1. Spirit Fanfics >
  2. The unattainable >
  3. Capítulo Único

História The unattainable - Capítulo Único


Escrita por: Tia_Lucy1

Notas do Autor


Oilá diamantezinhos da tia, tudo bem com vcs? E o Enem, cansados ainda?

Digamos q eu me empolguei com o fato de ter atualizado uma das minhas fics ontem, e acabei resolvendo postar uma one shot. Death note de novo? Sim. Mano eu to louca com o mangá, já vi o anime e comprei agora a pouco os mangás, e como eu to amando. Eu to justamente na parte do "Light-bonzinho-fofo-cara-de-uke-sem-ser-possuido-pelo-ritimo-ragatanga" e por esse motivo eu to demorando o máximo, pq eu sei o q me aguarda nas próximos capítulos.

E vcs não viram errado, isso aqui é (ou deveria) ser songfic. Mas ela não é das songfic tradicionais, e sim com as frases das musicas junto no texto da história e não separada como as outras e tal. Ai eu vou colocar em itálico as frases das musicas, q vai ter uma alteração de gênero E a coisa mais importante e eu esqueci de falar, a musica que foi a minha inspiração pra essa fanfic é "Vermilion pt 2 do Slipknot. Tentei o máximo possível deixar essa one tão melancólica quanto a musica.

Agora é melhor eu parar de escrever aqui antes q a moderação pense q eu confundi notas do autor com conteúdo da história hahaha

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction The unattainable - Capítulo Único

Não sabia como tinha parado ali, mesmo que tivesse presenciado todos os acontecimentos até este ponto. Sem dizer nada, apenas viu seu declínio. Tomou o veneno que o levaria a morte, tudo com consentimento. Em sua ingenuidade, ele achava que poderia ser real. Que poderia ser real. Seu abismo, foi o dia que viu aquela foto. Maldita foto. Maldito rosto. Malditos cabelos que lhe pareciam - e que mais tarde ele constatou - serem tão macios. Malditos olhos ambíguos, que horas mostrava bondade e outras horas, mostravam a pior face do ser humano. E o pior, é que não podiam esconder seus sentimentos por ele, vestido em todo o seu ser, esticado através da sua vergonha.

L acordou sentindo um peso no seu peito, ao olhar pra baixo viu ele, motivo de todo o tormento e a dor, que escapavam completamente e o cobria. Light dormia abraçado ao seu corpo, seu rosto lhe parecia tão calmo. Aos seus olhos, o jovem estudante de mente brilhante, parecia como um anjo. Um anjo mau, que apenas queria o destruir e da maneira mais vil possível. L tentou se levantar, mas seus movimentos acordaram Light que o olhou ainda sonolento, com um sorriso nos lábios. L se limitou a afagas os cabelos do jovem, lhe dando um beijo na testa:
— Volte a dormir, Raito-kun — ele sussurrou recebendo mais um sorriso de Light em resposta.

O detetive andou até o banheiro, tirou as poucas roupas que usava e entrou no box, ligando o chuveiro. A água fria passou a cair nos seus cabelos, deslizando pelo seu corpo. Em nenhum momento ele se atreveu a falar em voz alta, mas L sentia, L sabia, seu fim estava próximo. O cheiro dele ainda estava em seu corpo, em sua alma, no seu ser. L faria qualquer coisa para tê-lo apenar para ele. Sentindo o gosto amargo da boca de Light na sua, e com um enorme sentimento de nojo, L começou a esfregar a bucha com espuma violentamente no seu corpo. Aquele cheiro estava em toda parte, precisava esfregar cada vez mais forte se quisesse tirar aquele cheiro de si. Aquilo o machucava, o desnorteava, L não sabia o que fazer quando ele o entristecia.

O sorriso do jovem Light parecia  cegar. Parecia que L vivia à anos na escuridão e só no momento em que Light sorriu ao cumprimenta-lo, ele pode conhecer a verdadeira luz, que vinha de um ser tão puro e obscuro ao mesmo tempo. Seus olhos, ardiam uma chama de ira, L pode ver atentamente, era como se habitasse dois seres naquele corpo; um era o jovem estudante Light Yagami, o novato prodígio da universidade de To-Oh. E o outro, uma entidade maligna digna de todo ódio e desprezo. E isso o interessou profundamente. Quando Light se ofereceu voluntariamente para ficar preso, até que todas as duvidas de L sobre sua inocência sanassem, ele viu ali mais uma oportunidade para o estuda-lo melhor.

