horas, assine o cheque e o lugar é nosso; É um pouco cedo, mas eu quero voltar para casa para você. Bastam 24 horas, poderíamos dançar, você poderia jogar o buquê; É um pouco cedo, mas eu quero voltar para casa para você)".

Bella parecia ter apaixonado-se mil vezes mais depois do que ouviu e percebeu que valera a pena todos os meses de espera, pois, do contrário, ela jamais teria ouvido algo assim. Edward estava fora de sua zona de conforto, era perceptível e ainda assim, destruiu todas as barreiras que ela achou que tinha. Nunca esteve tão certa de sua decisão. Edward grudou sua testa na dela, ambos de olhos fechados e aproveitando a proximidade um do outro. Ele levou sua mão até a bochecha rubra e quente da garota, limpando sua lágrima solitária com o polegar.

- A intenção não era te fazer chorar - ele brincou, abrindo um sorrisinho apaixonado. Bella riu também, impulsionando fracamente a cabeça contra a palma gelada dele, amando o contato. Ele então abriu os olhos, assim como ela, e separou-se apenas alguns centímetros para poder fita-los com clareza. - Volte para mim, minha Bella - sussurrou calmamente, ainda que Bella pudesse notar a necessidade e o desespero por trás daquelas palavras.

Ela não tinha forças para responder, não conseguia pensar e articular as palavras para saírem de sua boca e então, tomada pelo desejo que a consumia desde a volta dele, passou os braços pelos ombros fortes do vampiro e o beijou com toda a vontade e amor que conseguia demostrar. Edward a segurou o mais forte que lhe era permitido e retribuiu o beijo com a mesma paixão ardente que o consumia todos os dias. Assim que se separaram para que Bella pudesse recuperar o fôlego (quase um minuto depois) grudaram suas testas novamente e sorriram como bobos.

- Então, isso foi um sim?

- Ainda não estou acreditando que me pediu para voltar com uma música de casamento, mas sim, isso com certeza foi um sim.

Tomado pelo impulso de tê-la para o resto da vida, Edward a abraçou e beijou novamente, com a mesma intensidade.

- Vocês fizeram um ótimo trabalho.

- Concordo, Triz é muito talentosa com as palavras. Acho que devo dar um presente de agradecimento à ela.

- Faça isso, eu amei o arranjo que fizeram.

- Tenho outra coisa para você - ele sussurrou, os lábios frios raspando nos dela.

- Ah, sim? - ela disse, desnorteada.

- Seu presente de segunda mão, lembra? Você disse que era permitido.

- Ah, é verdade. Acho que disse isso.

Ele riu da relutância dela. Durante o primeiro dia de treinamento, Edward viu a pulseira que Jacob deu à Bella como presente de formatura. Ele nunca iria conseguir conformar-se de que era a única pessoa de quem Bella jamais aceitava um presente. E, por conta disso, conseguiu convencê-la a deixá-lo presenteá-la com algo que não fosse comprado.

- Está em meu quarto. Podemos pegar?

- Claro - concordou, sentindo-se extremamente pervertida enquanto entrelaçava os dedos nos dele. - Vamos.

Edward devia estar ansioso para dar à ela seu não-presente, porque a velocidade humana não foi suficiente. Ele a ergueu de novo e quase voou escada acima até o quarto. Baixou-a na porta e disparou para o closet. Estava de volta antes que ela desse um passo, mas Bella logo o ignorou e foi para a imensa cama dourada, jogando-se na beira e escorregando para o meio.

- Uma cama?

Ela sorriu com o exagero.

- Achei que fosse precisar para dormir.

- Um colchão de ar já estaria bom - brincou, enroscando os braços em volta dos joelhos.

- Exagerei?

- Não, está perfeito. - Bells garantiu, e então lembrou-se de algo que ainda não havia contado, algo que apenas Alice e as primas sabiam. - Ei, antes de mais nada, acho que preciso te contar uma coisa... É sobre o tempo em que você foi embora e Anna foi chamada a trabalho, quando fizemos a viagem para o Brasil.