Ao passar dos dias ele pode admirar e velar o sono profundo de Light, que fora vencido pelo cansaço de tantos dias preso. Agora, a chama de ira parecia ter se apagado, apenas os olhos ingênuos e confusos de Light estavam presentes. Através da convivência forçada, L pode ter mais contato, e entende-se mais contato, ficarem algemados vinte e quatro horas por dia, convivendo em pé de guerra, dividindo a intimidade e pequenas alegrias e tristezas das suas vidas.

Em uma das noites em que o detetive foi obrigado a ir para a cama, coisa que pouco fazia, ele passou a olhar para Light. O garoto era realmente muito belo, e sua beleza se acentuava ainda mais pela luz da lua que entrava pela janela desprovida de cortinas, e caia gentilmente pela face adormecia. A respiração do jovem era sempre calma e ritmada, tendo poucas alterações ao longo da noite. Uma corrente de ar frio proveniente da janela semi aberta, atingiu Light de uma forma tão violenta, que o garoto gemeu em reprovação e numa tentativa de se aquecer, deslizou pelos lençóis azuis da cama, indo ao encontro do corpo do detetive. Light olhou para cima, com um sorriso se recostando em seguida no ombro de L, que permanecia estático.

A partir daquele dia, L começou a deixar a janela aberta todas as noites, e Light percebeu isso. Todos os dias os dois só falavam sobre o caso, e como a inocência de Light deixava o detetive desarmado e desanimado, causando algumas brigas. Mas ambos cada vez mais ansiavam pela noite, onde Light passava a ser mais ousado, deixando-se ir um pouco mais além, agora repousando a sua cabeça no peito do mais velho.

Os sentimentos que L tinha por Light passaram a ser o seu segundo — muito provavelmente o primeiro — mistério preferido do detetive. Avançar cada vez mais, acariciando os fios castanhos que eram tão sedosos e macios, provaram ser um caminho único para um abismo. Light era tudo para ele, o sonho não correspondido, uma canção que ninguém canta, o inalcançável. Era o mito que ele tinha que acreditar. E o amor que ele descobriu que tinha pelo estudante, era tudo o que L precisava para faze-lo real.

Em uma noite deveras monótona, L permanecia com os olhos grandes pregados nas telas  e monitores à sua frente, revisando mais uma vez a infinidade de dados sobre o caso Kira enquanto, todos os outros agentes da força tarefa já estavam em seus aposentos. O detetive permanecia tão concentrado que mau sentiu o toque suave das mãos de Light sobre seus ombros:
— Ryuuzaki, precisamos dormir — o mais jovem falou calmamente com uma expressão serena e um leve sorriso nos lábios.
— Não devemos — respondeu finalmente L depois de ter ficando algum tempo olhando para Light. — Preciso olhar ainda mais alguns desses dados.
— Isso não pode esperar? — ele insistiu, a mão permanecia sobre o ombro do mais velho sem alterar a intensidade, porém o seu rosto ganhou uma cor mais rubra. — Eu tenho que lhe contar algo.
— Isso não pode esperar? — indagou L se virando novamente para as telas.
— Creio que não, Ryuuzaki — Light levou sua outra mão ao queixo do outro o puxando até cruzar os seus olhares.

Tão repentinamente e sem prévio aviso, Light se aproximou rapidamente até o rosto de L com os olhos fechados, chocando seus lábios. Aquilo podia ser qualquer coisa, exceto um beijo. Light pressionava seu lábio contra os de L, que permanecia imóvel com os olhos abertos. O estudante se separou tão veloz quanto se aproximou, encarando os olhos negros questionadores e brilhantes:
— Ryuuzaki, eu sinto muito — o mais novo falava tropeçando entre as palavras, seu rosto tinha um tom bem mais rubro que antes.

L se levantou bruscamente da cadeira em que estava sentado, suas mãos agarraram a nuca do estudante, seus lábios novamente entraram em contato com os dele, se transformando duvidas em certezas. Um beijo agressivo, desesperado, sofrido, precisado. L precisava sentir o amargo da boca de Light na sua. Precisava sentir mais intensamente o calor do corpo de Light no seu. Precisava de seus braços, seus beijos, seus carinhos. Ambos ansiavam em chegar até o quarto, onde a pior coisa que podia acontecer aconteceu.