Bella não estava tensa quanto a esse assunto, já havia passado por algo parecido quando quebrou a mão no rosto de Jacob, mas a situação era diferente agora.

- Certo, o quer me contar.

- Eu beijei alguém... o melhor amigo de Triz - ela foi direta e acrescentou a última parte rapidamente para que Edward soubesse que, mesmo se quisesse, jamais poderia matá-lo.

Ele ouviu atentamente e não mudou sua face ao ouvir a notícia, parecia estar lutando contra seus próprios demônios, mas sem deixar transparecer. No fundo, Edward sabia que merecia sofrer por tudo que fizera a Bella no passado e, por isso, em um ato masoquista de ferir-se assim como a tinha ferido, resolveu aprofundar-se no assunto.

- E foi você quem quis?

Ele a viu assentir com a cabeça antes de começar a falar.

- Bom, de início foi uma surpresa porque eu não estava esperando... Mas sim, eu quis. Não foi só uma vez, ficamos quase todo o tempo em que passamos em São Paulo juntos, mas não passou disso. Eu não entendia uma palavra do que ele dizia, seu inglês é péssimo, Triz traduzia boa parte das conversas, estávamos sempre juntos.

- Ele respeitou você?

- O tempo todo. Ele é uma boa pessoa, foi o primeiro namorado de Triz, pelo que entendi. - Ela riu, sem acreditar no que falava. - Era diferente com ele, tínhamos um pouco mais de liberdade por ele ser humano, mas não era o que eu queria.

- Você o ama? - ele soltou rapidamente, um quê sombrio em sua voz. Bells revirou os olhos e abriu um sorriso maior do que o rosto. Tinha que concordar com o resto da família Cullen, Edward tinha certo caimento pelo drama.

- Você é realmente muito dramático! Foram apenas alguns beijos, nada demais. Eu estava tentando superar você, me forcando a seguir em frente e, ainda que meu corpo respondesse, meu coração e mente não conseguiam aceitar aquilo. Foi bom, mas ele não era você.

Edward permitiu-se abrir um sorriso e assentiu com a cabeça.

- Obrigado por me contar, mesmo que não precisasse. Você deveria ter feito eu descobrir do pior jeito possível para compensar tudo que a fiz passar, mereço isso.

- Acho que já sofreu o bastante durante esses cinco meses, ou preciso listar todas as suas tentativas de me reconquistar?

- Em minha defesa, a ideia de saltar de paraquedas foi uma medida incabível e desesperada. Eu sabia que não podia contar com a imaginação e dicas de Emmett.

- Tudo bem - Bells revelou, rindo alegremente. Ela desceu os olhos para a mão dele, fechada em punho e soube que seu não-presente estava ali. Agora que estava onde queria, percebeu, ela podia relutar um pouco. - Certo. Vamos ver o que é.

Edward riu. Ele subiu na cama ao seu lado e seu coração bateu irregular. Ela só esperava que ele considerasse isso uma reação ao fato de ele dar-lhe presentes.

- Um presente de segunda mão - lembrou-a severamente.

Ele tirou o pulso esquerdo de cima da perna dela e tocou a pulseira de prata por um momento. Depois devolveu seu braço. Bella o examinou com cautela. No lado oposto da corrente do lobo pendia agora um cristal brilhante em forma de coração. Era lapidado em mil facetas e por isso, mesmo na luz fraca do abajur, cintilava. Ela respirou num arfar baixo.

- Era de minha mãe. - Ele deu de ombros como quem deprecia. - Herdei algumas bugigangas como essa. Dei algumas a Esme e a Alice. Claramente não é grande coisa mesmo.

A castanha sorriu pesarosa pela declaração dele.

- Mas pensei que era uma boa representação - continuou. - É duro e frio. - Ele riu. - E lança arco-íris no sol.

- Você se esqueceu da semelhança mais importante - murmurou. - É lindo.

- Meu coração é igualmente silencioso - refletiu ele. - E também é seu.

Bella girou o pulso para que o coração cintilasse.

- Obrigada, pelos dois.

- Não, eu é que agradeço. É um alívio que você aceite um presente com tanta facilidade. E é bom se acostumar com isso.

 Ele sorriu, com os dentes faiscando e Bells encostou-se nele, afundando a cabeça sob seu braço e aninhando-se ao lado de seu corpo. Provavelmente, era parecido a aconchegar-se ao Davi de Michelangelo, só que aquela criatura perfeita de mármore passava os braços à sua volta para puxa-la para perto. Parecia um bom lugar para começar.

- Quero te perguntar uma coisa.

- O que quiser.

- Certo. Você falou sério quando sugeriu o casamento, não é? Essa é a sua condição para me transformar.

- Sim - ele riu, fitando o rosto dela.

- Está bem, eu quero renegociar a minha condição.

- O que você quiser, concordo.

- Promete? - murmurou, sabendo que sua tentativa de fazê-lo cair na armadilha de suas palavras não daria certo, mas incapaz de resistir.

- Sim - disse ele. Ela olhou para ele e viu seus olhos francos e confusos. - Diga-me o que quer e terá.

Bella nem conseguia acreditar em como sentia-se desajeitada e idiota. Era tão inocente — o que claramente era central à discussão –, não fazia a menor ideia de como ser sedutora e teria de contentar-se com ficar corada e constrangida.

- Você - murmurou quase incoerentemente.

- Sou seu. - Ele sorriu, ainda desligado, tentando sustentar o olhar dela, enquanto Bells desviava o rosto de novo e em um ato de coragem, o beijou.

[...]

A segunda noite de caçada fora mais produtiva do que a primeira. Anna e Emmett definitivamente amavam testar os limites um do outro e os seus próprios. Ela acabou por descobrir a tal aposta que Emmett e Jasper fizeram, meses atrás, Rosalie fez questão de revela-la após dar uma alfinetada em Jasper:

- Acho que alguém perderá a Ducati.

Quando deixaram Anna a par da situação, a morena apenas negou com a cabeça enquanto sorria pesarosa para o namorado.

- Por que está me olhando assim, Darling? - Jasper indagou, confuso.

- Sinto muito, Jazz, mas eu estou com o Emm nessa. Rose tem razão, você irá perder a moto.

O urro de alegria que Emmett deu foi gutural. Carlisle e Josh contentaram-se em rir do fiasco que Emmett fazia, enquanto o restante dos Cullen's observavam a cena extremamente entretidos.

- Você está contra mim? - Jasper fingiu uma feição chocada.

- É claro, você vai perder.

Anna deu de ombros e bateu a sua palma da mão na de Emmett.

- Por que acha isso?

- Primeiro: Se Alice e Carlisle estiverem certos, o que provavelmente estão, ter o conhecimento sobre nossa espécie e escolher isso de antemão pode realmente acabar sendo um benefício; Segundo: eu protejo minhas meninas com unhas e dentes, sendo assim, jamais deixaria Bella sair do controle – para o próprio bem dela – ou matar alguém, a menos que a pessoa mereça muito... Tipo o Hitler.

- Concordo, esse cara era o próprio demônio. - Josh falou, recebendo um sorriso em resposta da Major.

- E terceiro? - Jasper indagou, os braços cruzados sobre o peito e um sorriso brincalhão nos lábios, a cara que fazia quando duvidava de alguém.

- Não cheguei a pensar em um terceiro, mas talvez o fato de ela ser uma Swan a influencie. Assim como Edward não consegue ler nossos pensamentos, vai ver ela consiga controlar-se como eu. E se for o caso, vou estar na primeira fila para vê-lo tendo que dar de mão beijada a sua moto.

Emmett surpreendeu a garota ao abraçá-la e ergue-la do chão, enquanto depositava um beijo em sua bochecha e gritava aos quatro cantos do mundo:

- Melhor parceira de crime que existe!

- Verdade - Rose falou, sorrindo ao ver os dois gargalhando.