Light era extremamente quente e aveludado, o detetive pode confirmar isso quando se viu dentro do mais novo. Os gemidos de Light eram realmente tentadores e excitantes. L mau pode manter sua sanidade naquele momento. Aqueles olhos castanhos tão enigmáticos brilhavam em luxuria, enquanto seus braços o agarravam, como se Light fosse cair a qualquer momento. O abismo estava cada vez mais perto deles. E ele se fez no outro dia, quando o jovem mau o olhou nos olhos, o evitava constantemente, e só falava para informar que Higuchi poderia ser mesmo o novo Kira.

Após a perseguição de Kyosuke Huguchi, o executivo da Yotsuba, as coisas tomaram um novo rumo, um outro tom. No final ele era só um homem com um caderno — o estranho caderno negro, escrito Death Note na capa —, que como comprovaram, era o poder de Kira. A regra dos treze dias só reforçava a inocência de Yagami e Amane, por mais que algo dentro de L lhe falava ao contrario. Light estava mais estranho que antes, agora não parecia o evitar tanto, mas na atmosfera em que estavam, apenas desconfiança e incerteza predominavam.

Mas o que foi aquilo? Um deslize? Uma recaída? Novamente depois de um longo frio entre eles, Light novamente veio a seu encontro. Outra noite onde o detetive estava desprotegido, sem a companhia da força tarefa, que pareciam cada vez mais desanimados. Novamente o detetive mau percebeu as mãos de Light afagando os seus cabelos e sua voz calma sussurrando em seus ouvidos:
— Precisamos terminar a nossa conversa.

E mais uma vez L se derreteu ao sentir o amargo de Light em si. Mais uma vez se permitiu ser envenenado por aquele ser encantador. A luz da lua contornava os seus traços. Light era incrivelmente bonito, incrivelmente viciante. Light era uma droga que o consumia aos poucos. Um bloqueio na garganta. Sufoco. O seu calor era o mesmo, seu beijo era o mesmo, seus gemidos eram os mesmos, mas algo em Light havia mudado. A chama de ira estava lá, na verdade, era apenas uma brasa quase apagada, mas estava lá. Sua necessidade de Light era cada vez maior, cada vez mais se sentia  rasgado em pedaços. Depois de mais uma noite de amor, via tudo com mais clareza. Via o sensual corpo de Yagami parcialmente descoberto, ainda largado na sua cama. Ele não ia. Não. Não queria ser isso.

Mais tarde, sentindo novamente a água gelada escorrer pelo seu corpo, agora de baixo de uma chuva torrencial, que decidia cair repentinamente. L se decidia, sentindo suas lágrimas se misturando a chuva, que deveria deixar o amor que sentia por Light, enterrado dentro dele, ou melhor, ele não deveria deixar isso crescer dentro dele. Não deveria deixar isso crescer dentro dele. Não deveria deixar crescer dentro dele.

L sentiu uma dor no peito e uma falta de ar tão grande, que bloqueou qualquer reação sua, apenas pode assistir a sua pequena viagem ao chão. Se sentiu aparado, ao olhar viu os olhos castanhos que tanto gostava. Light o olhava para assustado, surpreso. Os sinos começaram a soar insistentemente na mente do detetive. Visões confusas da sua infância na Wammy's house, Light e mais sinos.

Crianças com um choro estridente. Light o olhando inexpressivo. Mais sinos. Neve. Crianças brincando sobre o gramado com uma bola. Vitrais de igrejas.  Light e aquela chama de ira, queimando num rosto retorcido em malícia e vaidade. Mais sinos estridentes ecoaram nos seus ouvidos, enquanto L insistentemente gritava em sua mente; Light não era real. Ele não poderia faze-lo real. L sentiu a dor em seu peito aumentar cada vez mais. O sentimento de decepção e tristeza se fazia presente em seus olhos negros, antes de lentamente os fecha-los fitando a expressão de vitória de Light. Expressão que se desfez no rosto de Light, assim ele fechou seus olhos, e uma lágrima sua pousou sobre o corpo sem vida do seu amado.


Notas Finais


E o que vocês acharam? Acham que ficou melancólica o suficiente? Isso me faz lembrar o meu amado/odiado episódio 25 (eu sempre vou chorar na morte do L).

Link da musica [ https://www.youtube.com/watch?v=LvetJ9U_tVY ] Eu comecei a escutar essa musica em loop desde q comecei a escrever outra fic "Evangelho, segundo Light Yagami" pq por algum motivo eu achei q essa musica se encaixava mt bem com esse shipp, tanto q acabei escrevendo essa one shot aqui :)

Mais uma vez, espero ñ ter viajado tbm nessa fic, pq eu tenho a tendência de viajar com certas histórias.

Bjss tia Lucy


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...