Emmett pulava como o macaquinho que era de um lado para o outro. Ela aproximou-se do gêmeo enquanto Alice corria ao socorro de Anna para impedir que Emmett pulasse com ela no colo dentro de um riacho que passava ali por perto. 

- A propósito, Jazz, obrigada por ter ignorado meus alertas e seguido em frente com a sua tentativa de conquistá-la. Não sei o que seria da nossa família sem ela.

Jasper passou um braço pelos ombros da irmã e a puxou para perto, aninhando-a junto a ele.

- Sei que seus alertas eram para o nosso bem, conheço seus sentimentos melhor do que qualquer um. E fico muito contente em vê-la feliz com a presença de Anna.

- Ela é uma irmã maravilhosa, escolheu bem. - Jazz soltou uma risadinha anasalada e depositou um beijo na têmpora da loira. Eles viram, alegremente, Alice ser arrastada pela mão de Emmett para dentro da água e tendo o mesmo destino ensopado que Anna. - Mas eu também não estou do seu lado, acho que Emm vai ganhar a aposta e você vai perder sua belezinha. - Rose zombou.

- Claro Rose, vamos nos juntar a eles, sempre soube que você gostava de nadar em rios. - Jasper falou, vingando-se por sua gêmea não ter ficado do seu lado.

- Não ouse! - brandou, mas já era tarde demais. Jasper a pegou no colo e a segurou com força para que ela não fugisse, correu até a pedra grande próxima ao rio e saltou ouvindo a loira o amaldiçoar até próxima vida dele.

Meia hora depois, ainda a quilômetros de distância de Forks – já que optaram por caçar em um local com mais biodiversidade –, enquanto caminhavam e brincavam uns com os outros em uma conversa animada, Alice fez toda a família Cullen parar no lugar e esquecer a caçada por breves minutos. Sua mente vagava pela visão da decisão que Edward e Bella haviam acabado de tomar. A baixinha sorriu abertamente, contagiando Jasper com sua alegria e o fazendo rir sem saber o porquê. Anna fez uma pergunta silenciosa, apenas ao levantar a sobrancelha e Alice não soube se contava ou não a notícia. Ademais, constatou que Edward já saberia que ela informaria a família inteira e, com um imenso sorriso no rosto, esclareceu aos seus familiares o que viraria a mais nova fofoca da cidade.

- Bella e Edward irão se casar! Ela acabou de aceitar o pedido! Ele está tão feliz!

Alice agarrou o marido, dando pulinhos de alegria no lugar. As reações foram as mais alegres e divertidas possíveis. Emmett e Jasper trocaram um soquinho em cumplicidade, já imaginando a excelente despedida de solteiro e o desenrolar de sua aposta. Esme abraçou Alice, tão feliz quanto ela. Rosalie estava feliz pelo irmão, ainda que não concordasse com a escolha de Bella. Carlisle e Josh comemoraram também e Anna permaneceu estática no lugar. Ela conversaria com Alice mais tarde para saber com certeza quando Bella e Edward iriam contar isso para Charlie, não perderia a oportunidade de ver a cara do tio por nada no mundo.

- Amor? - Jasper a chamou, atraindo a sua atenção para o amontoado de vampiros sorridentes.

- Sim?

- Você está bem? Parece meio pálida.

Ela revirou os olhos com a piadinha e permitiu-se sorrir também.

- Estou ótima, só... pensando.

- Em que?

Ele a abraçou por trás, as roupas completamente encharcadas, e pousou o queixo em seu ombro.

- Em como é bom que o Edward seja à prova de balas.

A gargalhada de Emmett preencheu a floresta e logo todos estavam seguindo seu exemplo. Sorte, era algo que Edward iria precisar. Muita sorte.



Notas Finais


• É issoooo. Espero de coração que tenham gostado. Não deixem de FAVORITAR E COMENTAAAAR, quero saber o que estão achandoooo.
• Bjs, bjs e até a próxima;
•😘😘


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